Reconhecido
Capítulo 14 – Reconhecido
- Gi, percebi que sua mãe anda mais cansada do que eu me lembrava, bem mais magra e com aspecto de doente.
- Ela tem trabalhado demais nestes últimos dias, a guerra acabou com ela. Papai diz que desde que os irmãos dela foram assassinados ela está triste, e com essa guerra que não acaba nunca ela só tem piorando.
- Eu juro que essa guerra logo acabará, meu anjo, e seremos nós a vencer. – disse o moreno acariciando o rosto dela. – Mas enquanto isso ela precisa de ajuda. Venha comigo.
Harry entrou com ela em uma sala vazia perto da Sala Precisa. Harry enfeitiçou a porta para ter privacidade.
- É mais provável que não funcione, portanto não vou contar nada antes. – disse o moreno.
- Você estava certo, você tá pareceno muito a Hermione. – disse ela com um sorriso.
-WINKY. – gritou o moreno.
Por alguns segundos pareceu que nada tinha acontecido. Quando Gina ia perguntar foi ouvido um estampido.
Aos pés do moreno apareceu a pequena elfa. Ela estava chorando agarrada a uma camisa. Ela levanta a cabeça.
- Menino Potter está vivo. – disse ela agarrando a perna dele.
- Estou, Winky. – disse ele se sentando no chão para ficar mais próximo dela. – Mas o que aconteceu com você?
- Menino Bartô matou de novo o mestre Crouch. – disse a elfa. – Depois disse que Winky não servia mais para seus planos e deu para Winky essa camisa do seu pai.
- Winky eu sei o que você está sentindo. – disse o moreno, enxugando as lágrimas dela. – Sei que você não gosta desta situação. Por isso eu tenho uma proposta para você.
- Winky não quer trabalhar para Dumbledore de novo não. Ele corrompeu Dobby pagando salário.
- Não é nada disso. Eu quero saber se você gostaria de trabalhar pr’uma família bruxa.
- Que família vai aceitar um elfo que foi despedido pelo seu amo? – perguntou a elfa olhando para o chão.
- A minha. – disse Gina entendendo o que o menino estava planejando.
- A namorada do menino Potter quer Winky? Winky não merece isso tudo. – disse a elfa chorando mais.
- Me chame de Gina, Gina Weasley. – disse ela. – Minha mãe ficaria muito satisfeita de ter você lá em casa. Principalmente se for um elfo que for apresentado pelo Menino Potter.
- Então vamos. – disse Harry se levantando e oferecendo a mão para Winky, olhando feio para a ruiva pelo ‘Menino Potter’.
Winky estancou um pouco, mas ao se lembrar de Dobby falando que Harry era um bruxo muito bom, aceitou e o seguiu.
Entraram na Sala Precisa onde todos ainda festejavam a vitória contra a Umbrigde. Todos pararam ao ver o trio.
- Pessoal, essa é a Winky, era a elfa do ministro. Winky, esse é o pessoal. – disse Harry ao ver a cara de todos.
- Mas se ela é a elfa do ministro, por herança é do filho dele. – disse Carlinhos. – Como ela pode estar aqui com vocês?
- Ela foi dispensada. – disse o moreno. – mas felizmente eu já a conhecia e pude salvá-la desta humilhação de estar sem família. Molly, Arthur, queria saber se vocês aceitam ter Winky como elfo da família Weasley?
- Você tem certeza disso? – perguntou Arthur. – Ela aceita trabalhar para nós?
- Sim. – disse o menino.
- Então aceitamos. – disse Molly entusiasmada, sempre quis um elfo, mas nunca teve dinheiro para isso. – Infelizmente não tem o que fazer por aqui. Somente precisamos de comida, não dá para ficarmos zanzando pelo castelo.
- Winky arruma comida pra todos. Winky conhece os elfos do castelo e eles ajudaram a família de Winky. – disse a elfa.
Depois ela se ajoelha aos pés do casal ruivo e invoca a magia dos elfos para se ligar a família. Aparatando logo em seguida.
