Capítulo XIV



- Acho que é isso então. Bom, eu vou dormir. – falei, já saindo de perto daqueles dois. Sei lá, vai que eles encontraram ninjas canibais e eles viraram aliados? Olha a roupa deles, o sangue. E nunca se sabe, eles vieram rindo muito sonserinamente, se é que me entendem.


- Posso ir te acordar amanhã de novo? – pediu Gabs, fazendo beicinho e todo manhoso. PODE ATÉ DORMIR LÁ SE QUISER E. Ainda bem que existe autocontrole:


- Não.


Tentei formular uma cara de desprezo. Malfoy começou a gargalhar. Gabriel pronunciava em alto e bom som o quanto ficara magoado. E foi assim até que eu sumi de vista e não pude mais ouvir as idiotices desses dois.


De qualquer modo, no caminho eu fui pensando, que eu não mandei Malfoy calar a boca hoje. Deve ser por isso que me sinto incompleta.


Anyway, cheguei ao quadro da Mulher Gorda, que me olhou com rancor, devido a nossa discussão aquele dia, onde eu a agredi física e moralmente.


- Já deu queixa minha á Dumbledore?  Ou ele não agüenta mais a sua voz?– perguntei irônica.


- Pode entrar, e chega de me afortunar por hoje.


- Como sabe que sou eu? – mulherzona mais crente essa hein. Aposto que se eu disser que sou o Bozo ela me deixa entrar.


- É a única que criticou minha voz durante esses anos todos. – a única que criticou sua voz esses anos todos na SUA FRENTE né.


Bom, eu entrei.


Estou me sentindo incrivelmente mais leve. Pois acho que perdi meus tímpanos assim que entrei.


Harry e Gina estão debatendo. Bom, se você trocar o “de” por “se” [N/A: de+batendo X se+batendo. Eu sei que fica sem graça ficar explicando piada, mas tem vezes que as pessoas não entendem] até que eu não estaria mentindo.


- VOCE ME EMBEBEDOU! – berrava Gi. Num tom vermelho que eu nunca pensei que desse pra atingir. Deixaria as unhas de qualquer perua com inveja!


- É O SIRIUS, VOCÊ NÃO ENTENDE? – gritava ele em resposta.


- Roupa suja não se lava gritando. – murmurei pra mim mesma, achando que uma hora algum deles ia acabar dormindo, devida a discussão que, creio eu, arrasta-se desde muito antes eu pensar em voltar pro Salão Comunal.


- ENTENDO QUE ELE ESTÁ MORTO! – devolveu ela.


- NÃO GINA, ELE NÃO ESTÁ MORTO. QUER QUE EU EXPLIQUE DE NOVO? – disse Harry,me dando a certeza de que essa discussão dura há muito tempo.


- MIONE! VOCÊ É A NERD AQUI, QUER EXPLICAR PRA ELE QUE QUANDO AS PESSOAS MORREM, ELAS REALMENTE MORREM? – eu não tenho nada a ver com isso. Aliás, Gina, não quero explicar nada. Eu quero mesmo é minhas orelhas de volta.


- VOCÊS QUE VÃO MORRER SE NÃO CALAREM A BOCA! – alguém com sanidade e sono, se pronunciando lá do andar de cima.


- Amigos, acho que vocês tem que dar um tempo pra esfriar a cabeça... – falei, tentando apaziguar o clima. E mantendo certa distância de Gina, porque ela realmente me assusta.


- E TU, GRANGER, ME CHAMOU DE CORNA! VOCES, EU TO ENTENDO TUDO. É UM COMPLÔ CONTRA MINHA PESSOA! – falou Gina, agora absurdamente fora dos limites.


Harry se sentou, prevendo que seria uma longa noite.


- Gi, era brincadeira, flor! Você sabe que eu te amo muito, muito, não sabe? – é sempre bom relembrar amigos possuídos de momentos bons.


- Tá bem Hermione, agora pára de ser melosa. Essas tuas crises de doçura me dão até cárie. - :|ta bom né, e essas suas de múltipla personalidade me dão até uma nova face: assassina de ruivas bipolares.


- Gi, o que você tem que entender, é que o Harry ficou emocionado demais com a descoberta de uma possível volta de Sirius, não é mesmo Harry? – terminei olhando pra Harry de um modo um tanto quanto AGRESSIVO, do tipo “concorde comigo ou eu chamo minha gangue”;


- Isso mesmo Gina. E eu quero aproveitar pra pedir desculpas, sei que foi errado – dizia Harry, enquanto Gina murmurava um “muito errado” – o que eu fiz, mas eu quero que você, POR FAVOR, me perdoe.


Ela suspirou fundo. Uma, duas, três vezes, até finalmente dar um sorriso amarelo e dizer:


- Tá bem Potter, só porque você implorou muito.


OZAHDAIDAIHOD ainda bem que eu tenho amigos normais.


Quando eu reparei que Harry poderia ficar com Gina sem que ela executasse os (muito possíveis) planos para a morte do mesmo, me despedi e fui para o dormitório.


Deitei na minha cama macia e pus-me a pensar. Eu estou tão próxima de conquistar Malfoy quanto os porcos estão de voarem, ou falarem, ou dirigirem, ou digitarem, ou lerem. Bom, você entendeu o espírito da coisa.


Fiquei pensando nisso mais um pouco, mas fui “despertada” por Lilá, que entrou no dormitório vermelha de raiva.


Gelei.


Pode ser algo sério!


Sei lá, podem ter parado de fabricar o esmalte favorito dela! /não.


- Granger! – se a voz dela subir mais um oitavo que seja, eu acho que surto! – Nós tínhamos uma aposta, se é que você se lembra.


Balancei a cabeça, indicando que me lembro. Vendo que ela não ia prosseguir, me manifestei:


- E daí?


Ela bateu o pé impaciente.


- Você deve cumpri-la em dois meses. – se eu entregar minha cabeça numa bandeja termino logo com isso?


Levando em conta que já se passou mais ou menos um e não obtive progresso, duvido que consiga isso em mais dois. Mas tudo bem, fé em Deus e pé na tábua.


- Se não? – deixei uma pergunta pairando no ar. Por um momento ela fez cara de quem não entendeu, porém logo após acrescentou:


- Terá que conviver com o fardo de saber que perdeu pra moi! [N/A: sorry, meus conhecimentos de francês são tão extensos quanto os fios de cabelo de um careca :B] – e isso, convenhamos, é um fardo terrível.


