A fura-relacionamentos ou só a
14 A fura-relacionamentos ou só azarada?
A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.
Ele deu uma volta ao escritório furioso e sentou-se outra vez na cadeira inspirando fundo. Só depois é que olhou atentamente os outros presentes mas o raro, brilho furioso, no seu olhar dizia claramente que ele não estava satisfeito.
- O que é que eu vou fazer? Hein? O que é que eu vou fazer?
- Harry... – Começou o Ron.
- Não, Ron – rosnou olhando furiosamente para os outros presentes – tu já viste bem a situação?
- Acalma-te!
- Vocês... – expirou o ar numa tentativa nula de se acalmar – vocês estão a dizer que não sabem de nada? NADA?!
- Harry...
- Tudo bem... tenho que me acalmar e chamar a Hermione. Ela é a mais inteligente e vai saber o que fazer.
- Senhor. – Disse um homem alto com uma postura muito parecida com a de um soldado. – Nós temos os inomináveis que estão à sua disposição neste caso. Eles podem ser de mais valor que a Sr.ª Hermione.
- Estás a subestimar a Hermione? – Rugiu.
- Não Sr. Potter. Eu só...
- Desculpa, tens razão. Eu estou nervoso e quando estou assim só digo besteiras. Desculpa. – Disse dizendo a última palavra num suspiro cansado.
O Ron olhou para todos e analisou a situação.
- Obrigado por tudo. A reunião acabou.
Os homens olharam para ele, mas como sabiam perfeitamente que ele era o braço direito do seu chefe e este parecia que nem tinha forças para dizer “olá” eles saíram vagarosamente da sala, deixando o Harry e o Ron sozinhos.
- Harry, tens que te acalmar à frente deles.
- Eu sei que alguns já passaram para o outro lado e a prova disso é a falta de evidências. – Disse desanimado. – Ron, desde quando uma pessoa morre e não se sabe nada sobre ela? Família, amigos, onde estuda, que nome tinha...
- Nós sabemos o primeiro nome. – Disse o Ron tentando-o animar.
- Kate... Até parece que vamos muito longe com isso. Quantas Kates não existem? – Ele fechou os olhos tentando se concentrar. – E só descobrimos o nome devido a um golpe de sorte... – Disse com um sorriso torto.
- Não sei se é nestas alturas que eu amo ou odeio a Hermione...
- Amas, porque se o projecto dela não tivesse avançado, eles não tinham despedido os elfos domésticos e logo nunca o ouviríamos dizer “ menina Kate” quando lhe perguntamos se conhecia alguma morte.
- Se o estúpido não tivesse Desaparecido depois disso...
- Não o culpes. Ele, provavelmente, fez alguma promessa.
- Mas ele sabe o tempo que tivemos à procura dele?
- Não interessa. O que interessa é que não temos nada... nenhum registo, nenhuma morte relacionada à família Franklin... Embora nós tenhamos visto aqueles ficheiros que faltam... alguém os tirou de lá o que quer dizer que alguém está a fazer jogo duplo.
- Alguém, Harry? – Riu sem humor o Ron - -Alguéns! Uma pessoa só não tinha conseguido fazer desaparecer aqueles ficheiros todos. Só temos as certidões de nascimento e os negócios que eles têm. E o mais estranho, ninguém deu pela falta dos homens que morreram... não sabemos nenhuma identidade.
- Ou seja, - disse suspirando cansado – esta reunião só serviu para sabermos que não sabemos nada sobre a Kate. Bem, pelo menos ainda temos o espião...
- Adianta dizer que eu não confio nele?
Como resposta só teve um sorriso, o primeiro sorriso verdadeiramente genuíno que o Harry deu naquele dia.
*****
- Sarah, tu não és das trevas! – Disse uma voz masculina.
- Sarah isso é o que tu és! – Disse uma voz feminina.
- Isso é uma parte de ti, não é o que és! – Repetiu a voz masculina.
- Não podes lutar só tens que aceitar a tua natureza. – Retrucou a voz feminina.
Ela acordou sobressaltada e mordeu o lábio numa tentativa de acalmar o seu coração que parecia querer saltar do seu peito. Olhou para o relógio e deu um suspiro cansado ao ver que ainda eram 4 da manhã... ou seja, só tinha dormido três horas...
Levantou-se desanimada e abriu os cortinados olhando para a rua. Estava uma completa escuridão, como a sua mente, pensou triste. Suspirou outra vez e sentou-se na cadeira da secretária tapando a cara com as mãos.