-Thor que história é essa? Oferecer elfos domésticos para os outros e não falar nada sobre pagamento. – disse com raiva Hermione.
- Mi, você não tá pensando na F.A.L.E., né? – disse o menino.
- Sim. – disse ela.
- Mas Mi, eu só consegui isso se prometesse não oferecer nenhum salário para ela, sabe ela trabalhou anos para o ministro, viu ele ser assassinado pelo filho e depois dispensada como uma roupa velha. Eu tive que dar um pouco de alegria para ela. Se eu falasse em salário ela podia morrer de tristeza. – disse o moreno.
- Desta vez passa. – disse a menina.
Hermione estava patrulhando os corredores. Mesmo com toda a movimentação na Sala Precisa, ela não queria negligenciar os seus deveres de monitora. Ela também fez com que Rony e Gina também o fizessem. Preferiu ficar com os andares mais baixos, para permitir que os amigos ficassem mais tempo com a família.
Ela ficou pensando na sua família, que infelizmente estava em perigo em Londres. Por isso não percebeu alguém parado as sombras. Era Theodoro Nott, um aluno da Sonserina.
- Dumbledore deve estar louco quando colocou uma sangue-ruim como monitora-chefe. Ainda bem que o Lorde das Trevas limpará o nosso mundo. – disse o menino apontando a varinha para ela. – Eu farei a minha parte e receberei louvores por isso.
- Eu não teria certeza disso. – disse Rony aparecendo no corredor adjacente, já com a varinha erguida.
- Eu não tenho medo de vocês. – disse Nott. – Eu me tornarei m comensal e não são dois grifinórios que me atrapalharam.
- Quem sabe três. – disse Gina aparecendo com Zeus a tira colo.
O lobo se postou entre o sonserino e os amigos.
- Eu vi que esse lobo não é de nada. Ele gosta de brincar de pegar. – zombou o sonserino.
Fingiu que jogava a varinha para que Zeus pegasse, mas ele nem se moveu e continuou a encará-lo como se estivesse com fome. O que deixou Nott preocupado.
- Parece que me enganei. – disse ele.
- Olha ele pensa. – zombou Hermione.
- Não sei não, Mi. Ele ainda não saiu correndo. – disse Rony.
- Isso seria interessante, Zeus tá precisando de exercício. – disse Gina.
Harry olhou para ela, com a cara de “Você me paga”.
- Na verdade ele precisa se divertir. – corrigiu a ruiva, fazendo o lobo se voltar para o sonserino.
- Vocês se arrependerão de brincar comigo. – disse o sonserino apontando a varinha para a ruiva. – AVADAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ele não conseguiu terminar a maldição. Harry atacou, cravando os dentes na mão que segurava a varinha. Ficou alguns segundos preso ao sonserino, mas logo o soltou, começou a rosnar, com a boca toda ensangüentada.
- Tira essa fera de perto de mim. – disse o garoto com uma voz fraca caído no chão.
- Acho melhor correr. – disse Hermione. – Acho que ele gostou de você, ou melhor, do seu gosto. E sabe é meio difícil parar uma fera quando ele quer algo.
Nott se levantou e saiu correndo.
Do chão brotou um jato de água que Harry usou para se limpar.
- Bom Garoto. – disse Gina afagando as orelhas dele. – Ele deve ter um gosto horrível.
- Acho que nossa ronda acabou. – disse Hermione. – Vamos voltar.
- Meu filho será o maior garanhão desta escola toda. – disse Sirius se gabando para Tiago.
- Acho que será uma menina e a cara da mãe. – disse Tiago.
- Terá vários namorados na escola, isso sim. – Disse Harry.
-Vocês dois sabem acabar com o sonho de um pobre homem. – disse o maroto.
- Desculpa, Almofadinhas. Mas alguém tem que fazer isso. – disse Tiago.
- O Aluado está dando aula. – completou Harry.
Sirius foi salvo pelo gongo quando a porta se abriu dando passagem para Gui e Fleur.
- Fleur, minha querida, Você chegou bem? – perguntou Molly dando um de seus famosos abraços de urso na nora.