- Hmm, tudo bem então. Vai colocar os pepinos na cara logo, que estou começando a ver umas ruguinhas. – comentei.


Dando um grito de raiva, ela marchou para o banheiro. Gina subiu logo, visivelmente preocupada, fazendo com que eu perguntasse o motivo.


- Eu ouvi um grito, e vim ver o que aconteceu.


- Aaah sim. – respondi. – foi a vovozinha do dormitório.


Gi franziu a testa, demonstrando que brisou nessa. Mas, ouvindo, logo em seguida, um “cala a boca Granger” vindo do banheiro, deu um risinho, parecendo ter entendido de quem se tratava.


Gina me deu um beijo na testa, me desejou boa noite e foi se deitar. Eu sei que ela fez isso para me agradecer por ter acertado as coisas entre ela e Harry.


Virei de lado para evitar a claridade que a luz do banheiro emanava, e decidi dormir, lembrando que Gabriel não estaria aqui pra me acordar amanhã.


 


Acordei, enquanto todas ainda dormiam. Olhei no relógio, ainda faltavam 45 minutos para a primeira aula, deixando assim que eu tivesse tempo de sobra pra me arrumar. Lê-se: usar o banheiro sem que alguém queira derrubar a porta abaixo.


Vesti-me vagarosamente, e hoje, diferentemente, decidi passar um lápis preto nos olhos, não muito forte, pra não ficar emo e não deixar TÃO na cara que eu estou a fim de me matar, rs.


Quanto eu fiquei pronta, ainda sobrava 20 minutos, porém decidi esperar para acordar as meninas. Principalmente porque é isso que elas sempre fazem comigo.


15 minutos.


10 minutos. Esperar mais seria muita crueldade. Bati a porta com força, para acordá-las e, saindo rapidamente pra não ser estrangulada.


Dei uma rápida parada no quadro de avisos, quando notei um que chamava bastante a atenção.


Ali informava a data de um novo passeio a Hogsmeade, na sábado da semana seguinte a essa.


De cara murchei. Logo pensei em ir passar MAIS lápis preto, pra deixar bem claro as minhas tentativas suicidas, e para avisar as pessoas que hoje, mais que nunca, posso matar alguém.


Simples, eu não posso ir. Maldita Mc Gonagall. Maldito cabulamento. Maldito Honsl.


Depois de amaldiçoar tudo e todos, decidi seguir meu rumo, tendo em vista que (nem pergunte como) estava atrasada, de novo.


Saí correndo, só pra variar um pouco, até chegar à sala de Transfiguração, onde a porta estava entreaberta. Pude notar que a aula era com a Sonserina. Minerva estava de costas, passando uma matéria nova na lousa, e isso eu ainda não tinha estudado.


Bufei. Rezei para que não houvesse nenhum fofoqueiro ali.


Fui possuída por Indiana Jones, eu acho, porque me esgueirei pela porta, sentando ao lado de Gabriel, no lugar do fundo.


Quando Minerva, ainda de costas, disse:


- Bom dia Srta. Granger, vejo que não é necessário que eu lhe convide a sentar-se.


Gabriel riu baixinho, com o coro de todos os presentes.  Ao dar uma rápida olhada na sala, eu notei que Harry estava ali, sentado com Rony. E mesmo sem saber por que, fiquei procurando Malfoy.


- Ele não veio. – sussurrou Gabs, em meu ouvido.


Gabriel sempre foi sobrenatural. Até pensei em explorar seus dons para ganhar dinheiro, mas acho que ela não concordaria em receber 1% dos meus lucros.


- De quem você ta falando Gabriel? – porque eu não sou atriz? Não é por falta de cara de pau, definitivamente. Sejamos claros: eu não sei mentir.


- Ele está pesquisando. Não quer que sejamos expulsos. – comentou Gabs.


Desisti de me fingir de desentendida, tendo a certeza de que estava fazendo papel de boba.


Resolvi prestar atenção na aula. Resolvi tentar. Mas minha dupla não deixava.


- Viu que vai ter um passeio a Hogsmeade? – ele ficava perguntando.


Eu decidi ignorar.


- NÃO ADIANTA HERMIONE. NÃO QUERO FAZER ISSO COM VOCÊ. E PARE DE INSISTIR! – FDP. ELE GRITOU ISSO NO MEIO DA SALA DE AULA! AS PESSOAS COMEÇARAM A RIR DE MIM. HARRY ABAIXOU A CABEÇA, DECEPCIONADO. E DEPOIS DE TUDO QUE EU FIZ PRA FAZER AS PAZES COM ELE, GABRIEL IA ESTRAGAR TUDO? AH ISSO NÃO NEGUINHO [N/A: ela falou isso imitando a Bebel, da Grande Família ok].


NOJENTO. MEU MERLIN. EU VOU SER EXPULSA DA SALA. NÃO VOU? SE EU NÃO PENSASSE RÁPIDO EU SERIA.


- GABRIEL.  VOCÊ ME ENTENDEU MAL. QUERO DIZER, EU ESTOU COMENTANDO O QUE VOCÊ TINHA ME CONTADO, LEMBRA, QUE A PROFESSORA MINERVA ESTAVA EM ÓTIMA FORMA, E QUE VOCÊ QUERIA TER A SUA PRIMEIRA VEZ COM ELA... EU ESTAVA APENAS DIZENDO QUE ELA NÃO IRIA IMPLORAR PRA VOCÊ!


Aaah como é doce a vingança. Porém Gabs estava apenas rindo. “Boa, boa Herms.”


Minerva estava verde, parou de escrever, engoliu em seco várias vezes. Parecia incapaz de dizer alguma coisa.


Eu apenas fazia a minha cara de inocente, bem treinada nesses longos seis anos em que conheço Harry Potter.


Desistindo de dizer alguma coisa, ela apenas continuou a aula.


No fim do arco íris os duendes guardam um pote de ouro. Não entendi o que tem a ver com a história, mas deu vontade, o.O’


De qualquer modo, eu nem prestei atenção mais na aula, mesmo.


Eu preciso ir a Hogsmeade. É uma questão de honra. Além do mais, seria um bom lugar pra conquistar Malfoy.


EU SEI QUE EU JÁ DISSE ISSO UMA VEZ, E QUE NÃO ADIANTOU NADA, MAS DEIXA EU OK.


