Natal com os Granger
Na manhã do dia 24, Harry acordou cedo para começar os preparativos para a ceia. Separou sua roupa e levou-a para passar, a fim de ficar o mais elegante possível. Aquela noite era muito especial.
À noite, o moreno arrumou-se com muito cuidado. Colocou sua melhor calça social, de cor preta. Vestiu também uma elegante camisa pólo, a qual cobriu com um blazer da mesma cor da calça.
Tentou insistentemente abaixar os cabelos, sem resultado. Pegou o presente da amada, colocou o sapato e mirou-se no espelho, crítico.
Até que você está bonito, Harry pensou, passando as mãos pela face Hermione deve gostar. Dando uma ultima ajeitada nas vestes, desceu com passos firmes.
Encontrou a sala de jantar vazia. Havia uma grande janela em uma das extremidades do aposento, que deixava entrar a refrescante brisa da noite. Um enorme lustre com detalhes em cristal e ouro erguia-se em cima da comprida mesa de vidro, que ofuscava em varias matizes a luz amarelada. Uma pequena arvore de Natal marcava o centro de quatro poltronas, de aspecto confortável.
Aguardou por cerca de dez minutos a família chegar. Durante esse tempo, Harry ficou debruçado sobre a janela, contemplando o céu estrelado.
Um barulho de passos o alertou sobre a chagada deles. Virando-se, não conseguiu evitar um sorriso de admiração.
Hermione estava maravilhosa. Vestia um elegante vestido azul claro, que valorizava muito os seios e as costas. O vestido frente-única mostrava-o mais uma vez que ela era agora, sem duvida, uma mulher.
Seu cabelo estava preso em um apertado coque, mas ela tomara o cuidado de deixar alguns cachos castanhos cair-lhe sobre a face delicadamente maquiada. Um brinco cravejado de diamantes dava um toque final em sua produção. Ela parecia um anjo.
Harry se aproximou e beijou sua mão. Depois sussurrou em seu ouvido:
- Você está linda – ela riu.
O rapaz pode perceber o olhar satisfeito da Sra. Granger. Harry passou o braço sobre suas costas e conduziu-a até as poltronas.
- Nós podemos cear agora? Creio que todos estejam com fome – disse a senhora. Todos assentiram.
As mãos do casal permaneceram entrelaçadas até que fosse servido o jantar. A comida estava decididamente excelente. Foi servido o clássico peru de Natal, acompanhado por arroz bem temperado e um belo tender regado ao molho de passas.
- Então, Harry – começou o Sr. Granger – Gostaria de saber quais são suas intenções para qual minha filha. – Harry ajeitou-se na cadeira.
- Eu amo sua filha – disse – E só quero o melhor dela, independente de qualquer coisa.
- O que quero dizer é... bem, não me leve a mal, mas... Você, sendo quem é... – disse ele.
- Pai! – censurou Hermione.
- Não, Mione, seu pai está certo – disse o moreno, colocando a mão no ombro da namorada – Sei que é um risco enorme. Mas eu a amo muito, e estaria disposto a dar minha vida para salva-la. Vou protegê-la, aja o que houver. Se for necessário, posso morrer para que ela seja feliz.
- Harry... – disse Hermione, com lagrimas nos olhos.
- É bom saber... Que alguém se preocupa tanto com minha filha – disse Sra. Granger, parecendo comovida.
- São raros os homens como você, Harry – elogiou o Sr. Granger – Agora tenho certeza que você é a melhor pessoa que minha filha poderia ter escolhido.
Hermione lhe dirigiu um sorriso lacrimoso, que o moreno retribuiu. Harry abaixou a cabeça até encontrar a testa na da namorada, e sussurrar para apenas ela ouvir.
- Eu te amo muito.
- Eu também – sussurrou-lhe de volta.
