Fora de hora



Os raios de sol batendo em seu rosto denunciavam a Harry que já era hora de acordar, o perfume inconfundível do cabelo de Gina informava que ela estava por perto, por isso não havia motivos para continuar dormindo se tudo o que ele precisava estava próximo dele. Tamanho foi o susto ao acordar e ver a ruiva deitada ao seu lado, abraçada a ele, dormindo serenamente. “Será que aconteceu?” foi a única coisa que passou pela cabeça dele, apesar de que ele não se lembrava de absolutamente nada além de ter ido se deitar com ela, depois disso mais nada vinha a sua mente. Só ficou aliviado quando percebeu que ainda estavam com a roupa da guerra, ou seja, nada tinha acontecido, ele não estava maluco. “Para tudo há seu tempo” – ele pensou. E foi tomar um banho, pois nem ele mesmo aguentava [n/Carol: *sem trema*] seu cheiro. Alguns minutos depois daquilo Gina acordou, sentindo falta dos braços de Harry a envolvendo. Com toda certeza a noite terminara melhor do que ela esperava, apesar de não ter acontecido nada. “Para tudo há seu tempo” – ela pensou também. Esperando que sua amada ainda estivesse dormindo, Harry que acabara de tomar uma ducha gelada, volta para o quarto, somente com uma toalha em volta da cintura. Com a plena consciência de que Gina estivesse dormindo ele entrou no quarto, grande foi a sua vergonha quando viu que ela estava acordada, linda, mesmo com o cabelo bagunçado, devido a uma longa noite de sono. Pode-se dizer que Gina não imaginava tamanha entrada de Harry no quarto. Ela analisou cada ponto dele, de cima a baixo, de baixo a cima e parou no ponto crucial. Depois de ‘examinar’ todo o físico dele com os olhos, ela ficou tremendamente arrependida de não ter acontecido nada na noite passada. “ Para tudo há seu tempo, para tudo há seu tempo, para tudo há seu tempo, para tudo há seu tempo, para tudo há seu tempo, para tudo há seu tempo, para tudo há seu tempo.” – Ela repetia para si mesma inúmeras vez não tirando o olho dele. Harry se sentiu num beco sem saída. – Gina vira pra lá! – foi a única coisa que conseguiu dizer. Ela obedeceu, já tinha se divertido bastante. Não obedeceu totalmente, o que importa é que disso o Harry não sabe, porém o que ela viu ficou bem gravado na memória dela, porque ‘o tempo’ poderia demorar a chegar. Depois do episódio ocorrido quando mal acabaram de acordar Gina se dirigiu para o dormitório feminino para tomar um banho também. Diga-se de passagem, mas Hermione devia estar nos seu sétimo sono quando foi acordada com o barulho do chuveiro, resolveu então acordar, afinal a vida seguia. Foi escovar os dentes enquanto Gina já colocava uma roupa limpa. - Hermione, tenho que te confessar uma coisa. – Disse Gina. - Hm... – Falou Hermione, com a escova dentro da boca. - O Harry é grande. – Gina disse envergonhada. Hermione cuspiu. – Eu sei que ele é grande, o Harry é mais alto que eu! – Hermione coloca um pouco d’água na boca e começa a fazer gargarejo. - Não é grande nesse sentido, é nesse sentido. – Foi necessário que Gina fizesse gestos. Hermione engasgou com a água que estava fazendo gargarejo. – GINEVRA MOLLY WEASLEY! NOSSOS AMIGOS MORRERAM, UM DELES É SEU IRMÃO, NÓS ESTAMOS EM LUTO! EU NÃO POSSO ACREDITAR QUE VOCÊ PENSA NUMA COISA DESSAS, MUITO MENOS QUE VOCÊ E O HARRY FIZERAM UMA COISA DESSAS! – Disse, ou melhor, gritou Hermione. - Calma mione! Agente não fez nada, eu só vi. – Esclareceu Gina. -Mesmo assim Gi! – Hermione abaixara seu tom de voz. – É inadmissível que depois de tudo o que aconteceu recentemente, você pense numa coisa dessas! - Eu achei que você teria pelo menos ficado feliz por eu e o Harry termos nos acertado, mas vi que foi tudo em vão! – Gina saiu bufando em direção ao salão comunal. Hermione ficou sem reação. - Bom dia Harry! – Disse Gina, dando um demorado beijo no seu namorado. - Bom dia! É tão bom pensar que agora eu posso acordar todos os dias com um beijo seu. – Falou Harry em meio a suspiros. - Vai se acostumando. – Disse Gina sorrindo. – Vamos tomar café da manhã, mas não vamos de mãos dadas para não levantar suspeitas. - Mas antes eu quero um beijo para compensar o tempo perdido. – Falou Harry com cara de hipogrifo molhado. - Só se forem dois. – Falou Gina com um sorriso maroto. - Você está me acostumando mal, hein? – Disse Harry, acompanhando o sorriso maroto dela. Depois de uma longa seção de amassos, eles foram pra o salão principal, todos já tinham voltado para casa, só havia ficado os Weasley, Harry e Hermione. Ao ver a mãe, Gina correu na direção