No fim da aula eu falaria com Minerva, pediria pra ela reconsiderar a decisão de me proibir a Hogsmeade, mas ainda sim propondo um castigo. Uma detenção, ou sei lá.


Quando essa aula mega torturante chegou ao fim, ela pediu para que Gabriel esperasse, ao fim da mesma.


Eu fiquei esperando também, queria falar com ela.


- Deseja alguma coisa, Srta. Granger?


Não, não, quero só ficar olhando pra essa sua cara. Apostei com Gina que você tinha mais de cem rugas, estou aqui contando --‘


- Na verdade sim Professora. – fiz uma pausa, esperando um incentivo para que continuasse. Ela acenou com a cabeça, então prossegui – A Sra. está lembrando de que estou proibida de ir a Hogsmeade?


- Sim, Srta. e lamento dizer que isso é uma decisão imutável.


IMUTAVEL É VOCÊ, NEM UMA CIRURGIA PLÁSTICA ARRUMA ESSA SUA CARA VIU. BITCH *-*. ODEIO QUANDO AS PESSOAS NÃO ME OUVEM.


- Eu não vim aqui lhe pedir nada, Professora. Pelo contrário, aliás, vim negociar. Eu queria saber se é possível que a Sra. troque minha punição. Eu poderia cumprir detenção, fazer um trabalho, ou algo do tipo.


Ela pareceu considerar.


- Bem, o Sr. Honsl também estava proibido de ir a Hogsmeade, assim como a Srta. – adorei a convocação dos verbos no passado! – então eu iria propor a ele um trabalho, para que estivesse livre de punições, devido a comentários desrespeitosos quanto a minha pessoa.


Gabriel apenas observava tudo. Sem parecer nem um pouco preocupado.


- Professora, sem querer questionar seus métodos – mas já o fazendo – eu queria saber se seria possível que eu e Gabriel fizéssemos o mesmo trabalho. Um trabalho complicado, para que haja como nós dois tirarmos lições dele.


- Hoje é sexta-feira, então que acham de eu lhes dar até terça-feira da semana que antecede o passeio a Hogsmeade, ou seja, semana que vem?


AAAH, ELA CONCORDOU! QUASE ME DEU VONTADE DE BEIJÁ-LA. EU DISSE QUASE.


- Então, estou liberado? – perguntou Gabriel. Garoto mais delinqüente, olha como fala com uma autoridade IDHDAOIHDAOIDSA.


- Sim, Sr. Honsl. E somente para lembrá-los, a permissão para que vocês possam ir ao povoado, depende de como sair o trabalho. Ah sim, e vocês devem apresentá-lo á classe. O assunto será sobre o conteúdo que estamos estudando. Animagalia. E vocês devem nos contar algo que  NÃO tenha no livro de Transfiguração.


EU RI DEMAIS. MENTIRA.


CARA, EUESPERO QUE SEJA IRONIA DO DESTINO, E QUE ELA NÃO SAIBA DA NOSSA TRANSFORMAÇÃO!


 


[N/A: é segunda-feira a noite, um dia antes de entregar o trabalho, ok]


- Herms? Acorda Bela Adormecida!


NÃO! EU ME RECUSO A ABRIR OS OLHOS. NÃO PODE SER, DE NOVO NÃO!


- SAI DAQUI, ASSOMBRAÇÃO. – quando não pude evitar fazê-lo, dei de cara com Gabriel. Sentado na minha cama. Nem me esforcei pra fechar a cara pra ele. Hoje eu acordei com ela trancada a sete chaves.


- Bom dia flor do dia! – alguém me traz um maracujina?


- Você não vai embora né? – é melhor ter certeza.


Ele negou com a cabeça, sorrindo, como se fosse a melhor noticia do mundo.


Como já havia feito isso antes, comecei a trocar de roupa. Dessa vez o queixo de Gabriel não caiu. Ele apenas aumentou o sorriso, e comentou o quanto sou previsível.


Não pude segurar meu dedo do meio, que hoje estava com uma vontade incrível de se mostrar pra ele.


- Coisa feia Herms! – disse ele, rindo.


Apenas tremi a boca, tentando formar um sorriso, e alertando-o que meu humor foi embora no momento em que eu ouvi a palavra “Herms” pela primeira vez hoje.


- O que você quer? – perguntei enquanto amarrava meu cabelo em um coque, não propositalmente despojado (lê-se: bagunçado).


- Nós temos o trabalho pra fazer. – ele respondeu, como se não tivesse entendo a GRAVIDADE DESSA PORCARIA QUE ELE ACABOU DE DIZER!


- PQP. É MESMO! Vamos fazer hoje á noite então.


- Não vai dar pra fazer sozinho! – sério? Porque você acha que eu fiquei tão irritada?


- Eu sei! – por isso vou chamar o Harry! – Mas a gente se vira, ok.


- Tá bom então.


 


- Harry!


- Mione, que saudades. – adeus costelas.


- Pois é... – Harry, quer me ajudar a fazer um trabalho com Gabriel? Sim, sim. Aquele da Sonserina. – Então, vai ter uma festa na Sala Precisa hoje, vamos?


PRA IR A HOGSMEADE AMIGA, INVENTO ATÉ HELIOPATA...


- Não sei não Mione, eu tenho que estudar e... – nerd e mentiroso, se mata. E não tem problema, porque a festa nem existe mesmo, e o que nós vamos fazer lá é estudar... – Quem que vai estar lá? – ele se rendeu, bufando.


- Awm, você é uma graça Harry. Ah, ninguém de mais... Quem sabe você encontra uma gatinha... – ué, quem sabe Gabriel vá de Serpentino hoje. Quem sabe a Fada Azul [N/A: do Pinóquio] esteja de folga hoje.


- IDIHADHDOIAD você ficou impossível Mi. – eu sei!


ELE TEM MUITAS CARAS! ELE JÁ ESTÁ TRI ALEGRE COM A FESTA!


- O que você quer dizer com isso? – ri pra ele.


MALDITO SABÃO EM PÓ! EU ADORO BRAÇOS FORTES, E ESSES... ESSAS COISAS GOSTOSAS QUE SÃO OS MEUS AMIGOS! É DIFÍCIL NÃO TER PENSAMENTOS IMPUROS. ESSE UNIFORME TAMBÉM, NEM ELE RESISTE E FICA GRUDADO NO HARRY, NO GABRIEL, NO MALFOY.


