Tempestade Anunciada
Capítulo 15 - Tempestade Anunciada
Hogwarts estava se preparando para a guerra. Tiago e Remo usavam as suas aulas para ensinar aos alunos feitiços de combate e cura, enquanto Lilian fazia com que todas as turmas fizessem poções para aumentar o estoque da enfermaria.
O Plano não era envolver os alunos diretamente em alguma batalha, mas fazer com que eles conseguissem se defender tempo o suficiente para que alguém chegasse para ajudar.
Alguns poucos foram selecionados para um Clube de Duelos. Eram aqueles que tinham ajudado a resistência contra a Umbrigde, e que mostraram interesse em defender a escola em um possível ataque. Sendo este coordenado pelos Aurores presentes na escola.
Vários membros da Ordem já haviam se instalado no castelo, a maioria sem que os alunos soubessem que estavam lá, pois havia aqueles que eram filhos de comensais ali estudando.
Harry recebia quase todo dia a visita de Dobby, para atualização dos planos de Voldemort, felizmente Lúcius Malfoy ainda tinha a prepotência de discutir os planos de seu mestre na frente do elfo, mesmo uma ordem de que ele não repetisse nada do que fosse falado valeria mais, já que Dobby era livre e seguia as ordens do moreno.
Os Weasley estavam sendo treinado por Harry, na sala precisa para não levantar suspeitas. Em um intervalo destes treinos a noite Fred pergunta para o cunhado.
- Thor, você disse que ganhou o Tribruxo com o Diggory, mas aqui ele nem chegou perto. Como isso pode ter acontecido?
- Apesar de achar estranho que tenha acontecido o torneio no meio desta guerra, eu não sei o que aconteceu aqui para que fosse tão diferente assim, mas acho que foi justamente a minha presença no torneio que fez isso. – respondeu o menino.
- O motivo para a realização dele foi uma tentativa do ministério de mostrar que as coisas estavam sobre controle. – disse Arthur. – Parece que deu um pouco certo, já que não houve nenhum problema na sua realização.
- Eu não posso te ajudar muito. – disse Fleur. – Está tudo ainda meio confuso na minha mente, não sei o que aconteceu em cada realidade ainda, principalmente no torneio.
- Eu conto o que aconteceu comigo e que pode ter se alterado para depois me contarem o que aconteceu nesta realidade. – disse Harry se sentando em um sofá com a Gina. – Pra começo de conversa houve a minha seleção, que foi um pouco tumultuada por eu ser menor e ser um segundo participante de Hogwarts.
- Lá também valia a regra da maioridade? Que injusto. – disse George.
- Sim, e vocês tentaram burlar e conseguiram uma belíssima barba ruiva cada. – disse o moreno e percebeu pela reação dos gêmeos que aconteceu ali também. – Mas eu fui obrigado pelas regras a participar. Quem tinha me inscrito sabia disso e usou contra nós. Vou deixar de lado a parte extra-torneio, ou seja, fofocas e outras coisas. A primeira prova foi pegar o ovo dos dragões. Porém aconteceu algo antes. No fim de semana antes, Hagrid pediu que eu fosse vê-lo durante a noite, claro que eu fui. Ele tinha marcado um encontro com a Madame Maxime para mostrar os dragões, assim eu fiquei sabendo de tudo antes. Logicamente que ela ia contar para Fleur, e quando eu estava indo embora encontrei com Karkaroff indo naquela direção, Krum também saberia. Para não ficar muito injusto eu contei para o Cedrico, assim todos sabiam dos dragões. No final das contas o que prevaleceu foi o nervosismo em frente aos bichinhos.
- Eu me lembro de falar com o Hagrid que ela ia acabar contando. – disse Carlinhos. – Mas quem é Karkaroff?
- Igor Karkaroff, era o diretor de Durmstrang. Provavelmente ele continue sendo um comensal da morte e não tenha conseguido o cargo. Da outra vez, ele foi o delator de vários comensais depois que foi preso, ficando com uma pena reduzida. – disse Harry.
- O que você vez para pegar o ovo? – perguntou Hermione.
- Eu convoquei a minha Firebolt e acabei passando pelo Rabo-Córneo voando.
- Eu trouxe um Rabo-Córneo para o torneio? Eu devia estar maluco, você não se feriu? – perguntou Carlinhos.
- Deve ser porque era o único disponível, já que precisava estar em época de nidação. – disse o moreno. – Eu acabei apenas com um corte no braço, por causa dos espinhos.
- Agora eu consigo ver isso com clareza. – disse Fleur. – Pela reação do Diggory e do Vitor depois que tirei a miniatura, eu percebi que eles não sabiam o que ia acontecer e relaxei mais do que quando você estava lá, pois todos sabiam, todos estavam preparados, principalmente após o Diggory ir mal. Consegui acertar o meu feitiço e despistei o dragão. – disse a francesa.