Pela primeira vez na vida ela não sabia o que fazer... até quando a Kate morreu ela soube o que fazer... prometer vingar a sua morte, não a deixar despercebida e cumprir os últimos pedidos da Kate como se a sua vida dependesse disso... e dependia, pensou amargurada... destapou a cara tentando clarear a mente. Não dormia nada há semanas, as suas certezas estavam cada vez menos certezas, tudo no que acreditava estava gradualmente a ruir, deixando-a desesperada e sem forças. Ela sabia que não iria aguentar muito mais tempo, mas tinha que lutar contra isto! Tudo era culpa destes malditos sonhos que teve a partir do dia que foi ao funeral! Ela lembrava-se perfeitamente que nessa noite tomou, às escondidas dos seus pais e inclusive do seu irmão que parecia não a querer largar, a poção para dormir sem sonhos com medo de sonhar com a Kate, mas não resolveu nada. Era verdade que o seu objectivo principal, não sonhar com a Kate, foi realizado, mas ela teve sonhos... vozes como estas que acabou de ter agora antes de acordar, algumas imagens como teve no funeral que não a deixavam tirar conclusão nenhuma... o que só a levou a ter esperança, esperança que tivesse mesmo falado com a Kate. Mordeu com força o lábio ao ver que os seus pensamentos outra vez a trouxeram ao tema Kate... Inspirou fundo tentando se acalmar mas a falta de dormir estava a começar a dar sinais no seu corpo e até na sua mente... mas o que fazer quando se tem medo de fechar os olhos e ouvir vozes ou então imagens que apareciam na sua mente como flashes? Nada, não poderia fazer nada a não ser temer dormir... mas mesmo quando dormia por exaustão ocorria isto apesar de ter tentado tudo... até usou todos os seus poderes como oclumente para ver se parava os sonhos mas mesmo assim não paravam. Levantou-se e andou pelo quarto numa tentativa de acalmar os seus pensamentos...
“Isto só quer dizer uma coisa, que não são sonhos” – Disse uma voz na sua mente.
“ Não, não quer. A Kate não pode ser real nem aquela visão que tive antes” – Contradisse outra voz.
“ Mas ela parecia real...”
“ Mas não podia ser, ela está morta e os mortos não falam com os vivos!”
“ Mais ainda há muitos ramos da magia por explorar, há quem jure que já falou.”
“ Esses são só pessoas que querem fama e então inventam isso...”
“ E tu inventaste isso?”
A Sarah quis gritar, mostrar ao mundo toda a sua raiva e confusão mas abafou o grito atirando-se para a cama e escondendo a cara na almofada... Ela queria chorar, mostrar todos os seus sentimentos mas ela sabia perfeitamente que era incapaz de chorar... não, depois que a Kate morreu. Lembrou-se do sonho, se é que se podia chamar de sonho, que teve. Duas vozes, uma conhecida e outra desconhecida... a primeira de um homem que lhe parecia familiar apesar de não se lembrar de quem e a outra definitivamente da sua mãe... As duas a falarem para ela o que ela é, uma a dar-lhe esperança a outra a querer que ela nunca pense duas vezes no que tem que fazer... Lembrou-se de outros, teve tantos flashes com a mulher de cor-de-rosa do inicio que ela já jurava agora que a conhecia e até sabia o seu nome... Ao lembrar-se disso abafou um riso irritado contentando-se em afundar mais ainda a cabeça na almofada. Anabeth... era o nome dela o que a fez lembrar da conversa que teve com a Kate, o que a fez ficar neste estado... Porque se ela sabia o nome dela das duas uma... ou era o seu subconsciente a querer dizer-lhe alguma coisa ou então tinha mesmo falado com a Kate e se isso fosse verdade... Fechou os olhos com força tentando não pensar mais e esconder-se para sempre naquela cama mas não foi capaz... se aquilo fosse verdade, então a morte da Kate não era tão preto no branco como os seus pais lhe fizeram acreditar porque ela lembrava-se bem das palavras...
Quando uma pessoa promete a outra o que ela não acabou pode dar confusão, Sarah. Lembra-te que eu só queria o melhor para ti!
Ela estava a dizer que tinha levado para o lado errado o que ela queria que ela prometesse? Mas então todas as suas bases estavam erradas...
Lembra-te que as pessoas não mudam as suas convicções de um dia para o outro e há realmente pessoas boas no mundo... e pessoas más que fariam de tudo para ter as pessoas certas ao seu lado...
Mordeu com tanta força o lábio que não se espantaria se ele começasse a sangrar... se ela tivesse falado com a Kate verdadeira então ela tinha dito que não tinha mudado de lado... que a sua morte não foi como ela pensou...
Sarah, pensa! Tu a conhecias e achas mesmo que ela iria querer isso? Tu só viste o que a mãe quis que tu visses!
Quis se enterrar completamente na cama e nunca mais sair ao se lembrar das palavras do John... ele disse que ele estava errada, mas ela não podia estar errada porque então... então ela não tinha mesmo salvação, não depois do que ela fez...
