Resistência
Capítulo 13 – Resistência
- Não entendei nada. – disse Gina ao se encontrar fora da sala.
- Dolores Umbrigde, foi a minha professora no quinto ano. A principal responsável pela perseguição que eu tive que aturar. Ela chegou inclusive a mandar dois dementadores me atacarem na casa dos meus tios, quase fui expulso da escola. – disse ele com raiva.
- Acho que tem mais coisa por trás disso. – disse a ruiva.
- Sim tem. Durante o tempo que ela esteve aqui ela conseguiu fazer a vida de todos um inferno. Além de não ensinar a parte prática da matéria, fez um monte de regras idiotas. Uma delas ela proibiu todos os grupos e equipes, somente permitindo aquelas que ela autorizasse. Quase que perdemos o nosso time de Quadribol, eu e os gêmeos fomos expulsos do time depois de uma briga com o Malfoy. Eu peguei inúmeras detenções com ela. Ela chegou a demitir a Professora Trelawey, e atacou Hagrid, que era professor de TCM. Só por que ele era meu amigo e de Dumbledore. Tudo piorou quando ela assumiu a diretoria da escola. No ministério ela criou inúmeras leis arbitrárias, prejudicando alguns amigos. – disse ele. – E Depois que o ministério foi tomado por Voldemort, ela investigava e punia os nascidos trouxas, pela acusação de roubar a magia dos puros sangues.
- Ela fez isso tudo? Percy sempre elogia tanto essa mulher. – disse Gina.
- Infelizmente ele não vê os defeitos daqueles que ele tem como modelos. – respondeu Harry. – principalmente que ela não demonstra os seus perto dos aliados.
- O que você pretende fazer com relação a ela?
- O que foi feito da outra vez. Mais um pouco diferente, realmente direcionado a pessoa dela. Da outra vez, criamos caos na escola, inúmeros alunos participaram, principalmente os gêmeos diretamente, ou com seus produtos. Alias vamos precisar da ajuda de todos os seus irmãos, Hermione e todos aqueles que puderem ajudar. Vamos voltar para a Sala Precisa.
- Mas a minha mãe não vai permitir nada disso. Nem mesmo seus pais. – disse ela tentando encontrar uma saída.
- Não se preocupe, assim que eles souberem do que ela é capaz, e do que ela provavelmente fará na escola todos ajudaram, inclusive os professores.
- Vamos logo. – disse a ruiva.
Chegaram logo na Sala Precisa e encontraram todos os Weasley de volta, assim como Tiago, Lilian, Sirius e Lene.
Harry passou a contar o que aconteceu no seu quinto ano para os outros. Tiago, Sirius e os gêmeos logo entraram na onda. Os outros Weasley foram mais relutantes, mas acabaram aceitando. Lilian foi convencida quando ele disse que ela quase lançou nele a Cruciatus, ninguém mexe com o filho dele e sai impune. Lene e Hermione foram as mais difíceis de convencer.
- Já disse que ela é a responsável pela lei contra os Lobisomens. – disse ele.
- Quando começamos. – disse Lene instantaneamente, ela sempre foi muito amiga do Remo e sofreu junto com esse com essa lei.
- Mais ainda não acho uma boa idéia. – disse Hermione que ainda era a única contra e não entendeu a súbita mudança da mulher.
- Mione, quando Voldemort assumiu o ministério, ela era a pessoa responsável por julgar e punir os nascidos trouxas, que eram acusado de roubar a magia. Ela inclusive proibir a permanência deste em Hogwarts. Você quer que isso se repita?
- Por que não podemos, então, transformá-la em uma barata e pisar em cima? – disse a morena.
- Assim não teria graça. – disseram Tiago e Harry ao mesmo tempo.
Passaram o resto da manhã e parte da tarde planejando o que fazer. No meio da tarde chegaram Alicia e Angelina. Pouco depois a porta da Sala se abre.
- Nunca esperei encontrar uma sala assim aqui. – disse Tonks, ao lado do Remo.
- Como vocês nós encontraram? – perguntou Harry. – Essa sala não aparece no Mapa.
- Estava justamente procurando vocês, mas não encontrava, até que eu percebi dois Weasley que já haviam se formado, andando pelas passagens que poucos conhecem, acompanhados de duas pessoas que não estariam aqui em situação normal. Até que eles desapareceram no corredor ai fora. Como nunca tinha visto essa porta ai, deduzi que vocês estavam aqui. Mas onde precisamente é aqui.
- Precisamente é a Sala Precisa. – respondeu Harry. – Mas vocês demoraram par avir atrás de nós.
- E que resolvemos seguir seus conselhos. – disse uma Tonks envergonhada.
- Não consegui mudar a cabeça dela, depois que você falou aquilo. – disse Aluado para o filho do amigo.