- Já na segunda prova, eu usei um guelricho, para respirar debaixo d’água. – voltou o moreno a contar deixando de lado a parte da ajuda do lufano e do elfo. – Encontrei logo com alguns grindylows. Me livrei rápido e segui para onde estavam os reféns. Que no meu caso era o Rony, por ele ser meu melhor amigo. Fui o primeiro a chegar, o soltei com uma pedra. Achei que seria muito ruim deixar os outros para trás, e tentei soltar a todos. Cedrico chegou logo depois, seguido do Krum. Como o tempo foi passando e nada da Fleur, eu acabei soltando a Gabrielle, após quase brigar com os sereianos. Quando cheguei superfície e Fleur acabou por se aproximar me agradecendo por salvar a irmã, ela tinha sido atacada pelos grindylows também. Estourei em muito o tempo, mas como a minha atitude foi bem vista, acabei recebendo pontos a mais e terminei empatado com Cedrico.
- Como foi com você? – perguntou Gui que não sabia muitos detalhes daquela prova.
- Eu não fui atacada por muitos grindylows desta vez e consegui me livrar, e salvei a Gabrielle antes do fim do tempo, ficando em primeiro lugar. – disse a loira, não querendo entrar em detalhes, ainda agradecida por Harry ter salvado a sua irmã, mas não ia falar nada para que nenhuma dos ruivos achasse bobagem ali.
- Conta mais. – disse Fred.
- Ai teve a terceira prova que foi a do labirinto. Ela igualava a todos em um determinado momento. Porém o plano de Voldemort era que eu alcançasse primeiro a taça, portanto tinha que eliminar os outros campeões. O primeiro foi o Krum, que recebeu a maldição Império. Não sei se foi antes ou durante a prova. Assim ele controlado acertou a Fleur, tirando a da disputa. Descobri isso quando o vi acertar a Cruciatus no Cedrico, acabei por nocauteá-lo. No final acabamos os dois de Hogwarts chegando à taça, depois que livrei o Diggorry de uma acromântula. Decidimos pegar a taça juntos, assim seria uma verdadeira vitória para a escola. O resto vocês já sabem.
- Depois eu quero todos os detalhes. – disse Gina. – Todos mesmo, até mesmo o baile.
- Depois, quando eu tiver muito longe. – respondeu Harry.
- Comigo foi fácil. – disse Fleur. – Como eu estava na frente, por ter mais pontos eu acabei chegando primeiro a taça. Sem muitas dificuldades, eu estava muito confiante.
- Eu vi. – disse Gui. – Você até brilhava, apesar de demonstrar um pouco de nervosismo.
- A conversa está muito boa, mas acho que vocês têm que dormir agora. – disse Molly. – Thor você os acompanha. Mas o mapa vai ficar comigo.
- Tudo bem. – disse o moreno ajudando a namorada a levantar. – Acho melhor mesmo ficar de olho nesses monitores, eles sempre dão um jeito de arrumar algo da monitoria só para namorar um pouco mais.
Hermione e Rony ficaram extremamente vermelhos, mas parecia que todos ali já tinham conhecimento daquilo, principalmente que vários ali fizeram isso na sua época.
Dumbledore marcou outra reunião para acertar os detalhes da batalha, ele preferiu fazer com menos pessoas para que Thor pudesse participar mesmo desconfiado do moreno.
- Segundo a minha fonte, Voldemort atacará pela frente, com o máximo de força que ele tiver. Ou seja, seus principais asseclas estarão na linha de frente. Ele espera que não haja muita resistência inicial, apenas os professores. – disse Harry. – Sua maior preocupação são justamente Dumbledore, Tiago, Lilian, Sirius, Remo, Hagrid e Minerva. E ai que ele concentra seus esforços de batalha.
- Como assim? – perguntou Remo.
- Estes são aqueles dentro do castelo que podem dar trabalho e fazer um estrago considerável em seu exército. – disse o moreno. – Ele tem planos elaborados para todos. Para Hagrid, ele usará os dementadores, já que serão poucos os seus comensais que conseguiram acertar algum feitiço nele. Assim também reduzindo bem as nossas forças. Para os marotos seria usado rabicho que possuía ordens neste sentido, na batalha ele mataria pelo menos um de vocês e seria o inicio para os filhos dos comensais dentro do colégio. Os outros comensais combateriam rapidamente os outros professores sendo que Bellatrix ficou responsável em dar um fim em você Minerva. Voldemort ficaria para lutar e derrotar Dumbledore, demonstrando a todos que é o maior bruxo de todos.
- Bem elaborado, mas e os aurores, não virão? – perguntou Tonks.
- Não. ele manda no ministério. Quando todos souberem, ele já estaria dando o golpe no ministério e não haveria nada a se fazer, mas ele espera que o resto da ordem apareça, portanto ele espera que a vitória seja rápida, recomendou o usou imediato da Avada. – respondeu o menino.
