Altos e Baixos



*** Capítulo 21 – Altos e Baixos

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“Esse aqui é meu lugar

Desci até o inferno e consegui voltar

Estou de volta, estou aqui

Atravessei o deserto mais sobrevivi

Altos e baixos

A sorte vai e vem

Altos e baixos

Não é diferente pra ninguém...”

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É engraçado como as flores ficam ainda mais bonitas e vibrantes, quando estão na reta final de sua jornada, no último mês da primavera... Aquela sempre foi a sua estação favorita, adorava ficar nos jardins de Hogowarts só para observar o espetáculo de cores que ali se formava, e talvez por isso, estivesse se sentindo um tanto quanto melancólica, já que logo teria que se levantar para ir até uma das torres, onde assistiria à mais uma aula naquele dia, que por mais que fosse uma das suas melhores matérias, ainda preferia ficar ao ar livre do que no ambiente fechado e por vezes sufocante da sala de aula da professora Sibila. Ao som do sinal, Kayla se levantou, despedindo-se de uma lebre próxima a ela, e em seguida rumou de volta para o castelo, sentindo o seu coração apertado, lhe passando uma estranha sensação de medo, por mais que não soubesse o por quê.

À porta da sala, a menina lançou a marca na sua mão um olhar contrariado, afinal, já havia tentado os mais variados feitiços, mas nada parecia capaz de apagar ou esconder o desenho da runa estampado ali. Suspirando pesadamente, ela entrou na sala, aspirando o cheiro do incenso que mais gostava, rosa branca, o que a deixou satisfeita.

- Oh, meus queridos, vamos... Entrem, entrem. – Chamou a professora. – Vamos tomar um chá. – Sorriu. – E depois, quando todos acabarem, vamos ler as borras um dos outros e...

- Mas professora, nós já fizemos isso antes... – Falou um dos alunos.

- Sim é verdade, mas algo me diz que temos que fazer de novo. E meu querido, quando isso acontece não se pode ignorar. – Explicou a senhora com voz etérea.

De um em um, Trelloaney serviu o chá, apressando os estudantes a beberem, estava ansiosa como não se sentia a anos... E tão logo as xícaras esvaziaram, as leituras, ou tentativas delas, começaram, enchendo a sala de um falatório animado, afinal, tentar adivinhar que figuras haviam se formado na borra ao fundo do objeto de porcelana era divertido. Caminhando de uma forma quase espectral entre os rapazes e garotas, a professora seguia os auxiliando, até que finalmente chegou à mesa da Corvinal, que revirava sua xícara, com uma expressão confusa e intrigada.

- Me deixe olhar para você... – Pediu a senhora, pegando das mãos de Kayla o objeto, porém logo o largando sobre a mesa assustada. – Ô céus! Céus... – Exclamou alto, chamando a atenção de todos. – Minha criança... – Suspirou, segurando a garota pelos ombros. – Eu sinto muito, muito mesmo.

- Como assim? Sente pelo que? – Assustou-se a menina.

- Vê? – Perguntou pegando a xícara e mostrando-a para a Corvinal. – Você tem uma espada atravessando uma cruz, o que significa que passará por uma batalha de grande provação e sacrifícios, mas isso não é o pior... Ah não, não é. – Falou ao ver a expressão descrente da outra. – A sua luz vai se apagar... Para sempre. Está vendo a vela invertida? É isso que significa. Eu realmente sinto muito, é um destino cruel de mais para alguém como você...

- Mas professora o que isso... – Começou, no entanto sendo interrompida pelo sinal que anunciava o final da aula.

- Muito bem, estão dispensados. Vão, vão o que estão esperando. – Disse Sibila apressada.

Kayla ainda tentou fazer a sua pergunta, mais foi impossível, já que a professora praticamente expulsou todos os alunos da sala, sem a menor intenção de perder mais algum segundo do seu tempo. E assim que se viu finalmente sozinha, a mulher sentou-se em uma das cadeiras e chorou. Olhando para as suas mãos vazias, chorou por toda a sua impotência diante do futuro, afinal, do que adiantava saber o que aconteceria se nada podia fazer para evitar, o destino já estava traçado, e a ela, mais uma vez, só restava a posição de expectadora.

Durante todo aquele dia, a garota ainda ficou se perguntando o que a professora quis dizer com “A sua luz vai se apagar...”, mas não conseguiu chegar a nenhuma conclusão. Ao que parecia, a sua angústia de manhã tinha um fundamento, afinal, por mais que tentasse, não conseguia pensar em outra coisa. Por isso agora, mesmo depois de tantas horas, após mais uma aula frustrada de aclumência, ela estava sentada no salão comunal olhando para a xícara, realmente preocupada, tentando enxergar ali alguma resposta.

- Está vendo? Aqui ô, tem uma cruz, uma vela ao contrário e uma espada também... – Explicou, indicando os desenhos na borra do chá, para a menina ao seu lado.

- Sinceramente Kayla, eu não estou vendo nada, para mim isso tudo aí não passa de uma mancha. – Falou a Lufa-lufa.

- Mas está bem aqui, olha direito. – Insistiu.

- Isso tudo é uma completa perda de tempo. – Interferiu Malfoy por de trás de seu livro, sentada em uma poltrona. – Esse tipo de ciência não é segura... Ou você é ingênua ou muito burra por se deixar levar dessa forma. O que aquela mulher maluca fala não merece...

- Ai nem, não fala assim... Isso é sério. – Cortou, fazendo a Sonserina rolar os olhos, impaciente. – Tenho certeza que ela não falou essas coisas por acaso, por isso eu tenho que saber o que...

- Você está surtando Kayla, fica calma! – Pontuou a garota de cabelos róseos.

- Eu não posso ficar calma. A minha luz vai apagar. – Afirmou aflita, mesmo sem ter a menor idéia do que isso significava.

- Ah, tenha a santa paciência. – Exasperou-se Melanie, se levantando.

- Mas que coisa... – Resmungou Estelar, saindo de dentro de seu quarto. – Qual é o problema? Por que todo esse escândalo? – Quis saber, esfregando os olhos, com uma nítida expressão de sono. – Eu quero dormir, poxa vida.

- A professora Trelloaney disse que a luz vai apagar! – Explicou Kayla aflita.

- E qual é o problema da luz apagar? E só acender ela de novo... – Comentou a Grifinória de forma simples, fazendo as outras duas rirem.

- Mas você não está entendendo Estelar! Tem a espada, a vela e também a cruz, está tudo aqui ô! Vocês precisam me ajudar... O que eu vou fazer? E se...

- Me dá isso aqui! – Falou a filha do professor Lupin, enquanto bocejava.

Estelar puxou a xícara das mãos da Corvinal, e sob o olhar surpreso das outras meninas, principalmente de Kayla, ela enviou a mão dentro do objeto espalhando a borra para todos os lados.

- Pronto. Agora não tem espada, cruz, ou seja lá o que for que estava desenhado aí, problema resolvido. – Sorriu, devolvendo a xícara. - Boa noite. – Completou, se virando para voltar ao quarto.

- Hum, obrigada. Eu acho... – Disse a Corvinal, fazendo uma careta de dúvida.

E sem se conter, Melanie e Sarah caíram na gargalhada, afinal, aquele tinha sido um jeito bem simples de resolver o problema, se é que existia algum...

