Capitulo 3



Mike tinha a manhã livre e convidou Gina para jogar tênis. Ele era um bom jogador, e ela teve que se esforçar para não perder todas as partidas. Depois do jogo, Mike voltou para o hospital e Gina, acalorada, foi tomar uma ducha gelada para se refrescar e descansar até a hora do jantar.


 
Tiago estava visitando o advogado que morava no outro lado da ilha. Os dois passavam horas jogando xadrez.


Enquanto deixava a água escorrer sobre seu corpo, Gina refletia sobre o que Tiago lhe dissera antes de sair. Harry ia levá-la a Sta Lúcia! Ela não tinha a menor idéia de como Tiago conseguira convencer o filho.


Harry... Gina começou a pensar nele, enquanto esfregava seu corpo com a esponja, e uma sensação excitante arrepiou sua pele. Harry! O nome dele escapou de seus lábios enquanto tirava a espuma do corpo. Estava toda molhada, quase alcançando o roupão que havia esquecido sobre a cama, quando ouviu alguém abrir a porta de seu quarto.


- Gina!



Ela gelou quando ouviu a voz de Harry. Ficou chocada demais para poder gritar ou impedi-lo de entrar, e então já era muito tarde. Harry estava no quarto, e olhava para as curvas de seu corpo esbelto, ainda molhado. Por alguns segundos, ela teve a sensação de que o tempo havia parado, enquanto Harry fixava os olhos sobre seus seios firmes de adolescente, descendo-os vagarosamente para sua cintura delicada e pernas esbeltas.


 
E, rapidamente como havia entrado, ele saiu do quarto, deixando-a quase sem fôlego e em pânico. Arrepios percorriam seu corpo, e tentou se proteger, agora sem necessidade, com o roupão.


Pressionou as mãos no peito, tentando se acalmar, e sentiu o coração disparado. O que estava acontecendo com ela? Parecia que estava com febre, tanto o seu corpo tremia e doía.


 


Era isso o que o amor fazia às pessoas? Ficou em silêncio durante o jantar, sem coragem de encarar Harry. Ele não parecia perturbado. Será que aqueles breves momentos estavam vivos na mente de Harry como ainda estavam na dela? É claro que não! Ela não devia ser a primeira mulher que Harry via nua: para ele, Gina não passava de uma adolescente tola e descuidada.


 
- Você já disse a Gina que irão amanhã cedo? - Tiago perguntou a Harry, durante o jantar.



- Ainda não. Dá para você se aprontar? - Harry falou bem alto, sem olhar para ela.


Então, Harry entrara no quarto para avisá-la...



- É claro que sim - Tiago respondeu, antes que Gina pudesse falar. - E não se esqueça. Gina... - Deu-lhe um sorriso cheio de compreensão. - Compre muitas roupas bonitas para você. - E virando-se para Harry: - Quanto tempo você pretende ficar por lá?


Mais um vez Gina sentiu como Harry a excluía da viagem.


- Uns dois dias. Vai depender de Cho.


Cho! Uma dor aguda atravessou seu corpo, e Gina sentiu vontade de gritar. Cho! Então era essa a dor do ciúme? Uma agonia que a rasgava internamente? Harry desculpou-se, levantando-se da mesa e se retirando quando o jantar acabou. Gina devia estar com um aspecto desanimado, pois Tiago olhou para ela, preocupado.



- Não se preocupe com ele - disse, gentilmente. - Harry está passando por momentos difíceis. Eu me lembro de que, quando encontrei sua mãe pela primeira vez... Gina olhou para ele. O que será que Tiago tentava lhe dizer? Será que Harry estava pensando em se casar com Cho? Meu Deus! Ela não tinha nada haver com isso. Por que não desistia daquela viagem, que só iria lhe trazer tristeza e dor, vendo Harry com Cho? Mas não podia desapontar Tiago, e sabia que ele ficaria frustrado se recusasse a ir. Deu uma olhada para si mesma e mais uma vez constatou que suas roupas estavam realmente velhas e feias. " Estranho estar me preocupando com isso agora!", pensou. Sorriu ironicamente lembrando-se da imagem sofisticada e sensual de Cho, sempre bem vestida e elegante. Não havia comparação...


 


Na manhã seguinte, Mama Case foi se despedir de Gina à porta da Casa Grande e estava preocupada porque ela iria passar dois dias fora de casa. Harry observou, com ironia:



- Ela estará a salvo, Mama Case. Mike vai ficar por aqui.


