Entre Amigos

Capítulo 3

Entre amigos

 

Harry sentiu-se em casa quando viu a sra. Weasley, recebeu um caloroso e dolorido abraço, em seguida viu os gêmeos portando mais uma das gemialidades, Gui e Fleur também estavam lá. Por um momento Harry se esqueceu de tudo que havia passado e o que viria a acontecer. Percebeu que uma pessoa não estava ali. Gina. Ela não estava presente, alguma coisa acontecera nas férias.

– Onde está Gina? – perguntou Harry preocupado.

– Gina está na Romênia, foi visitar Carlinhos. Achamos melhor ela passar as férias longe daqui – respondeu sra. Weasley disfarçando uma lágrima que acabara de cair de seu olho esquerdo.

– Sim, Harry, ela está na Romênia – confirmou sr. Weasley, olhando para a esposa.

Harry duvidou por um momento. Os semblantes de todos os que estavam ali, desviavam de seu olhar. Mas pensou que devido aos tempos difíceis que estão por vir, era melhor que Gina estivesse em um local bem longe dali. Não gostaria de pensar em Gina correndo perigo. Mas também desejou que ela estivesse ali, para poder olhar mais uma vez em seu rosto.

E veio um pensamento em sua cabeça, esquecera-se completamente de Snape. Não pôde acompanhar o Profeta Diário, porque a correspondência estava sendo vigiada.

– Snape?! – perguntou Harry – Alguma notícias dele?

– Não sabemos muito sobre os aliados de Você-Sabe-Quem, mas no Ministério, alguns andam dizendo que ele está em Hogwarts, outros dizem que está em uma missão dada pelo das trevas, mas infelizmente – lamentou Moody – não sabemos exatamente onde está aquele imundo e covarde e traidor e ... – antes que continuasse a insultar Snape, Tonks o confortou, balançando a cabeça concordando com todos aquelas ofensas, mas dizendo simbolicamente que já bastava.

Harry claramente demonstrou sua insatisfação por não obter uma resposta significativa a respeito de seu algoz em Hogwarts, porém ficou feliz por ouvir Moody o insultar.

– Chegará a hora que ele não poderá mais se esconder – disse Harry com um tom frio.

– Sim, chegará - completou uma voz que vinha da cozinha.

Remo Lupin acabara de aparatar pela porta do fundo, em seu rosto apesar de todo o sofrimento que vinha passando, um sorriso foi se formando na medida que se aproximava de Harry.

– Remo! – exclamou Potter, correndo para cumprimentá-lo.

– Que bom que está a salvo Harry – e colocou a mão no ombro de Harry – temos que ter uma conversa muito séria...

– Lupin – interrompeu sr. Weasley – creio que Harry precisará de um descanso – disse levantando uma das sombrancelhas.

– Sim, sim – completou sra. Weasley – Harry querido, você deve estar morrendo de fome. Vejo que não estavam te alimentando bem. Olha que secura. Você está parecendo um graveto.  Vamos até a cozinha pegar algo para você comer.

Sra. Weasley já foi colocando um monte de comida na frente de Harry, e sem jeito, não teve opção a não ser comer tudo. Sua barriga, ao terminar, estava tão grande, que Hermione teve que fazer um feitiço para que pudesse digerir tudo mais rápido.

Durante a tarde, todos se reuniram para conversar sobre o futuro e outras coisas a mais, e assim que a noite caiu, Remo e Tonks foram embora, Moddy voltou ao Ministério para saber informações secretas que só os aurores tinham acesso. Hermione subiu para o quarto de Gina com um livro de pelo menos 500 páginas. Rony e Harry também foram dormir.

– Ei Harry – chamava Rony.

– O que Rony? – indagou Harry, com um dos olhos já fechados de tanto sono.

– Então, você já sabe por onde vamos começar a missão?

– Shiiii, ainda não. – disse bocejando.

Mas antes que Rony pudesse continuar Harry já estava dormindo, na verdade, parecia que estava desmaiado devido à situação que apresentava na cama. Com um dos braços esticados para fora do colchão, e perna meio dobrada e o rosto de lado.