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Aquele era um dia de comemoração no ministério da magia, porque finalmente, depois de quatro meses de um árduo trabalho, as investigações acerca do ataque a Hogowarts, eram concluídas com sucesso... Em uma operação discreta, no entanto grandiosa, aurores e inomináveis uniram forças, preparando uma emboscada perfeita, que resultou na prisão dos culpados, que após a retirada dos disfarces, se mostraram ser o avô e a mãe do aluno Peter Dragon, encontrado morto à poucos meses atrás. Na verdade, já fazia algum tempo que ambos estavam sendo vigiados, enquanto se misturavam aos trouxas, planejando uma fuga do país, que prontamente foi frustrada no momento certo.

Detidos e levados para o ministério, os interrogatórios começaram, gerando alvoroço nas pessoas que o acompanhavam, já que como revelou a poção “Veritasserum” juntamente com a investigação mental, as suspeitas foram confirmadas, o que de certa forma chocou a todos, afinal, aquelas pessoas foram capazes de torturar e matar um membro da própria família. Além é claro, de usarem maldições imperdoáveis, como “Imperius” para induzir antigos comensais a participarem de suas atrocidades.

Uma vez no esconderijo da dupla, um acervo de livros e os mais variados artefatos de magia negra foram encontrados, o que tornou possível entender alguns pontos ainda nebulosos sobre o ataque, assim como a questão dos dementadores, que foram atraídos para o local através de uma pequena caixa, contendo um número incontável de terríveis lembranças, como uma tenebrosa penseira.

Entretanto, como uma medida de segurança, foi decido que a vigilância sobre Kayla, Melanie, Estelar e Sarah continuaria, afinal estava claro um interesse especial sobre elas. Isso sem contar, que ainda faltava entender o que tinha acontecido com Sophie Malfatine, sendo esse o único ponto de dúvida, já que não havia nada sobre a garota na lembrança dos parentes de Peter.

O Senhor Weasley, ministro da magia, fez pessoalmente um pronunciamento, prestando contas a população, explicando tudo o que tinha acontecido, deixando evidente a sua tristeza de que ainda existissem pessoas como aquelas, capazes de qualquer coisa por poder, como os próprios haviam afirmado.

Uma vez que os culpados foram mandados para Askaban, se deu por encerrado o caso, devolvendo de fato a tranqüilidade ás pessoas, que agora se sentiam seguras, uma vez que o ministério se mostrou totalmente capaz de resolver a crise, restabelecendo a tão apreciada paz.

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Andando distraidamente pelos corredores do colégio, após ler pela enésima vez o pronunciamento do ministro no “Profeta Diário”, Hermione se perguntava o motivo de ainda se sentir tão apreensiva, ao ponto de não conseguir dormir. O que na verdade nem era tão incomum assim, já que para ser sincera, havia anos que ela não fazia isso... Suspirando pesadamente a mulher continuou caminhando, tentando de alguma forma preencher o vazio de seu peito, instalado ali desde o dia em que o Lord das Trevas caiu. “Não era para ter sido assim...” Pensava ela, melancólica, enquanto remoia mais uma vez aquela dor.

- Ah não... – Resmungou ao avistar o estagiário e auxiliar da diretora, se virando rapidamente, tentando se afastar antes que ele a notasse.

- Professora Granger. – Chamou o sorridente rapaz. “Tarde demais...” Lamentou-se em pensamento a mulher, afinal, o que menos queria naquele momento era alguém para a cortejar. Ela só queria ficar sozinha, será que isso era pedir demais?

- Boa noite, Senhor Mendes. – Cumprimentou, esforçando-se para ser educada.

- Boa noite. – Sorriu. – Que surpresa agradável encontrá-la por aqui essa hora... Não consegue dormir?

- Para falar a verdade, eu estava indo para o meu quarto agora fazer exatamente isso.

- Seu quarto? Mas eu achei que ele ficasse para o outro lado. – Disse com simplicidade.

- Bom, eu...

- Está tudo bem. – Interrompeu o aspirante a professor, com a voz descontraída. – Não tem porque ficar encabulada... Eu também tenho o costume de visitar a cozinha durante a noite, para ser sincero acabei de vir de lá agora. – Completou, mostrando os seus bolsos cheios de algumas guloseimas.

- Ah, é... Era, era isso mesmo que eu ia fazer. – Afirmou, aderindo a explicação do outro, sem intenção nenhuma de se explicar.

- Que bom que nos encontramos então. – Falou se aproximando. – Assim podemos dividir o que eu já peguei e você não precisa caminhar até lá... Tenho certeza de que podemos passar alguns momentos agradáveis juntos. – Sorriu galanteador, passando um de seus braços ao redor da cintura da mulher.

- Senhor Mendes. – Hermione alteou a voz, desviando-se habilmente das mãos dele. – Eu não acho que esse tipo de atitude seja aconselhável. Peço que me respeite, ou caso contrário eu vou...

- Hermione! – Chamou Neville, aproximando-se do casal. – Algum problema?

- De forma alguma professor Longbotton... Apenas um mal entendido. – Explicou Erick. – Se me dão licença, boa noite.

- Boa noite. – Respondeu secamente o professor de Herbologia.

- Obrigada Neville... – Agradeceu a mulher, enquanto via o outro se afastar rapidamente de onde estavam. - Eu realmente não sei mais o que fazer com ele... Não importa quantas vezes eu o repudie, ele simplesmente parece não querer entender. – Exasperou-se.

- Olha Mione, eu entendo que você não queira nada com esse rapaz. – Tornou compreensivo. – Mas não pode ficar assim para sempre...

- Do que você está falando? – Questionou confusa.

- Ora, já se passaram anos, e você continua com essa redoma ao seu redor, não deixando ninguém se aproximar, como se...

- Chega, eu não vou discutir esse assunto com você. – Pontuou ela virando-se, entretanto parando, quando seu amigo a segurou pelo braço, forçando que ela o encarasse.

- Ótimo, então não discuta se é isso que você quer... Mas não se arrependa depois, por deixar a vida passar diante os seus olhos sem vivê-la. – Falou Longboton com convicção. – Não faça isso com você mesma Mione, não pode se anular dessa forma... Ou você acha que o Harry e os Rony realmente ficariam felizes em vê-la assim?

- Eu não posso. – Sussurrou.

- É claro que pode! Presta atenção... – Suspirou já cansado de vê-la agir daquela forma. – Eu sei o quanto dói, mas você não foi a única que perdeu naquele dia, todos nós perdemos. Mas não é errado continuar vivendo, afinal foi pra isso que nós lutamos! E se você fizer isso, se desistir desse jeito, só vai fazer com que tudo tenha sido em vão, e você não vai querer isso não é mesmo!?

- Não...

- Que bom. – Sorriu ele mais tranqüilo. – Então você promete pra mim, que não vai deixar a oportunidade de ser feliz passar, sem fazer nada?

- Prometo. Eu não vou deixar que tudo tenha sido em vão!

- Essa é a Mione que eu conheço. – Brincou, enquanto beijava a testa da amiga. – Nos vemos amanhã, boa noite. – Despediu-se.

- Boa noite Neville e obrigada. – Acenou, também tomando o caminho do seu quarto.

De alguma forma aquela conversa havia abrandado o seu coração, e agora ela sentia que poderia dormir mais tranqüila, sem se sentir culpada em continuar ali, quando os seus amigos não estavam. E pela primeira vez em anos, Hermione acreditou ser possível realmente ser feliz. “Quem diria que Neville um dia seria tão maduro e confiante!?” Admirou-se ela, no entanto sem deixar de pensar o quanto aquilo era estranho, afinal, o professor dava conselhos para ela, que ele próprio não seguia, ou pelo menos parecia que não, já que ela nunca o havia visto na companhia de ninguém.