Gina corou de irritação com a implicância dele, mas conseguiu se conter, e nada respondeu. Não queria estragar o passeio tão esperado.


Por que Harry implicava tanto com Mike? Ele era tão agradável e amigo... Nadava e jogava tênis muito bem. Não poderia desejar melhor companhia. De repente, ficou assustada, ao perceber que considerava Mike mais como um irmão do que o próprio Harry. Com Mike, ficava sempre à vontade, o que não acontecia quando estava com Harry. Entre eles sempre havia muita tensão.


- Sonhando acordada com Mike ? - A voz de Harry perturbou seus pensamentos.



Gina ficou vermelha, preocupada com o que ele pudesse ter adivinhado de sua expressão. Mais uma vez Harry parecia estar lendo sua mente.



- E se fosse? - Desafiou-o, erguendo a cabeça, determinada a não deixá-lo perceber que era nele que estava pensando.


- Esqueça, Gina. Talvez ele seja o ideal de toda adolescente, mas você não será uma adolescente para sempre. Quando for mulher, irá desejar um homem de verdade e não um garoto. - Harry se afastou antes que ela pudesse responder ou exigir maiores explicações.



Meia hora depois, Gina estava esperando por Leon, que a levaria até a escuna de Harry, ancorada na baía. Ele a tinha comprado e reformado inteiramente há três anos. Gina adorava vê-la balançando-se graciosamente nas águas do Caribe, com as velas brilhando ao sol. Já havia estado a bordo várias vezes, e se sentia quase em casa na elegante embarcação. Tiago a ensinara a velejar e ela nunca conseguira esquecer uma ocasião em que ajudara Harry a comandar a escuna numa competição local.



- Pode ficar na cabine da frente - Harry avisou, enquanto ajudava Gina a subir no barco. - Leon já trouxe suas coisas.



Por um momento, a claridade do sol batendo na pintura branca cegou Gina.


 


Quando sua visão começou a clarear, notou que Harry estava descalço, usando um short velho e curto, e com peito nu queimado pelo sol e pela água do mar.



" Como ele é bonito", pensou, tentando desviar o olhar.


- Tiago quer que eu compre roupas novas em Sta Lúcia - disse, olhando suas roupas gastas.



- É, ele me disse.


 


- Tiago acha que talvez Cho possa ajudá-la a melhorar seu aspecto. Que desafio para Cho! - comentou ironicamente. - Vou levantar a âncora e podemos partir.


- Quer ajuda? - Gina ofereceu, tentando disfarçar a mágoa pelo insulto dele.



- Não, obrigado. Posso controlar o "Lady" sozinho. Prefiro assim.


- Você quer dizer que devo ficar trancada na cabine até chegarmos a Sta Lúcia? É isso que esta tentando me dizer, Harry? - O desapontamento se refletia em sua voz.



- Isso tornará as coisas mais fáceis por aqui - ele concordou, sem se preocupar em feri-la.


A manhã demorou a passar para Gina, enfiada na cabine, olhando o mar pela escotilha. Na hora do almoço, já completamente entediada, decidiu que nada iria mantê-la presa lá. Esperaria Harry descer e o avisaria de que estava saindo.



Mas o tédio e a fome a dominaram, e mudou de idéia. Harry também iria sentir fome em algum momento, e seria muito difícil para ele controlar a escuna e comer ao mesmo tempo.



Subiu para o tombadilho, sem fazer ruído, disposta a lhe perguntar se não iriam almoçar. Mas não conseguiu encontrá-lo em parte alguma do barco. Notou então que a escuna estava ancorada e balançava suavemente ao sabor das ondas. Começou a ficar apreensiva, mas seria estupidez pensar que alguém com a experiência dele pudesse ter caído no mar.


Estava quase voltando para a cabine, a fim de verificar se ele estava por lá quando uma sombra surgiu a sua frente.


- Harry! - exclamou aliviada, vendo-o subir no tombadilho. Só então notou, chocada, que ele estava completamente nu, com o corpo brilhando pelo efeito do sol na água salgada que escorria dele.


- Gina! Pensei que você estivesse na cabine! - ele falou zangado.