Apertou com mais força ainda a almofada contra a cara ao lembrar-se das consequências que iria ter se estivesse errada... se isso fosse verdade então os seus verdadeiros inimigos eram os seus pais, tudo o que tinha feito em nome da promessa era errado... tinha que ser o contrário... Harry Potter era o verdadeiro herói e não o vilão... mas também não era como se pudesse ir ter com a sua mãe e pedir-lhe explicações porque sonhou com aquilo. Ela provavelmente era a única pessoa viva que sabia a verdade, ela e o seu pai claro, pensou com amargura, a não ser que... pensou se sentando na cama com um salto ao ver a esperança... a não ser que ela encontrasse aquela mulher de cor-de-rosa e o homem que tinha falado nos seus sonhos, os homens, corrigiu mentalmente ao lembrar-se da voz que teve nos sonhos à uns dias com outro homem, mas esta voz parecia muito mais velha, mais cansada... Sim, estava provado, se ela encontrasse esta mulher, a única que sabia a cara, então se acreditaria nas palavras da Kate, acreditaria que esteve errada e então iria ver o que fazer para corrigir os seus erros...
No entanto enquanto não encontrar, a sua única solução é usar toda a sua magia para bloquear estes sonhos porque ela não era parva e via que eles estavam a diminuir com os seus esforços, não como ela queria... mas já era um avanço.
“ E se foste vitima de um feitiço de memória e vais perder as tuas memórias todas que recuperaste a partir do funeral? Ou não achas estranho que ao curandeiros dissessem te curaste de um feitiço e depois tiveste estes sonhos?” – Disse aquela voz irritante na sua mente.
Ela bufou, era verdade que já tinha pensado nisto mas não poderia voltar atrás com a sua palavra... ela precisaria de parar de ter estes sonhos... pelo seu sono, pela sua saúde física e principalmente pela sua sanidade.
E além do mais iria para Hogwarts naquele dia por isso não poderia acordar assim nos dormitórios de lá, não enquanto ela tivesse tantos olhos sobre ela...
*****
- Tenham juízo filhos. – Disse a Hermione.
- Sim, mãe! – Responderam ao mesmo tempo. – Olha o Scorpius ali Al. Vamos ter com ele. – Disse a Rose correndo de encontro a ele sem ver o olhar reprovador da sua mãe.
- Realmente as coisas mudaram Hermione. – Disse o Harry observando a Rose abraçar ferozmente o Scorpius sobre um olhar nada amigável do Draco.
- Eu só tenho medo das reacções do Ron e do Draco.
- Pela amizade? Eles já aceitaram... mal, é verdade – acrescentou ao ver o Draco bufar mas o olhar reprovador que a sua mulher mandou fê-lo ficar calado – mas aceitaram.
- Eu não estou a falar disso, Harry. – bufou a Hermione. – Eu estou a falar do facto da Rose gostar dele.
O Harry engasgou-se.
- Gostar?! Como assim gostar?
- Ela passou as férias inteiras a falar dele. Tu sabes que eu sou boa a ver essas coisas.
O Harry sorriu sonhador ao ouvir o que ela disse.
- Realmente vai ser interessante ver a reacção dos dois. Só espero não estar no meio.
- HARRY?!
- Está bem. Calei-me. – Disse divertido.
- Porque tu até não estás numa situação melhor.
- QUÊ?! – Gritou chamando a atenção das pessoas mais próximas para ele. – Desculpa. – Disse abaixando o tom envergonhado. – A Lily? A minha filhinha? – Choramingou procurando por ela até a encontrar a falar com uns amigos ao pé da Ginny e do Ron que estavam a falar com uns conhecidos. Ele estreitou os olhos ao vê-la rir feliz para uma amiga. – Eu não vou deixar o Malfoy tratar mal a minha filha. Nem que o tenha que prender até ele ter 100 anos para minha filha se esquecer dele. Com uma queixa de ele se estar a aproveitar de pessoas menores pode ser que dê... – Disse coçando o queixo pensativo.
- Que bom exemplo. – Disse a Hermione revirando os olhos. – Mas eu não estou a falar da Lily.
- QUÊ?! – Gritou ainda mais alto mas desta vez não se importou e continuou no mesmo tom. – Estás a dizer que o ALBUS é... é... – A sua voz sumiu não conseguindo acabar a frase.
A Hermione não se conteve e riu ao ver o Harry analisar o filho.
- Que mente... Eu estou a falar do Al mas não é nesse sentido.
- Ah... – suspirou aliviado.
- Eu desconfio, só desconfio porque pelo que a Rose me disse existe uma Ruth que ele está a começar a gostar da Sarah.
- Quê? Da Sarah? Franklin? – Perguntou. Ao vê-la assentir olhou para o comboio pensativo. – Isso é preocupante. Eles podem-no utilizar como isca.
- Acreditas mesmo que a garota lhe podia fazer mal?
- Não sei... A verdade é que eu não sei. – Disse ficando pela primeira vez sério. Porque é que a vida tinha que ser tão difícil? Ele não tinha sofrido já o suficiente? Para que é que ele tinha lutado tanto, sofrido tanto para no final ver os seus filhos passarem o mesmo? Não, passarem pior porque desta vez eles nem sabiam quem eram os verdadeiros culpados... Não! Pensou abanando a cabeça negativamente. Houve um motivo para tanto sofrimento... os seus filhos! Ver a felicidade deles... os olhos brilharem de expectativa... Sim, houve um motivo para tanto sofrimento e não o desperdiçaria nem que para isso morresse.
