Face Your Demons



*** Capítulo 16 – Face Your Demons

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"Surpresa! E aqui estou!
Seu espelho favorito e seu único reflexo honesto, sou seu guia
Sou seu medo mais profundo, o que você sempre vai ouvir
Sou o diabo disfarçado, eu sou seus sonhos”


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Nada, não havia nada. O breu tomava conta do recinto. A espectativa de qualquer sinal, a espectativa de qualquer movimento, era aguardada por corações aflitos. Qualquer sinal.

Tão perto e tão longe, um sorriso macabro invadiu esse breu, os olhos semicerrados sorviam com imenso prazer o silêncio desprovido de vida, suas imagens, tão belas, tão inocentes, tão indefesas, era mais do que perfeito assistir àquele mórbido espetáculo, era prazeroso fazer parte dele...

Os três vultos se encararam, o mar, a noite e a terra. Misturados entre o ódio, a dor e o sofrimento. Todos manchados de vermelho.

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“Sou a mais próxima conexão
para seu reflexo mais diabólico
A imaginação assustadora do real você”

Havia um gotejar irritante, em algum lugar por ali. Estelar sentia seu corpo pesado, cansado, esvaindo qualquer possibilidade de se mover prontamente. Um odor forte invadiu suas narinas, a dor de cabeça se intensificou, o som das gotas caíndo de encontro ao chão, pareciam infinitamente estrondosos, cada som, era uma martelada em sua cabeça, cada gota era um pouco de sua sanidade que se ia. Com movimentos lentos e extremamente pesados, ela se moveu, caindo com força da bancada em que estava, indo de encontro ao chão. Sentiu uma fisgada em seu ombro, dor que logo fora esquecida ao sentir uma forte pontada em seu abdômem.

Era uma dor intensa, sentia que seus orgãos estavam sendo perfurados, com certo desespero, colocou uma das mãos no ventre, porém retirou assustada, ao sentir suas roupas umidas, no breu era difícil ver, mas ela sabia que aquele líquido viscoso era seu sangue. A garota gemeu, rolando pelo chão.

Passou-se um tempo, o cenário começou a girar ao seu redor, se sentindo enjoada, Estelar se levantou, tonta, e buscou a parede mais próxima para se apoiar. Após longos minutos, iniciou uma dolorosa caminhada, a cada passo que dava, sentia que seu corpo não ia agüentar. Seguia seus instintos, de forma primitiva, somente para sair daquele lugar. Estava quente, podia sentir o vapor ir de encontro à sua pele, seu suor estava se misturando ao sangue, as paredes estavam ficando quentes demais para que ela pudesse se apoiar.

Estelar tentou ouvir os sons aos redor. O gotejar que tanto lhe incomodou agora lhe fazia falta, não conseguia mais ouvi-lo, tentou seguir em frente, porém suas esperanças foram frustadas quando se deparou com a parede, desesperada correu para outro canto, nada, só mais parede. Repetiu essa ação por todo o quarto, e então descobriu que estava fechada, não havia nada, nem uma fresta, nem uma janela. Nada. A menina sentiu a dor em seu ventre latejar novamente, porém dessa vez, unida ao desespero, a dor fora pior, levando-a ao chão, desolada, vendo a morte bem perto. Seus olhos já acostumados ao breu daquele lugar, sofreram um choque quando se depararam com uma claridade extrema vindo da porta, recém aberta a sua frente.

O barulho fez com que a garota se assustasse, se arrastando de encontro à parede inversa à porta.

- Estelar. Venha. – Uma voz.

Quando abriu os olhos, tentando vez além da forte luz, se deparou com a silhueta de um homem, ele lhe estendia a mão, parado no batente da porta. Com medo, sua única reação foi se encolher ainda mais à parede.

- Não tema. Venha.

Algo reconfortante emanava daquele homem, parado a porta. Zonza, tentava se manter consiente, e com certa dificuldade se levantou, aos tropeços conseguiu chegar até a porta, onde desabou. O homem prontamente lhe aparou, a menina debilitada, tentou enxergar o rosto daquele que a aparava, porém a luz a impedia. Esticou a mão, para tocár-lhe o rosto, mas fora impedida por ele, que segurou sua mão e a colocou sobre seu ventre.

- Lute. Morra.

Parecia que seus orgãos estavam sendo arrancados de seu corpo, Estelar se sentiu corroer por dentro, uma dor que se alastrava a cada segundo, sentia sua mão arder, todo seu corpo ardia. No auge de sua loucura, só conseguiu ver um líquido prateado emergir do ferimento, junto com sangue. A luz, cada vez mais intensa, não lhe deixava sequer abrir os olhos, estava perdendo a consiência.

