Capítulo 29

Aclarações:

 

Itálico– 'esclarecimentos' de Harry. Pensamentos dele. POV's Harry. Ou ênfase em alguma palavra, ou frase.

 

Negrito – 'esclarecimentos' de Hermione. Pensamentos dela. POV's Hermione.

Disclaimer: Harry Potter não me pertence, blablabla. Tudo é da J. K. Rowling e da Warner, whatever.

 

Observação: Capítulo NÃO betado. Pode conter atrocidades...

 

Capítulo 29

 

-Você sabe? Tenho tentado falar contigo há dias agora... – o tom da moça era suave e com um sorriso leve, ela lhe estendeu a mão.

 

Ron sorriu nervosamente, instintivamente dando um passo para trás. – Alô Lilá...

 

A garota loira franziu o cenho por um instante, antes de acrescentar. – Não fique com medo, eu tive uma conversa séria com Parvati, ela não vai interferir. Vamos lá, acho que deveríamos conversar.

 

Pra ser honesto, Ron preferia lutar com um trasgo montanhês. Ou sobrevoar Londres num dragão (oh aquilo fora demais!). O ruivo empalideceu ao perceber que teria preferido enfrentar Aragogue – ARAGOGUE – a ter essa conversa com Lilá, se lhe fosse dada escolha.

 

O rapaz suspirou. Oh Merlin, estou tão ferrado. - Yeah! Por que não? Lidere o caminho - se forçou a dizer.

 

Eles acabaram no salão comunal da grifinória, o que fez Ron sorrir um pouco, apesar de si mesmo. Aparentemente, o salão de sua casa tornara-se o palco de praticamente todos os barracos da escola.

 

Bem, mais um menos um...

 

-x- Miosótis –x-

 

Luna sorriu quando o moreno se aproximou, ela se encontrava sentada no parapeito da janela, recostada à parede, os joelhos dobrados dando apoio a um caderno. – Está me perseguindo?

 

O moreno virou os olhos. – Na verdade, estou me escondendo. Não é como se muitas pessoas viessem aqui – a loira ergueu a sobrancelha, com incredulidade, e Harry se apressou a acrescentar:

 

- Bem pelo menos não há essa hora. Aparentemente, as “atividades extracurriculares” são encaixadas em horários mais avançados da noite...

 

Luna riu divertida. De fato, a torre de astronomia tinha fama entre os alunos de “recanto dos amantes”. Então, sóbria, a garota o encarou outra vez. – Se escondendo? Eu pensei que você e Hermione haviam feito as pazes...?

 

Harry ficou vermelho, suspirando. – Yeah. Estamos ‘bem’, suponho? Er, só... outra faceta do miosótis apareceu e eu... – tartamudeou. – realmente, realmente não quero falar sobre isso.

 

-Ok.

 

-E quanto a você, o que está fazendo?

 

Dando de ombros, Luna apontou para o caderno fechado em seu colo, agora fechado. – Estava desenhando, mas acabei me distraindo com a vista – falou apontando com a cabeça para a janela. – É uma tarde agradável.

 

-Não deveria, então, está aproveitando isso, lá fora?

 

-Não estou realmente com humor.

 

-Oh... oh. Quer que eu procure outro lugar para me esconder? Eu realmente não queria...

 

-Está tudo bem – afirmou calmamente, o fitando divertida. – Vamos lá – disse, puxando as pernas para si, dando-lhe espaço. – Fico feliz que estejam bem, a propósito.

 

Harry lhe ofereceu um sorriso autodepreciativo. – Defina “bem”.

 

-Harry...? – Ela se aproximou instintivamente, sua cabeça de lado, como se assim pudesse compreendê-lo. – Pensei que...?

 

-Está tudo bem. Eu acho. É só... Oh Luna, isso nunca acaba e parece que cada vez que olho, estou ainda mais entrelaçado em toda essa bagunça. E como pode ficar cada vez pior? – indagou mais para si mesmo. Meneando a cabeça, o moreno deslizou uma mão sob os óculos, esfregando os olhos. – Me desculpe.

 

-Não há problema – Luna o encarava com preocupação, ainda assim. – Mas podemos falar, se quiser - Harry ergueu a vista para a corvinal com horror. – Bem, só dizer “não, obrigado” estaria bem, Harry – a garota disse, sob seu as escandalizado.

 

-Oh Não. Não. Não. Olha – com uma risada nervosa, o moreno perpassou a mão pelo cabelo. – Não é nada... – gaguejou. - É só... estranho ter essa conversa contigo.

 

Luna o fitou por um instante. – Oh. Se sente desconfortável por conta dos meus sentimentos.

 

-O que? Não. Quero dizer, também. Mas não é – ele respirou fundo tentando se acalmar. – É incrivelmente constrangedor. E eu preferiria, você sabe, lutar contra Voldemort de novo a ter de falar sobre isso com... uma garota.

 

-Oh meu Merlin Harry! Você está tão vermelho – ela deu uma risadinha. – O que pode ser tão horrível?

 

O jovem desviou o olhar, resmungando sob a respiração como ele não iria ter essa conversa, nunca.