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Com estrépito Ninfadora caiu no chão, após sair da lareira, assustando o professor de DCAT, que há instantes atrás, estava sentado em sua cama lendo.

- Credo, Ninfa! – Exclamou abaixando a varinha. – O que houve? O que veio fazer aqui a essa hora da noite? – Perguntou preocupado, enquanto ajudava a mulher a se levantar do chão.

- Como assim o que eu vim fazer aqui? Isso não é óbvio? – Falou vendo-o balançar negativamente a cabeça. – Eu vim comemorar ora essa! – Explicou. – Nós prendemos os culpados dos ataques, solucionamos o caso e eu ainda ganhei uma semana para ficar em casa... Isso não é o máximo!? Por isso estou aqui.

- Por Merlin... – Suspirou o homem. – Por um momento eu achei que havia acontecido alguma coisa.

- Pare de ser tão pessimista Remo! Está tudo bem, não aconteceu nada de ruim. Não tem com que se preocupar... Então, trate de relaxar porque essa noite nós vamos festejar. – Sorriu marotamente, empurrando-o para a cama enquanto lacrava a porta com um feitiço.

- Sabe, a diretora deixou que conectássemos as lareiras, para o caso de uma emergência. – Comentou mansamente.

- Acredite meu querido, isso é uma emergência. – Tornou faceira, fazendo-o sorrir abertamente.

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De fato aquela primeira semana do mês de maio, estava chegando ao seu final com ótimas notícias, uma vez que o principal mau que afligia a Bretanha estava controlado, permitindo as pessoas que comemorassem. No entanto, ainda existiam aqueles que eram incapazes de se sentirem bem, e dentre essas pessoas estava Minerva McGonagall, que desde de que havia recebido a notícia do encerramento do caso, sentia o seu coração pesar com a perspectiva de nunca mais ver a menina que havia criado e amava como uma filha.

- Sophie... – Chorava a senhora, agarrada a uma das roupinhas de quando a Corvinal ainda era um bebê.

A noite chegou, a madrugada avançou e o dia amanheceu, e Minerva continuava sentada em sua cadeira na diretoria, lamentando-se, sentindo suas forças ruírem e um desejo incontrolável de simplesmente desistir... Mas isso era algo que ela não poderia fazer, por isso suspirou fundo, lembrando-se de Molly que apesar de tudo havia continuado, e tendo-a com um exemplo de força e coragem, a diretora se levantou, pronta para seguir com suas obrigações durante mais um dia, guardando a sua dor para os momentos de solidão. Em pé, a senhora voltou a suspirar, mantendo os olhos fechados como se realizasse uma prece, mas ao voltar a abri-los, estranhamente ela viu a porta da sala mudar de foco, e com a mão sobre o peito, que agora doía como nunca, tudo á sua volta pareceu rodar, e antes que pudesse fazer qualquer coisa já estava no chão, quando tudo finalmente apagou...

- Diretora!! – Gritou Erick ao entrar na sala e encontrar a mulher estirada ao chão.

Naquela manhã Hogowarts parou, e foi com tristeza e preocupação que alunos e professores, receberam a notícia de que Minerva McGonagall havia sido encaminhada para o Sant Mung´s, onde deveria permanecer até que sua saúde se restabelecesse, que apesar de ainda estar frágil, ao menos não corria perigo, para o alívio de todos.

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Com McGonagall ainda hospitalizada, a direção do colégio ficou por conta do professor Daniel Power, que cada vez se mostrava ainda mais competente em sua função provisória, que apesar de suas turmas ainda serem cheias, conseguia se desdobrar o suficiente para atender à tudo de acordo com a necessidade. Exatamente por esse motivo, ele fez questão de manter o calendário acadêmico, para o desagrado de alguns professores, por questão de respeito, mas principalmente para a infelicidade dos alunos, no entanto sendo prontamente apoiado por Minerva. E por isso, durante aquele fim de semana, os quinto-anistas não foram capazes de aproveitar esse moment de folga, uma vez que na semana seguinte começariam os exames para as avaliações do nível de aprendizado, dos ansiosos alunos, que pareciam estar á beira de um ataque de nervos, tirando algumas raras exceções, como Estelar Lupin, que havia tido uma idéia mirabolante de como colar nas provas teóricas e práticas de poções, o seu martírio pessoal... Mas em suma, até que os resultados dos alunos estavam sendo proveitosos, e até aquele momento, o desempenho das quatro meninas estava indo bem, inclusive algumas delas se destacaram dos demais em algumas matérias específicas, como Kayla, por exemplo, com o melhor resultado em astronomia, é claro que ainda não oficial.

- Ai, ai gente... Acho que vou ter um troço! – Dizia a Corvinal, torcendo ansiosamente as mãos, parada do lado de fora da sala onde aconteciam os exames práticos de DCAT. – Eu quero ir no banheiro... – Resmungou.

- Fica calma. É assim mesmo, daqui a pouco passa. – Tranqüilizou Estelar. – É fácil, te garanto, fiz esse teste ontem, e foi moleza.

- Pra você é fácil falar, o seu pai é o professor... – Comentou a Lufa-lufa, sendo ela a próxima da fila.

- Atá, como se isso garantisse alguma coisa. – Tornou a outra. – Acreditem, ser filha de professor não é nem um pouco vantajoso, podem perguntar para a Sarah.

- Hum... Eu não acho uma boa idéia. – Falou Kayla torcendo o nariz. – O mau humor dela essa semana está terrível, dá até medo de chegar perto. É sério, eu queria muito trocar de...

- Nem adianta vir com essa cara de cachorro pidão pra cima de mim Kayla. – Pontuou Melanie.

- Ah qual é nem... – Choramingou.

- Não! Eu já disse que não troco de quarto nem ferrando! – Cortou, visivelmente alterada, a menina de cabelos coloridos.

- Opa, olha o nível de stress Mel. – Advertiu Gustavo.

- Certo, desculpe. – Suspirou.

- E você heim Estelar? Troca comigo vai... – Pediu a Corvinal.

- Olha, eu não acho uma boa idéia. – Respondeu a morena. – E também eu duvido muito que os aurores concordem.

- Isso é verdade. – Concordou Melanie, fazendo a Corvinal soltar um muxoxo de decepção.

- Gente é sério, isso não é nenhum bicho de sete cabeças. – Sorriu o Grifinório, após alguns minutos de silêncio, enquanto observava as garotas, reparando o quanto elas estavam nervosas. – Tenho certeza de que vão se sair bem. – O rapaz segurou as mãos da namorada, tentando passar confiança, as beijando em seguida. – Boa sorte! – Completou assim que ela foi chamada.

- É isso aí, estamos torcendo por você. – Juntou Estelar, incentivando-a.

- Continuo com vontade de ir ao banheiro... – Voltou a falar Kayla, provocando sorrisos divertidos no demais, até mesmo em Melanie, que de certa forma entrou bem mais tranqüila na sala para fazer a prova.

