A ronda
“ Assim que o relógio marcou 21:45, Hermione dirigiu-se para o salão principal. Draco já estava a sua espera postado a um canto. Ela chegou silenciosamente ao seu lado.
- Estou aqui – sussurou.
O garoto por pouco não tombou, apoiou-se bambo em um dos pilares enquanto encarava a castanha. As bolsas arroxeadas continuavam lá. Inclinou-se para frente e em tom asqueroso disse:
- Escute, eu não gosto disto e sei que você também não, andaremos lado a lado durante uma hora e cumpriremos esta bobagem – virou-se, expelia desprezo.
Hermione sentiu um forte puxão na região do estomago e seguiu o louro que estava muitos passos a frente. Por todo o trajeto a garota manteu-se distante, qualquer palavra vinda dele a machucava. Anteriormente não costumava das importância, mas nos últimos dias causava-lhe uma irritação próxima ao coração.
Ele virou-se bruscamente e quando ela havia de fazer movimento com os lábios ele pousou seu dedo sobre eles.
- Escute, – disse em um sussurro - tem alguém fora da cama!
Em um movimento involuntário puxou-a pela mão, as dele eram frias como o ar da noite e ao sentir o calor que as dela soltavam largou-as imediatamente.
- Vem por aqui – puxou a porta de uma sala vazia que fora a origem dos barulhos – Aqui são os monitores Malfoy e Granger, saia imediatamente de onde está !
Uma sombra negra esgueirou-se para a luz, aos seus olhos parecia um morcego muito grande, sua pele macilenta reluzia à fraca luz que irradiava a varinha dos garotos. Antes que Hermione pudesse exclamar, Draco tapou-lhe a boca. Severus Snape falou antes dele, fazendo com que cada gota de seu sangue congelasse e a voz em suas gargantas fosse impeça de sair.
- Vocês não deveriam estar rondando os corredores ao invés de invadir salas de aula? – Sua matiz arrogante perfurou-lhes.
- Nossas desculpas, senhor. – Havia falhas em sua voz, como se a brisa houvesse levado sua impertinência. Draco arrastou-lhe pelas vestes e tratou de deixar o olhar do professor.
Logo estavam distantes o suficiente para falarem normalmente. Ele parou a um canto jogando-se contra a parede e deslizando para o chão.
- Não sei porque ele ficou tão bravo, afinal só estávamos conferindo – comentou a grifínda.
- Preste atenção, – Ele havia postado-se de pé em frente a garota, – nem todos levam um simples vidinha em que a maior preocupação é passar nos exames. Há pessoas que estão envolvidas com complicados problemas da vida real e não simplesmente com a escola. – os seus olhos estavam vazios. – Pessoas estas que sofrem chantagem, que são tristes ou mesmo solitárias.
Ela estendeu a mão para tocar-lhe a face, porém ele segurou-a.
- Não se trata de pena ou piedade. Você não foi solitária jamais e acha-se no direito de falar o que bem entender sobre quem não lhe agrada.
- Eu sei muito bem minha posição Malfoy, não culpe-me pelas suas frustrações. – Estava carregada de desprezo. Então, partiu, com as bochechas manchadas mas sempre em frente.
Isto era o que mais lhe irritava nela, jamais olhara para traz.”
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