Tchauzinho NY!



Ok, Mo é um amor de pessoa, beija bem... E tem um fogo dentro ele, que.. uau!
Mas mesmo assim, só foi um beijo, mas com o decorrer do tempo, vamos ver o que acontece né?
- Então, as garotas normais saem beijando completos estranhos?
- Não uma que eu conheça. - disse ele rindo, retribuindo o beijo.
Depois de algum tempo, nós saimos do aeroporto e fomos em direção ao Canadá.
- Vai ser uma viajem muito longa né?
- Nós vamos atravessar o estado.
- É, uma viagem longa. - abri a minha bolsa e tirei meu Ipod
- Você vai me deixar dirigindo sozinho? - ele olhou atentamente para o Ipod na minha mão.
- Eu disse que sou diferente das outras garotas. - dei um sorriso tordo e tentei ligar a única coisa que tiraria o meu tédio durante a viagem, estava descarregado. - Pensando bem, vou lhe fazer companhia mesmo. - guardei o Ipod dentro da bolsa, sem graça.
- Vou ligar o som.
- Ah, tá legal.


Na rádio tocava Mcfly.


O silêncio tomou conta do carro por quase três minutos inteiros, como se ambos estivessem prestando atenção na música. Passamos pelas ruas e avenidas principas, aquelas que todo turista quer ir. Confesso que não conhecia muito bem a cidade em que morava, durante anos eu só fazia o mesmo caminho, todos os dias. Eu nunca tive a chance (ou o tempo, ou a disposição) de comer hot dog no Central Park. Não conhecia o Museu de História Natural, nem o Museu do Sexo (que thomas sempre prometia me levar, mas nunca levava). Os quase quatro anos que eu vivia em Nova York, foi entre trabalhos, casa e boates. Eu nunca notei o por-do-sol em NY, deve ser maravilhoso como todos dizem. E agora, eu não teria chance de vê-lo por um tempo, porque agora, eu estava saindo da cidade (em um tempo incrivelmente rápido, porque estava praticamente sem trânsito) e não sabia quando poderia voltar, minha vida agora é uma aventura, como eu sempre quis.


- Adeus NY! - eu disse acenando para a cidade que já estava em uma distância relativamente longe e ficava cada vez mais.
- Você parece feliz em sair da cidade.
- Porque eu estou feliz, em sair da cidade. - fechei os olhos e sorri.
- Algum motivo em especial?
- Eu me livrei de um puxa-saco.
- Me convenceu.
- Ótimo. - abri os olhos novamente. - Então Mortimer, você disse que nunca conseguiu ter uma relação séria, certo?
- Isso mesmo. É muito humilhante?
- Eu também nunca tive. - olhei para o horizonte, que estava com o céu, bem azul.
- Mundo pequeno. - ele virou o rosto rapidamente para mim.
- Pois é, mas não é porque eu não queira sabe?
- Ah não?
- Não! Eu sou famosa entre os homens... Só que eu acho que passar muito tempo com uma pessoa só, um tédio.
- Meu problema... Bom, eu escolho minhas namoradas a dedo.
- E isso é ruim.. por que?
- Eu deixo algumas passarem, e as que eu escolho, sempre reclamam demais e terminamos.
- Só para deixar bem claro, eu não reclamo demais. - sorri para ele.
- Você é diferente, esqueceu? - ele sorriu de volta.
- É. - olhei pela janela. - Mo, você é ciumento?
- Ciumento... Não, nem um pouco.
- Sério? - virei o rosto pasmo para ele.
- Sério! Mas por que a pergunta?
- Mas, e se você visse sua namorada beijando outro cara?
- Eu não sou ciumento. - ele riu
- E fazendo sexo com outro cara?
- É exitante. - ele mudou a expressão para um pouco mais a vontade.
- Uau, você é perfeito.
- Mas qual é a intensão dessas perguntas?
- Quando chegarmos ao Canadá, vai entender.
- Vou mesmo? Pra mim, essa conversa está meio estranha.
- Pode ter certeza, eu vou mudar o seu conceito de namoro.
- Isso é bom?
- Talvez sim, talvez não.

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