Quando chegou a sexta-feira, os alunos do quinto ano tinham a sensação de que nunca antes a semana tinha demorado tanto para passar... Mas ainda que, finalmente, os Nom´s tenham terminado, algumas pessoas continuavam no clima de agitação e ansiedade, agora na expectativa dos resultados, por mais que esses ainda fossem demorar, pois sairiam somente durante as férias do fim do ano letivo.

Dentro do salão comunal, onde as quatro alunas, uma de cada casa, se juntavam, o clima não era diferente, embora algumas estivessem bem mais tranqüilas do que as outras...

- Não consigo acreditar que fiz uma besteira dessas... – Resmungava Kayla. – Eu simplesmente não consegui acertar um feitiço sequer! Nenhunzinho. Como é que pode uma coisa dessas? Até na parte escrita me ferrei, e eu estudei tanto... – Lamentou-se.

- Relaxa, eu também não fui nenhum gênio na prova de história da magia. – Retrucou a Lufa-lufa.

- Nossa! Eu me lembro de quando fiz essas provas... – Disse Andrew, participando da conversa das meninas. – Foi apavorante, mas até que eu me dei bem no final das contas. – Sorriu.

- Hunf... Apavorante? De onde tirou isso? – Interferiu Ted. – Andrew você sempre foi um “CDF”... Seria praticamente impossível tirar notas ruins.

- O que não garante que você seja um bom auror, não é mesmo!? – Alfinetou Ryan Jhones, fazendo o outro ficar vermelho de vergonha. “Não liga pra ele Andrew, você é legal!” Sussurrou a Corvinal, apoiando-o – Eu vou fazer a ronda. – Anunciou.

- Eu te acompanho. Fiquem de olho em tudo até voltarmos.

- Pode deixar Willians. – Tornou Lupin sério.

Sem demora eles saíram do salão, para dar início a ronda que faziam todas as noites, que por mais que não revelassem nada de anormal, ambos insistiam em mantê-las de acordo com o protocolo, afinal, depois do incidente na casa dos gritos, tudo era possível.

- Ai nem, eu tava doida para perguntar. Como é que foi hein, Estelar...Você conseguiu colar? – Perguntou Kayla, tão logo assim a porta se fechou atrás dos dois aurores.

- Para o meu alívio sim. – Sorriu a Grifinória. – Se não fosse por isso, com certeza teria levado bomba em poções.

- Você deveria se envergonhar. – Falou Sarah, que até então não participava da conversa. – Não é nenhum pouco certo fazer esse...

- Ah dá um tempo! – Cortou. – Eu é que não ia ficar me matando de estudar uma coisa que nunca vou usar na minha vida... Isso não faz sentido. Por isso, colei mesmo, e não ligo a mínima para o que acha, até porque você também não é nenhum exemplo de seguidora de regras, não é mesmo!? – Concluiu Estelar com um maroto sorriso desenhado no rosto.

- Que seja... – Resmungou a Sonserina. – Mas se eu você rezaria para ninguém descobrir.

- Ninguém vai nem desconfiar. – Pontuou.

- Anda Estelar, conta pra gente como foi que você conseguiu. – Disse Melanie animada.

- Poxa foi mau Mel. Mas eu não posso revelar, senão vai ter valor nenhum pra quando eu for vender a idéia para as “Gemialidades Weasley”, além do que um bom feiticeiro nunca revela os seus truques.

- Você poderia ao menos ter nos ajudado... Desse jeito eu teria me saído melhor no exame de DCAT. – Comentou tristemente a Corvinal.

- Não dava... – Respondeu a menina. – Eu tinha que testar primeiro para saber se daria certo.

- Eu realmente não sei como você consegue ser tão inconseqüente... Por um acaso já pensou no que poderia ter acontecido se te pegassem colando? – Ralhou Ted. – Você seria expulsa! Ou acredita mesmo que a diretora iria deixar uma coisa dessas passar, sem nenhuma punição?

- Bem menos Ted... Ninguém viu nada, ninguém sabe de nada, eu garanti uma boa nota em poções e é isso que interessa. – Falou tranqüilamente a irmã do auror. – Além do mais, se eu fosse descoberta e expulsa de Hogwarts como você disse, era só eu ir trabalhar com os padrinhos, aposto que eles iam adorar...

- E o papai te matar. – Completou o rapaz.

- Até parece...- Debochou. – Então, Ted me diz. Quando é que essa vigilância de vocês vai acabar? – Quis saber a menina, perguntando a primeira coisa que lhe veio em mente, só para desviar do assunto.

- Hum, não sei. – Deu de ombros. – Mas acho que não deve demorar muito mais tempo agora que os culpados foram presos... Talvez até o fim desse mês, sabem, só para ter certeza.

- Ai credo! Não sei pra que tudo isso... – Reclamou Melanie.

- Eu não vejo problema algum. – Falou Sarah.

- Porque será, não é mesmo!? – Tornou Estelar de forma travessa, deixando a Sonserina vermelha.

- Vai a merda Lupin. – Retrucou envergonhada, se levantando em seguida para ir se fechar no quarto, enquanto os outros, até mesmo Ted, que tentava disfarçar o seu nervosismo, sorriam abertamente. “É impressionante a forma como ela fica inda mais bonita irritada desse jeito” Pensava ele, apesar de direcionar para a irmã um olhar reprovador que ela fazia questão de ignorar.

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- Entre. – Falou Daniel Power, ao ouvir o som de batidas na porta.

Draco Malfoy adentrou a sala da diretoria olhando sério para Daniel.

- Você queria falar comigo? – Questionou o diretor substituto, se sentando na poltrona que era de Mcgonagall, Malfoy o encarou, repudiando a forma com que ele agia, fingindo ser de fato o diretor.

- Sim. – Draco se sentou na cadeira à frente, sem esperar que o convidassem. – Eu quero comunicar que a partir dessa semana vou dar aulas de oclumência as quatro garotas. – O olhar distraído de Daniel pairou no professor de Poções, esse que sustentou o olhar firmemente.

- Como?

- Isso o que eu falei. – Respondeu sem entender o motivo do espanto instalado em seu olhar. – Algum problema? – Draco tentou ler a mente do homem, mas de alguma forma, tudo o que conseguiu ver, fora um enorme vazio.

- Não... É que, talvez isso não seja necessário. Esse ataque foi um fato isolado... – Contestou sem encará-lo.

- Fato isolado... Sei. – Um sorriso de canto de boca, surgiu na face do professor. – De qualquer forma, isso não foi um pedido. Foi um comunicado. Eu estou informando ao substituto da diretora, que eu vou ministrar essas aulas. – Concluiu já se levantando.

- Professor Malfoy! Acho que nós deveríamos conve...

- Não. Eu já tomei minha decisão. – Draco encarou o homem, mantendo um olhar ameaçador. – E se você quiser continuar com essa pose de bom moço Daniel, sugiro que não faça objeções. – Completou em tom baixo, se apoiando na mesa, bem perto do outro, que engoliu a saliva, nervoso. Como não obteve uma resposta, ele saiu da sala, deixando Power estático, sem acreditar que pudesse ser tão prontamente desafiado dessa forma por um dos professores.

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Dentro do salão comunal, o grupo de aurores informava as suas protegidas das novidades, que é óbvio não agradaram, muito pelo contrário...

- Aula de Oclumência!? – Questionou Estelar, quando o auror Pietro Willians mencionou as aulas que teriam a partir da noite seguinte. – Como assim!? Por que isso agora? Não faz sentido...