Seu corpo lentamente encontrou ao chão, o homem já não a segurava, o cheiro forte, fazia sua cabeça doer, como uma tortura, a menina ouviu seus ossos, um a um, estalarem para em seguida se deformarem, estava sucubindo à besta, não era capaz de lutar contra tudo o que sentia naquele momento.

Ao fim da trenebrosa transformação, o lobo iniciou uma corrida desenfreada, tentando aliviar sua dor, tentando infrigir dor. Correu, sem rumo, seguindo o cheiro que tanto conhecia.

Parou quando sentiu o movimento perto, sua visão pairou sobre o pequeno ser a sua frente.

Seu uivo cortou a noite, retomou sua corrida, querendo acabar com sua tortura, era a única forma.

Com apenas uma bocada, sentiu o líquido viscoso inflamar seu enorme ser, não houve resitência de sua vítima, sentia que havia lhe tirado a vida no primeiro momento. Agora era tarde, tarde para recobrar sua já perdida consiência, assustada, a menina em forma de lobo, largou o corpo desfalecido no chão, tentou recuar, mas o cheiro e o gosto de sangue, ainda estavam impregnados nela, uma dor lhe impediu de continuar, porém não era dor física, era culpa, a pior de todas as dores.

No segundo seguite, tudo começou a escurecer lentamente, uma leve pontada em suas costas, já caindo, se virou e pôde ver duas pessoas paradas próximos à ela, alguém que jamais vira na vida ao lado de outro alguém, a quem não podia ver, mas tinha certeza, sabia quem era. Tudo se transformou em breu.

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“Então você sabia que todas suas memórias
Colorem tudo que você será em uma nuvem escura e nublada na qual estou flutuando
Ainda sou a voz que fala dentro de sua cabeça,
O demônio embaixo da sua cama
Ainda sou o que assombra a sua alma com demoníaco desejo de assustar”

Risadas. Risadas por todo o lugar. Melanie se sentia bem, era um dia perfeito. Uma doce melodia pairava sobre o lugar. Fechou os olhos para sentir o suave carinho que o vento lhe proporcionara, era algo quase que divino.

Ouviu alguém falar algo, em uma língua diferente, não sabia o que significava, porém foi algo extremamente agradável aos ouvidos.

Sorrindo caminhou por entre as árvores. O dia estava tão bonito, perfeito na verdade.

Ela caminhou sem rumo, não sabia por que, mas sentia-se bem ali, um clima suave, levemente morno.

Sua felicidade findou, quando o céu antes limpo, fora tomado por nuvens carregadas, nuvens essas cinzas e feias. Melanie fez uma careta e resolveu voltar, mas ao dar a volta, já não existia caminho, o corredor de árvores por onde passara, não estava mais lá. Sua única alternativa era seguir em frete e foi o que fez.

Um choro no campo à frente a fez acelerar o passo. Conhecia aquela voz.

- Por quê? Alguém me responda!

Melanie observou a mulher se debruçar sobre um imponente caixão branco, a mulher que tanto lhe abraçara com aqueles braços, agora o faziam na caixa de madeira. Sua mãe. Ao lado dela estava seu pai. Sem entender, correu até eles, não entendia o que estava acontecendo, o porquê os dois estavam chorando tão aflitamente, quem estava naquele caixão?

- Mãe?! – Chamou incerta, esperando uma resposta que não veio.

Parou na frente de seu pai, puxando-o pelos braços, não entendia nada. Seu pai também não lhe respondeu, estava começando a ficar nervosa. Seu pai sequer a olhou, era como se não estivesse ali.

- Pai! – Gritou de frente para o homem, mas não surtira efeito.

Foi quando a chuva veio, tocando-lhe o rosto vorazmente, se misturando a suas lágrimas.

- Por quê?! Por que você tinha de ir?! – Sua mãe gritou, assustando-a.

- Que?! Quem mãe?! – Se abaixou ao lado da mulher, chorando mais ainda.

- Por que minha filha? – Ao primeiro momento, Melanie achou que sua mãe estava lhe respondendo. Não queria ter ouvido a frase que veio a seguir. – Por que você tinha que ir?

A menina perdeu o chão ao ouvir aquilo, como assim? Ela estava bem ali, viva, ao lado deles! Chocada observou o caixão, branco, sua mãe debruçada, chorando como nunca a vira chorar antes. Não era possível que aquele fosse seu caixão. Não podia. O caixão fechado não permitia sequer que ela verificasse, havia algo muito errado, por que seus pais não conseguiam vê-la? Olhando ao redor tomada pelo desespero, viu que mais a esquerda de seu pai, havia outro caixão, igual ao dela. De quem era aquele?