Gui olhou espantado para a mãe, mas se lembrou do que Thor tinha lhe falado, e compreendeu a reação da mãe. Enquanto a sua noiva se emocionou com a receptividade repentina da sogra.
Ao se soltar de Molly, a francesa se vira para cumprimentar a todos os presentes, mas seus olhos param no menino que estava abraçado a Gina. Correu para ele, ignorando a todos os outros. Parou em frente ao moreno, espantada.
Em um gesto que espantou a todos ela ergueu a mão e tocou a cicatriz na testa dele, que estava escondida pelo cabelo dele. Levando as duas mãos na cabeça, desmaiou. Só não caiu no chão porque Harry a segurou por trás, usando sua velocidade, levando-a para cama de Gui.
- O que aconteceu com ela? – perguntou preocupada Molly. – Não acha melhor chamar a Madame Pomfrey?
- Mãe, ela só desmaiou. – disse Gui que estava sentado ao lado dela na cama. – Mas não entendi o que aconteceu quando ela te viu.
- Eu tenho as minhas suspeitas, mas para ter certeza tenho que esperar ela acordar. – respondeu o moreno que estava ao lado da loira.
- Será que dá para você falar o que suspeita? – perguntou Hermione.
- Agora você percebe o que faz com a gente, Mi. – respondeu Gina, emburrada com a situação.
- Ela está acordando. – disse Rony acabando com a discussão.
Fleur lentamente foi acordando, mexeu um pouco e sentiu a presença do noivo na cama com ela. Aos poucos foi abrindo os olhos.
- Ai que dor de cabeça. – disse ela. – O que aconteceu, Gui?
Antes que o ruivo respondesse ela localiza Harry.
- Mas é... – Ela começou, mas Harry a silenciou colocando um dedo em sua boca.
- Sou eu mesmo. Mas aqui, sou chamado de Thor. – disse ele. – Você se lembra de mim. Interessante.
- O que é interessante o Deus do Trovão. – disse Gui visivelmente com ciúmes.
- Eles sabem da sua avó? – perguntou Harry para Fleur.
- Sim, sabem. Não tem o porquê esconder deles.
- Acredito eu que por ela ser em parte veela, o ritual de Voldemort não tenha afetado ela completamente. – respondeu o moreno. – Isso só fez com que ela bloqueasse a minha realidade, se lembrando desta apenas. Mas quando ela me viu, desbloqueou tudo, e o choque de ter duas memórias de quase três anos a fez desmaiar. E ela continuará com dor de cabeça até que as lembranças se consolidem, podendo demorar um pouco pra que ela consiga separar as duas.
- Mas por que isso não aconteceu com o Hagrid? – perguntou Lilian, mas a maioria não entendeu o porquê, eram poucos que sabiam que ele era meio gigante.
- Não sei, mas pode ser por que são espécies diferentes, com poderes diferentes, sendo afetados de modos diferentes. Pode ser também pelo fato do Hagrid me conhecer a minha vida toda, e a Fleur apenas alguns anos, e mesmo assim convivemos juntos mesmo apenas alguns dias, durante o Tribruxo e nas férias do quinto e sexto anos, antes do casamento. Assim ela recebeu menos carga do feitiço. – explicou Harry.
- Faz sentido. – disse Tiago.
- Casamento? De quem? – perguntou Lene curiosa, assim como o marido ela não sabia da vida do afilhado.
- O meu casamento. – respondeu Fleur olhando para Gui, depois de virou para Harry. – Mas não recebemos muitas noticias suas depois dele. Mas vejo que você ficou bem.
Fleur o puxa para um abraço. Deixando Gui e Gina enciumados.
- Meu amor, me conta o que aconteceu desde que eu fui ver meus pais. – disse a loira acariciando o rosto do namorado.
Harry se aproximou de Gina, que tinha se afastado da cama e estava com os braços cruzados na frente do peito com a cara fechada para ele.
-Gi, que foi? – perguntou ele baixinho, não precisava que todos escutassem aquilo.
- Nada, Deus Nórdico. – disse ela entre os dentes.
