CAPÍTULOS 42 E 43

CAPÍTULO 42: QUASE PEGOS
Passaram-se dois dias e Cedrico buzinava em meus ouvidos se parar, até me que me convenceu de ir de encontro a Sirius e tentar ser amigável e etc. etc. Acabei descobrindo que, apesar de tudo, Sirius é bem diferente do que aparenta. Ele demonstrou ter muito afeto por mim e Cedrico. Estávamos de bem, mas meio afastados ainda. Posso até reconsiderar a idéia de vê-lo como pai.
Harry ficou feliz com a notícia de eu e Sirius estarmos de bem e que ele estava em Hogwarts.
— Vamos, Mione! — ele corria com toda a velocidade me puxando a mão. Seu rosto estava iluminado, como criança no Natal.
— Calma aí, Harry! Ele não vai fugir! — eu ria dele.
— Sirius! — mal entramos na Sala Precisa e ele entrou correndo indo abraçá-lo.
— Harry! Nossa, como você cresceu! — meu amigo se posicionou ao meu lado, abraçando meus ombros. — Mas fique longe da minha filha... — ele comentou fitando a mão de Harry, que soltou a minha imediatamente.
— Ahn... Não se preocupe quanto a isso. Mione é a minha melhor amiga... Afinal, ela é do Ro... Deixa pra lá. — isso me fez corar feito um pimentão. Como assim eu era do Rony? Era nada!
— O quê? — eu e Sirius falamos ao mesmo tempo.
— Ahn... Quer dizer... Mione, não é nada do que você está pensando. — ele estava visivelmente nervoso. — E Sirius... Bem...
— Fala logo, Harry! — novamente juntos.
— Ahn... Eu não sei o que dizer! E prometi calar a boca. Maus ae...
Isso se resumiu o nosso encontro agradável. Cedrico ficou proibido de aparecer por ali. Já foi um choque para Harry saber quem são meus pais. Ele cairá duro se souber de meu irmão...