PORQUE EU TO PENSANDO NO MALFOY LOGO DE MANHÃ?


Bom, ainda bem que eu não tomo mais café da manhã; desde aquele dia quando Gabriel me chamou de gorda.


- Que eu sou mais você agora. – respondeu Harry, sem jeito e ficando MUITO vermelho.


E eu achando que ser uma leoa é honrar a casa. O Harry basicamente assumiu as cores da Grifinória. E pelo que parece, permanentemente.


- Que amor Harry! Tá ficando roxinho, roxinho! – dosdosodndondsondsosnosdn.


Ele riu, e então entramos na sala de aula. Onde sentamos juntos, e eu ali ADORANDO ver Rony sozinho. Eu sou má, às vezes. Se você me chamar de put* então, aí já viu.


Harry segurou minha mão a aula toda. Sei lá, parece que eu posso estar na favela do Rio de Janeiro, no Brasil, que com ele ali, fico andando e cagando pro resto.


Eu realmente estou usando expressões doces hoje.


 


- Harry, anda. A festa – não pude evitar rir. – começa daqui a pouco, e lamento dizer que nós já casamos, então dá pra noivinha andar um pouco mais rápido?


NÃO ERA PRA SER ENGRAÇADO MESMO D:


Quando eu falei com Gabriel mais cedo, eu jurei que ele tava com medo de mim:


Virei o corredor e dei de cara com o Gabs e o Malfoy. Eles comentavam algo sobre hoje a noite. Cansando de brisar, eu pedi licença muito EDUCADAMENTE à Malfoy e fui marcar com Gabriel de nos encontrarmos as sete pra fazer o trabalho:


- Herms, gatinha – ele nunca me chamou assim. O que será que ele quer me pedir? SIM, ESPERAR GENTILEZA DE GABRIEL É O MESMO QUE ESPERAR UMA BOMBA. QUANDO ACONTECE, FOD* COM TUDO DEPOIS. –eu tenho um encontro ás seis e meia. Não tem problema né?


- Claro que não Gabriel. SE TU ME DEIXAR ESPERANDO TU VAI FAZER ESSE C* SOZINHO, GURI DOS INFERNOS, TÁ SACANDO? E QUANTO AO ENCONTRO, TO ME LIXANDO. SÓ AVISO QUE TU VAI ACABAR PEGANDO SAPINHO!


Logo depois dessa minha demonstração de ódio pela humanidade, Gabriel me disse que tinha que treinar para as Olimpíadas em um lugar muito longe de qualquer lugar onde eu me encontrasse, e saiu correndo, com o paga pau do Malfoy no pé.


O que esse FDP aprontou comigo? HEIN?


- Harry? – perguntei enquanto subia as escadas. – Se afogou no perfume, se asfixiou com a gravata, ficou preso numa gaveta, o que houve?


- SURPRESA! – FPD. Anyway, ele gritou atrás de mim, quase fazendo com que eu me borrasse nas minhas calças jeans. Como eu já comentei que sou má mentirosa, sim, estou fingindo que vou de jeans e de suéter rasgado pra uma festa.  – OLHA O QUE O SEU TCHUTCHUCO – isso doeu – COMPROU PRA VOCÊ! – falou ele, todo empolgado, jogando uma caixa quase do meu tamanho em cima de mim, quase me esmagando.


SEM ESSA DE ME MATAR POTTER, EU AINDA QUERO IR A HOGSMEADE.


Eu abri a caixa, sem muita convicção, já acostumada com as bizarrices que Harry me dá de aniversário.


WTF. Ali dentro, tem o vestido mais lindo que eu já vi na minha vida! Era lindo, lindo, lindo. Um tomara-que-caia em um azul... INDESCRITIVEL ESSE AZUL. Mas enfim, ele era justo, todo justo, com uma cava do lado direito. Bem, era meio curto, e fiquei surpresa que ele tenha escolhido isso pra mim.


- Com quantos rins você nasceu? – perguntei, ainda abobada com o vestido.


- Dois, por quê? – Harry perguntou confuso.


- Como assim, você vendeu uns quatro pra me comprar esse negócio!


Ele riu alto.


- Posso ver o vestido? – ele me pediu. E eu, brisei.


- Amigo, você me comprou o vestido, deixa eu ao menos ver? Obrigada. – respondi antes que ele se manifestasse.


- Gina que comprou. – ele disse, roubando o vestido da minha mão – CADÊ A OUTRA PARTE?


Sabia. Piti típico dele. Weaslyte aguda, que se chama. A cura ainda não foi descoberta.


Censurei-o com um olhar.


- Quer sabe, Mi, essa roupa tá ótima, e vamos logo.


Gente, nesse vuco vuco eu nem tinha reparado, como ele fica lindo de terno. E isso me deu vontade de beijá-lo. Não com segundas intenções, mas eu preciso saber o que eu sinto por ele.


PODE SER MEU ÚLTIMO DIA COM O VESTIDO! COM CERTEZA HARRY VAI TIRÁ-LO DE MIM QUANDO SOUBER QUE EU VOU VER GABS COM ELE. AH NÃO, EU TENHO QUE PROVAR.


- Ah Harry, por favor, me deixa provar? – duvido que minha cara esteja tão fofa quanto a do Gabs, mas vale a pena tentar.


- Anda_logo. – ele respondeu, entre dentes. Desci as escadas, onde estávamos parados, AINDA ME PERGUNTO COMO EU NÃO CAÍ DAÍ COM O SUSTO NÉAM, MAS OK, e fui correndo pro meu dormitório.


 


O vestido ficou simplesmente LINDO. Foi feito pra mim! Me olhei no espelho e ri. Eu, de all star, com o cabelo em seu momento mais Grifinório [N/A: de leão] de ser.


Eu nunca seria uma princesa.


Desviando meus pensamentos da desgraça de ser eu mesma, qq, olhei no relógio.


19:45.


O QUE?


TÔ ME LIXANDO SE EU TO DE VESTIDO, EU TÔ ATRASADA PRA CASSE*E! JESUS!


Desci e encontrei Harry sentado.


- Você não vai assim nem a pau! – gritou ele.


- E a pedra, pode ser? – perguntei sarcástica. – Amorzinho, a gente ta muito atrasado!


- “Há tempo pra tudo debaixo dos céus” – profetizou Harry, irônico.


- NÃO QUANDO O ASSUNTO É HOGSMEADE!