- Se faz sentido ou não, isso não vem ao caso. – Taxou o auror. - Amanhã à noite, todas vocês quatro vão ter aulas de oclumência com o Professor Draco Malfoy. E se tem alguma coisa contra, vão reclamar com a direção.

- Isso só pode ser brincadeira. – Resmungou a Grifinória cruzando os braços, dividida entre a insatisfação e a preocupação. “Reclamar com a direção... Até parece. Com o Power por lá vai ser a mesma coisa que nada.” Pensava ela.

- Ai gente, eu não sei se gosto dessa idéia... – Choramingou Kayla.

- Acredite você não é a única. – Tornou Melanie, igualmente preocupada. – A idéia do professor Malfoy, invadir a minha mente e saber tudo o que eu estou pensando me apavora.

Alguns minutos de indagações e reclamações se seguiram, com as meninas empenhadas em de alguma forma, conseguir escapar daquela situação, e mesmo que Willians fosse uma simpatia de pessoa e solidária, o que não era o caso, nada parecia ser capaz de ajudá-las. O professor Malfoy não havia deixado alternativa alguma, era ter a aula, ou ter a aula.

- Sarah, você sabia disso? – Questionou a Lufa-lufa olhando a menina que estava mais ao canto, a única que se manteve em silêncio todo o tempo e assim continuou, perdida em seus pensamentos.

- Ô Sarah...– Chamou Estelar. – Você não tá ouvindo? Hum... Acho que ela deve estar em estado de choque, afinal de contas toda essa situação é desesperadora... – Comentou com as demais. - Ei, o que vai acontecer se o seu pai descobrir todas as coisas erradas que a gente andou fazendo? - Cochichou a menina, segurando a Sonserina pelo braço. –Ih caramba! – Sobressaltou-se. – E se ele descobrir de você e o Ted?

Sarah não respondeu, simplesmente se levantou e entrou em seu quarto, sob os olhares curiosos dos demais, sobretudo de Ted, que a estava observando desde de que aquela conversa havia começado. Pensando se ia ou não atrás dela, o auror acabou por levantar, deixando para trás a discussão que continuava, ainda muito distante de seu fim. Ao alcançar a porta do quarto, o rapaz executou um feitiço não verbal desfazendo a proteção que existia ali, permitindo então o seu acesso ao quarto, onde entrou com cautela, sem bater, avistando a garota sentada na cômoda.

- Sarah? Tá tudo bem?

- Não Ted. Não está. – Falou séria, encarando-o.

- Por quê? – Questionou preocupado se sentando ao lado dela.

- O meu pai vai descobrir tudo se eu for a essa aula de oclumência. E por mais que eu tente, não consigo aprender a bloquear minha mente só com a teoria... – Reclamou com um muxoxo.

- Sarah... Nós vamos...

- Você precisa me ajudar! – Reclamou, olhando para o auror.

- Mas como?

- Ora essa! Você deve ter aprendido isso na academia de aurores, faz alguma coisa.

- Tudo bem...

- Lupin. – Pietro estava parado na porta, com uma cara não muito amigável. – Está hora da sua ronda.

- Mas...

- Agora. – Pontuou, logo se retirando, sem deixar brechas para reclamações.

- É melhor você ir. – Ponderou a Sonserina.

- Mas e...

- Mais tarde.

- Ok. – Respondeu, dando um selinho na menina, para sair em seguida.

Definitivamente aquela notícia havia mexido com as garotas, que agora só conseguiam pensar que era necessário fazer qualquer coisa para manter suas mentes à salva do professor de poções, afinal existiam segredos que elas faziam questão de esconder, principalmente de Draco.

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- Vamos, cheguem mais perto. Não tenham medo, o Pelúcio é uma criatura amistosa. – Sorriu o professor de trato de criaturas mágicas, indicando o animal que estava atado a uma coleira, junto a uma das árvores.

- Ele só pode ter ficado maluco de vez... Esse bicho é um Kneazle. – Resmungou um dos alunos.

O Kneazle, também conhecido como Amasso, se trata de uma pequena criatura, de arquétipo felino e de pelos pintados, com grandes orelhas e rabo igual ao do leão. Ele é um animal inteligente, independente e, por vezes, agressivo, embora possa ser domesticado por bruxos competentes, e se torne um excelente bichinho de estimação, para os estudantes já acostumados com o gosto duvidoso, e na maioria das vezes perigoso, do professor em se tratando de animais, todo cuidado era pouco... O que de fato, sempre fazia daquelas aulas verdadeiros desafios, até para os Grifinórios mais corajosos.

- Então, quem vai ser o primeiro a... – Começou Hagrid, no entanto parando ao reparar na súbita agitação do Amasso. – Ei, o que aconteceu Pelúcio? Por que ficou assim derrepen...

- Caramba! – Cortou Estelar. – Desculpe pelo atraso professor... – Disse a menina aproximando-se, enquanto jogava ao chão a mochila que carregava, não escondendo a sua empolgação. – Isso aí é um Kneazle? Posso tocar nele? – Sorriu, já estendendo a mão, agitando ainda mais o animal que não parava um instante sequer de miar e eriçar o pelo de forma ameaçadora, assustando os outros alunos.

- Estelar! – Chamou o meio gigante, entrando em seu caminho. – É melhor não querida...

- Mas por que?

- Bom... – Suspirou. – Estamos na semana da lua cheia, e ele é uma espécie de felino, e você... Sabe como é né!? É arriscado. – Completou, sem graça.

- Ah... Tá bom. – Tornou a menina desanimada, sentindo-se incomodada com a forma curiosa que os outros estudantes a olhavam. – Hagrid, então eu posso... – Ela deixou o restante da frase morrer, mas indicou com um gesto que o que queria era sair dali.

- Pode sim, sem problemas. – Concordou de maneira gentil. – Tomamos um chá depois?

- Pode ser. – Respondeu já se virando para sair, deixando o meio gingante sentindo-se culpado por escolher aquele tipo de animal, justamente num dia como aquele.

Rapidamente a Grifinória se afastou, largando para trás os seus indiscretos colegas de classe, que comentavam a condição da garota abertamente, não que isso a irritasse, até porque, o fato de ter herdado a “maldição” de seu pai, já não era segredo para ninguém, mas ainda assim era um pouco incômodo ser apontada daquela forma. “Amasso idiota!” Pensava ela contrariada, enquanto passeava pela orla da floresta proibida, desejando muito estar sozinha, o que na verdade era impossível, já que o auror Pietro Willians a acompanhava, mantendo apenas uma certa distância.

Mas foi quando Estelar suspirou, que toda a sua frustração imediatamente foi substituída por pura curiosidade, ao farejar um cheiro estranho.

- Daniel... – Rosnou ela. – Mas o que ele está fazendo na floresta proibida? – Perguntou-se.

E como em um estalo, ela se lembrou do quanto os cheiros de Peter e do professor Power eram parecidos, das reuniões feitas na floresta, do livro com a dedicatória e de todos os fatos decorrentes do ataque contra Hogowarts, por isso, sem pensar uma segunda vez, sacou a varinha, virando o corpo bruscamente, surpreendendo o auror.

- BOMBARDA! – Gritou, lançando o feitiço e derrubando o rapaz.

