Adeus Alfeneiros
Capítulo 2
Adeus Alfeneiros
Aquele era apenas mais um dia na casa dos Dursley, e Harry não suportava a ideia de que ainda teria que permanecer ali por mais duas semanas. Edwiges estava presa na gaiola, deliciando um adorável petisco que Harry acabara de lhe dar.
– O que será que Rony e Hermione estão fazendo? - perguntou sem ter ideia do que os amigos pudessem estar fazendo. - Não tenho noticias, mas aposto que Mione está lendo muitos livros e fazendo o Rony ler também - riu pensando no rosto de insatisfação do amigo.
Enquanto Harry pensava nos amigos, a campainha da casa tocou.
Tio Valter levantou-se da poltrona, e escancarou a porta, como se o tivessem tirado na melhor hora do programa que estava assistindo.
- O que você quer? Já vou avisando que não quero assinar nenhuma revista - disse grosseiramente para o homem e a mulher que tocaram a campainha. Os dois perderam os sorrisos quase simultaneamente, mas logo disfarçaram e forçaram um sorriso. Estavam com as mãos para trás, escondendo algo.
- Ah, não, não somos representantes de assinatura. Queremos dizer que ... - e houve uma pausa na conversa. Os dois viraram e olharam para trás sem muito disfarce fizeram um aceno para que alguém de algum lugar saísse imediatamente.
Tio Valter estranhou o movimento dos dois, e antes que fechasse a porta, um homem saiu de trás de um arbusto e correndo veio ao encontro dos outros dois com um objeto nas mãos. Tio Válter gelou a espinha e já suplicava por misericórdia antes mesmo deles fazerem mais qualquer outro movimento.
De repente os dois que estavam mais perto de tio Válter bruscamente levantaram as mãos em direção a tio Válter, com um microfone nas mãos e disseram juntos:
- Você e sua família acabam de serem premiados com uma viagem para o Caribe com todas as despesas pagas, durante duas semanas... Meus parabénss! O que tem a dizer??
- O q-que? M-mas como? - perguntou incrédulo tio Válter, esperando que fosse gente da laia do sobrinho, e que estavam ali para aniquilar a sua família.
- É isso mesmo, vocês foram os felizardos da promoção Verão 0800 e ganharam uma viagem de duas semanas para o Caribe.– repetiu a mulher, que agora fora reconhecida por tio Válter, como a repórter do programa Surpresa!
- Petúuuuunia - gritou o velho Válter, e Petúnia apareceu assustada sem entender nada. Duda que estava vendo a televisão na sala, levantou-se e foi para a porta, onde seus pais estavam.
- Pai, você tá aparecendo na tv... - e disse apontando para o aparelho. Tio Válter olhou e conseguiu com muito esforço se reconhecer. Tia Petúnia nem acreditava no que estava vendo e quase desmaiou.
Duda saiu correndo, não acreditando que acabavam de ser os premiados com uma viagem para o Caribe de graça. Subiu as escadas, e as estruturas da casa começaram a ranger, empurrou com força a porta do quarto de Harry e com um misto de felicidade e superioridade começou a gritar “vamos para o Caribe, vamos para o Caribe” e continuou a dizer a frase umas quinze vezes e desceu as escadas correndo indo festejar com os pais.
Harry nem podia acreditar. Os Dursleys sorteados para uma viagem ao Caribe? Isso definitivamente não era normal. Devia ter algum dedo dos bruxos pensou. Mesmo que tivesse dedos dos bruxos, era bom demais pensar que durante alguns dias ficaria sozinho, sem a companhia e o desprezo dos tios e do primo.
Uma bagunça geral tomou conta da família de trouxas. Duda fez o pai comprar inúmeras roupas tropicais, óculos, sem contar em uma bóia enorme em forma de tubarão. Tia Petúnia comprou vários protetores de diferentes fatores para poder lambuzar o branquelo do filho. Partiriam por volta das nove horas. Era tudo que Potter queria nessa semana turbulenta. Silêncio.
Era tamanha a felicidade dos Dursleys que nem se despediram de Harry.
– Agora estou livre! - gritava o garoto, como quando tinha 11 anos e seus tios saiam de casa. Ligou a televisão e se esparramou no sofá da sala. Comia tudo que havia na geladeira, não era muita coisa, pois tia Petúnia não deixara muita coisa para ele como sempre. Mas não demorou para que Harry retornasse a sua vida, lembrou-se que Voldemort estava livre e provavelmente estava subordinando o mundo dos bruxos aos seus pés. Tinha que se concentrar na busca e destruição das horcruxes. Mas isso era tão difícil. Sem Mione, Harry parecia não conseguir pensar em algum plano.
Foi quando Harry escutou um grande ruído na sala e algumas vozes. Pegou a sua varinha e foi em direção a sala. Se fosse comensais? Como puderam entrar na casa? Ainda não tinha completado 17 anos e a proteção de sua mãe não tinha acabado. Andando junto à parede, pisando o mais leve que podia para não denunciar sua posição, Harry sentia o medo transpirar na pele.
– Harry?! – perguntou uma voz bastante conhecida dele.
– Sr. Weasley – disse abaixando a varinha – Dobby, Olho-tonto, Tonks! – não acreditava que estavam ali e correu para cumprimentar todos.
– Harry! – disse duas vozes em coro. Mione e Rony correram e o abraçaram.
Harry não podia estar mais feliz! Sem os tios em casa e agora, seus melhores amigos junto dele. Com certeza vieram para poder levá-lo embora.
– Viemos transferi-lo de residência! – disse Sr. Weasley – Vamos, pegue suas coisas Harry, precisamos ir o mais rápido possível. Não é muito seguro ficarmos aqui.
– Certo. – e correu para ir pegar seus pertences, sair o mais rápido possível dali.
Depois de dez minutos, desceu as escadas já com todos os pertences que iria levar, e fitou a casa por alguns segundos.
– Não vai ficar com saudades daqui não é Harry? – perguntou Rony olhando para o amigo que parecia estar se despedindo intimamente do que um dia chamara de lar.
– Não – e foi em direção aos amigos.
– Vamos usar a rede Flu, só que com algumas diferenças da convencional! Mais segura, oferecimento dos gêmeos.– informou Sr. Weasley, orgulhoso dos filhos, mas com um olhar preocupado.
– O destino é A toca – informou Tonks sorrindo para Harry.
E lançaram o pó dizendo o destino e labaredas roxas e brilhantes flamejaram da lareira. Um a um foram desaparecendo. Primeiro Moddy, depois Harry e por último Tonks.
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