Bônus

(Bônus)

Por favor, leia as notas.

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Gardênias

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Sinopse: Hermione tem seu 'daydream' no que pode ser considerado um "momento inapropriado". Principalmente porque Harry ainda está lendo seu pensamento. Cont. do capítulo 27 de Miosótis. | Hermione's pov.

Disclaimer: Harry Potter não me pertence, blablabla. Tudo é da J. K. Rowling e da Warner, whatever.

Observação: Capítulo NÃO betado. Pode conter atrocidades...

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N/a: Sim! Decidi fazer um capítulo à parte, principalmente porque não sabia aonde esse sonho iria me levar... Now, Don't be silly. HAHA.

PS: Lady Malfoy me pediu umas quantas vezes que eu transformasse 'Miosótis' em uma fic Rated M… Eu não podia fazer isso, porque inicialmente essa fic deveria ser algo tão platônico que doeria em mim. Ainda que, se formos pensar assim, Miosótis também só teria três capítulos... (kkkk) Bem, vamos abafar o caso.

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N/a. 2: Não me odeiem tanto... Eu realmente sinto muito (vai entender o por quê em breve).

IMPORTANTE: Me desculpem, isso é uma bagunça. Então, se ficarem confusos, perguntem, tentarei explicar depois. Esse capítulo "especial" é todo no ponto de vista da Hermione.

Eu teria dividido em duas partes. "Sonho" e "realidade", mas não consegui. O que me irritou bastante. E me fez protelar tanto isso que quase desisti dessa coisa toda. Vamos ver se minha mente se abre.

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Único

Não era estranho que eu não tivesse percebido. Afinal, a sensação era tão terrivelmente diferente das que estava acostumada – por assim dizer... – que me deixei levar.

E, convenhamos, eu estava muito longe, mesmo que as reações que me acometeram fossem iguais as dos sonhos anteriores – o que não eram em absoluto – que não teria compreendido. Sim, eu estava... perdida.

Era interessante ouvir, sentir os pensamentos de Harry. Dessa vez, tão deliciosamente confusos. Eu estava lhe causando isto. Estava fazendo-o atordoado e animado.

Tud. Tud. Tud. Tud.

Foi o que nos fez nos separar. Esse barulho irritante em nossas cabeças. Podíamos substituí-los por qualquer das frases a seguir: Isto não está bem. Nada certo. Salão comunal. Que diabos estamos fazendo?!

Harry parecia voar para o dormitório masculino ao se despedir de mim e tratei de fazer o mesmo, correndo para o meu. O pensamento dele me incentivando: talvez se nos afastássemos, pudéssemos parar de ouvir o outro; como da primeira vez: quanto mais distantes um do outro, menos inteligíveis seriam os sons. Até que nada pudesse ser ouvido.

Obviamente, a sorte não estava ao nosso lado e ainda podíamos ouvir os pensamentos um do outro. Como se não bastasse, por infelicidade, o miosótis 'decidiu' pregar mais uma peça – ou mostrar mais uma faceta, se preferir...

O que importa, entretanto, é a afirmação de que eu sinto muito. Realmente. Principalmente: se houvesse qualquer forma de parar meu devaneio, eu teria feito.

Francamente, Harry pode ler e ver e sentir o que "fantasio". O que fantasio sobre ele. Por favor, deixe-me repetir isto: SOBRE ELE.

Não sou uma pessoa particularmente dramática – apesar do que sou sob os efeitos do miosótis (estou ciente!) e da presença, atualmente constante, de Parvati em minha vida -, mas me enterre agora. Ou me queime viva. Nunca mais poderei encarar meu melhor amigo.

Oh meu Merlim. Oh meu Merlim.

Por mais que tentasse evitar fuçar o "sonho" ou tentar, de alguma forma, isolar meu pensamento - com a reflexão tardia de que a oclumência funcionava de fato para Harry... - Nada conseguia varrer o controle daquela flor maldita sobre mim.

E enquanto me encolhia em minha cama, debaixo do meu coberto – rezando para tudo acabar logo, pra que essa "experiência" não passasse de um pesadelo, ou que Harry milagrosamente parasse de estar em minha cabeça... qualquer um, realmente. -, recitava encantamentos a torto e direito (silenciador, de iluminação, transformando as cortinas para que estas só abrissem de dentro para fora), porque o que menos precisava era de Parvati presenciando... isso.

Depressa, estávamos 'presos' numa muito vivida experiência aterrorizante.

Eu odeio minha vida.

- | Gardênias | -

Um arrepio percorreu minha espinha ao observar o novo cenário. Quanto a "novo", quero dizer que nunca havia "sonhado" com ele. Eu não fazia ideia do que me esperava, mas não podia ser bom.

Estávamos na sala de requerimentos, Harry me fitava com o que me parecia tristeza. Seu cansaço evidente em seus ombros caídos.

-Deixe-me apenas... Deixe-me falar um momento com você, então você pode ir.

Oh não.

Estávamos de volta ao que deveria ter sido nossa "reconciliação", quando Harry nos trancou naquela sala e pontuou tão claramente o quanto eu estava sendo uma vadia insensível.

Retruquei sarcasticamente sobre ser obrigada a ouvi-lo e então eu segui para uma das poltronas do lugar. Eu me encolhi (meu corpo real, o que eu podia controlar) preparando-me para ouvir tudo outra vez.

