Capítulo 30

Aclarações:

Itálico– 'esclarecimentos' de Harry. Pensamentos dele. POV's Harry. Ou ênfase em alguma palavra, ou frase.

Negrito – 'esclarecimentos' de Hermione. Pensamentos dela. POV's Hermione.

Disclaimer: Harry Potter não me pertence, blablabla. Tudo é da J. K. Rowling e da Warner, whatever.

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Observação: Capítulo NÃO betado. Pode conter atrocidades...

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Capítulo 30

Harry suspirou quando viu o estreitar dos olhos de Hermione. Maravilha.

-O que quer dizer exatamente?

-Mione, você pode apenas nos emprestar o livro, por favor?

Eu não me importo em implorar. Tudo que necessito agora é de uma explicação do por que diabos Luna e eu estamos compartilhando essas coisas.

Hermione fechou os olhos, traçando golfadas de ar profundas e espirando lentamente. De novo e de novo. Quando abriu os olhos, a morena encarou Harry com firmeza.

-Diga-me.

-Quando Luna e eu nos tocamos mais cedo, nós compartilhamos um choque.

Hermione parecia ter levado um soco na boca do estômago. – Co-como? – ela gaguejou.

O moreno arrastou as unhas nervosamente pelo cabelo. – Eu não sei! É por isso que estamos atrás do livro. Deve haver alguma explicação, certo?! – indagou lançando um olhar para Luna, que o assegurou com um menear de cabeça.

Hermione balançou a cabeça. – Não – ela suspirou e se forçou a formular a questão:

-Eu quis dizer, como... como foi?

Harry desviou o olhar. – Agradável.

-Oh! - Hermione ofegou, sua vista caindo imediatamente para o chão.

-Hermione...

-Está tudo bem. Está tudo bem – ela garantiu erguendo a vista e plantando um sorriso corajoso nos lábios.

O rapaz avançou ao seu encontro sem pensar, a envolvendo num abraço. – Me desculpe - murmurou em seu cabelo.

Descargas elétricas o engolfaram e ele sentiu a amiga estremecer em seus braços, ele havia esquecido que não podia tocar Hermione. Sem jeito, Harry começou a se afastar, murmurando outra vez um pedido de desculpa. Com um soluço, Hermione se pôs na ponta dos pés e enrolou seus braços ao pescoço do rapaz, enterrando o rosto no vão entre o pescoço e ombro do moreno. Sem intenção de deixá-lo ir.

Enquanto o casal de amigos parecia centrado em mais uma de suas crises, Luna tentava afastar-se e levar consigo Parvati. - Vamos lá – Luna murmurou, puxando-a pelo braço.

-'Tá maluca? Ela pode matá-lo! Eu meio que quero isso.

Luna a fitou com incredulidade. – Francamente Parvati! – admoestou secamente. – Ela não vai machucá-lo. E nós não deveríamos presenciar isso.

-Fale por si só, querida – resmungou, apesar de finalmente se deixar levar pela amiga.

Depois incontáveis segundos, Hermione falou quietamente:

- Me desculpe, eu só preciso me acalmar.

–Não há problema – Harry retrucou, apertando seu abraço e virou o rosto para depositar um pequeno beijo em sua cabeça. Ele praticamente engasgou quando seus lábios formigaram e, sob o som, Hermione ergueu a cabeça devagar para encará-lo com curiosidade. Harry a fitou em choque. – Meus lábios formigam quando te tocam.

Ele parecia tão confuso e maravilhado que Hermione sorriu suavemente e mordeu o lábio inferior antes de retrucar baixinho:

-Eu sei.

Franzindo o cenho, o moreno levou um segundo para compreender. Como ela podia saber, afinal? – Oh!

Ela assentiu sem jeito, voltando a enterrar o rosto em seu ombro e, por conseguinte, seus lábios em seu pescoço.

Harry ponderou distraidamente o que aconteceria se Hermione o mordiscasse ali. Aparentemente, mesmo sem conseguir ler seus pensamentos, Hermione tinha sua mente sincronizada à dele, porque segundos depois Harry pôde sentir brevemente os dentes da amiga o beliscando.