Correndo, Estelar entrou na floresta, preocupada em entender o que estava acontecendo, e louca para conseguir um motivo bom o suficiente para justificar de forma inquestionável, a sua perseguição contra o professor. Seguindo os seus favorecidos instintos, usando-os para se guiar, a garota manteve-se fora do alcance de Pietro, e perto o suficiente de Power, escondendo-se atrás de uma frondosa árvore. “Eu sabia que ser um lobsomem ainda teria alguma vantagem”. Pensou ela satisfeita, enquanto observando Daniele parado mais a frente, junto com um segundo homem, que ela não saberia dizer quem era, afinal, este estava de costas. A menina apurou os ouvidos, atenta ao que diziam.

- ... Não era para isso estar acontecendo. – Dizia ele. – E eu não acho que...

- Não se preocupe Senhor Power. – Traquilizou o outro. – Tenho certeza de que poderemos resolver este problema.

- Eu realmente espero que sim, afinal de contas é arriscado manter essas aranhas, dessa forma, aqui nos terrenos da escola.

- Hunf... O cara está se sentindo o dono de Hogowarts. – Exasperou-se a Grifinória, no entanto mantendo um tom de voz baixo.

- ... Mas já faz cerca de quatro ou cinco dias que o professor Hagred tem encontrado algumas aranhas mortas durante as rondas.

- Talvez esteja acontecendo uma seleção natural entre elas, devido a super população, mas isso é só uma especulação, e precisamos ter certeza, por isso, vou solicitar a visita de alguns especialistas o mais rápido possível. – Garantiu o inominável.

- Eu agradeço pela atenção Senhor O´conel. – Sorriu. – E realmente espero que possamos...

- O´conel? – Sussurrou a menina. – Onde foi que eu ouvi esse nome? – Perguntou-se, sem se importar em ouvir o que diziam, voltando a sua atenção para o rosto do homem, que agora estava de frente, caminhando ao lado do professor. – Ah, caramba! É o bonitão do baile!

- Parada filhote! – Ressoou a imponente voz.

Virando-se devagar, a garota se amaldiçoava por cometer uma falha daquelas, se deixando distrair tão facilmente. Ao se voltar para trás, Estelar encontrou a ponta de uma flecha em riste, sustentada por um enorme arco, que estava seguro nas mãos do centauro a sua frente.

- O que está fazendo aqui na floresta? – Perguntou ele, com aspereza. – Esse não é um lugar para se...

- O que está acontecendo aqui Zéphiro? – Quis saber o professor, aproximando-se dos dois.

- Diretor... – Falou o centauro, abaixando a arma. – Eu peguei esse filhote desobediente andando por onde não deveria. – Explicou.

- Ele não o diretor! É só um substituto... – Reclamou a garota malcriada.

- De fato. Eu estou nesse cargo apenas até a nossa querida diretora voltar. – Comentou gentilmente. – Mas, conte-me Senhorita Lupin, não deveria estar em aula agora? O que faz por aqui?

- Estou perdida... – Tornou sonsamente.

- Não mesmo! Você não se perderia nem se quisesse... – Disse o centauro fazendo uma careta, enquanto varejava a garota. – Você tem cheiro de lobo.

- E você de cava...

- Está tudo bem querida. – Interrompeu Daniel, agindo como se nada tivesse sido dito após a sua pergunta. – Esse vai ser o nosso segredo, mais ninguém vai ficar sabendo que esteve aqui, tudo bem?

- Se você diz... – Deu de ombros.

- Obrigado por nos ajudar a vigiar a floresta Zéphiro. – Sorriu. – Fico realmente muito grato. Mas já pode ir agora. Eu cuido dessa mocinha. – Completou, colocando as mãos sobre os ombros da Grifinória, que prontamente se afastou.

Sem dizer nada, apenas lançando um olhar de desprezo para a filha do professor Lupin, o centauro se afastou, passando ao lado de um homem com o uniforme do ministério, ao qual fez questão de cumprimentar educadamente, antes de sair em um rápido galope, logo sumindo por entre as árvores da floresta.

- O que aconteceu? O Zéfiro me pareceu um tanto quanto insatisfeito... – Comentou ao se aproximar.

- Apenas um mal entendido, nada para se preocupar. – Tornou Power. – Senhor O´conel permita que eu lhe apresente, essa é Estelar Lupin, uma das nossas mais promissoras alunas.

- Olá. – Cumprimentou. – Eu sou Jhon O´conel.

- Oi... – Respondeu automaticamente, já que a única coisa que conseguia pensar era como lhe parecia falsa a forma com que Daniel se referia a ela.

- Eu me lembro de você. Nos esbarramos no dia do baile, quando eu estava indo embora. – Falou O´conel simpático.

- É, é verdade. – Afirmou Estelar, esquecendo-se do professor Power. – Eu me lembro disso... – Sorriu, prestando atenção no homem a sua frente.

- Sei que não deveria estar comentando isso assim, mas vamos considerar como uma informação não oficial, certo? – Disse o substituto da diretora. – Mas a Senhorita Lupin obteve um dos melhores resultados nos Nom´s de defesa contra as artes das trevas. O que significa, que daqui á alguns anos o ministério poderá ganhar mais um competente inominável. – Concluiu satisfeito.

- Ora, então isso quer dizer que trabalharemos juntos um dia, fico feliz. Espero que consiga...

- É... – Concordou ela aérea, já deixando a sua imaginação voar. “Por Merlin, como esse homem é bonito!”

- E como se saiu nas outras matérias? – Quis saber Jhon.

- Bem. Melhor até do que eu esperava... – Tornou risonha, olhando-o nos olhos pela primeira vez.

- Que bom. - Sorriu também a encrando, prestanto uma atenção especial a cor exótica dos olhos da menina. - Você tem olhos lindos! – Elogiou, fazendo a menina sorrir ainda mais. – Bom, eu preciso ir, foi um prazer conhecer você Estelar.

- Igualmente... – Tornou de maneira sonhadora. “Se for para trabalhar com esse homem, eu com certeza, vou ser uma inominável!” Pensou, ainda mantendo no rosto uma expressão meio abobalhada.

O inominável despediu-se de Daniel, prometendo mantê-lo informado a respeito do caso que estavam averiguando, e em seguida se afastou, sob o olhar admirado da Grifinória, que parecia ter esquecido por completo o real motivo de ter entrado na floresta.

- Então, você vai me dizer o que veio fazer aqui? – Perguntou o professor. – Você não precisa se preocupar, eu não vou...

- Estelar!! – Gritou Pietro aborrecido, finalmente a alcançando.

- Ai droga... – Resmungou a garota.

- O que você pensa que está fazendo heim? – Esbravejou.

- Senhor Willians, mantenha a calma. – Falou Daniel. – E onde estava? Achei que era o seu dever vigiar essa menina, como ela conseguiu entrar sozinha aqui na floresta?

- Desculpe professor Power, garanto que esse tipo de coisa não vai se repetir. – Taxou o rapaz sério, ao mesmo tempo que pegava, firmemente, em um dos braços de Estelar. – Agora vamos, não deveria estar aqui.

Transtornado, o auror saiu da floresta se dirigindo de volta ao castelo, sem se importar com olhar reprovador que o outro lhe lançou, enquanto arrastava atrás de si a garota, que não parava de reclamar um instante sequer, porém sem realmente fazer força para se livrar das mãos do homem, isso até o momento em que chegaram ao corredor que dava acesso ao salão comunal que dividia com as outras três meninas.

- Agora já chega! – Gritou ela, soltando-se. – O que você pensa que está fazendo me tratando desse jeito?