- Será que vocês poderiam falar em língua de gente. – pediu Lene.
- De manhã quando ele veio falar comigo, a Dora estava lá. E acabou conhecendo o lado maroto dele. – disse Remo.
- Mas o que ele pode ter falado para mudara tanto assim a sua cabeça? - perguntou Lilian. – Até ontem você não queria nem se aproximar dela.
- Algo como ele ser o padrinho do nosso filho. – disse o lobisomem. – Desse argumento não tive como escapar.
- E Então? – perguntou Sirius de forma protetora.
- Estamos namorando. – disse ele. – Esperamos uma oportunidade para falar com os pais dela.
Dolores Umbrigde estava parada em frente ao castelo, contemplando o local que ela usara para começar a sua escalada para atingir o Cargo de Ministra. Bartolomeu Crouch tinha limitado muito ela, mas agora que ele estava morto, poderia mostrar para todo mundo as suas qualidades.
Sabia que ninguém no castelo sabia que ela viria, pegaria a todos de surpresa e começaria imediatamente as mudanças. Como assessora do Ministro ela tinha poder para isso. Mesmo que tivesse que passar por cima da atual legislação educacional.
Respirou fundo e logo começou a andar. Mal deu dois passos algo caiu perto dos seus pés. Instantaneamente tudo começou a feder. Tudo a sua volta tinha se tornado um pântano mal cheiroso. Sua roupa estava imunda pela lama podre que espirou nela.
Decidiu mesmo assim continuar, se aquela era uma peça feita por algum aluno, este se arrependeria.
Ela entrou no castelo e se dirigiu até o salão principal intencionando encontrar com o diretor tomando seu café, assim mostrando a sua presença para todos os alunos e funcionários do castelo, diminuindo a chance de ser expulsa prontamente do Castelo.
Entrou no salão o encontrando lotado, como planejara. Se direcionou diretamente para o diretor que a olhava com uma cara amável e levemente feliz, diferente de como ela esperava, que era surpresa.
- A que devo a honra, Dolores? – perguntou o diretor.
- Eu vim aqui avaliar a escola. – disse ela sem rodeios.
Enquanto ela caminhava para a mesa dos professores os alunos sentados no corredor central praticamente pulavam a mesa para ficar longe dela. Alguns mais espertos fizeram o Feitiço Cabeça de Bolha, para ter um pouco de ar fresco.
- Você consultou os membros do Conselho para ver se eles permitiam a sua visita? – perguntou tranquilamente. – Você sabe muito bem que você necessita de todas as assinaturas, se faltar apenas uma das Doze você não poderá fazer nada aqui no colégio.
Por essa a assessora do ministro não esperava.
- Enviarei as cartas aqui mesmo do castelo, Dumbledore. – disse ela. – Logo depois de me acomodar e trocar de roupa.
- Fique a vontade. Filch indicará um quarto para a senhora. – disse o diretor. – caso queira poderá visitar as aulas, porém não poderá interferir em nada e nem fazer nenhum anotação durante este período. E nada do que acontecer até a última assinatura chegar poderá ser relatado. Eu como diretor terei que ler tudo que for enviado para fora do castelo. Saberei se algo não for diferente disso.
- Sim, Alvo. – disse ela contrariada, o incidente com o pântano não poderia ser relatado.
- Será que dará certo? –perguntou Gina ao sair com alguém invisível do seu lado.
- Dará. Pode apostar. Ela tentará se impor no começo, mas não aquentará muito tempo. Principalmente que parece que Dumbledore, também está aprontando alguma com ela. Ele só a aceitou da outra vez por um Decreto Educacional. Por trás daquele sorriso bondoso existe um estrategista muito bom. Ele consegue enganar até mesmo a própria sombra. – respondeu Harry debaixo da capa de forma que deu um arrepio na coluna dela.
Umbrigde seguiu o zelador até um quarto, este elogiando a iniciativa da senhora de melhor a escola.
- Este quarto sempre está pronto para as visitas. – disse ele. – Espero que esteja a sua altura, minha senhora.
Ela entrou no quarto, pouco preocupada com ele. No momento ela estava mais interessada em um banho, já que nem ela mesma estava se agüentando.
Terminado o banho, Umbrigde escuta algo batendo na parede, ao voltar para o quarto e vê um poltergeist batendo uma bola com uma raquete na parede.
- SAI DAQUI!!! – disse ela com raiva.
- Sai você, o diretor disponibilizou essa sala para que eu fizesse isso. – disse Pirraça. – A culpa é sua se você veio para o castelo justamente no dia que eu venho para essa sala. Você já foi expulsa uma vez, será de novo.
Umbrigde sacou a varinha e tentou acertá-lo com alguns feitiços.
