Conversa Franca



 


Duas semanas se passaram após o enterro, para todos eles aqueles foram os dias que mais demoraram a passar, talvez fosse pelo vazio que Fred deixou na toca, ou talvez pela descrição enorme que Harry e Gina tinham que ter, haviam dias em que os dois trocavam ao máximo um selinho de boa noite para que ninguém percebesse, a única testemunha da troca de caricias entre os dois era o pequeno Teddy,os dois ainda tinham que aguentar as brigas constantes entre Rony e Hermione, o que era um tanto normal, mas agora o motivo era inadmissível. Rony simplesmente não queria que Hermione fosse a procura dos pais na África, nem mesmo após saber que ela seria escoltada e ajudada por uma equipe com uma média de 5 aurores. Só que toda a sua rejeição para tal decisão havia sido vaga, pois naquele dia Hermione estaria embarcando num local trouxa, o qual não sei falar o nome, em busca de seus pais.


 


- Mi, se você precisar de alguma coisa, é só me mandar um patrono que eu vou para onde você estiver na exata hora que a sua Lontra prateada aparecer na minha frente. – Disse Rony, no que Hermione revirou os olhos.


 


- Eu já sei disso Ronald. Tchau. – Dito isto, Hermione deu um longo selinho no rapaz e aparatou.


 


- É, acho que é isso. – Falou Rony, subindo as escadas para o seu quarto.


 


A Senhora Weasley seguiu para a lareira, onde foi fazer compras no beco diagonal via flu e todos os outros Weasley’s estavam no trabalho, ou em suas respectivas casas.


 


- Gina, é impressão minha ou nós estamos sozinhos aqui na sala? – Perguntou Harry com um sorriso que possuía um misto de marotice com malicia.


 


- Se não estivermos sozinhos a impressão é coletiva. – Gina respondeu com a mesma expressão que Harry possuía no rosto.


 


Ele que estava sentado no sofá, alargou ainda mais o sorriso e deu três tapinhas de leve do seu lado, indicando aonde Gina deveria estar.


 


Ela num salto, como um gato, ou melhor uma gatinha, se posicionou no lugar do sofá que ele havia indicado, ficando a ¹/2 centímetro de distância dele.


 


- Enfim, sós. – Falou Harry, colocando seus braços ao redor do pescoço dela. O que fez Gina levar um pequeno susto com suas palavras.


 


- Nossa Harry! Isso parece até frase de marido e mulher quando vão consumar o casamento! – Falou.


 


- Então é bom nós irmos ensaiando, pois isso vai acontecer logo, logo... – Dito isto ele a beijou, naquele beijo eles descontaram toda a raiva que sentiram durante as brigas entre Rony e Hermione e toda a descrição que tiveram que obter quando estavam na presença do Teddy ou na presença dos pais ou dos irmãos de Gina, foram tantas as coisas que estavam descontando que quase avançaram o sinal, mas foi ela que resistiu evitando que Harry abrisse seu sutiã.


 


O que eles não perceberam é que Molly havia voltado para pegar a bolsa que tinha esquecido e assistiu quase toda a cena, desde o salto de ‘gatinha’ de Gina até – Para o enorme azar deles – as mãos de Harry deslizarem sob o suéter da filha dela, seguindo um caminho que deveria ser evitado. Ela viu o que não queria, mas não viu o suficiente para ficar tranqüila e assim foi para o beco diagonal, com a cabeça quase explodindo, de ódio.


 


O que ela faria? Expulsaria Harry de casa antes que Arthur descobrisse? Essa concerteza não era a melhor opção, mas era a única que pairava na cabeça dela. Não. Uma conversa talvez? É, essa era a única saída. Uma conversa. Só ela, Arthur, Harry e Gina. É, é o que ela faria, depois do jantar. 


Para a infelicidade dela, a tarde no beco se passou rápida. 


Ela chegou em casa e viu apenas Harry e Gina brincando com Teddy. Ela pensou em falar com eles naquele exato momento, mas logo esqueceu essa ideia. 


Logo George chegou, isso significa que logo Arthur estava chegando.  


Finalmente ele chegou. Eles estavam jantando quando ela lhes pediu.                     


 


- Arthur, Harry, Gina; Depois do jantar quero falar com vocês. – disse ela nervosamente. 


- Claro, querida. – disse Arthur, nem imaginando o que a esposa queria com ele, com a filha e com o genro. 