- Te tratando desse jeito!? – Exasperou-se. – Pois é isso que você merece por se comportar como uma criança mimada e irritante. O que você acha que eu sou? Idiota? Eu não vou deixar você agir como bem entender!

- Ah, dá um tempo! Você não é o meu pai, então não me encha o saco.

- É melhor você me respeitar, sua pirralha ou eu juro que...

- Que o que!? – Tornou ela, enfrentando-o.

- ACCIO! – Disse Pietro, fazendo um rápido movimento com a sua varinha, para logo em seguida se virar, saindo apressado pelo corredor.

- Ei, me devolve a minha varinha. – Berrou a garota, correndo atrás do auror.

- Eu estou confiscando a sua varinha, por mau uso, portanto é melhor você se comportar ou nunca mais você vai colocar as mãos nela outra vez. – Informou entrando no salão, chamando atenção das pessoas que estavam ali.

- Você não pode fazer isso, é abuso de poder! – Protestou, fechando a porta com força ao passar.

- Abuso de poder!? Não brinque comigo... Não sabe com quem está mexendo. – Tornou mansamente, já parado junto a porta do quarto que ocupava.

- Não me ameace!

- Ótimo então! Continue exatamente dessa forma e eu não sossego até fazer com que você seja expulsa desse colégio.

- Você não pode...

- Ah não!? – Cortou, mantendo no rosto um estranho sorriso. – Sei de coisas sobre você que seriam o suficiente para garantir a sua saída, principalmente quando eu falar do que andou fazendo nas provas... E acredite, se eu começar, nem mesmo o ministro da magia vai ser capaz de me impedir. – Completou, fechando a porta com tranqüilidade.

- Hurrrrrrg... Vai para o inferno! – Rosnou a garota, gritando para a porta. – Auror idiota... – Resmungou, antes de entrar em seu quarto, entortando a porta ao batê-la com força, assim como fez com a outra.

Melanie e Kayla, que estavam sentadas próximas a lareira jogando xadrez, acompanharam com curiosidade a mais uma briga dos dois, que se mantinham nesse clima de guerra desde de que o auror foi sumariamente repreendido por seu chefe, após deixar a garota o enganar tão prontamente, ao ponto de conseguir fugir do “Três vassouras”, o que resultou no estranho ataque ao professor Power.

- Você já reparou que a Estelar agora quase não briga com a Sarah!? – Comentou a Lufa-lufa. – Até parece que ela a substituiu pelo Willians...

- O que mais me surpreende na verdade, é como ele pode perder o controle tão facilmente quando se trata da Estelar. – Disse Andrew, que acompanhava o jogo das meninas. – O Pietro sempre foi tão sério e controlado, eu sinceramente não sei como ela consegue...

- Ah gente, fala sério!? – Riu Kayla. – Vocês ainda não repararam?

- Mas do que você está falando? – Quis saber o loiro, confuso.

- Ai nem, você é mesmo muito inocente! É óbvio que o que existe entre eles é uma tensão... Daquelas, sabe? – Tornou enquanto gesticulava, como se tentasse expressar através de gestos o que não disse.

- Não, não sei... – Respondeu Andrew.

- Você é doida Kayla, dizer que existe alguma coisa entre esses dois, é o mesmo que afirmar que o professor Malfoy tem um caso com a professora Granger, um completo absurdo! – Falou Melanie rindo, provocando a mesma reação nos demais, exceto em Ryan Jhones, que parecia alheio a tudo enquanto lia avidamente o pesado livro em suas mãos.

--

Na noite seguinte, assim como havia ficado decido, as quatro garotas foram encaminhadas até a sala do professor após o jantar, para a aula de oclumência que o homem tanto fazia questão, cada qual perdida em seus temores pessoais.

- Então... Vocês estão aqui para aprenderem a se proteger, e não quero saber de reclamações. – Malfoy falou sério, assim que percebeu que a Grifinória havia aberto a boca, em uma clara tentativa de dizer algo. Observando as meninas a sua frente, que agora se mantinham, sem exceção quietas, ele continuou. – Vamos começar pela parte mais simples... Primeiro vou tentar invadir suas mentes e cabe a vocês tentaram me impedir.

Após uma breve explicação, onde Draco deu as coordenadas, mostrando o feitiço que serviria de bloqueio, acompanhado de algumas instruções, a aula teve seu início. Entretanto, por mais que o professor tentasse ser paciente, ele não conseguia evitar se irritar com as quatro garotas, afinal nenhuma delas se concentrava o suficiente, e ele já estava muito aborrecido de ter que ficar presenciando memórias bestas, tipicamente adolescentes. Nem mesmo sua própria filha conseguia se concentrar, o que era decepcionante para Draco.

À medida que o tempo passava, ao invés de haver uma evolução, elas se cansavam, e deixavam suas mentes ainda mais vulneráveis do que antes. Kayla Drumonnd era a que mais aborrecia Draco, além de não ter a menor concentração, ela sequer tentava acertar o feitiço, e toda vez que ele invadia sua mente, só via besteiras adolescentes vivenciadas pela menina. Por alguma razão, Draco tentava se manter afastado de Estelar Lupin, sendo que nas poucas vezes em que leu a sua mente, essa parecia extremamente avoada, com os pensamentos desordenados sem o menor sentido, enquanto que a aluna da Lufa-Lufa, em maioria, só havia memórias recentes de seu namorado e dos sonhos. “Adolescentes me irritam” Era tudo que o professor conseguia pensar, não tinha mais paciência pra aquilo, quando nem elas mesmas se esforçavam, por isso a aula acabou exatamente duas horas após ter início, com Draco mais frustrado do que nunca.

- Amanhã nós continuaremos. – Pontuou seco, abrindo a porta para que elas saíssem. – Sarah, você fica. – Completou quando a menina estava saindo.

A menina parou, preocupada, mas nada disse, retornou para dentro da sala e aguardou o pai, enquanto esse observava os outros se afastarem.

- Caramba, será que ele descobriu? – Questionou Estelar alarmada assim que chegaram no salão comum que elas dividiam.

- Mas o seu irmão não tinha feito o feitiço?

- Fez... – Respondeu a Grifinória sentando-se na poltrona enfrente a lareira. – Mas o Ted disse que não era garantido... – Levantou-se, iniciando uma caminhada incessante de um lado para o outro. – Será que eu dei bandeira? E se ele descobrir alguma coisa por minha causa? O que vai acontecer? Já pensaram se...

- Ah relaxa nem! Você fez o que eu falei, não fez? Era só ficar pensando um monte de bobagens que ele num ia vê nada... – Kayla sorriu, se jogando na poltrona onde Estelar havia se sentado a instantes atrás.

- Eu tentei, mas não sei se funcionou...

- Eu acho que funcionou... Ele mal chegava perto de você... E sempre que estava com a Kayla ele fazia uma careta... Muito engraçada por sinal. – Falou Melanie.

Pietro e Ryan que estavam na sala olharam-se com desgosto perante aquela conversa. Mesmo não dizendo nada, era óbvio que eles condenavam a tentativa de enganar o professor. Porém qualquer conversa foi interrompida assim que Sarah adentrou o salão.

- O que aconteceu? O que o seu pai disse? Por que te segurou lá? – Questionou afoita a Grifinória, cercando a oura. – Ele descobriu alguma coisa?

- Não... Pelo menos não falou nada...

- Ufa... Eu pesei que tinha dado bandeira... – Estelar suspirou aliviada enquanto a Lufa-lufa gargalhava. - Do que você está rindo Mel? – Questionou sem entender.