- Faremos o seguinte. – disse o diretor. – Deixemos ele acreditarem nisso. Faremos uma emboscada perto dos portões, depois que ele entrarem, impedindo fugas ou chegada de reforços no meio da batalha. Caso isso ocorra será fora dos domínios da escola e portanto nos dará tempo para preparar-nos. Tentaremos chamar o maior número de bruxos para a batalha, mas sem chamar a atenção. Contaremos com a Ordem e alguns aurores e outros profissionais do ministério que não estão ao lado de Voldemort. Os pegaremos em sua própria armadilha. Pedro já não é parte do plano, ele esperava que a traição desestabilizasse a todos. Não haverá mais isso. Quando aos dementadores, eles não serão problema, pois não há mais surpresa e temos muitos bruxos que conseguem conjurá-los. Quanto às maldições, não há nada que se possa fazer, a não ser desviar e derrubar o adversário antes disso. Voldemort é meu.
- Não, Dumbledore, ele é meu. – disse Harry. – Eu sou aquele que irá destruí-lo, você não pode fazer isso, e sabe bem disso.
- Quem é você para falar uma coisa destas. – disse o diretor bravo.
- Eu sou aquele que nasceu morto, mas está vivo. O filho sem pai, de pais sem filho. Que segundo a lenda possui poderes diferenciados, dados pelo seu inimigo por duas vezes. Você sabe bem o que isso quer dizer.
- Mas... – começou a dizer Lilian.
- Desculpe mãe, mas esse é o meu destino. Tom armou tudo para isso. – disse o moreno para sua mãe.
- Então é por isso que você se aproximou da Srta Weasley. – disse o diretor.
- Não, não foi. Me aproximei por que gosto dela, e só depois que eu descobri sobre a lenda, mas ai já era tarde eu estava completamente apaixonado por ela. – disse o moreno com raiva. – Você mais que ninguém sabe que lendas e profecias podem não se realizar.
- Alguém pode me falar de que lenda vocês estão falando? – perguntou Sirius.
Dumbledore se arrumou na cadeira e começou a dizer.
- Reza a lenda que uma bruxa ao ser torturada por partidários das Sombras rogou uma praga. Que era mais ou menos assim: “Quando tudo parecer perdido, de perto de criaturas mal compreendidas surgirá um bruxo, será aquele que nasceu morto, mas está vivo. O filho sem pai, de pais sem filho mostrará sua face para aqueles que o rejeitaram e o atacaram. Seu inimigo tentará dele se livrar, mas apenas fará que fique mais forte, com poderes inimagináveis, poderes de um Deus. Seu poder terá o ápice quando a Sétima Filha a ele se juntar. Seu inimigo não terá vez e o Lobo uivará no final. Como vocês podem ver, é mais que certo que isso se referiria a Thor.
- Isso tudo pode ser só coincidência. – disse Lilian desesperada para tirar o filho que ela acabou de recuperar desta situação.
- Nunca acreditei nisso. – disse Harry. – Mas Voldemort acredita e também em profecias. Ele me marcou como um igual, mesmo sem saber toda a profecia que nos ligaria.
- Mas o que faremos sobre a menina? – perguntou Tiago.
- Os irmãos serão responsáveis pela sua segurança, eles já estão bons nisso. – disse Sirius.
-Voldemort acredita que ele é o diz a lenda. – disse Harry. – Por isso está tão confiante que te derrotará e assim impedirá que aquele que foi profetizado para destruí-lo tenha alguma chance.
O resto da noite foi apenas acerto de detalhes e estratégias de combate.
Estavam todos jantando na Sala Precisa, quando Harry sente a testa doer.
- Voldemort está feliz. – disse ele para todos.
- Por que será? – perguntou Lene.
- Ele está muito contente para que eu perceba. – disse o moreno.
Neste instante Dobby aparata no meio da mesa.
- Thor, Dobby tem noticias urgente para o senhor. – disse o elfo, sem se preocupar com os outros. – Aquele-que-não-deve-ser-nomeado atacará a escola amanhã cedo. Ele disse para o antigo amo de Dobby. Thor precisa fazer alguma coisa.
- Obrigado Dobby. Você pode ir para as cozinhas, agora você é meu elfo. – disse Harry.
- Obrigado Mestre Potter. –disse o elfo. – Amo Thor sempre é bom com Dobby.
Assim que ele aparatou todos olharam para o moreno exigindo explicações.
- Ele é o elfo dos Malfoy? – perguntou Sirius reconhecendo Dobby.
- Sim ele mesmo. Mas eu já tinha libertado ele antes, e, portanto ele é um elfo livre. Pedi que ele espionasse os Malfoy para mim, já que ele já estava colocado lá dentro e eu sabia que Lucius não se importa em falar segredos perto dos elfos por achá-los inferior.
- Boa estratégia. – disse Remo.
- Então foi ele quem você foi encontrar naquele dia. – disse Gui.
- Sim, e você fazendo suposições sobre mim. – disse Harry fingindo estar sentido.
- Me desculpe. – disse o ruivo.
- Agora temos uma certeza, a guerra acaba amanhã. E não sermos nós os derrotados. – disse Harry com um brilho nos olhos.
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