Seus pensamentos foram interrompidos, quando sua mãe iniciou uma gritaria descontrolada, seu pai tentava com dificuldade tirar a mulher que se debatia, implorando para não deixar sua filha naquele lugar. Só então Melanie se deu conta de que estava em cemitério. Cercada de lápides. Começou a se sentir mal, aquele lugar fedia a enxofre, um calafrio percorrendo seu corpo. Queria vomitar, gritar, correr. Não podia crer que aquele era seu caixão. Não podia ser.

A chuva cada vez pior, agora era acompanhada por gritos agonizantes, pareciam cada vez mais perto. Sentiu medo, não tinha forças para correr, porém o fez, sem saber para onde estava indo. Correu desenfreada pela floresta, mas parou quando chegou a campo aberto. Não havia para onde ir, não havia onde se esconder.

Um urro agonizante foi ouvido. Assustada retomou sua caminhada, sentia-se observada, olhou ao redor e não viu ninguém, o urro virou uivo, esse já bem perto dela.

Sem reação, só pode ver um lobo vindo até ela, sentiu as presas, afiadas cravando em seu pescoço, sua vida escorreu por entre a boca da enorme fera. Só no que pôde pensar, fora em agradecer. Agradecer por não estar morta afinal. Mas agora já não fazia diferença.

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“Encare seus demônios
Ouça aquela voz interior
Ela chama, ela chora por você
Apenas ouça bem
Eu sou o que contará apavorantes, assustadores, terríveis contos”


Um choro de criança. Sarah implorou mentalmente para que alguém fizesse aquela criança se calar. Mas não houve resposta. Quando fechou o grosso livro empoeirado, uma nuvem de pó foi levada pelo vento que se estendeu por todo o cômodo. Apressada se levantou e caminhou até a porta, saindo para o corredor. O choro estava cada vez mais longe. As paredes a sua volta começaram a se mover, um pulsar vertiginoso, que lhe deixou zonza, e então começou a correr em direção ao fim do corredor, porém esse não chegava nunca. Perdeu a noção do tempo, não sabia onde estava, porém não parou de correr, tinha que chegar a algum lugar, não podia ficar ali.

Sentia que já havia passado por aquele corredor antes, virava a direita, não a esquerda, não! Direita de novo. Estava sem rumo.

Um estalo, uma porta se abriu. Mas aquela porta não estava ali antes... Entrar ou não entrar. Optou por entrar, qualquer coisa seria melhor que ficar naquele corredor sem fim.

O quarto escuro, estava vazio, a menina tentou olhar ao redor, mas tudo estava coberto pelo breu. Uma fisgada em sua cabeça lhe fez olhar para o lado, sentiu algo se mover, ou melhor, rastejar. Um sibilo, tão familiar para a garota, tão perto dela que a paralizou. A cobra ratejou em sua direção, queria correr, mas não podia, se sentiu hipinotizada pelos olhos vermelhos, brilhantes como duas safiras.

Quando deu por si, a cobra já deslizava por seu ombro, enlaçando sua perna e tronco. Logo a pressão exercida pelo peso da cobra sumiu, sentiu-se aliviada, levou uma mão à testa, porém antes que essa de fato chegasse ao seu destino, percebeu que o tecido de sua pele estava estranho, grudento. Rapidamente saiu do quarto, buscando a luminosidade que só o corredor lhe proporcionava, para poder observar que sua mão estava esverdeada e descascava.

Não conseguindo conter o grito, se deixou desabar. Sentiu outra pontada em sua cabeça, no momento em que outra porta se abria, ao final do corredor. Teria ignorado aquela porta, se a pontada em sua cabeça não fosse tão forte e ângustiante.

Se levantou, se sentindo enjoada, parecia que seu estômago iria explodir.

Finalmente estava em céu aberto. Não sabia quanto tempo passara ali, mas já havia escurecido. Olhou ao redor, seguindo a pontada em sua cabeça, adentrando a mata. Um homem encapuzado a esperava, na clareira, sentia um ódio desmedido inundar seu corpo, que estremecia. A pontada em sua mente, havia se transformado em pulsos, que eram correspondidos por algo que o homem segurava. Sentia que aquilo era seu, só seu. Sua vontade era de pular sobre o homem e tomar-lhe o objeto a força. Mas não o fez.

O homem se virou e começou a caminhar, Sarah o seguiu, como um cão obediente, sem saber qual rumo tomar, apenas seguia o pulsar incessante de sua mente que a guiava como um imã para o que aquele homem carregava.

Após um longo tempo de caminhada, o homem parou, no limite da floresta, a menina pôde ver um campo aberto a sua frente. O homem lhe estendeu a mão vazia, para que ela segurasse. Por um momento, ela exitou, seu olhar era dirigido somente para o objeto contido na outra, só cobiçava aquilo. Dando uma última olhada no que tanto desejava, ergueu sua mão e aceitou a que lhe era estendida. Eles avançaram pelo campo, parando assim que avistaram uma garota, era Melanie.