 


- Subi para ver se você queria comer alguma coisa. Estou cansada de ficar trancada lá embaixo. - Gina tentou disfarçar a admiração que sentia por aquele corpo perfeito, másculo e tão excitante. Um tremor tomou conta de seu corpo e sua têmpora começou a latejar, tão perturbada ficara com aquela visão. Desviou os olhos, atordoada.


- Mais tarde. Primeiro, vou tomar uma ducha e me trocar. O que há? - ele disse, impaciente por vê-la imóvel. - Vamos, Gina, mexa-se. Vá para a cabine, antes que eu faça alguma coisa que realmente possa chocá-la.


 
Chegaram a Sta Lúcia bem antes do que Gina esperava. Ela suspeitou que Harry havia feito o possível para encurtar a viagem.



O porto principal, Castries, estava movimentado. Um navio de passageiros havia ancorado ali, e a estreita rua principal da cidadezinha estava apinhada de turistas.
Gina tentava acompanhar as passadas rápidas e largas de Harry, mas quase não conseguia. Numa esquina movimentada, ele teve que esperar por ela, e segurou-a pelo braço. Uma sensação de prazer apoderou-se de Gina ao se recordar do momento em que o vira nu, no tombadilho da escuna. Atormentou-se, imaginando se nas outras ocasiões ele nadara sozinho ou com alguém como Cho...



Por um instante, ficou imaginando como seria nadar a sós com ele nas águas profundas do Caribe, sentindo somente o prazer da água cálida de encontro a sua pele...


- Gina!



A severidade da voz de Harry a fez voltar à realidade. Estavam parados em frente à butique de Cho. Lá dentro, Cho e suas ajudantes estavam ocupadas, atendendo os passageiros do cruzeiro. Mas ela já os tinha visto. Harry segurou Gina pelo braço, impedindo-a de entrar.


 


- Iremos primeiro para o hotel, onde estão nos esperando. Voltaremos mais tarde, e você poderá fazer suas compras com mais calma. Tomaram um taxi e foram para o Hotel


Paradise, que pertencia à família de Harry. Era um hotel moderno, com chalés espalhados pelo vasto terreno, e um bloco central, onde ficavam o restaurante, o bar, as lojas e um grande salão de jogos. Foram recebidos com entusiasmo pelo gerente, ansioso para mostrar a Harry o bom funcionamento do hotel, o que foi confirmado pela rapidez com que trouxeram a bagagem e lhes foi oferecido um drinque de boas-vindas.



Enquanto os dois homens conversavam, Gina deu uma olhada nas vitrines de lojas, admirando as roupas ali expostas. Como os dois continuavam entretidos na conversa, num gesto de rebeldia Gina abriu a porta de uma das lojas e entrou. Sabia que a intenção de Harry era deixar que Cho escolhesse suas roupas, mas resolveu desafiá-lo. Durante o tempo em que morava na Inglaterra, ela mesma comprava suas roupas. Confiava em seu bom gosto, pois sua mãe a havia ensinado a escolher a roupa apropriada para sua idade e seu tipo físico.


Sentiu-se à vontade quando uma graciosa jovem veio atendê-la. Explicou o que queria e ela logo selecionou várias peças, empilhando-as numa cadeira ao lado do provador.


 


- Você tem muita sorte - disse a Gina. - Recebemos esta coleção não faz nem uma semana. Minha sócia, Jane, fez a encomenda na última vez que esteve; em Nova York. Estão na última moda, e são modelos exclusivos.



- São lindos! - exclamou Gina no provador, passando a mão pelos tecidos de seda e algodão. Ficou apaixonada por um vestido de seda azul, e decidiu experimentá-lo primeiro! A cor do vestido realçou seus olhos também azuis e o brilho de seus cabelos.



O vestido tinha alças que se amarravam nos ombros e um casaquinho combinando.


Olhando para sua imagem no espelho. Gina ficou admirada com a transformação o vestido parecia ter sido feito para ela! A própria vendedora confirmou isso quando a viu.



- Está lindo! Se eu fosse você levaria esse! - Mas, como uma boa vendedora, a jovem sugeriu: - Em todo caso, experimente os outros antes de se decidir.


Seguindo a sugestão da vendedora, Gina experimentou quase tudo.


Quando saiu da butique, levava o vestido de seda azul, várias peças de algodão que combinavam entre si e um biquíni francês tão minúsculo quanto os que se usava nas praias do Mediterrâneo. Com o resto do dinheiro, comprou uma camisola de cetim. Achava que jamais iria usá-la, mas não pôde resistir ao prazer do contato do cetim em sua pele.