 


Depois do jantar, os quatro foram para o pequeno escritório do Sr. Weasley. 


 


Depois de todos acomodados, os três olharam curiosos para a Sra. Weasley, que pirragueou e começou a falar. 


 


- Harry... Gina, eu realmente não queria. Mas... eu os vi hoje depois do almoço. – Arthur não entendeu, mas Harry esbugalhou os olhos e começou a ficar pálido. 


 


- O que aconteceu hoje, depois do almoço? – perguntou o Sr. Weasley olhando para os dois jovens. 


 


- Acontece, querido que Harry e Gina... – começou a explicar uma Sra. Weasley estremamente corada. Gina, sabendo que a mãe ia distorcer os fatos se apressou a explicar ao pai. 


 


- Acontece pai, é que eu sou maior de idade. – disse ela olhando seriamente para a mãe. 


 


- E o que isso tem a ver com hoje de tar... – o Sr. Weasley pareceu entender, pois se levantou e ficou vermelho, muito vermelho. – GINEVRA WEASLEY, HARRY POTTER! OS DOIS ESTÃO MUITO ENCRENCADOS, MOCINHOS!!! NA NOSSA PRÓPIA CASA!! O QUE PENSAM QUE ESTAVAM FAZENDO? OU MELHOR, POR QUE PENSARAM EM FAZER ISSO? – Harry ficou mais pálido ainda.  


 


- Não aconteceu nada, Sr. Weasley!! – ele se apressou em dizer. 


 


- Harry, eu vi. – disse a Sra. Weasley.                               


 


- Não, a Sra. Não viu. Porque não aconteceu nada para se ver. Harry e eu apenas estávamos namorando, como namorados fazem, entenderam? – Disse Gina já extremamente vermelha... de raiva. 


 


- Não fale assim comigo!! – disse a Sra. Weasley brava. 


 


- Sr. e Sra. Weasley, sabem que eu tenho um imenso respeito por sua família, por sua casa. Eu não faria isso com Gina desse modo. Ainda mais aos olhos de um bebê.  – disse Harry, mas aí sim cometera um erro. 


 


- Um bebê!! É isso que estamos evitando por agora!! Um bebê!! Vocês são duas crianças ainda!! Não tem a menor opinião sobre a vida!! – disse a Sra. Weasley como se comprovasse um fato. 


 


- Mãe, Harry e eu somos maiores de idade, namorados! Com a minha idade, você  estava grávida do 2° filho!! – Disse Gina irritada. 


 


- Não fale assim com sua mãe, Ginevra! – repreendeu-a o Sr. Weasley.          


 


- Quer saber? Eu tenho uma maneira disso tudo acabar: Gina você quer se casar comigo? Com a sua permição Sr. Weasley é claro. Eu sou apaixonado pela sua filha, não faria nada com ela que tirasse o respeito que eu tenho por essa família ou que ela não quisesse. Eu sei que pode parecer cedo, mas a minha vida nunca foi normal mesmo, o que eu mais quero agora é ser feliz.


 


- De jeito nenhum, por mais que eu ache que você seja o homem perfeito para a minha UNICA FILHA, assim que vocês se casarem vão achar que podem fazer o que quiserem – Retrucou Molly.


 


- Molly, se acalme, não vai adiantar. Como a Gina disse, os dois são maiores de idade podem fazer o que quiserem – Disse o Sr. Weasley.


 


- E eu QUERO me casar com ele – Falou Gina


 


- Não terão meu apoio nessa decisão, sinto muito. – Disse Molly


 


- Não tem problema. – Falou Gina que saiu do escritório batendo a porta.


 


Harry saiu atrás dela, que havia entrado no seu quarto.


 


- O que você está fazendo? – perguntou Harry


- Arrumando as malas, não está vendo? – Falou Gina, sua paciência já estava quase esgotada. – Eu não agüento mais isso.


- Você acha que está fazendo a coisa certa?


- Não acho, tenho certeza! E acho melhor você ir também. A não ser que você não queira mais continuar comigo e conseguir tolerar essa situação presente nessa casa!


- E para onde você vai? – perguntou


- Não sei, eu tenho um dinheiro guardado, talvez para o caldeirão furado.


- Não, você vai para a casa do Largo Grimmauld comigo.


- Com você?


- É comigo.

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