- Harry? Harry? – Chamou a Ginny despertando-o. – Eles vão partir.
Ele estreitou os olhos ao ouvir isso.
- Os Franklin apareceram? – Perguntou vendo os seus filhos num grupo a falarem animadamente.
- Parece que eles continuam a não querer se encontrar com eles... Por algum motivo durante as férias inteiras eles não responderam a uma única carta dos nossos filhos e... – calou-se ao ver os seus filhos a chegarem para uma última despedida.
A despedida foi rápida e eles entraram ansiosos no Expresso de Hogwarts para falarem e encontrarem o John e a Sarah que não tinham aparecido em lado nenhum. Procuraram em todas as cabines mas não os encontraram e, então decidiram se sentar numa cabine que estava vazia com a esperança que eles depois fossem para lá... mas não foram e todos começaram a ficar preocupados e inclusive o James que só estava lá para ver se via o John começou a ficar irritado.
- Eu vou procurá-lo. – Disse o James levantando-se finalmente.
- James, o Al já foi procurar.
- Ele foi procurar a Sarah, Rose e eu quero é encontrar o John!
- Não sejas bruto!
- Arre, estou preocupado! – Disse desanimado sentando-se outra vez. – Eles não disseram nada as férias inteiras e agora simplesmente desapareceram.
- Eu vi de uma ponta à outra e não vi nada.
- Tens a certeza? Não te perdeste num canto escuro com a Ruth e esqueceste-te do resto do Expresso?
- Eles também são meus amigos! – Indignou-se o Albus.
- Eu vi-te com a Ruth! – Rugiu o James.
- Eu só a cumprimentei! – Disse levantando-se.
- Seu... – Levantou-se também o James.
Numa cabine próxima...
- Vais-te esconder aqui para sempre Sarah? – Perguntou uma voz cujo dono estava completamente engolido pelas sombras.
- Não me apetece ir lá e também te estou a ver aqui. – Murmurou também completamente engolida pela noite que vinha da janela.
- Hum... fiquei com sérias dúvidas quando o Albus passou por aqui. Ele podia nos ter reconhecido.
- Não te preocupes, isso era quase impossível. – Murmurou olhando para a rua que estava como a cabine numa completam escuridão.
- Tens consciência que não te podes esconder para sempre?
- Olha quem fala... eu pelo menos não me estou a esconder da minha namorada.
- Eu só te estou a fazer companhia. – Defendeu-se.
- Sim... desculpas. – Murmurou mordaz.
- Vai lá Sarah. A não ser que mudes de nome ou de escola não te podes esconder mais.
- Não era uma má ideia. – Divagou. – Mas se o teu problema é a Susan vai ter com ela.
- Sarah... – Suspirou.
- Podes ir. Eu não vou.
- Das duas uma... ou vais seguir os passos dos pais ou então estás com medo da reacção deles.
- Eu não tenho medo!
Ele suspirou derrotado.
- Quando é que vais perceber que os pais só te usam?
- Eu já percebi.
- Então...
- Então nada! – Cortou-o. – Eu não vou desistir John! Não tenhas ilusões. As trevas vão surgir virão surgir sob o meu comando... a visão dos pais... o pais unido num só... sem injustiças, sem...
- E as pessoas que irão morrer nesse processo? As pessoas que somente vão lutar pela liberdade deles? Não é uma injustiça?
- John, eu não sou igual a ti! Eu sou das trevas não tenho salvação.
- Eu sou das trevas... – imitou-a – eu sou das trevas... assim pareces uma criança Sarah! – Gritou irritando-se. – As pessoas não são das trevas ou da luz, são pessoas!
- Poupa-me das tuas lições de moral.
- Sarah...
Ela olhou para ele e apesar da escuridão viu-se um brilho no olhar dela que o fez suspirar. Ela estava irritada...
- Eu não posso lutar contra o que sou. – Murmurou olhando para a sombra que eram as suas mãos. – Mas se te alegra eu vou dar uma surpresa aos nossos pais.
- Qual?
- SEU... – Eles olharam para o lado à espera do James, mas então eles perceberam que era da cabine ao lado.
- Realmente foi uma boa ideia esconderes-te na cabine ao lado...
- Xiu! – Disse fazendo um gesto para ele se calar.
- James, Al, acalmem-se. – Ouviu-se a voz da Rose.
- Tu já fazes parte daquele grupo Sarah. Não te esqueças disso por muito que não tenhas querido evitar. Eles fizeram-te entender coisas que por muito que eu tenha querido explicar não consegui. Não te esqueças disso! – Repetiu saindo da cabine.