- Não precisa ficar com ciúmes, nunca me interessei pela Fleur. Nem mesmo com os poderes dela. – disse ele dando selinhos nela. – Nós só temos algumas coisas em comum, que nos aproximam. O fato de termos ganho o Tribruxo. E principalmente por gostarmos de Ruivos Ciumentos. Ela de homens e eu de mulheres. Viu não fazemos parte do grupo de preferências um do outro.
- Sei. – disse ela com um biquinho, mas suas mãos já estavam espalmadas no peito no moreno e seus olhos olhando diretamente para seus olhos.
- Eu já vi essa cena antes. – disse Lene para Tiago e Lilian, sem que mais ninguém além do marido ouvisse.
- Isso só prova os sentimentos dele. – disse Lilian corada. – Mas ele tem que tomar cuidado, a Gina tem seis irmãos, eu não tinha.
- Ele já dominou a todos, meu anjo. – disse Tiago. – Nenhum deles seria capaz de se meter agora com eles. Principalmente depois que Zeus cuidou do Nott, que incomodava a Hermione.
- Você tem toda razão. – disse Sirius. – Mas por que você nunca deixou que eu mordesse o Snape?
- Não queria ser acusado de te envenenar. – disse Tiago, recebendo um tapa de Lilian. – Ai Lily, com um cabelo daquele o sangue com certeza era um veneno. Lembre-se de que ele torturou o seu filho, se ele realmente te amasse ele ia fazer isso?
- Ele torturou o seu filho, principalmente pelo fato de ser comigo. – disse ela.
Harry esperou todos dormirem para colocar em prática um plano que ela tinha pensado. Saiu da Sala Precisa, e entrou novamente na sala em que tinha convocado Winky. Se tinha funcionado com ela, por que não com...
- DOBBY. – gritou o moreno.
Instantaneamente o elfo apareceu na sua frente.
- Harry Potter está vivo! Dobby ficou muito confuso e triste quando a onda de poder atingiu Dobby , e estava novamente com o Malfoy. – disse o elfo.
- Não se preocupe com isso agora, Dobby. Eu já te libertei e você é livre deles. Nem mesmo esse feitiço de Voldemort pode desfazer isso, já que você se lembra de mim, assim como todos os elfos domésticos.
- Mestre Potter é bom para Dobby.
- Dobby, eu já consegui uma casa para Winky, portanto depois que isso tudo acabar você precisará de uma casa também. Você irá comigo. Mas antes eu preciso que você continue na casa dos Malfoy, espionano pra mim. E como uma ordem, eu te proíba de se punir por qualquer coisa que eles mandem. Somente enrole umas ataduras nos locais para que eles acreditem nisso, e se algo ficar perigoso saia de lá correndo.
- Sim, Amo.
- Me chame de Thor, por enquanto. – disse o moreno. – Vá antes que alguém descubra. E sempre que escutar ou ver algo interessante, venha me contar. Mas espere estar sozinho, ainda não quero que todos saibam que você trabalha pra mim.
- Sim, Thor. – disse Dobby aparatando.
Harry voltou feliz para a Sala Precisa. Mas quando abriu a porta foi empurrado para o outro lado do corredor. Viu que era Gui que o prensava.
- O que é isso, Gui.
- Eu vi você saindo. E não gosto nada disso. Eu vejo os olhares que você e minha irmã trocam. E se você fez alguma coisa com ela, deve me pagar.
- Eu fiquei apenas dez minutos fora. Mesmo com a minha velocidade, acho que nenhuma mulher ia ficar satisfeita com isso. E eu respeito muito a sua irmã para forçá-la a algo que a desagrade. Então quando fizermos isso, ela estará de acordo e nem você, nem nenhum dos outros cabeças de fogo que impedirão isso.
- Você tem razão. E só a mania de protegê-la. Mas não quero ouvir você falando sobre isso com a minha irmãzinha.
- Então pare de pensar nisso. – disse o moreno rindo, Gui o tinha soltado já. – Mas não se preocupe, só fui atrás de UM AliadO. Alguém que está atrás das linhas inimigas.
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