Nessas alturas eu já estava no corredor, apinhado de gente, que havia ido pegar um sol no Lago. Harry estava mais atrás de mim. Digamos que, BEM atrás de mim. Pude perceber que ele ainda se preocupava em pedir licença pras pessoas.


É, gente que não tem alma corrompida sempre se atrasa. Comecei a correr, desesperadamente. Já deve ser umas oito horas!


- Hey, você. – alguém me chamou. Acho que foi Mc Laggen. – Quer ir a Hogsmeade comigo?


- Você ao menos sabe meu nome? – perguntei, parando somente pra recuperar meu fôlego (que parece perdido para sempre), e logo correndo de novo.


- Quem sabe sua língua possa contar pra minha. – disse ele tentando soar sedutor. ESSA FOI A CANTADA MAIS RIDICULA QUE EU JÁ OUVI.


- Vai urubuzear pra outro canto, Mc Laggen, ou eu te tiro do time. – falou Harry, me alcançando agora.


Lá na minha terra isso se chama chantagem, e acho que ele não podia fazer isso.


Mc Laggen o ignorou completamente, e quando falou se dirigiu á mim:


- Então, és a Protegida de Potter?


- Me chama do que quiser colega. Mas na minha certidão de nascimento está escrito Hermione Granger, só pra constar.


Saí em disparada, estando mega atrasada. Se bem que Gabriel deve estar ocupado com a boca, ou sabe-se o que mais, da garota com quem ele ia se encontrar.


Meu Merlin, eu to cansada demais. Não sei se vou conseguir chegar lá.


Na dúvida, continue correndo!


Parei na metade do corredor seguinte.


O Homem da Faca, [N/A: aquela dorzinha que dá meio que no nosso “lado”, perto das costelas, sabe.] me atacava incessantemente e eu não ia conseguir correr mais. Tirando os meus joelhos, que estão me matando, e que estou correndo com um vestido justo, no qual mal mexo as pernas.


PORQUE ESSE CASTELO É TÃO GRANDE MESMO?


Escorei-me no corredor, com falta de ar.


Harry chegou ao meu encalço, sem parecer que correu uma maratona.


SOU SÓ EU QUE NÃO SOU SAÚDE? SÓ PORQUE EU NÃO FICO PUXANDO FERRINHO, E NÃO COMO SALADA EU ESTOU CONDENADA A UMA MORTE LENTA E DOLOROSA, SEM IR A HOGSMEADE?


- Mi você está bem? – ele parecia preocupado.


Nem consigo responder, de tanta falta de ar.


Balancei a cabeça negativamente.


- Quer que eu te leve pro Salão Comunal? – senti a esperança na voz dele.


Neguei com a cabeça de novo. Fiquei fazendo “exercícios” para respiração.


 Quando consegui falar disse:


- Preciso ir à festa. – se você substituir “disse” por “sussurrei” fica mais correto.


- Quer que eu te leve? – balancei afirmativamente com a cabeça, então ele me pegou no colo, COMO SE EU FOSSE A NOIVA DELE. Ele riu. – Sabe que eu já nos imaginei assim? – PODIA TER DITO ISSO HÁ UM MÊS, PUT*.


- Eu também. – respondi baixinho. Não mais, mas isso já foi o que eu mais queria na vida.


- Nos sonhos, você parecia mais leve. – ele falou rindo. NÃO TEM GRAÇA. ESSES HOMENS FICAM FAZENDO ESSAS PIADAS. SÉRIO, TÔ MESMO ACHANDO QUE EU TO GORDA.


Fiz uma cara de desgosto, fazendo com que ele se desculpasse.


NOTA MENTAL: perguntar á Gina se eu estou mesmo gorda.


Quando chegamos a Sala Precisa, Harry me largou gentilmente no chão, perguntando se eu estava melhor.


Respondi que sim, então mentalizei a Sala de Estudos e entramos.


Gabriel já estava lá. Não sozinho. COM MALFOY! Eles fizeram uma careta muito pervertida quando me viram no vestido. Porém eu já estou acostumada com isso. Convivendo com Gabriel, sendo que sua saia é curta, é quase uma necessidade você ignorar isso.


Foi quando os olhos dos dois, ao mesmo tempo, notaram Harry, que saiu do estado de choque e conseguiu pronunciar alguma coisa. E eu, idem a Harry.


- O QUE ELE ESTÁ FAZENDO AQUI? – perguntamos os quatro juntos. Seria até bem divertido e engraçado se não fosse MALFOY ali, materializado na minha frente.


- Hermione? – perguntou Harry, paralelamente á aqueles dois.


- Pois bem, digamos que é uma Festa dos Estudos! – finalizei com um sorriso amarelo.


- Porque você me chamou? – pra te usar, como eu adoro fazer com as pessoas. Ta aí, uma resposta verdadeira!


- Porque eu e o Gabs – bem esperto usar o apelido dele na frente do Harry. Constatei, atemorizada, que Harry tremeu o maxilar. – temos que fazer um trabalho, e não vamos conseguir terminar sem a sua ajuda.


Ele parecia muito magoado. Eu não pensei que fosse ter tanto problema assim! Eu não pensei que fosse me sentir tão mal.


Gabriel e Malfoy tinham uma conversa parecida, no outro lado da sala.


Foi quando Harry me deu as costas, e eu me senti vivendo um Flashback, onde ele ia embora depois de eu tê-lo chamado de assassino.


Quando a mão dele tocou a maçaneta, eu fui atrás e o abracei por trás.


Eu sei que desculpas não vão adiantar nada agora.


Então, num impulso, o qual eu resisti há anos, eu o beijei.


 Um beijo calmo, carinhoso, como se selasse o fim dos tempos nos quais eu o amara. Foi reconfortante, como minhas tardes com Harry. Mas não chega aos pés do beijo do Malfoy. Eu sei meu nome, sei onde estamos.


 As únicas coisas que eu não sei são porque eu o beijei, e porque DIABOS EU PENSEI EM MALFOY DURANTE O BEIJO?


Quando nos separamos, Harry abriu os olhos, espantado. Olhei em volta e vi a expressão confusa e raivosa de Gabriel. Malfoy parecia perdido, em choque.


- O que significa isso? – perguntou Harry, mais calmo.


- Que acabou Harry. – isso foi mais uma resposta pra mim mesma, mas ainda sim...