Ela viu-o sair e ficou uns segundos a observar a porta até que tapou a cara com as mãos derrotada. Porque é que ele tinha razão? Ela tinha tentado por todos os meios os afastar dela, mas mesmo assim eles ganharam... ganharam e agora ela não podia fazer nada... tudo por causa daquele maldito dia em que parecia ter escrito na testa “ Eu sou a culpada”.
Flashback
Estava um bonito dia de inicio de Outono e ela estava a aproveitar os raios de sol na parte exterior do castelo, deitada sobre a relva e parcialmente escondida por uma árvore. Ouviu vários passos e suspirou. Porque é que sempre que se escondia deles eles vinham atrás?
- Bom dia Sarah. – Disse uma Rose muito bem humorada.
- ‘Dia. – Murmurou simplesmente se deitando melhor.
- Já por aqui Sarah? – Perguntou o Albus.
Ela fechou os olhos com mais força para se acalmar.
- Foi o John que os mandou procurarem-me?
- Não. Ainda não o vimos hoje. Nós ficamos preocupados quando não te vimos a tomar pequeno-almoço.
- Já tomei e eles vêm aí. – Disse continuando de barriga para cima a aproveitar o calor do sol não se incomodando nem em abrir os olhos.
- Como é que sabes? – Perguntou a Susan.
- Olha para trás.
Ela olhou desconfiada e abriu a boca espantada ao ver o John vir a conversar animadamente com o James.
- Como é que tu...
- Então estão aqui os meninos... – Disse o James sentando-se ao lado da Sarah.
- Meninos uma...
- Cuidado com a língua Albus. A mãe deu-te educação para alguma coisa.
O Albus só rosnou como resposta, mas não era a habitual guerra entre os irmãos que preocuparam a Sarah. Estava sim preocupada com aquele som que ela conhecia desde sempre. Um ligeiro ruído e... PUM. Onde ela estava com a cabeça no segundo antes estava um buraco causado por um feitiço.
- Ah, eu já recebi melhores “Bons dias”. – Resmungou ainda não abrindo os olhos mas tendo certeza pela respiração do James que ele estava bem podendo ficar aliviada. – Por isso dou-te um conselho, foge porque se quando eu abrir os olhos tu ainda estiveres ai, recebes como presente um bilhete de ida para a ala hospitalar.
- Sua vaca! – Gritou uma voz feminina e depois ouviu outra vez o conhecido ruído.
Já se tinha desviado do feitiço mas mesmo assim surpreendeu-se ao ouvir o som do feitiço desaparecer com um último rugido. Ele tinha batido num escudo e surpreendeu-se ainda mais quando ouviu a voz da Susan.
- Se quiseres fazer-lhe alguma coisa vais ter que passar primeiro por nós.
Ela abriu os olhos, não com a intenção de cumprir a promessa que fez à adolescente anónima mas sim pela surpresa de eles a estarem a defender. A única pessoa que ela esperava que reagisse ou se se enervasse era o John, mas este estava encostado descontraidamente contra uma árvore com um sorriso no rosto.
- Vocês não têm nada a ver com isto. Desapareçam! – Exaltou-se a adolescente.
Ela olhou para a adolescente e surpreendeu-se ao ver que não a conhecia. Quer dizer... estava a sofrer ataques, insultos e nem conhecia a autora? Olhou melhor, devia-a conhecer, não era? Alta, cabelos pretos até aos ombros, olhos azuis, provavelmente uma aluna do sétimo ano. Casa? Slytherin. Sim, definitivamente não a conhecia...
- Desculpa a pergunta mas... quem és tu?
Ela viu os olhos da adolescente brilharem com uma fúria incontida.
- SUA... – ameaçou ela.
Mas a Sarah não lhe prestava atenção, olhava sim para trás dela.
- Vejo que trouxeste guarda-costas mas lamento informar-te que não vão ser três adolescentes que me vão vencer.
- Arrogante, convencida, como, como... – murmurou agarrando com tanta força a varinha que esta lançava faíscas.
Ela olhou para as quatro que se puseram numa posição conhecida para ela de ataque e esforçou-se para não se rir. Elas pensavam mesmo que lhe iam vencer?
- Bem... antes de cumprir a minha promessa de vos levar para a ala hospitalar diz-me uma coisa... uma não, duas! Quem são vocês e porque é que me estão a atacar?
A adolescente gargalhou, uma gargalhada fria que mais do que nunca deu a impressão de que tinha enlouquecido.
- E faz-se de desentendida. Uma vaca é o que tu és!
- Não, eu sou mesmo humana, lamento informar-te. Mas é que eu não me lembro mesmo de nenhuma de vocês. – Disse coçando a cabeça com a mão que tinha a varinha.
Elas vendo o pequeno deslize da Sarah lançaram logo quatro feitiços mas antes mesmo que ela pudesse reagir ouviu cinco “protego” que a escudaram. Olhou completamente surpreendida para aquele grupo que se adiantou para o seu lado e tinha como porta-voz a Rose Weasley, somente o John continuava a observar a cena encostado à árvore de braços cruzados, divertido.