- É que eu acabei de pensar, quem diria que logo a Kayla teria uma idéia como essa... E olha que funciona!

- Ah nem. Eu também penso de vez em quando! – Falou rindo.

E nem mesmo Sarah se conteve ao ouvir a frase da Corvinal, deixando-se gargalhar com as outras meninas, o que descontraiu o lugar de forma significante, afinal, superando todas as expectativas, elas haviam conseguido se safar ilesas daquela inconveniente aula de oclumência.

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Assim com na noite anterior, mais uma vez o quarteto de meninas era conduzido até a sala do professor Malfoy, onde teriam mais uma aula de oclumência, ou a tentativa dela, já que de acordo com as próprias palavras de Draco, todas elas, incluindo a Sarah para o desgosto do homem, eram completamente incapazes de se concentrarem o suficiente, a ponto de conseguirem fechar a mente como deveriam.

Caminhando pelos corredores rumo as masmorras, o grupo seguia em silêncio, entretanto ao se aproximarem de seu destino, eles puderam ouvir vozes exaltadas vindas da sala de Draco, o que na mesma hora sobressaltou Sarah, já que ela reconheceu a estridente voz de sua mãe.

- Mas o que está acontecendo lá dentro? – Perguntou-se Kayla com curiosidade.

- Acho melhor voltarmos mais tarde. – Pontuou Ted, percebendo o agitação da Sonserina.

- Por mim tudo bem, eu detesto essas aulas mesmo... – Comentou Melanie, apoiando prontamente a idéia.

- Vem Sarah, vamos dar o fora daqui. – Chamou Estelar, já puxando a menina.

Sem a menor intenção de presenciarem aquele tipo de coisa, o grupo se virou para a saída das masmorras, por onde seguiram rapidamente, no entanto, sem poderem evitar ouvir claramente a voz de Pansy, que esbravejava insatisfeita, o que só serviu para os impelir ainda mais na retirada.

- Eu não quero saber Draco, eu não saio daqui até devolver os meus créditos! Eu sou a sua mulher, e você não pode me tratar assim. – Gritou.

- Chega de escândalo mulher! – Esbravejou Malfoy.

- O que foi Draquinho querido? – Debochou. – Está com medo que escutem? Que todos saibam o quanto você é mesquinho? O quanto não se importa com as minhas necessidades? Pois eu não ligo! – Voltou a gritar a mulher. – Que todos saibam então, seu maldito avarento. Eu quero o meu dinheiro de volta!

- Cale-se Pansy! Se alguém vai escutar, será você! – Gritou, acuando a mulher na parede. – Eu já tomei minha decisão!

- Tomou uma decisão!? - Estranhou a mulher. - Mas o que você quer dizer com isso?

- Simples minha querida. Você não vai mais esbanjar como quer... Ou você faz do meu jeito, ou não terá mais nada!

- Guarde o seu sarcasmo para você Draco, porque eu não tenho que aturar isso! Eu sou sua mulher e esse dinheiro também meu. Você não tem o direito de fazer isso, não pode me controlar desse jeito, eu não sou a Sarah. – Gritou.

- Se você fosse a Sarah teria noção do perigo que é me desafiar. E esse dinheiro nunca será seu! – Gritou em resposta, pressionando a mulher contra a parede. – Lembre-se, eu te banco, porque me convêm, mas quando eu quiser mudar isso. Mudarei! – Continuou aos berros, balançando-a com agressividade.

- Não me ameace Draco porque você não tem a metade da minha determinação! – Esbravejou Pansy, usando as suas enormes unhas, extravagantemente pintadas de vermelho para arranhar os braços do homem. – E tire as suas mãos de mim!

Draco retirou a mão que segurava a mulher, para em seguida desferi-lhe um sonoro tapa.

- Não me subestime mulher. – Sibilou.

A Senhora Malfoy levou a mão ao rosto avermelhado pelo tapa, sentindo-o latejar. E respirando fundo para conter as lágrimas, a mulher voltou a encarar o marido, deixando transparecer em seus olhos todo o ódio que estava sentindo naquele momento.

- Não me subestime você... Não sou mais a menina tola que costuma ser, portanto meu bem, é melhor tomar cuidado. – Concluiu séria, saindo da sala em seguida de forma intempestiva, descontando sua raiva ao bater a porta ruidosamente.

Cansado, Malfoy se deixou cair em sua poltrona, fazia um bom tempo que seu casamento não ia bem, alias, achava que nunca havia ido bem de fato. Porém as brigas freqüentes e as futilidades da mulher o estavam deixando perturbado... Não tinha mais paciência para as bobagens de Pansy, assim como nos tempos de estudante, e agora, a única coisa na qual o professor conseguia se perguntar, era no que exatamente estava pensando quando aceitou consolidar aquela farsa chamada casamento perante a sociedade bruxa.

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N/A (Ariene): Bom, esse capítulo com certeza foi super tranqüilo em muitos aspectos, afinal, ninguém sonhou, sangrou ou qualquer coisa do gênero não é mesmo!? (rs) Enfim, tivemos apenas os desentendimentos corriqueiros entre os nossos queridos personagens, com algumas novidades, como a implicância entre Estelar e o auror Pietro Willians, e também a relação conflituosa do casamento do professor Malfoy. Ah, e claro, eu preciso comentar isso: A Kayla é uma comédia e a Nifadora uma tarada! Hahahahaha... Mais uma coisa, eu espero que vocês lembrem que na época de lua cheia, os olhos da Estelar ficam com uma tonalidade âmbar, por isso o inominável os elogiou, afinal uma cor assim realmente chama a atenção.

N/A (Ariene)²: Sobre o bichinho que apareceu na aula de trato das criaturas mágicas, as informações sobre ele foram retiradas da página de número 45 do livro “Animais fantásticos e onde habitam”.

N/A(Bárbara): Bom como a Ariene foi empolgada o suficiente por nós duas... Eu só reintero o que ela disse. Até o próximo cap!


*** Gostaríamos de dizer aqui a grande importância que os comentários de todos vocês tem para nós, afinal são eles que nos impulsionam a continuar quando ficamos desanimadas ou muito cansadas por algum motivo. Por isso, mais uma vez obrigada(rs). E por favor, comentem! Assim poderemos saber se estamos ou não agradando. Até o próximo capítulo.***

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Altos E Baixos - Capital Inicial

Esse aqui é meu lugar

Desci até o inferno e consegui voltar

Estou de volta, estou aqui

Atravessei o deserto mais sobrevivi

Altos e baixos

A sorte vai e vem

Altos e baixos

Não é diferente pra ninguém

A cartada genial, piada que pegou mal

A grande chance perdida,o grande amor de sua vida

O erro que você não pode apagar, o sorriso que faz seu coração parar

Vai ficar tudo bem a Terra continua a girar

Dias ruins virão também, o céu não vai desabar

Eu vi chegar a tempestade que me levou sem piedade

Eu fui parar em alto mar nada como ter tempo pra pensar

Altos e baixos

A sorte vai e vem

Altos e baixos

Não é diferente pra ninguém

A vitória no final, a queda do pedestal

O dia que seu filho nascer, transito te enlouquecer

A mentira que vai te alcançar, as coisas que o dinheiro não pode comprar

Vai ficar tudo bem a Terra continua a girar

Dias ruins virão também e o céu não vai desabar

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