Capítulo 27

Aclarações:

Itálico– 'esclarecimentos' de Harry. Pensamentos dele. POV's Harry. Ou ênfase em alguma palavra, ou frase.

Negrito – 'esclarecimentos' de Hermione. Pensamentos dela. POV's Hermione.

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Disclaimer: Harry Potter não me pertence, blablabla. Tudo é da J. K. Rowling e da Warner, whatever.

Observação: Capítulo NÃO betado. Pode conter atrocidades... Linguagem obscena.

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Capítulo 27

A adrenalina os levou fácil e rapidamente ao salão comunal da grifinória. Era uma coisa boa que nenhum deles conseguia pensar de em linha reta para entender o significado de ter novamente acesso aos pensamentos do par.

A preocupação de correr para o mais longe possível da diretora os distraia das consequências que o último incidente trouxera. Ao menos ao momento.

-x- Miosótis –x-

Entretanto, ao se encontraram atrás do retrato da mulher Gorda, no aconchegante salão de sua casa, os morenos puderam se acalmar a ponto de assimilar – de vez – sua realidade.

Harry se pôs tenso ao lado da amiga, como se a qualquer momento a morena fosse começar a fuçar em sua mente em buscas de respostas. Hermione, por outro lado, apenas se sentia mal por Harry ainda se sentir inseguro ao seu lado. E, obviamente, não conseguia esquecer que toda sua atitude deveria mudar se quisesse que sua amizade resistisse. Mesmo sob o feitiço do miosótis precisava ser racional.

Tentativamente, Hermione deixou o livro sobre uma das mesas mais próximas a eles e encarou Harry.

Você está começando a surtar, não é?

Harry balançou a cabeça de forma negativa, sorrindo forçado. Hermione suspirou, cansada.

Da última vez, tudo que precisamos fazer foi compartilhar um beijo. A morena concedeu a Harry, simplesmente sem vontade de brigar por alguma coisa que Harry achava que ela não tinha o direito de saber. Não queria se machucar mais ou descontar em Harry, pra ser honesta.Talvez, bom, devêssemos tentar outra vez.

Como por exemplo: um beijo traz isso, um beijo pode levar de volta?

Hermione o fitou com exasperação. Tem uma ideia melhor?

O rapaz deu de ombros. Não em definitivo.

Mas quando Hermione fez um movimento em sua direção, Harry a manteve afastada.

Eu só... olha Mione, não sou a pessoa mais coerente do mundo, longe disso. Provavelmente, minha mente turbulenta é o mais próximo a "lógico" que um dia você irá me ver chegar, sem balbuciar tantas incoerências ou ser um idiota, metendo os pés pelas mãos.

O rapaz se moveu e abaixou levemente a cabeça, para fitá-la nos olhos.

E, Merlim, tendo você em minha mente, bem, me assusta pra caramba, não vou negar. Não posso controlar isso, essa "invasão".

Eu odeio pensar que isso lhe leva a crer que não confio em você. Por favor, tem que saber que eu o faço. É só... eu não lido bem com... essascoisas.

Harry a fitou implorante. Ele não conseguia descrever o que sentia - nem mesmo em sua mente - e mais do que qualquer outra coisa aquilo o frustrava. O moreno esperava, no entanto, que a amiga compreendesse a sensação que estava tentando direcionar a ela.

Deixe-me tentar ser mais claro... Quanto a "coisas", me refiro a – o jovem franziu o cenho, tentando encontrar as palavras.

Hermione observava em confusão enquanto palavras aleatórias surgiam em sua mente. A monitora tentou apaziguá-lo, tocando seu ombro, mas Harry continuava perdido em pensamentos.

Okay, acho que consegui. Eu não tenho o costume de partilhar sentimentos, eu não sei como fazer isto. O miosótis tem sido um tipo de aprendizado intensivo ou coisa que o valha, mas... a verdade é que eu sou um ferrado. E eu sempre estrago tudo que toco.

Harry, isso não é verdade. Como pode mesmo –

Hermione, por favor. Ele riu de uma forma estranha, sem amargura, autoconsciente. Sei exatamente que eu provavelmente levaria um T em relações interpessoais se isso fosse uma matéria em Hogwarts. Não precisa tentar me animar. De toda forma, não é sobre minhas habilidades incríveis em evitar diálogos, sendo estes bizarros ou não, que estou tentando falar aqui.

Eu quero que entenda. Instintivamente Harry se aproximou mais da amiga. Que eu estou tentando.

-O QUE DIABOS VOCÊS ESTÃO FAZENDO?

Não foi um grito, na verdade. Mas o par estava tão distraído – novamente – em sua conversa mental que as palavras de Lilá Brown perfuraram sua realidade tranquila como uma explosão.

-Perdão? – indagaram em uníssono.

-O que estão fazendo, meu Merlim! Encarando-se dessa forma. E todo esse assustador ar entre vocês. Só... não. Morgana. Só parem com isso.

