Amortentia



“ Era o ultimo dia, aquele em que todos encontravam-se descansados e sorridentes , afinal, o ano letivo havia acabado e o sol banhava os alunos e infiltrava-se pelas janelas.
Draco Malfoy adentrou o salão sonserino que encontrava-se infestado de fumaça rosada. Todos já estavam nos jardins aguardando as carruagens, ele mesmo voltara apenas para pegar o seu distintivo de monitor que havia deixado sobre uma poltrona naquela manhã. Então, com melhor atenção ao sentir aquele odor que deu-se conta do que ele lembrava-lhe.
- Quem deixou a Granger entrar aqui? – Exclamou exasperado.
Para a sua surpresa quem brotou entre as fofas nuvens de fumaça foi Pansy Parkison, com sua capa de estudante e os cabelos longos e escuros. Ela aparentava espanto e exaustidão.
- Ninguém deixou a Granger entrar, - chorosa respondeu ao garoto. – estou preparando amortentia.
- E que diabos é amortentia? – Ele havia sentado-se ao lado do caldeirão. – Gárgulas galopantes!  Isto aqui tem o cheiro da Granger sim.
Pansy havia sentado-se no tapete, as madeixas negras encobriam seu rosto e lagrimas quentes marejavam seus olhos, sua voz pastosa e banhada de magoa soltou um sussurro muito baixo.
- Porque você não sente o meu cheiro ?
- Ah, Pansy, corta essa. – Draco saltou para o seu lado, enlaçando-lhe em um abraço cortês, - Você tem um cheiro muito melhor e eu prefiro o seu. – esboçou um meio sorriso.
A garota, porem, afastou-se dele e pôs-se de pé, olhando-lhe de cima.
- Amortentia, Draco, é uma poção do amor. Cada um sente nela, o cheiro da coisa que mais lhe agrada.
Aparentemente um balaço havia acertado-lhe no estomago, a expressão de Draco Malfoy poderia ser confundida com náuseas ou alguma doença derivada, exibira um olhar perplexo para Parkison e ela, por sua vez, não esperou uma só palavra solta da boca do louro, atravessou a passagem com a capa farfalhando às suas costas.
- Pansy, espera, eu ..
Mas engoliu o restante da frase. Era a primeira vez que ficara sem argumentos, isto jamais havia lhe acontecido antes, porém, sabia que era verdade, pois havia muitas noites que sonhara com Hermione, sua mente mirabolante produzira a cada segundo imagens da menina. “Isto está errado” pensou. Afinal, ele era um Malfoy, um puro sangue de família nobre e, o mais importante de tudo, era um astuto e ambicioso sonserino. Jamais voltaria a pensar na hipótese de ter alguma atração infundada por Granger, pegou então seu monitor e partiu em direção a locomotiva.


Assim que Draco saltou de sua carruagem para a estação, ele a viu. Ela estava sentada sobre dois maloes, usava um vestido florido que acentuava-se de modo encantador com seu corpo bem curvado. Seus cabelos acastanhados estavam presos e algumas mexas soltas davam à Hermione Granger o ar de despreocupada. Ele não pode deixar de devorá-la com o olhar, antes que percebesse havia esboçado um sorriso canino para a imagem da grifínda.
Foi, então,  que uma coisa muito densa caiu no estomago de Draco, como se houvesse engolido um grande pedaço de chumbo. Ele não estava próximo o suficiente para ouvi-los, mas, os via com perfeição. O ruivo havia puxado-lhe pela mão e ela ria-se disto alegremente. O que mas o surpreendeu foi ver não Ron, mas Percy levando a mala de ambos e adentrar, com ela abraçada nele, a locomotiva.


Fora esta a primeira vez que Malfoy sentira o ardor de seu sangue fervente queimar-lhe por dentro como um ferida que acabara de ser aberta.”


N / A : Na fic, o Percy tem um ano a menos. Porque ele e a Mi são um dos meus casais queridinhos *_* ; mas como eu entrei nesta por causa da minha melhor amiga, eu resolvi dar uma passagensinha rapida nele na fic, exatamente como namorado da Hermione. Tomara que o Draco não tente se matar por isso :O Beijiiinho :*

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