Ele sacudiu a cabeça, e seu fosse Luna acharia que ali estava cheio de zonzóbulos, porém sou Hermione Granger, e sei que ele fez isso para aliviar as idéias.


Eu o olhei, indicando que conversaríamos mais tarde.


Mas eu tenho/tinha um amigo chamado Gabriel:


- Poxa Hermione, Draco ganhou um beijo, até o Potter ganhou um beijo? E eu? Isso é discriminação, sabia?


É. EU BEIJARIA VOCÊ, MAS VOU ESTAR MUITO OCUPADA ARRANCANDO SUA LÍNGUA, PRA GARANTIR MINHA SOBREVIVENCIA NA FACE DA TERRA.


Harry me ergueu uma sobrancelha, mas não disse nada. Malfoy deu um pedala Robinho no Gabs.


- É povo, já que estamos aqui, vamos trabalhar. – disse, tentando pôr um fim naquela tensão maldita, que eu não imaginava que ia surgir.


 


 


- Granger, acho que não vamos achar nada. – disse Malfoy, sentando na cadeira. – Tudo que conseguimos foi estragar nossas colunas para sempre.


E isso é verdade. Agora são 10:30, e nós ficamos procurando livros que contenham informações diferentes ao de Transfiguração.


A Sala Precisa realmente nos forneceu tudo que podia. Mas ainda sim, não o que precisávamos.


- Então adeus. – suspirei cansada, me despedindo, pronta pra ir embora.


- Mi uma das saídas foi interditada, pela Umbridge, há um ano, lembra? – falou Harry.


- Sim Harry, eu lembro. Então ainda tem a outra né!? – crianças...


- Pois bem. Eu consultei o Instrumento de Almofadinhas, e vi que o Guardião das Línguas está trancando a outra escapatória. – NÃO ACREDITO QUE HARRY AINDA LEMBRA-SE DOS CÓDIGOS. OWM, QUE AMOR! Ah, e traduzindo: “eu consultei o Mapa do Maroto e vi que Filch está trancando a outra saída.”


- Você lembra Raio! Que fofo. – disse á ele, lhe chamando pelo apelido.


- Claro, Traça. – bati nele com um livro próximo. – Hm, quero dizer Cérebro.


Ele e Inflamável/Rony viviam trocando meu apelido. Gente, eu tinha até me esquecido disso!


Malfoy e Gabs se mijavam á nossas costas. Tudo bem que os apelidos eram meio ÓBVIOS, mas a gente se divertia, ué.


- Nós duvidamos. – iniciou Gabs.


- Que vocês tenham coragem. – continuou Malfoy.


Eu já sabia do que eles estavam falando.


- A gente topa. – respondi por mim e por Harry, que, coitado tava brisando em todas ali. – Mas não tem Veritaserum aqui.


- Ora, ora, admitindo que a palavra de vocês não vale nada? – debochou Malfoy. VOU DAR UM BANHO NESSE CARA, AGORA É QUESTÃO DE HONRA.


- Estou mais preocupada é com a de vocês;


- Preocupada comigo, Granger? – ele ironizou. VOCÊ DEVIA SE PREOCUPAR COM SEUS DENTES! NÃO SEI SE VOCÊ LEMBRA, MAS EU TENHO UMA MÃO PESADA. NÃO SE PREOCUPE, EU POSSO REFRESCAR SUA MEMÓRIA.


- Malfoy, se você não calar a boca, vou pensar que você que está com medo.


Quando Malfoy ia responder, Gabriel pegou uma mala no canto, e se pronunciou:


- Calados, gafanhotos. Aprendam com o Mestre.


Na boa, se ele fosse verde e baixinho, podia se passar por mestre Yoda facin’ facin’.


Anyway, de qualquer modo, no que ele abriu a mala, eu pude ver grande quantidade de álcool no geral.


Cerveja.


Caipirinha.


Vodka.


Uísque de fogo.


Bebida dos Elfos.


Harry começou a entender do que se tratava e me puxou pra um canto.


- Verdade ou desafio? – ele me perguntou. Que ingenuidade.


- Não. É bem pior. Chama-se “Do it”. Gabs lhe explica melhor, vamos. – falei enquanto o puxava pela mão, e sentávamos de modo que os quatro formassem um círculo.


- Bêbados só falam merd*. Não dá pra acreditar em nada! – comentei.


- Já tem Veritaserum aqui, Herms. – explicou Gabs, segurando um frasco meio grande. Legal Malfoy me mentir, começamos bem o jogo...


Eu reparei que, de acordo com a espessura da poção, o efeito dura apenas o necessário para o oponente responder, sendo que na próxima rodada, o efeito já ter acabado...


- Explica pro Harry, ele não sabe jogar. – pedi á ele.


- Então está bem. Olha Potter, começamos pela Cerveja. A gente roda a garrafa, a tampa responde e o fundo pergunta, - OIASHADSOIHDA Gabriel sabe explicar tudo sobre uma garrafa. Parece um marinheiro falando de um barco. Mas eu conheço bem Gabs e sua relação com álcool. – quem for perguntado tem que responder uma pergunta que o outro fizer. Depois toma Veritaserum, faz-se a mesma pergunta e comparam-se as duas respostas. Se forem diferentes, ou você tira uma peça de roupa, ou cumpre um desafio escolhido pelo oponente. E a peça de roupa, somos nós que escolhemos. – terminou ele com um sorriso safado.


- HERMIONE, JURA QUE EU VOU TE DEIXAR JOGAR DE VESTIDO! – gritou Harry, já tirando o terno dele e me obrigando a vestir. Fiquei parecendo um pingüim.


Bem, Malfoy pegou a cerveja e rodou:


[N/A: LEIAM ISSO! BOM, EU VOU PÔR ASSIM, OK: “FULANO – BELTRANO.” O NOME QUE VIER ANTES DO TRAÇO É DE QUEM FAZ A PERGUNTA, E O QUE VEM DEPOIS RESPONDE.]


Gabriel – Malfoy:


- Draco! Parceiro! – Gabriel não é um bom amigo. Fiquei com pena de Malfoy por alguns segundos, mas logo passou rs. – Pegaria a Herms?


PORQUE EU? PORQUE JUSTO EU?


Ergui as sobrancelhas para Gabriel, que sorriu pra mim.


Malfoy sorriu cínico para Gabriel, hesitou um pouco, porém respondeu:


- Sim.