dela, e deu um forte abraço. Fez o mesmo com seu pai. Harry assistia tudo de longe. - Harry, filho, venha cá. – Chamou a Sra. Weasley. “Se eu não for vai ser uma tremenda falta de educação”, pensou ele. Então ele foi para o meio de tufos vermelhos. - Harry, eu e a Molly precisamos conversar com você. – Falou o patriarca Weasley. “Será que já descobriram sobre eu e a Gina?”, foi a única coisa que passou pela cabeça dele, já pensando no que falar, afinal, não seria só o Sr. e a Sra. Weasley aquém eles deveria explicação. Ainda tinham mais cinco ruivos ferozes e violentos para apontar a varinha pra ele. Foram em direção a uma mesa mais afastada. - Não aconteceu nada. – Harry se adiantou, antes que eles pudessem falar qualquer coisa. - Do que está falando querido? – Perguntou Molly, desentendida. “Uffa!”, pensou Harry, a imagem de ser torturado por seis homens Weasley sumiu da cabeça dele. – Nada não. – Disse Harry. - Bom Harry, você tem como propriedade a casa no Largo Grimmauld, mas creio que você não irá querer morar lá. – Falou o Sr. Weasley, no que Harry concordou com a cabeça. - E mesmo que quisesse, apesar de ser maior de idade, você ainda é muito novo para morar sozinho. – Falou Molly com todo o seu jeito protetor. – tenho certeza absoluta que não se alimentaria direito. - O que nós estamos querendo dizer, Harry, é que gostaríamos muito que você fosse morar na Toca conosco. – Ao ouvir as palavras de Arthur, os olhos de Harry se encheram de alegria, ficando num verde cada vez mais brilhante. - Eu não sei nem o que dizer. – Confessou Harry. - Você só tem duas opções, meu caro. Sim ou Não. – Disse o Sr. Weasley. - E nós esperamos que seja sim. – Falou Molly, cheia de esperança. - Bom, tudo bem, eu aceito sim. – Disse Harry – Mas só se vocês aceitarem que eu ajude nas minhas despesas na casa. - Se não tem outro jeito. Mas saiba que não é necessário. – Disse a Sra. Weasley. - Tem mais uma coisa Harry. As duas horas acontecerá o funeral de Tonks, Lupin e ... Fred, no cemitério de Hogsmead. Nós queríamos saber se você gostaria de dizer algumas palavras? – Perguntou Arthur a Harry - Sim, gostaria. Mas não sei se eu vou ter forças para falar. – Respondeu Harry, com insegurança nas suas palavras. - é só dizer tudo o que está aqui dentro. – Falou Molly, colocando a mão sobre o coração dele. As horas passaram voando e quando foram ver faltava meia hora para o funeral. O castelo, mesmo vazio, estava com um ar fúnebre. Os poucos habitantes que restavam, agora estavam se dirigindo para os portões de javali do castelo. Os enterros seriam exatamente as 18 hs. A hora do crepúsculo. Várias cadeiras foram postas em frente a cerca de 50 covas, com 50 caixões ao lado. As 17:30 as cadeiras já estavam quase lotadas. Famílias choravam. Os Weasley conseguiram se sentar na terceira fileira. George estava arrasado. Estava com a cabeça no ombro de Gina, que tinha lágrimas lhe escorrendo sobre o rosto. A Sra. Weasley chorava baixinho no ombro do marido. Os outros irmãos, embora não chorassem, esatavam arrasados, com uma aparência horrível. Até Teddy parecia entender a situação. Embora com os cabelos Rosa-Chiclete (uma muda homenagem a mãe) estava com os olhos cinzas, sinal de pura tristeza. Harry se sentia perdido, entre Hermione e Gina. O mesmo homem que resara o casamento de Bill e Fleur, que fizera o enterro de Dumbledore... estava ali, em cima de um pequeno palanque. - Srs, Sras, e Srtas. É com grande pesar, que estou aqui para anunciar as mortes de pessoas, que mesmo com pouco, ajudaram a nos dar um mundo feliz e sem guerras. Quero que quando eu anunciar o nome, a família e amigos venham e se despeçam. Ouve um soluço geral. - Chamo a família de Sheron Million Uma mulher de cabelos loiros, na última filera se desesperou. Ela e mais um homem vieram e se ajoelharam ao lado de um caixão. O homem colocou em cima do caixão, uma pequena correntinha de ouro. Obviamente era da garota, que agora jazia morta. - Chamo a família e amigos de Collin Creevey. Gina chorou mais ainda. Os dois eram colegas de classe. Ela se levantou e foi junto com a família do garoto, inclusive o pequeno irmão. Em cima do caixão colocaram a máquina fotográfica que o garoto, tantas vezes usara para bater fotos do ‘incrível Harry Potter’. Em seguida, o momento mais triste para muitos presentes naquele lugar, o momento em que, com certeza se houvesse a presença dele seria de alegria. - Chamo a família e amigos de Frederick Weasley.

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