Depois daquele momento tocante, o restante da ceia seguiu-se com conversas mais descontraídas. Apesar da impressão inicial, o Sr. Granger era um homem muito simpático, depois de ter conquistado sua confiança. Surpreendentemente, Harry acabou-se por sentir-se quase que em família. Era uma sensação ótima, que nunca havia sentido.
Quando todos acabaram de jantar e comeram a sobremesa (torta natalina de frutas secas), dirigiram-se as poltronas e trocaram os presentes.
Hermione ganhou de seus pais um bonito sapato de salto alto, vermelho. Esta o recebeu com muito entusiasmo, seguido de um caloroso abraço nos parentes.
- Aqui Harry – disse a Sra. Granger, dando-lhe um embrulho cor de vinho – É apenas uma lembrança, mas espero que goste.
- Nossa... Obrigado. Mas a senhora não precisava se incomodar em dar-me um presente – disse-lhe Harry.
- Não é incomodo. Hermione gosta muito de você, portanto é como se fosse da minha própria família. – disse ela. Harry sorriu em agradecimento e abriu o presente. O embrulho continha uma camisa branca listrada verticalmente por finas linhas azuis. O rapaz agradeceu novamente.
- Harry – chamou Hermione – Agora é o meu.
- Você também não precisava se incomodar – disse Harry.
- Mas você se incomodou em comprar um para mim, não foi? – retorquiu ela, mirando a caixa que o moreno já segurava.
- Certamente, mas é diferente – disse ele.
- Não, não é diferente. Agora tome – disse ela, entendendo-o uma caixinha prateada, decorada com um emblema muito conhecido.
- O emblema de Hogwarts? – questionou, intrigado.
- Abra e verá – disse Hermione, com um meio sorriso nos lábios.
Harry teve decididamente uma surpresa ao abrir o presente. A minúscula bolinha dourada levantou vôo e deu algumas voltas no enorme salão, antes de pousar delicadamente em sua mão aberta.
- Gostou? – perguntou a morena, mirando divertida a cara de espanto do namorado.
- Claro que gostei. Mas... Onde foi que você conseguiu? – perguntou ele, após beijar com cuidado sua face.
- Você quer mesmo saber? – desafiou Hermione.
- Talvez não... talvez sim. Vai ter que me explicar algum dia – disse Harry – Agora... O seu presente, Mione.
Diferente do que esperava a garota não o interrompeu. Ficou ali, sorrindo, esperando de mãos entrelaçadas, como uma criança prestes a ganhar seu primeiro presente de Natal. Estendeu a caixa à frente dos olhos da morena e a abriu, provocando uma nota de exclamação.
Lá dentro da caixa, estava seu pequeno tesouro. Acima do veludo azulado, estendia-se uma corrente inteiramente cravejada de esmeraldas, da mesma cor dos olhos de Lilian Potter. Na ponta, um pingente em forma de coração com listras de cristal.
- Harry, é... É linda... – disse ela, novamente comovida – Mas você não precisava gastar tanto comigo.
- Você vale muito mais do que qualquer jóia – disse, fazendo-a sorrir – Mas, se quer saber... Não gastei nada com ela. Foi de minha mãe.
- Tem certeza que quer me dar isso? Deve ser muito importante para você. – disse ela.
- E é. Por isso que estou dando-a a você. – disse Harry, com sinceridade. – Deixe que eu coloque em seu pescoço.
Harry retirou a corrente de sua caixa e colocou-a no pescoço da amada. O moreno atarraxou o delicado fecho de prata no exato momento em que, ao longe, um sino badalava doze vezes.
- Feliz Natal, Harry – disse Hermione, sorrindo maravilhosamente para ele.
- Feliz Natal, Mione – desejou Harry, beijando-a apaixonadamente nos lábios.
N/A: Demorei um pouco, mas do dia não passei. Decidi fazer diferente de como tinha dito a vcs. Posso demorar um pouco para postar de novo( sabe como é, festas, etc.), mas não tirarei nenhumas férias. Para vcs verem como os coments tem poder!
Bjos e até o proxima cap.
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