Harry estava impaciente, esperando-a na frente da butique, e olhava para o relógio quando Gina saiu carregada de pacotes.


- O que estava fazendo? - perguntou em voz alta quando a viu, estendendo a mão para ajudá-la.


- Compra. Tiago autorizou-me a faze-las. Ele me deu dinheiro suficiente para comprar uma loja inteira.



- Eu pretendia levá-la à butique de Cho.


- Sou perfeitamente capaz de comprar minhas proprias roupas, sem a ajuda de sua amante - ela respondeu rispidamente.



- Espero que sim. Vamos jantar com algum amigos esta noite, e Cho e Sandra são muito elegantes.



- Neste caso seria melhor eu ir a um cabeleireiro? Não Quero que você se envergonhe de mim.


 


- Faça o que você achar melhor. Vou pedir a alguém para acompanhá-la até seu quarto. E agora se me dá licença, vou ver Cho. - Harry se afastou.



Se sua mão não tremesse tanto, seria mais fácil aplicar a sombra azul que havia. comprado, a conselho da moça do salão de beleza. Estava encantada com seu penteado.


O cabelo, macio e cheiroso brilhava, emoldurando seu rosto perfeito.


Calçou as sandálias azuis de saltos altíssimos, que comprara para combinar com o vestido e olhou-se novamente no espelho estava muito bem. Seus olhos pareciam maiores, e tinham um ar de mistério, acentuado pela sombra. Seus lábios, cuidadosamente pintado de um tom rosado davam o toque fina1.



"Pareço ter vinte anos... ". Gina pensou.



Estava pronta quando Harry veio buscá-la. Seu coração batia descompassadamente quando olhava para ele e se perguntou como conseguira, durante tanto tempo, não perceber a sexualidade latente de Harry. . .



- Pronta?


O olhar de Harry percorreu-a com indiferença, e Gina ficou irritada.



Será que ele não notara nada?


Cho e seus amigos já estavam esperando por eles no bar. Elegante e sofisticada, ela olhou para Gina com pouco-caso, e comentou:



- Pobre Harry, teve: que virar babá. Tiago insistiu para que ele trouxesse Gina para Sta. Lúcia. . .



- Não se importe com Cho - disse Sandra Wilker para. Gina.- Ela sempre foi possessiva em relação a Harry.



- Não acho que você parece um bebê - Peter Wilker comentou entusiasmado, admirando Gina.


Os Wilkes formavam um casal muito agradável. Sandra mencionou a Gina que seus
dois filhos estudavam na Inglaterra.



- Sinto muito a falta deles - comentou Sandra. - Peter está esperando uma transferência para Londres, e então ficarmos todos juntos. Mas conte-me sobre sua ilha. Deve ser excitante morar numa ilha da gente!



- Ela pertence à família de Harry há muitos anos. Acho que ele jamais morará em outro lugar, pois já faz parte da ilha.


 


- Talvez ele mude idéia se Cho estiver envolvida com ele. Ela me disse que está louca para voltar a morar em Londres. Não suporta mais o Caribe.



- Acho que Harry não concordaria com isso. Ele quer que seus filhos tenham a mesma infância que ele teve em sua ilha. – Notando o olhar surpreso de Sandra; Gina perguntou. indecisa:



- Eu.disse alguma bobagem?


- Não, náo é bem isso, É que Cho não pode ter filhos. De certo modo isso é bom, pois ela não gosta e nem tem paciência com crianças. .



- Mas Harry...


- Quer ter muitos filhos não é?- completou Sandra. - Póis é, eu também tenho essa impressão, mas isso é problema deles, não nosso. Por mim, sempre achei Cho com mais jeito de amante do que de esposa. Talvez Harry também pense assim. E1e poderá encontrar lima esposa, fiel e adequada para criar seus filhos, enquanto continua se divertindo com Cho.



- Não, isso não! - protestou lisa, revoltada com o quadro que Sandra estava descrevendo.


Sandra achou graça e brincou;


- Você é muilo ingênua! Afinal, quantos anos tem?


- Quase dezessete.


- Só? Pensei que tivesse no mínimo dezenove. Talvez seja a maquiagem.