- Já chega! Vocês passaram dos limites. Apesar da Sarah se ter mostrado compreensiva vocês passaram logo para a agressão. Se a tentarem atacar mais alguma vez nós vamos responder.
A que começou a atacar começou a rir.
- E o que garotos como vocês podem fazer contra alunos do sexto ano?
Era verdade, pensou suspirando. O que é que eles pensavam que estavam a fazer? E porque é que aquele Troll do John não fazia nada? Só sorria? O que é que ia fazer? Sabia que se demonstrasse um pouco só do seu poder venceria sem mesmo pestanejar. Mas ela não deveria de ser só mais uma aluna do segundo ano?
- Não te metas com a Sarah! – Impôs-se o Scorpius o que a fez arregalar os olhos porque ele era o mais frio o grupo raramente se preocupava com alguma coisa.
Ela olhou atentamente para eles. Porque é que o Scorpius se meteu e a estava a defender? Até o James estava ali e não estava com a cara mais feliz do mundo. Parecia estar furioso, provavelmente por estar contra a sua vontade, concluiu. Será que o John lançou um “Imperius” neles ou feito uma aposta?
- Ingénuas é o que vocês são a ajudarem aquela cabra.
- Hey! – Decidiu reagir a Sarah para eles se lembrarem que ela estava ali e sabia-se defender bem sozinha. – Isso é um elogio? – Perguntou com um sorriso brincalhão no rosto. – Quer dizer, evolui de vaca para cabra daqui a pouco estás a chamar-me dragão e isso sim é um grande elogio.
- Eu vou-te tirar esse sorriso idiota do teu rosto e se vocês não se quiserem aleijar vão embora.
- Nós não vamos a lado nenhum! – Disse o Albus tendo o apoio dos outros.
- Ah, percebi! – Disse triunfante. – Ela também vos enfeitiçou.
- O que é que queres dizer com isso? Que os amaldiçoei?
- Não, que fizeste com eles o mesmo que fizeste ao Richard.
- Quê? – Perguntou agora completamente confusa. O que é que tinha feito ao Richard? – Eu não lhe fiz nada.
- Fizeste sim, depois da noite maravilhosa que eu tive com ele, ele pediu desculpas. Desculpas! Tudo porque gostava de outra pessoa, gostava da Sarah Frankin. – Disse com nojo o nome.
- E que culpa tenho eu? – Perguntou inocente.
- Ah, tu vais arrepender-te de teres nascido... Ric..
- Expelliarmus. – Disse a Rose ao seu lado desarmando a adolescente. Eu avisei que se atacasses mais alguma vez seria eu a responder.
- Porque é que a estás a ajudar? Vocês as duas? Os rapazes ainda compreendo, ela pode ter prometido coisas... – ela não continuou impossibilitada de falar pelo Albus que estava furioso.
- Chega! Já passaste os limites.
- Oh, estão a ver? Os rapazes...
- O Albus avisou-te... vai-te embora!
- Ah, não vou mesmo. – Disse fazendo um gesto com a cabeça para a rapariga que estava atrás dela que com um gesto de varinha recuperou a varinha da outra entregando-lha. – Última hipótese, vão-se embora e ninguém se machuca.
- Ela tem razão. Vão-se embora que eu trato delas.
- Não! – Responderam ao mesmo tempo.
Ela olhou confusa para eles. Será que não perceberam?
- Não perceberam que se ficarem são derrotados? Eles são do sexto ano!
- Por isso mesmo, tu sozinha não consegues. Nós ajudamos-te.
- Mas Rose...
- Nem mas, nem meio mas, nós vamos lutar! Ponto final!
- Porquê? – Disse exteriorizando a pergunta que consumia a sua alma.
- Porque nós somos teus amigos e ninguém magoa um amigo nosso.
- Susan...
Aquilo dito daquela forma tão simples, como se fosse a coisa mais lógica do mundo, fez o seu coração bater mais rápido. Amigos... ela não sabia o que era isso, nem tinha feito alguma coisa nesse sentido. Sempre tentado manter distância para eles, por vezes até sendo mal-educada mas mesmo assim eles consideravam-na sua amiga. Amiga... olhou para o John compreendendo finalmente porque é que ele sorria tão amavelmente para ela... eles estavam a comprovar o que ele sempre disse... que existiam amigos sem ser a família, que havia sentimentos puros, que a amizade existia!
- Vocês só podem estar parvos. Assim vão para a ala hospitalar aleijados.
- Pensa positivo – disse o James piscando-lhe um olho – se formos todos para a ala hospitalar pelo menos fazemos companhia uns aos outros. Não vais sozinha.
- Mas não é um problema vosso. É só um problema meu.
- Nós estamos aqui para te ajudar Sarah. Quer tenhas razão ou não, quer estejas numa missão impossível ou só precises de ajuda para atravessar a estrada. Nós vamos estar sempre ao teu lado. – Murmurou o Albus.
- Mesmo que se magoem sem motivo e sem necessidade?