ESTOU SURPRESA. NÃO PELA RESPOSTA, PORQUE ELE JÁ ME “PEGOU” ANTES. MAS ACHEI QUE ELE FOSSE MENTIR!


Vi Harry fechar a cara.


Malfoy pegou o frasco com a poção, e bebeu exatamente uma gota.


- Sim. – ele respondeu de novo.


Sendo assim, não precisou tirar nenhuma peça de roupa. Isso me deixou um pouco infeliz.


Desta vez, Gabriel foi quem girou a garrafa:


Harry – Hermione:


Harry sorriu perigoso, e eu quase me borrei.


- Você me ama? – ele perguntou.


Isso é discutível. Porque eu já amei.


- Não. – não mais.


Harry me olhou ainda sorrindo, achando que eu estava mentindo. QUALÉ, FICAR PELADA NA FRENTE DO MALFOY NÃO É MEU HOBBY, MIGUXO!              


Malfoy me arremessou a garrafa com o Veritaserum, do qual eu tomei bem pouquinho.


- Não. – respondi de novo.


Nos olhos de Harry, percebi, havia surpresa e mágoa. Eu virei as costas para ele, já sentindo que Do It só iria piorar...


- Por quê? – fui surpreendida por Harry.


Porque eu não o amo mais, mesmo?


Virei-me para ele, para tentar respondê-lo com os olhos e vi ao fundo Gabriel e Malfoy já atacando as garrafas de vodka. Eu ri.


- Vocês vão jogar ou não? – perguntou Malfoy, já rodando a garrafa, novamente.


Hermione – Gabs:


- Porque você foi falar comigo, no dia em que nos conhecemos? – ah qual é, eu PRECISO saber disso! Só agora que eu me liguei que nunca tinha pensado nisso, rs.


- Ah Hermione. –ele começou visivelmente embaraçado. E eu aqui, já imaginando os mais bizarros motivos... – Não vamos falar disso, vai.


- Vamos sim! Qual o problema, você matou alguém? – debochei.


- Herms, isso vai fud*r tudo. – ele disse já embaraçado.


Eu continuo com minha teoria dos ninjas canibais.


- CARAL*O GABRIEL, ANDA DE UMA VEZ! – gritou Malfoy, irritado assim como Harry, que balançou a cabeça em concordância.


Eu joguei o frasco para ele, que segurou com contragosto. Ele bebeu.


- Por causa de uma aposta. – talvez realmente fosse melhor se eu tivesse perguntado outra coisa.


Não pude evitar que algumas lágrimas caíssem no meu rosto. Enxuguei-as rápido, porém todos já as haviam visto. Algumas outras vieram fazer companhia a essas.


Vi Harry se aproximar de mim, e me abraçar.


Como eu queria que fosse mentira. Que Gabriel realmente não tivesse feito isso comigo.


- Herms. – ele começou, com a voz rouca. –Eu...


- NÃO ADIANTA EXPLICAR NADA! – eu gritei.


- Eu só quero pedir desculpas. – ele disse.


Isso foi tão “Gabriel”.


Ele me conhece tão bem.


Isso me quebrou.


- Você tem que tirar uma peça de roupa. – eu respondi á ele, tentando sorrir.


Isso foi há tanto tempo... Nem sei por que eu me importei, não é? Quero dizer, é o Gabs. O meu Gabs.


Eu o vi rir. Então ele completou:


- Eu tiro todas se você quiser.


Eu ri. CLARO QUE EU QUERO!E viva ao autocontrole!


- Que isso, eu não quero ter pesadelos hoje! – falei brincando. – A camisa, anda logo.


Ele tirou a camisa, de acordo com as regras do jogo.


Tudo bem que eu já estou acostumada a vê-lo assim, mas isso não torna menos difícil desviar os olhos daqueles braços, daquele tronco...


Que o jogo continue!


Draco – Harry:


- E você Potter, ama a Granger? – perguntou Malfoy.


É impressão minha ou todas as perguntas envolvem a minha pessoa.


Tsc, tsc, tsc, eu devo ser mais diva do que pareço.


- Sim, - NÃO HARRY, VOCÊ NÃO ME AMA, NÃO FOD* COM TUDO, NÃO FOD* COM TUDO! – ela é minha melhor amiga.


OWM.


Eu vi Gabriel rir, Malfoy continuar de cara fechada.


Incrível como eles são diferentes. Os dois estão TOTALMENTE bêbados, isso é indiscutível, mas enquanto o Gabs fica feliz, o Malfoy fica sério.


Vendo que Gabs estava ocupado demais bebendo para jogar a Veritaserum pro Harry, eu o fiz.


Após tomar ele disse:


- Sim. – logo depois permanecendo em silencio.


- Como amiga? – continuou Malfoy.


AH CALA A BOCA. DEIXA ASSIM MANO.


- A regra do jogo diz claramente que o adversário só pode fazer uma pergunta. – eu me meti antes que Harry dissesse alguma coisa.


É colega, é realmente prepotência de minha parte achar que ele vai fazer cagada. Quem sabe você entenda quando eu disser que ele é HARRY POTTER!


- Não diz não Herms. – falou Gabs.


Legal, parabéns.


Gabriel Estraga Tudo Honsl.


Resolvi beber um pouco.


Ignorando minha falta de prática para esse “esporte”, fui direto pra Vodka.


CARAL*O MANO, ISSO É FOGO.


Desistindo de tomar no copo, já entornei a garrafa.


- Não a amo como amiga. – disse Harry, depois de um prolongado silêncio. Da parte dele né, porque Gabriel estava rindo que nem louco e já me chamando de alcoólatra.


Malfoy dizendo que queria ver o menos possível do corpo de Harry, o mandou tirar a gravata. Ele o fez.


E eu, numa tentativa desesperada de arrumar as coisas, disse:


- Me ama como irmã né Harry... – e já fui logo rodando a garrafa.


Gabriel – Hermione:


- A vingança será maligna. – debochou ele.


Apenas o olhei com sarcasmo.


- Tudo bem, tudo bem. Com quem você deu seu primeiro beijo?


- Ã, porque você quer saber? – Gelei.


PUFAVO GABS, ISSO É SACANAGEM.


- Toma isso de uma vez. – ele falou me jogando a poção.


Eu, por outro lado, tomei um grande gole de Uísque de Fogo, para, depois tomar um pouco da poção.


- Draco Malfoy. – poçãozinha sacana essa, viu?


Aí sim que Gabriel desabou rindo.