Rony percebeu que nem adiantava tentar acordá-lo. Resolveu também dormir, pois o dia seguinte seria muito movimentado.

 ***

O dia amanheceu super movimentado, com todos andando de lá para cá, com alguns objetos estranhos e outros conhecidos de Harry. Remo e Tonks ainda não tinham aparecido.

– Harry queríamos conversar com você a sós – sussurrou Hermione, Rony estava sentando no degrau da escada, esperando-os para subir.

– Tá – respondeu Harry, antes de subir conseguiu pegar alguns bolinhos na mesa.

Subiram as escadas separadamente, para que os outros não desconfiassem. Ao chegar, Hermione deu um sufocante e enorme abraço no amigo, que não via há algum tempo. Rony preferiu um aperto de mão bem forte.

– Harry, temos que falar sobre a missão que Dumbledore deixou para você. Precisamos traçar uma estratégia, um plano, sei lá, para podermos começar a procurar os pedaços da alma de Voldemort.

– Eu sei Mione, mas não consegui pensar por onde começar.

Os três começaram a pensar aonde poderiam estar as outras horcruxes. E tinham mais um problema. Como destruí-las?

– Para destruir o diário de Riddle, Harry usou a espada de Griffindor. Então precisamos usar algo que seja único e genuinamente bom. – pensou em voz alta Hermione.

– Talvez, mas ainda não temos nenhuma horcrux. Só temos o medalhão falso. – lamentou Rony.

– E nem sabemos quem é R.A.B – disse Harry olhando para os dois amigos com descrença.

– Não podemos desanimar. Vamos pensem. Riddle queria algo que também fosse único para colocar a sua alma. Não iria colocar em algum objeto sem valor para ele ou para o mundo. Sabemos que o diário e o anel já foram destruídos. Talvez algo ligado a Sonserina. Riddle era fanático pela casa.

Todos pensaram, e um silêncio reinava no quarto. Durante cinco minutos apenas se ouvia as respirações desencontradas dos três.

– Acho que talvez Nagini seja uma horcrux. Ele é ofidioglota e Salazar também era, além disso, Riddle é descendente de Morfino Gaunt que por sua vez também é descendente direto de Salazar. E nem todos os bruxos conseguem falar porque é algo realmente raro. E ela nunca sai de perto dele – disse Hermione sem tomar fôlego. Estava certa de que realmente Nagini era uma horcrux.

– Claro, Nagini – disse Harry – Obrigado Rony. Tenho certeza que Nagini é uma horcrux.

Se a cobra for mesmo uma horcrux, então teremos que nos aproximar de Você-sabe-Quem, ou criar uma armadilha para afastá-la dele – avisou Rony.

Harry e Hermione se olharam abismados com o que acabaram de ouvir da boca de Rony. Era uma das poucas vezes que algo descente e sensato saíra de Rony. De repente um barulho que veio da sala. Os três desceram as escadas correndo, e se depararam com Molly desmaiada, sendo abanada por um dos gêmeos. Sr. Weasley estava sentado na poltrona como se tivesse acabado de receber uma péssima notícia.

– O que aconteceu pai?

Senhor Weasley não moveu nenhum músculo da face. Parecia que nem estava ali na sala.

– Alguém pode nos explicar o que está acontecendo – estourou Rony

– Depois explicaremos, agora nos ajude a acudir a mamãe – pediu Jorge, ou talvez Fred.

Hermione pegara o jornal que estava sobre a mesa, e começara a ler silenciosamente. Harry notou que algo tinha acontecido. Talvez a morte de alguém próximo a eles Hagrid, Remo, Tonks, e então um pensamento horripilante surgiu. “Gina”. Correu até Hermione para pegar o jornal, mas antes de conseguir, sentiu o chão tremer e sua cicatriz começou a arder. Sentia o ar sumir rápido, como se estivesse afogando, nenhum dos seus gritos pareceram ter sido ouvidos. E tudo escureceu.

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