- É isso que os amigos fazem Sarah. Partilhamos as vitórias e as derrotas. – Disse o Scorpius como se isso fosse lógico e fosse um insulto ela duvidar disso.
- Mas vocês vão se magoar sem ganhar nada com isso... não tem lógica.
- Sarah quando é que vais entender?! – Perguntou irritado o Albus. – Os amigos são para ISSO. Quer estejas a festejar uma vitória ou estejas perto da morte. Nós vamos estar SEMPRE ao teu lado sem qualquer interesse secundário.
- Mas...
- Sarah, a única coisa que importa é tu estares bem. Se estiveres bem existe sempre uma parte de nós que também está bem. Entende isso.
Ela suspirou e fechou os olhos. Ela não conseguia entender nada daquilo, nada fazia sentido e, no entanto, eles estavam a fazer. Estavam a defende-la sem ganhar nada com isso, só... só amizade e um sentimento de gratidão.
- Que momento tão emocionante. Realmente tens o talento de encantar rapazes tolos, mas eu vou estragar o momento. Agora, só têm duas hipóteses, ou lutam ou fogem... ou defendem essa manipuladora ou fazem o que é certo e vão embora. Não se metam nos assuntos dos outros.
Para seu completo espanto eles começaram a rir. Não aquela maluca e as suas seguidoras, dessas, ela esperava tudo mas sim o Scorpius, o James, o Albus, a Rose e a Susan.
- Sem hipótese nós nunca a vamos abandonar.
- Que emocionante Potter mas lamento dizer-te que se fosse o contrário ela não faria o mesmo.
- Faria. – Murmurou a Rose. – Eu confio nela.
- Nela? – Perguntou apontando para ela como se para ter certeza.
- Sim, nela. – Disse a Susan.
Ela olhou para eles de boca aberta. Eles tinham uma confiança nela que nem ela tinha. Eles viam nela uma coisa que ela não via. Eles acreditavam cegamente nela apesar de ela ter feito tudo para que isso não acontecesse.
- Está bem. – Disse dando de ombros a adolescente. – Então sofram as consequências. Impedimenta...
A Sarah instintivamente conjurou um escudo para proteger a Rose do feitiço mas antes mesmo que as amigas da adolescente pudessem reagir ela ouviu uma voz masculina.
- Mas O QUE É QUE SE PASSA AQUI?
A Sarah não conteve um sorriso ao ver quem tinha chegado. Aquilo estava a ficar interessante...
- A snitch da discórdia chegou. – Murmurou olhando para o Richard no entanto ele não olhava para ela, olhava sim para a outra adolescente pondo-se protectoramente à sua frente fazendo-a revirar os olhos. Ela parecia assim tão necessitada de ajuda?
- Foi ela. – Disse a adolescente chorando.
Claro! Realmente ela devia de ter feito algum mal a Merlim para ter que aturar isto...
- Claro que fui eu! Fui eu que comecei a atacar, fui eu que insultei. Ah, espera. – Disse parando dramaticamente como se tivesse lembrado de alguma coisa importantíssima. – Não posso ser eu, eu não tenho motivo.
- Richard foi ela. – Disse chorando ainda mais e dando um passo na direcção dele mas ele deu um para trás batendo contra a Sarah. – Ela descobriu de ontem à noite e teve um ataque de ciúmes. Ela está completamente maluca.
A Sarah levantou uma sobrancelha divertida e evitou rir-se. Aquela adolescente realmente tinha talento para o teatro.
- Claro. – Murmurou simplesmente não se dando ao trabalho de negar.
- Sarah, isso é verdade? Se for eu... – começou a justificar-se o Richard que ficou branco.
Ela não se conteve e riu. Como é que o Richard uma das pessoas mais morenas que ela conhecia podia ficar tão branco que parecia um fantasma e então com aquele cabelo loiro ele parecia MESMO um fantasma.
- Richard estás a ver-me com cara de quem tem ciúmes? – Perguntou decidindo acabar com aquela palhaçada.
- Eu...
- Elas estão a mentir. A Sarah estava aqui deitada quando ela simplesmente lhe lançou um feitiço sem dizer nada mas que felizmente errou e depois começou a insulta-la.
- Obrigado Rose. Agora és tu que decides monitor Richard ou entao podes simplesmente pôr às duas de castigo.
- VOCÊS! – Gritou o Richard furioso. – Menos quarenta pontos para os Slytherin e vão ter uma detenção. Se eu descubro que fazem mais alguma coisa à Sarah vão ficar de castigo até ao final do ano.
- Mas Richard...
- Nem mas nem meio mas. VÃO! – Gritou ele assustando as adolescentes que foram se embora a correr. Ao vê-las desaparecerem ele virou-se preocupada para a Sarah. – Estás bem? Desculpa, eu sei que ontem à noite foi um erro mas...