Bizarro. Normalmente, era como se eu me transportasse para uma realidade alternativa, deixando de interagir com o mundo real para vivenciar "minha" fantasia. Mas dessa vez... era como se estivesse dividida em duas. E podia sentir ambas. Sentir tudo. Era uma bagunça.

Como se estivesse numa penseira... mas não de fato, desde que eu sou ambas, tenho ambas as perspectivas: a realidade e a fantasia. É tudo tão ferrado que não consigo explicar.

-Também me faz mal – Harry da fantasia comentou calmamente, como sabia que faria; mesmo assim, ainda doeu como o inferno. – talvez porque não aja sobre meus sentimentos, pense que eu nãosintonada.

-Sei que sente algo.

Harry ergueu a sobrancelha de maneira sarcástica, nada semelhante ao nosso encontro verdadeiro. – Realmente? Eu não penso assim, Hermione. E dessa forma, suponho que deva lhe provar.

Espere um momento. Senhor Deus.

-O que quer dizer?

Os lábios de Harry se curvaram num sorriso estranho – aborrecido - antes de caminhar em minha direção. Mesmo que o aborrecimento encobrisse toda sua face, o moreno se ajoelhou a minha frente e prendeu seu olhar no meu.

-Você não faz mesmo ideia, não é? – perguntou calmamente, seus braços sobre minhas pernas.

Harry parecia quase divertido agora. Era estranho. Os olhos dele me encaravam como se buscassem algo; fitando-me de maneira tão profunda que me fazia desconfortável.

Provavelmente este era o intento porque, quando desviei o olhar, uma de suas mãos deslizou pelo meu rosto e me fez tornar a encará-lo. Teimosamente, o fitei de queixo erguido. O que divertiu, aparentemente, ainda mais o rapaz a minha frente.

-Não, você não entende... – afirmou num suspiro, depois do que parecera minutos me fixando o olhar. – Você vê, nós temos um grande problema, Mione.

-Apenas um? – zombei.

Harry me ignorou, observando por um instante, o teto. – Sob o Miosótis, quer que eu seja apenas seu... Acontece que isto não é uma via de mão única. Vê nosso problema?– indagou, abaixando a vista para mim, logo depois inclinando-se para frente. – Se vamos mesmo jogar esse jogo, você também tem que ser só minha.

-Não tenho ninguém, Harry. E eu não pertenço a ninguém.

Minha voz estava firme, quase indiferente, mas a verdade é que animação me percorreu no "sonho", trazendo as mesmas vibrações para mim. Como resultado, meu corpo real está tremendo.

Harry não retrucou, apenas se ergueu e estendeu uma mão para mim, quando não fiz qualquer menção de aceita-la, ele suspirou. – Por favor, deixe-me lhe mostrar... - Depois de alguns segundos, aceitei sua mão. – Pode fechar os olhos por um instante?

-Eu acho que não.

Harry riu, encolhendo os ombros. – Está bem. Está bem... Vamos tentar dessa maneira – cuidadosamente, ele retirou sua mão da minha e se postou às minhas costas. Harry ficou em silêncio por alguns segundos, mas antes que pudesse perguntar o que em nome de Merlim ele estava fazendo, um espelho de corpo inteiro apareceu a nossa frente.

-O que...? - Encontrei os olhos dele pelo espelho e seu ar concentrado me fez calar.

-Vou lhe provar – afirmou suavemente.

E por mais ridículo que possa parecer, lá estava eu, arfante, incapaz de mover um musculo, incapaz de desviar o olhar de Harry.

-Hermione, eu preciso que entenda que por mais que tente me controlar e talvez seja melhor nisto que você... – ele me impediu de falar colocando uma mão sobre meu estomago, me segurando efetivamente no lugar. – Não quer dizer que sou imune ao miosótis. Ou a você e suas vontades.

-Escuta, eu-

-Ainda não acabei – suspirei e parei de falar. – Olhe para nós, Hermione. Então eu não sou seu - Instintivamente minhas mãos se fecharam sobre a dele, ainda em mim. – Foi o que pensei – ele sussurrou contra minha pele, seus olhos sorrindo para mim pelo espelho. – Então só preciso convencê-la que é minha também.

-Não há... Não há chance alguma de – eu gaguejei enquanto Harry apertou um pequeno beijo em meu queixo, sua mão livre afastando as minhas. – Harry - meu tom de aviso mais parecia uma piada, honestamente...

A mão postada em meu estomago se movia lentamente para cima e apesar de grande parte de mim estar focada nesse "sonho", ainda podia ouvir Harry, o real.

Ele pedia desesperadamente que eu parasse de pensar, mas não era possível. Repetia mentalmente tantas desculpas quanto possível num pequeno intervalo, enquanto observa como se enfeitiçada um Harry muito mais, bem, disposto alcançar o vale entre meus seios.

Meu Merlim, o espelho fora de fato uma ideia incrível. Quero dizer, eu posso ver todas as nossas reações. Nada pode escapar. Aparentemente Harry faria qualquer coisa para provar seu ponto. Mesmo que isso signifique analisar todas as minhas reações enquanto me toca.

O que é realmente-

Acho que estou hiperventilando, numa mistura intrigante de mortificação e excitação. No sonho e sob meu edredom no dormitório feminino.

Harry está desabotoando minha blusa escolar...

E sim... eu vou para o inferno quanto tudo isso acabar. Deseje-me sorte.

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N/a 3: correndo para as montanhas.

Até mais.

Ps: Gardênias tem um significado bem interessante.

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