- Velha Sapa é ruim de mira. Não acerta nem um elefante. – disse o fantasma saindo compondo uma música para a mulher.
- Era só o que me faltava, ser ofendida por aquilo.
Durante a manhã ela visitou algumas salas para ver como os professores e alunos se comportavam. Mas depois de alguns minutos alguns alunos começaram a passar mal. Alguns com sangramento nasal, outros com vômito, mais alguns com febre altíssima, tiveram alguns que chegaram a desmaiar.
Depois da quarta turma visitada, começaram a circular pelos corredores que era uma doença Umbrigdite.
Os professores pareciam preocupados e sempre que algum aluno tinha algum sintoma, pedia que ele fosse para a enfermaria. Umbrigde chegou a desconfiar dos alunos, mas quando Tiago Potter começou a ter sangramento e Minerva a soluçar sem parar, ela desistiu da idéia assistir às aulas. Conversaria com as pessoas de forma isolada, de preferência sem que Dumbledore soubesse.
Gina pareceu para o almoço com o Lobo. Muitos acharam isso muito estranho, já que o animal não foi visto pela manhã. Mas preferiram não comentar nada.
Umbrigde ao ver a cena da aluna alimentando um animal feroz se apavorou.
- O que essa fera esta fazendo aqui? – berrou ela se aproximando.
Zeus nem ao menos se moveu. Continuou olhando para o prato da Gina esperando o próximo pedaço de carne.
- Ele está comendo como todos os outros aqui. – respondeu Gina não aliviando no seu temperamento Weasley.
- Olha como fala comigo menina. – disse Umbrigde.
- Se você falar direito comigo eu falo direito com você.
- Eu posso pedir a demissão de seu pai do ministério. – ameaçou.
- Claro. Mas esse episódio não pode ser relatado para fora de Hogwarts. Então não pode fazer nada. Sem contar que você que chegou atacando, acredito que temos muitas pessoas bem vistas no ministério, para me ajudar. – disse ela apontando para os dois aurores sentados na mesa dos professores.
Harry já tinha se deslocado e ficado sentado a frente de sua ex-professora entre ela e Gina, apenas a olhando.
- Não eu não posso usar isso fora da escola, mas que eu posso matar esse lobo eu posso. – disse ela sacando a varinha, recebendo rosnados do seu alvo.
Apenas quando o primeiro feitiço foi lançado é que Harry se moveu se desviando do raio. E com um pulo, antes do próximo ataque, ele a derrubou. O rosnado era mais alto.
Ninguém no salão se mexeu para salvar a mulher. Já que os poucos que teriam motivos para isso, ou seja, alguns sonserinos, tinham muito medo do lobo.
- Zeus. – disse Gina.
Então ele saiu de cima da mulher, pegou a varinha que tinha caído com o choque e a levou para a ruiva, como se fosse um jogo de pegar. Depositou a varinha no banco ao lado dela. Gina pegou a varinha e colocou sobre a mesa. Instantaneamente placas de metal apareceram e prenderam o pedaço de madeira a mesa.
- Bom Garoto. – disse ela afagando a cabeça do lobo, e entregando um suculento bife.
- Eu exijo que essa besta seja sacrificada agora. – disse ela sentando com dificuldade no chão. – Ele é um perigo para todos.
- Sinto muito, mas você não está em condições de nada. – disse Tiago que agora estava sentado do lado de Gina. Sua voz demonstrava raiva, e não parecia ser o único, já que boa parte dos professores a olhavam desta forma.
- Como assim? – disse ela deixava transparecer um pouco de medo na voz.
- Ele até agora não ofereceu perigo a ninguém no castelo, ao contrário da senhora. Você o atacou apenas por ele se posicionar entre você e as pessoas que ele considera de sua matilha. Usando feitiços proibidos para os alunos. – disse o auror. – Ele apenas se defendeu, você deve ter apenas alguns hematomas nas costas pela queda, fora isso nada mais te aconteceu. O que normalmente não aconteceria em um ataque de lobo. Você estaria com a garganta estraçalhada e provavelmente morreria asfixiada com seu próprio sangue. Enquanto ele arrancava pedaços de sua carne.
Umbrigde tremeu ao pensar nisso.
- Como parece que você não possui bom senso para portar uma varinha perto de estudantes, ela ficará retida até que você deixe o castelo. – disse Sirius as suas costas. – Ela não será necessária mesmo.
A mulher se levantou e ficou olhando para os dois aurores e preferiu não dizer nada. Ao olhar em volta as pessoas agiam como se nada estivesse acontecendo. Decidiu que ficaria em seu quarto até que tivesse as assinaturas, que deveria ocorrer no correio coruja, pela manhã.