Ele tremeu inteiro e sentiu Hermione rir deliciada sob a reação. Não satisfeita, a jovem cravou os dentes em sua carne. Dolorosamente. E então deslizou a língua pelo local, como se para acalentar.

Seus joelhos oscilaram dessa vez e por conta da impertinência de sua amiga, eles caíram. Hermione pairou sobre ele e não demonstrava intenção de se mover. - Mione!

Ela teve coragem de me encarar com ar inocente.

-Eu estava fazendo um teste.

-Um teste? – indagou incrédulo.

-Uhum. Eu pensei: se apenas tocá-lo me faz tremer da cabeça aos pés, qual seria a sensação se eu o mordesse? – ela sorriu orgulhosamente. – É ainda mais agradável, na verdade – respondeu a pergunta que Harry nunca faria. – Mas, para ser honesta, nada se compara a sensação de utilizar a língua...

Harry observou Hermione umedecer os lábios, como se estes estivessem ressecos. Um sorriso presunçoso se formando nos cantos de sua boca quando Harry seguiu o movimento com avidez.

-Você é perversa – afirmou roucamente.

Suspirando, Hermione se moveu para descansar a cabeça sobre o peito do amigo. – O que acha que pode ser?

-Não faço ideia.

-Não deveria acontecer, Harry. Você é meu, segundo a tradição. Não faz sentido que tenha qualquer reação com Luna.

-Eu não entendo, também. Talvez seja algo relacionado ao que Luna me disse... pode ser qualquer coisa, eu suponho. Essa "tradição" tem tantas vertentes que eu já desisti de entender o que faz parte e o que não faz.

Hermione franziu o cenho. – O que ela disse? - Harry enrijeceu imediatamente sob ela e a morena ergueu a cabeça para encará-lo. – Harry?

-Merlin, eu não posso ficar calado mesmo pra salvar minha própria vida, não é?! – murmurou para si mesmo, seu rosto se contorcendo em uma carranca. Finalmente, o jovem a encarou. – Disse que gostava de mim.

-Oh.

Ela havia dito a Harry como se sentia, também. Não tenho certeza do que sinto, pra ser honesta. Quero dizer, eu deveria saber. Luna é tão ridiculamente franca em tudo. Por que omitiria algo para o objeto de seu afeto?

-Yeah. Mas imediatamente após, ela afirmou que eu deveria... bem, estar com você – ele se apressou a dizer.

Não queria Hermione sofrendo por isso. Ou Luna se machucando por algum descontrola dela. Ou ambas destruindo Hogwarts. Muito menos por alguém como eu. Ou por um amor que sequer é real.

-Harry... Você não parece satisfeito.

Surpreso pelo tom delicado, o moreno voltou a encará-la e então suspirou. – Não pude convencê-la que nós não temos uma relação amorosa. Luna insiste sobre destino e sorte. E ela só... aceita que por conta do miosótis, nada pode ser diferente. Que isto estava para acontecer. Que somos destinados.

Eu não posso aceitar isso.

-Sinto muito...

-É só... como alguém pode se cancelar assim?

Hermione riu amargamente. – Você faz isso o tempo todo.

-É muito diferente!

-Não. Realmente não é – afirmou de maneira suave, tocando por um instante o rosto dele, antes de retirar a mão por conta dos choques. – Você apenas se doa e que as consequências, seus pertences, ou mesmo sua vida vão para o inferno.

Harry encolheu os ombros. Não é como se ele tivesse escolha. Pra dizer a verdade, na maioria das vezes ele só agia por instinto. E quando se dava conta, estava entre uma espada e um lugar duro. Realmente.

-Você sabe? Talvez sejam perfeitos um para o outro – ela sorriu fracamente. – E talvez... talvez quando tudo isso acabar, você possa convidá-la para sair.

Harry fez um som estranho com a boca, mas não disse nada. O que, de fato, garantiu um momento de pânico à Hermione. Fechando os olhos, ela recostou outra vez a cabeça sobre seu ombro.

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(continua)

 

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