Gina alegrou-se com aquele comentário. Apesar da indiferença de Harry à sua transformação, constatou que realmente estava diferente. Mas isso não atenuava seu sofrimento ao ver a intimidade com que Cho tratava e tocava Harry quando conversava com ele. Os murmúrios dos dois chegavam até ela. Teve que fazer um grande esforço para se conter e não sair correndo dali.



Depois do jantar, Cho insistiu para que fossem dançar. Disse a Harry que conhecia um ótimo lugar e sugeriu que Gina fosse dormir, pois era muito criança. Conformada, Gina já ia se retirando quando Sandra protestou:



- Oh, não! È lógico que ela irá conosco! Ninguém diria que Gina ainda não tem dezoito anos. Tenho certeza de que ela gostará, Está tão bem vestida e Tão linda. . . Vai arrumar companhia assim que chegarmos lá! . . .



Cho demonstrou contrariedade e Gina prendeu, a respiração. esperando que Harry a mandasse para o quarto.


 


Para sua surpresa, ele não disse nada; ficou simplesmente esperando Peter pega-Ia pelo braço e ajuda-la a se levantar.


A boate estava abafada e lotada. Gina jamais confessaria, mas teria preferido estar andando pelas praias de St. Martin, sentindo a refrescante brisa do mar soprando suavemente em seus cabelos.



- Gina?- Ela voltou à realidade e deu com o olhar furioso de Cho, pois fora Harry quem a chamara. Ele a puxou pelas mãos enquanto Sandra e Peter trocavam olhares compreensivos.


- Vamos dançar?- Harry convidou.


-Dançar?- Olhou atordoada para ele, com o coração aos pulos como num sonho, seguiu-o até a pista de dança: A orquestra tocava uma música romântica e ela conseguiu acompanhar aquele ritmo com facilidade. Sentiu a proximidade de Harry quando ele a tomou nos braços, colocando as mãos quentes em suas costas nuas.


- Cho não está gostando de ver você dançar comigo - murmurou, olhando para a mesa que ocupavam.


Cho os observava com indignação e fúria.


- Ela que vá para o inferno! - E indiferente ao olhar de Cho, apertou-a contra si, assustando-a com a firmeza de suas palavras e a força de seus dedos nos ombros. - Por Deus, Gina. Apesar dessa roupa e de toda essa maquiagem, você ainda é uma criança... é o que vivo dizendo para mim mesmo. Mas hoje, vendo-a assim tão linda e desejável, não resisti à vontade de tela em meus braços.



Sentiu o corpo dele vibrar e notou algumas gotas de suor em seu rosto. Harry o homem Inatingível estava vibrando por te-la em seus braços! Não podia acreditar no que acontecia, mus era verdade.



- Gina - ele falou baixinho, com os lábios roçando seus cabelos. Apertou-a tanto que Gina sentiu a rigidez de seu corpo e o calor que emanava dele. Sua boca deslizou dos cabelos de Gina para a curva de seu pescoço macio.


Um calor delicioso apoderou-se dela enquanto Harry acariciava seu rosto com os lábios. sentindo a doçura de sua pele. As mãos dele pressionavam o corpo de Gina; apertando seus seios contra o peito.


 


Os sentidos de Gina se aguçaram, e ela tomou consciência do ódio de Cho, que os observava a distância como se estivesse prevenindo Gina de que a faria pagar pelo prazer de estar nos braços de Harry.



Apesar de sua evidente felicidade, começou a se sentir mal com o olhar de Cho fixo em sua nuca. Percebendo seu desconforto, Harry perguntou, intrigado:



- Há alguma coisa errada, Gina?



- Não. E que está muito quente aqui dentro – mentiu sem quere comentar a respeito de Cho. O que estava acontecendo era bom demais para deixar que ela estragasse tudo.


Não sabia o que esperar de Harry. Ele havia mudado e ela não iria se dar ao luxo de entrega-lo numa bandeja para Cho!



- Gostaria de andar um pouco? – Havia qualquer coisa nos olhos dele e no jeito de sua boca, que fez com que o coração de Gina disparasse.


- Mas você não pode largar os seus amigos assim. . .


- Os meus amigos que se danem. Vamos?


- Seria ótimo – ela concordou com os lábios trêmulos sem acreditar no que estava acontecendo. . .


 


 


 


(...)


 


 


 


Comenteem ;**

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.