— Hermione, desculpa por tudo. Por favor. Eu não consigo nem dormir direito! Desculpa por ter discutido com você no aeroporto. E principalmente por ter deixado que meu primo...
— Primeiro: você discutiu porque quis; segundo: você não pode me proteger de tudo; terceiro: não é problema meu se você não consegue dormir! — o interrompi rispidamente com mágoa na voz soltando meu braço de suas mãos e indo em direção a estufa. Estava começando a chover e estava escurecendo, não havia nenhum aluno por ali.
Fui puxada novamente na direção dele, mas dessa vez seus lábios foram de encontro aos meus e não tive tempo nem de respirar. Tentei ao máximo não corresponder, mas automaticamente uma de minhas mãos foi parar em seus cabelos e a outra na lateral de seu pescoço. Ele puxava minha cintura para perto dele e eu contribuía para não deixar nenhuma corrente de ar passar por entre nós dois puxando seu rosto para mais de encontro ao meu.
Abracei-me a ele com força, afundando minha cabeça em seu peito chorando. Ele fazia cafuné na minha cabeça e me abraçava forte também, mas temendo cada movimento, como se tivesse feito algo extremamente errado.
— Nunca mais faça isso comigo, por favor. — choraminguei.
— Fazer o quê? — questionou cauteloso enquanto beijava o topo da minha cabeça.
— Se afastar assim de mim. Prometa-me nunca mais ficar tanto tempo assim sem falar comigo...
— Ah, meu amor. É claro que eu nunca mais vou fazer isso, foi horrível. — o abracei mais forte. — Vamos sair daqui... — ele começou a me dar selinhos, até eu escorregar na lama e cair, segurando em seus braços e ele também caiu. Rolamos barranco abaixo rindo. Parecia que estávamos voltando à infância.
— Ora, vamos embora logo. — disse rindo muito. Subimos aquele morro e, quando chegamos ao topo, notamos duas silhuetas andando rapidamente gritando:
— Hermione! Mi! — meu coração deu um salto. Eram Harry e Rony me procurando.
Puxei Draco para trás da árvore mais próxima sorrindo travessa. Estávamos completamente ensopados até a alma, enlameados e felizes. Continha-me para não pular em cima dele. Jesus me abana! A camisa branca colada e meio transparente, o sorriso reluzente e os olhos vívidos me deixavam babando.
— O que tanto olha? — questionou ele sussurrando entrelaçando seus braços em minha cintura, levando-me para extremamente próxima de seu rosto.
— O quanto eu tenho sorte de ter um namorado lindo — dei um selinho nele —, maravilhoso — mais um —, esperto — outro — e só meu. — finalizei com um beijo daqueles. Só Merlin sabia o quanto era bom beijar na chuva, ainda mais se está beijando Draco Malfoy.
— Hermione! — Rony gritou próximo a árvore em que estávamos escondidos. Socorro! Agarrei-me ao loiro com uma cara de assustada. Ele riu baixinho. Maldito sonserino. Dei uma cotovelada nele e ele gemeu baixinho. Estávamos os dois lado a lado encostados-se ao tronco da árvore rezando (pelo menos eu estava) para que Rony fosse embora logo. Aqueles segundo pareciam décadas.
— Francamente, Ron, não sei no que você pensou quando disse que ela estaria aqui fora, nessa chuva. Afinal, o que você queria com ela mesmo?  — a voz impaciente e irritada de Harry soou como um gongo para Rony não se virar e ver-nos atrás da árvore, pois eu já havia até avistado a cabeleira ruiva.
— Ahn... Deixa pra lá. — respondeu ele encabulado.
— Rony…
— Ah, Harry! A mesma história de sempre!
— Rony, você tem que entender que é só um amigo pra Mione... Ela está traumatizada com aquele rolo com o Krum... — o quê? Como assim? Rony tem uma queda por... Mim? Pára o mundo que eu quero descer! Eu? Traumatizada com o Krum? Nessa, o Harry se puxou mesmo...
— Mas ela sai com o Diggory!
— Acho que eles não têm nada...
— Potter! Weasley! Entrem imediatamente! — era McGonnagle. Soltei todo o ar quando eles seguiram a diretora da Grifinória.
— Que papo é esse de traumatizada com o Krum? E o Diggory, o que você tem com ele? — só agora fui perceber a cara de poucos amigos de Draco. Ele apertava os punhos com força, parecendo querer se controlar para não correr atrás de Rony ou algo do tipo.
— E quem disse que eu estou traumatizada com o Krum? Isso é da cabeça deles. E Cedrico é o meu melhor amigo.
— Não quero você andando com ele... Ele... É velho demais para você!
— Primeiro, não precisa ficar com ciúme porque ele é um irmão pra mim. — ok, eu não precisava dizer o “pra mim”, mas ele acharia estranho. — Segundo, são três anos de diferença, não é tanto assim. Terceiro, eu não vou colocar chifres em ti porque eu te amo.
— Acho que eu estou ficando paranóico quando o assunto é você com outros caras... — admitiu ele encabulado vermelho.
— Ai que amor! — o abracei.
— O quê?
— Você é todo protetor e fica uma graça encabulado e vermelhinho! — ele sorriu de lado e a batalha entre línguas começou mais uma vez.

CAPÍTULO 43: TONTURINHA 
Entrei sorridente no Salão Principal. Draco já estava lá comendo. Só havíamos trocado de roupa. Os cabelos molhados pingando deixavam um ar totalmente sexy. Sentei-me na mesa de frente para a da Sonserina.
— Onde você estava, Mione? Viramos Hogwarts de cabeça para baixo e não te encontramos. — exigiu Rony ciumento.
— Eu estava tomando banho, não é óbvio? — mentira deslavada... Pisquei para Gina, que entendeu o recado.
— Depois quero saber tudo! — sussurrou ela em meu ouvido.
— Claro...
A vontade de comer era pouca. Eu não tinha fome. Não sei por que, mas uma leve tontura me atingiu, mas não foi nada de mais. A vontade de estar junto do meu namorado de volta era imensa. A qualquer momento, eu iria até a mesa da Sonserina tirar aquela cobra da Parkninson de cima dele...
“Hermione!”
“O que é?”, respondi impaciente e irritada por Cedrico ter me tirado de meus pensamentos de agora pouco.
“Até que enfim me responde, hein?! Onde você estava? Na lua?”, ele parecia aborrecido também.
“Ta, o que você quer?”
“Você se esqueceu completamente que amanhã terá a Primeira Tarefa.”, gelei.
“A-ah... E você quer ajuda para descobrir como respirar em baixo d’água durante 1 hora?”
“Não, você fará parte dessa prova.”
“Como é que é?”
“Eu não sei como, mas sei que você está envolvida...”
“F@#$%!”, não acredito que soltei um palavrão.
“Hermione, que modos são esses?”
“Desculpa.”

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.