Hermione virou os olhos. – Oh, está incomodada? – perguntou fingindo se importar. - Olhe para outro canto, isto ainda é um espaço comum – afirmou secamente. A morena estava tão irritada por ser interrompida naquela conversa que não pôde se conter:

– Ninguém realmente falou qualquer coisa enquanto se esfregava com Ron aquele tempo todo. Então – ergueu a sobrancelha. – Eu sugiro que cale sua maldita boca.

Harry riu e então forçou a si mesmo um olhar sério. – Hermione... – chamou, deslizando sua mão de forma reconfortante pelo ombro e braço da amiga.

Exagerei?

Harry observou o salão comunal, as pessoas estavam em silêncio desconfortável. Algumas de olhos arregalados, outras pareciam prender a respiração enquanto observavam Hermione como se ela estivesse ameaçando atear fogo em todo lugar.

-Apenas um pouco – afirmou, voltando sua atenção para ela.

-Eu sabia que isso te perturbava – ofegos foram ouvidos por todo o local. Enquanto, sob a afirmação impertinente de Lilá, dezenas de olhares questionadores dardejavam Hermione.

Hermione lentamente tornou para a loira, um ar divertido traçando suas feições. - Lilá honestamente, você pode foder Ron quando e como quiser, desde que não seja na frente de todo um corpo estudantil, você vê, são as regras da escola – o tom de Hermione, como se falasse com alguém particularmente lento, fez Lilá apertar a varinha em sua mão.

-Eu não faria isso se fosse você.

-Vai se meter em uma briga de garotas, Harry? – Simas indagou em mofa.

Harry ignorou o ar do outro rapaz, mas lhe respondeu calmamente:

- Na verdade, eu acho que deveria. Não quero que Hermione leve detenção porque enviou Lilá para a enfermaria apenas com um aceno de varinha... Mesmo que isso fosse, você sabe, incrivelmente quente de se ver – os olhos dele nunca deixaram Lilá e ele quase sorriu ao ver a garota empalidecer, deixando a varinha outra vez em seu colo. – Boa menina – acrescentou zombeteiro.

Simas é um idiota. Como se ele não soubesse que você poderia dar uma surra em mim de olhos fechados. Maldito.

Hermione o abraçou. Ignore-o. Você está certo, ele é um idiota.

Acho que nossa pequena conversa terá de esperar.

Sim. De preferência sem tantos olhos e ouvidos a volta.

De preferência. Harry sorriu, se afastando.

Você quer pesquisar um pouco sobre a tradição?

Na verdade, Mione, estou exausto. Toda essa maratona só me faz pensar em cama.

Oh. Okay... Amanhã nós continuamos, então?

Com certeza.

E então Harry a beijou.

Era a primeira vez desde o incidente no salão principal que tantas pessoas presenciavam um beijo que não se resumia em um breve encontro de lábios entre o casal do miosótis. Dizer que era uma situação estranha, era pouco. Principalmente depois de dias infernais para a casa Grifinória por conta de uma "pequena discussão" entre o casal.

Harry e Hermione estavam perdidos no toque um do outro. E, sinceramente, imersos nos pensamentos um do outro. Era a primeira vez que podiam ouvir e sentir o que o outro pensava no beijo. Era uma experiência para além de excitante.

Eles se afastaram abruptamente. Harry foi o primeiro a falar. – Acho melhor ir para meu quarto - o moreno afirmou roucamente, Hermione assentiu, já pegando o livro das tradições.

Talvez se eles se afastassem, conseguissem cortar as linhas diretas de pensamentos, pensaram, enquanto cada qual se dirigia com velocidade para seu dormitório. Porque o beijo não ajudou em nada. Na verdade, parecia ter feito tudo pior, trazendo mais um efeito da tradição ao casal...

Oh meu Merlim. Oh meu Merlim.

Pare com isso, Hermione!

...O quê?

Pare de pensar.

Francamente, Harry! Como eu poderia parar de pensar?

Pare de pensar nisso.

Oh.

AGORA.

...E-eu não posso.

Oh meu Deus, Hermione!

Desculpe!

Whoah! Isso é muito, muito, muito...

Hermione se deixou cair em sua cama. Deitada, escondeu-se sob suas cobertas e fechou os olhos firmemente. Como uma criança que tem medo de escuro.

...Gráfico? – ela o auxiliou, mortificada.

Yeah. Seus sonhos acordados são sempre, hm... assim?

Sinto muito!

Minha nossa!

Espera, não sou eu quem está... agora, não foi eu quem...

Yeah.

Oh –era Harry. Ele estava controlando o sonho agora. –Oh! Oh meu Deus.

Me desculpe!

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(continua)

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N/a: Confesso que não sei o que me deu. Apenas... Yeah. Esse capítulo foi super estranho. Tudo bem... Alguém entendeu?

Deixe-me tentar explicar: sabem aquela cena no Capítulo 12 onde Hermione entra em estado de "êxtase" e Harry precisa acordá-la? Na presença do Ron? Pois é, ela meio que atingiu esse "Nível" outra vez, no beijo. Com algumas distinções... rs.

Se eu me sentir boazinha e com criatividade, no próximo capítulo eu trago a tona o sonho compartilhado.

Ou não. :)

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