Pela manhã ela adentra o Salão Principal de forma imponente. Mas percebeu que ninguém percebeu a sua entrada. Não ligou para isso, logo ela mandaria ali e todos se arrependeriam da forma que a trataram. Sentou ao lado do diretor para que ele visse todas as assinaturas chegando.
Nem chegou a cumprimentar ninguém, pois logo que se sentou, as corujas chegaram. Doze vieram em sua direção. Escolheu uma conhecida, as dos Malfoy.
- Veja Alvo, Lucius Malfoy permitiu a avaliação da escola. – disse ela com um sorriso.
- Mas ainda faltam onze conselheiros. – advertiu o diretor.
Ela foi abrindo as outras cartas e seu sorriso desapareceu totalmente. Onze recusas.
- Me parece que não haverá nenhuma avaliação. Os conselheiros, em sua maioria, acreditam no bom trabalho aqui realizado. – disse o diretor. – E é claro, que além das assinaturas, pela atual legislação educacional, uma avaliação deveria ser feita por uma junta, contendo um professor, um pai de aluno e um representante do ministério e a avaliação deveria ser validada pelos três. E infelizmente você não poderia estar como representante do ministério por dois motivos. Primeiro, você fez a solicitação, e por tanto é parte interessada. E segundo, você não possui mais poder não ministério. Com a morte do Ministro seus assessores perdem seus poderes até que o novo ministro seja eleito e ratifique a sua posição.
- Você deve estar enganado. – disse ela.
- Não estou. Eu conheço perfeitamente as leis, chegando inclusive a fazer algumas delas. Sendo que não há mais nada que você possa fazer no castelo, gostaria que você se retirasse, para que meus alunos se curem da Umbrigdite. – disse o professor.
Revoltada, porém derrotada ela se levanta e sai.
Ao sair do seu quarto com suas coisas, deu de cara com Pirraça.
-Já vai embora? – perguntou ele contrariado. – Eu tinha tantos planos para você.
- Me deixa em paz. – devolveu ela.
- Não enquanto estiver na minha casa. – disse ele demonstrando que em suas mãos tinham vários sacos cheios de giz, que ele começou a jogar nela.
Todos os alunos saíram para ver o que estava causando aquela confusão toda e viram o poltergeist jogando os sacos nela e começaram a rir.
Quando ela saiu pela porta, Pirraça parou e berrou.
- Volte sempre.
Gina caminhava com Zeus de volta para a Sala Precisa para contar o que aconteceu para a sua família. Quando Dumbledore os alcançou.
- Gostaria de conversar com você, Thor. – disse ele. – Pode seguir seu caminho, Srta Weasley.
Harry balançou a cabeça negando ao diretor.
- Eu só quero conversar sobre o que vocês fizeram com a Dolores, quero apenas entender o que fizeram.
Mesmo assim ele continuava negando.
- Acho que ele está negando que eu deva andar sozinha. Ele prometeu a minha mãe que não me deixaria sozinha. – disse Gina.
- Se é assim acho que não fará mal você nos acompanhar. Vamos para a minha sala.
Ao chegarem na sala do diretor, Fawkes voou diretamente para o ombro de Harry que já estava em sua forma humana.
- Como vocês fizeram para que ela chegasse suja no salão? – começou bem direto.
- Pântano Portátil Weasley. – disse Gina rindo. – Meus irmãos ajudaram nessa Resistência.
- Debaixo da capa de invisibilidade, fiquei esperando, até que ela surgiu, como o logro estava com um feitiço de ocultação ela não viu chegando.
- E a doença? Como vocês simularam tantos sintomas?
- Kit mata aula. – disse o moreno.
- Conversamos com vários alunos e explicamos o que poderia acontecer se ela conseguisse o que queria. Eles adoraram a idéia.
- Mas e Tiago e Minerva?
- Meu pai entrou na brincadeira e usou também um produto. Já Mcgonagall preferiu um sintoma único e que não a impedisse de continuar a aula, de forma a não dar nada pra Umbrigde reclamar, por isso os soluços que foram causados por um feitiço que eu fiz e logo desfiz quando ela saiu.
-Mais alguma coisa?
- Pirraça. – disse Gina.
- Foi só dizer que ela estava de volta e ele saiu bolando seus planos para infernizar a vida dela.
-Hum, é a confusão no almoço de ontem, como vocês planejaram aquilo?
- Não planejamos. Foi a própria sapa velha que fez aquilo. Estou bem grato, já que agora todos têm mais medo de mim. – disse Harry.
- Sim, mas agora temos que ir. – disse Gina. – Mamãe está esperando notícias.
Os dois saíram da sala deixando um diretor com um sorriso, a escola tinha se juntado, pelo menos em parte para se defender, era o necessário para finalizar a guerra.
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