 

-Deixe-me adivinhar, mais cedo disse que outra faceta do miosótis apareceu e desde que você está de bem com Hermione, mas ainda assim, não está ao seu lado... oh – a garota riu divertida. – Toques. Eu vejo.  

 

Harry gemeu constrangido, o que fez a loira rir ainda mais. – Luna!

 

-Me desculpe! Me desculpe. É apenas... Oh Harry – ela tentou conter o riso, mas falhou miseravelmente ao observar quão sem jeito seu amigo estava. – Oh Deus, você é adorável!

 

-Cala a boca – resmungou.

 

-Não. Não. Realmente – Luna comentou e respirando fundo sufocando as risadas. – Tudo bem. Vamos falar sobre isso.

 

-O quê? Nem pensar!

 

-Vamos lá – Harry a encarou com uma carranca e um ar desafiador. – Tudo bem, eu começo! – o moreno observou que Luna parecia animada. - Eu suponho que esteja tentando de tudo para não tocar a Mione, desde que está se esgueirando como um criminoso por lugares questionáveis. O que não entendo é o por quê... – franziu o cenho. - Até onde conheço sobre tradição, os toque são prazerosos. Vocês não deveriam, eu não sei, estar saltando um sobre o outro ou...

 

-OH MEU MERLIN! – Harry tapou os ouvidos e olhos infantilmente. – Eu totalmente não estou tendo essa conversa com você, Luna!

 

E então, como se não bastasse, a coisa mais terrível aconteceu – e eu pensando que a situação não podia piorar. Pfff.

 

Luna me tocou. E choques elétricos percorreram todo meu corpo. De uma vez, abri os olhos e olhei para frente, para me deparar com uma Luna em completo estado de choque. Tenho certeza que nossas expressões batem.

 

Que diabos?!

 

Lentamente, Luna retirou a mão do braço do rapaz. O riso pela atitude tola de Harry há muito morrera em sua garganta.    

 

– V-você sentiu isso também?

 

Luna assentiu.

 

-Suponho que esteja tão confusa quanto eu?

 

-Nós não deveríamos – Luna franziu o cenho. – Como isso é possível? – a garota estava perdida em seus próprios pensamentos, como se pesquisasse em uma biblioteca mental por respostas.

 

Eu desci do parapeito, recuando. - Oh, esteja certa que eu não faço ideia!

 

-O que está fazendo?

 

-Me desculpe por metê-la nessa bagunça, Luna. Eu apenas vou, bem, deixá-la em paz – murmurou desviando o olhar.

 

-Não seja ridículo, Harry! Eu não me importo e por Merlin, não é culpa sua!

 

-Não mesmo? Quem deu aquela flor idiota para Hermione, pra inicio de conversa?!

 

-Muito bem dito, para Hermione – afirmou, colocando seu caderno de lado e saltando do parapeito. – Não é sobre nós. Venha cá – ela estendeu a mão. - Tenho certeza que é apenas algum tipo de falha, eu apenas preciso pensar um pouco. Deve haver uma explicação.

 

Hesitando, Harry ergueu sua mão. Por favor. Por favor. Por favor.

 

-Meu Deus! - Eles saltaram, assim que um novo choque os atingiu.

 

-Está tudo bem – a garota o assegurou, por instinto se aproximando então parando repentinamente, percebendo que estava a ponto de tocá-lo outra vez. – Nós vamos encontrar um jeito.

 

Harry parecia absolutamente derrotado e tudo que Luna desejava era abraçá-lo para afastar a expressão quebrada de seu rosto.

 

-Eu estou tão cansado – sussurrou. – E Deus sabe que eu não tenho ideia como acabo fazendo, mas sempre consigo piorar tudo. É como se eu tivesse um toque podre.

 

-Não seja tolo! – virou os olhos. – Sem tempo para lamentações, Harry. Vamos procurar respostas.

 

-Como?

 

-Bem – Luna pegou seu material. - Você tem um livro que fala sobre a tradição em sua posse. Eu vou tomar um palpite selvagem e sugerir que comecemos por ele – o tom zombeteiro dela fez o moreno sorrir um pouco.

 

-Eu não estou contando para Hermione – ele meio brincou meio fez careta enquanto a seguia.

 

-Eu pensei que fosse grifinório?

 

-E eu pensei que quisesse viver até idade avançada? Morrer por causas naturais de preferência?

 

Luna riu. – Por favor.  Você acha mesmo que uma briga entre nós terminaria assim?

 

-Hm, eu meio que esperava que vocês nunca o fizessem e eu não precisasse descobrir.

 

Luna sorriu por sobre os ombros, muito divertida. – Vamos lá.

 

O casal de amigos se dirigiu, então, rapidamente ao encontro do salão comunal da grifinória. Luna o esperou do lado de fora do local enquanto Harry foi até seu quarto pegar o mapa do maroto.

 

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(Continua)

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N/a: Parte de mim queria mesmo ter escrito diversos pensamentos de Harry aqui. Na verdade, meus dedos coçaram todo tempo. Mas, pra ser honesta, eu achei que seria mais divertido (para mim) deixa-los no escuro quanto aos sentimentos dele. Por enquanto.

XOXO

-x- Miosótis –x-

 

 

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