Ele ainda está rindo.


Malfoy bateu na testa e tomou uma garrafa inteira de cerveja.


Harry se indignou já.


Aí sim que Gabs se ligou na gravidade da situação e parou de rir.


Mas já era tarde demais, mal feito está feito.


Isso já me fez pensar nas duas vezes em que eu beijei Malfoy.


Nas sensações que isso me causou.


No que eu fiquei pensando depois.


E no que eu ando pensando, demais até.


- A camisa, Herms. – disse Gabriel rindo.


- Eu estou de vestido. – respondi, demonstrando a coisa ÓBVIA que Gabriel ignorava. Ao menos que a bebida ignorava.


- A culpa não é minha.


Tudo bem, desafio então né...


- Mas eu escolho desafio, Gabriel. – falei.


Ele se espantou, de início, mas logo depois disse:


- Tudo bem. Eu quero que você dance pra mim.


Fud*u.


Conhecendo Gabriel como eu conheço, sei que ele não está falando de ballet, ou de jazz.


Comecei a dançar sensualmente (Lê-se: comecei a imitar uma lagartixa com câimbra –qq) para ele, que estava com uma garrafa na mão.


Malfoy, já mais felizinho batia palmas.


Quando Harry Potter, a única pessoa sã naquela sala, se levantou e me obrigou a sentar, bem longe de Gabriel.


- Potter, estraga prazeres. Não estava gostando da dança, não. – perguntou Malfoy.


- Não. – respondeu Harry, bem sério.


- Seu homossexual! – gritou Gabs, que logo continuou: - Eu adorei Herms, não precisa subestimar sua dança, rs.


Ri meio sem jeito, vendo que a coisa estava passando dos limites.


Malfoy, bem mais animadinho, tirou a camisa.


- Por que fez isso? – não pense               que eu estou reclamando. WOW. WOW. WOW. WOW. MIL VEZES WOW. Desde quando Malfoy étudo isso?


- Ficou mais quente aqui desde que você dançou, Herms. – ele respondeu.


IMPRESSÃO MINHA OU MALFOY ME CANTOU? E ME CHAMOU PELO APELIDO?


Dane-se. Bebi mais um pouco de Vodka. Imagine um pouco na proporção da quantidade de água que um elefante toma, na visão de uma formiga.


Só agora me dei conta de como isso é divertido.


- CHEGA, HERMIONE. ISSO DAQUI ESTÁ DE MAIS. VOCÊ ME MENTIU E ME DECEPCIONOU DEMAIS HOJE. E PARECE QUE ENCARNOU DANNY JONES AQUI [N/A: integrante do McFly, conhecido por beber um pouco demais da conta, se é que me entende]. –falou Harry, num momento de total revoltamento.


- Mas é agora que está ficando legal. – respondi, com a voz meio enrolada. Não vou questionar sobre o possuimento de Danny no meu corpo...


- Não Hermione, agora que está passando dos limites. – ele disse, em meio ás reclamações de Draco e Gabs.


- Hey, quando foi que eu te menti? – só absorvi essa parte agora...


- Harry, vai ter uma festa hoje – começou ele, me imitando com voz de falsete. MINHA VOZ SÓ FICA SIM QUANDO EU CANTO NO CHUVEIRO, COLEGA! – aí eu chego aqui e você diz que nós vamos estudar e...


- Então Harry, anatomia... Estamos conhecendo o corpo humano. – o interrompi, pra dizer essa coisa SAFADA.


- Eu vou te esperar lá fora, e espero que você não demore. – disse Harry, entre dentes.


Ok né...


Gabs e Draco desataram a rir da minha piada, os reflexos meios lentos, por causa da bebida. Os dois sem camisa, com os peitorais mega definidos ali, dando sopa.


Pensei debochada, que já tinha beijado dois dos três homens que estavam naquela sala.


Mas...


Por que não?


Caminhei até Gabriel, totalmente fora de controle.


Como eu sei disso, e continuo andando?


Dane-se. Meu lema, hoje, pelo menos.


Gabriel estava sentando.


Olhei para o lado, e pude ver Malfoy fuçando nas garrafas, provavelmente procurando a dose mais forte que há ali.


Voltando os olhos á Gabriel, me sentei no seu colo, e quando ia me aproximar da boca dele, ele percebeu minhas reais intenções.


- Não, Herms. – falou ele, me recusando.


O QUE FOI? ELE ME ACHA GORDA MESMO?


Perguntei.


- Sério, você não entenderia. – porque as pessoas subestimam a minha capacidade de entender as coisas? – Seria difícil de mais, de te largar depois.


Dá pra ficar braba com essa coisinha linda?


- Você é uma gracinha. – eu falei, já saindo dali, porque Harry me esperava lá fora.


- Todas dizem isso. – disse ele, convencido.


Ri.


Abri a porta e encontrei um Harry Potter zangado, encostado na pilastra.


Pensei no meu mantra de hoje, o dane-se.


- Você vem ou não? – perguntei.


- Você tem muito o que explicar. – ele disse.


- Cala a boca, que você me ama. – devolvi, mostrando a língua.


Ele corou.


 


 


Minhas vidas! Eu sei que demorei, mas olha o tamanho do capítulo, dá um desconto aí. Sim, capítulo bem HOT, mas eu inté que gostei...


Respondendo os coments:


Scarlett : owm, que bom que tu gostou amor! Todo mundo se apaixona pelo MEU Gabs [momento possessivo da autora], brimcs. Ah amor, eu não posso revelar nada por enquanto, mas eu te garanto que uma parte da fic vai ser Gabione Q. Aqui mais um capítulo, beijelton.


Marcella Reginato : Graças a Merlin que tu gostou. Eu achei um koo, né, mais... Ér, bem, ela me disse que já arranjou um médico, mas disse que você que vai pagar Q. IAHIDSHIDSAOHDIAO é que eles são meio populares na escola, e ela é metida que nem a Skeeter, então... IHDOIHDADHSIDAH um casal muito fofo. Tudo com o Gabs fica fofo /morre. DIAHODSAIDSA. Ah e só p. dizer mais uma vez que eu estou amando a sua fic. Beijos.


 


Mi Malfoy.

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Comentários (1)

  • Marcella Reginato

    Meu Merlin, amei reler esse capítulo, tudo de bom *-* o Gabs consegue ser a cada dia mais fofo e tudo o mais *-----------------* aiai

    2013-01-20
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