- Richard. – Chamou sorrindo. – Eu não sou tua mãe para te justificares. Faz da tua vida o que quiseres desde que depois ninguém me venha atacar, a mim ou a eles. – Acrescentou sorrindo para eles.
Mais tarde nesse dia...
Ela andava pelos corredores não tendo certeza do que ia fazer e quando deu por si estava outra vez na rua. Inspirou fundo e o cheiro da natureza acalmou-a. Olhou em volta e viu o James de braços cruzados a ouvir uma adolescente. Decidiu que iria para o lago e foi caminhando na direcção dele não se espantando quando o James a viu e deu-lhe o seu habitual sorriso irónico que a fez revirar os olhos. O que a assustou foi a velocidade com que a acompanhante dele se virou e a fuzilou com os olhos. Ah, não... ela já tinha visto esses olhos nesse mesmo dia noutra pessoa... isto não lhe podia estar a acontecer....
- TU! – Gritou ela fazendo a Sarah fechar os olhos pensado se por acaso tinha saído da cama com o pé errado. – É por causa dela não é? – Perguntou virando-se para o James que ao ouvir aquilo desmanchou-se a rir, fazendo a Sarah ter certeza que ele devia de estar a adivinhar que iria acontecer o mesmo que aconteceu mais cedo.
- Ai Sarah, tu és a fura-relacionamentos. – Riu o James tanto que já estava sentado agarrado à barriga. – Vais ser uma lenda.
Ela revirou os olhos e tendo certeza de que se simplesmente saísse dali a outra iria ter uma impressão errada foi de encontro a eles.
- Cala-te amostra de Troll. – Murmurou irritada e depois virou-se para a outra adolescente. - Olha eu não tenho nada com ele, eu não quero nada com ele, fica com ele, guarda-o num armário trancado a sete chaves que eu até agradeço mas não me culpes por Merlim. – Disse suspirando ao ver o olhar que a outra lhe mandou.
- É culpa tua, eu sei!
- James tu acabaste com ela?
Ele assentiu ainda sentando agora observado tudo como se estivesse maravilhado.
- E por acaso tinhas que fazer isso quando eu estivesse a passar? – Perguntou irritada. – Tu já viste como está a minha sorte hoje.
Ele riu como resposta.
- E não te rias palerma. – Disse lhe dando uma chapada na cabeça que foi mal interpretada pela outra adolescente.
- És mesmo tu... – Ela disse agarrando com força o braço da Sarah que bufou ao sentir isso. – Porquê? Porque é que tem tinhas que por no meio do nosso relacionamento. – Chorou. – Eu agora vi tudo, vocês namoram escondidos não é? – Chorou.
- QUÊ? – Disseram os dois ao mesmo tempo, fazendo inclusive o James se levantar.
- Sim, eu fui tão parva por não ter visto isto antes.
A Sarah olhou para o James em apoio mas este estava prestes a rir-se outra vez. Que mal tinha feito a Merlim?
- Olha eu não tenho nada a ver com ele, certo? Ele é mesmo só um parvo e idiota e eu e ele só somos um pouco mais do que conhecidos porque ele é o melhor amigo do meu irmão. Nada mais, certo?
- Somos mais do que conhecidos? – Perguntou o James quase não escondendo uma gargalhada.
Ela revirou os olhos.
- És mesmo idiota James. Explica-lhe a verdade.
- Eu?! É tão giro ver duas pessoas a lutarem pelo meu coração .-Disse fazendo um gesto dramático. - Continuem. – Disse voltando a se sentar.
A Sarah tapou a face com uma mão... ela estava amaldiçoada, só podia.
- Bem, olha eu sei de que deve de ser difícil e eu estou solidária contido. – “Principalmente porque não me começaste a atacar como um certo alguém”, pensou. – Se precisares de desabafar podes falar comigo mas eu não tenho nem quero ter nada com ele. Eu vou-me embora e vocês resolvam isso. – Disse saindo dali o mais rápido possível que podia.
Quando ela chegou ao lago sentou-se e suspirou tendo medo de sair dali e alguma ex-namorada culpá-la por algum fim de relacionamento que ela não tinha nada a ver. Olhou o reflexo do sol no lago. O que ela tinha feito para merecer isto?
- Oh, fura-relacionamentos então quem vai ser a seguir? Ou devo de corrigir quem te vai atacar a seguir? – Perguntou o James rindo.
Como resposta só teve água do lago no seu rosto o que o fez rir ainda mais.
N.A. Bem, mais um capitulo como prometido, o próximo deverá de demorar duas semanas.
Sobre o capitulo só vou dar um aviso. No inicio deste capítulo vocês viram a Sarah desesperada e eu sei que no futuro vocês vão vê-la em situações muito piores e ela não vai reagir assim.
Imaginem que tudo o que acreditam, todas as vossas bases, as coisas mais importantes para vocês começam a cair e ficam sem nenhuma certeza. Só com dúvidas? É assim que ela está e por isso é que ela reagiu assim.
Bem, acho que já disse tudo até ao próximo capítulo xD.
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