Sarah iria se virar e questioná-lo, mas não houve tempo, um lobo vinha em direção a eles, constantou que era Estelar.

- Toma. – Disse o homem lhe estentendo o que tanto almejara desde o início.

A menina pegou a varinha sem sequer pensar duas vezes, seu corpo ficou quente ao mero contato, sentiu o poder se alastrando por suas veias. Se sentiu melhor, melhor que tudo, que todos.

Quando se virou, o lobo já estava abocanhando o corpo da outra garota. Se perguntou o porque de não sentir nada sobre aquilo. Estelar estava matando Melanie, e ela era incapaz de sentir algo.

- Porque você é assim. – O homem falou, como se tivesse lido seus pensamentos. – Mate-a. Use e prove o doce poder. – Instigou, colocando a mão em seu ombro.

A garota olhou para o grande lobo, com um suspiro, ergueu a varinha.

- Isso... – Sussurrou o homem, aprovando a atitude. - Agora... Avada...

- Kedrava! – Completou a fase, a luz verde atingiu em cheio as costas do lobo, que caiu lentamente, se tornando a garota de quinze anos que conhecia.

Acabara de matá-la, a sua frente estavam os corpos das duas, estirados no chão, e ainda não sentia nada. Seria ela um monstro?

- Não. Você é igual a mim. – Respondeu a seus pensamentos novamente. – Você é igual a mim.

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Como que em um estalo, três gritos foram dados ao mesmo tempo, gritos de pavor. No breu, as três garotas se encararam, estavam sentadas, cada uma em sua respectiva cama, no hospital. Acabavam de acordar de um pesadelo. De algo que as três julgaram ser mais que real.

A culpa, o medo e o receio, estampados cada um no rosto das garotas. As três se olhavam, como se constatar que estavam de fato bem, iria isentá-las de toda a culpa que se instalara em suas mentes.

Uma risadinha cortou o clima incômodo que pairava sobre elas. As três olharam para o foco do barulho e viram Sophie, também em uma cama, com um livro aberto, seu olhar pairava sobre as três.

- Que bom que acordaram, eu estava me sentindo só.

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Há dias atrás, quando a noite do tão esperado baile se transformou em um pesadelo real, com vítimas reais, o ministério e o hospital bruxo, tiveram alguns dos seus piores dias.

A direção do hospital Sant. Mung’s foi obrigada a separar uma ala inteira, para atender as pessoas que chegaram trazidas de Hogwarts, o que transformou os corredores do hospital em um constante vai-e-vem de pessoas, totalmente alteradas e irritadiças, que insistiam em ficar junto de seus familiares. No entanto, a confusão causada pelo excesso de pessoas logo se abrandou, afinal foram poucas as vítimas que tiveram que permanecer internadas por mais de dois dias. Dentre elas, estavam uma criança beijada por um dementador, e quatro garotas que, surpreendentemente, sobreviveram ao ataque colossal das criaturas mágicas, seguido de uma das maldições imperdoáveis.

O ministério se transformou em um caos. Seus funcionários trabalhavam incessantemente na busca de uma resposta, enquanto as pessoas cobravam explicações e providências adequadas para o incidente da escola, que continuava com suas portas abertas, por mais que alguns pais insistissem em levar seus filhos para casa. Aurores e inomináveis travavam uma batalha com o próprio corpo, forçando-se a continuar com as investigações, ignorando o sono e o cansaço, fazendo da situação uma cruzada pessoal, e para alguns, realmente era. O Senhor Weasley perdeu noites e noites de sono, enquanto acompanhava pessoalmente todo o trabalho dos seus subordinados, dividindo-se também entre a atenção dada a sua abalada esposa e as visitas constantes ao hospital, onde estavam as vítimas do ataque.

- O senhor tem certeza disso? – Quis saber o ministro.

- Sim senhor. – Garantiu. – Recebi essa manhã a listagem das pessoas presentes no colégio, e conferi pessoalmente onde estavam cada uma delas. E tirando as que estão no hospital, as outras estão em suas casas, ou junto com seus familiares... O importante é que todos, de alguma forma, se reportaram ao ministério, exceto uma única pessoa. Um aluno, Peter Dragon.

- Por Merlin! – Suspirou o senhor. – Era só o que faltava... Um aluno desaparecido. Já entrou em contato com a família do rapaz?

- Não foi possível... Cheguei a mandar um grupo de aurores até a residência da família, mas a casa estava vazia, eu sinceramente não sei o que aconteceu... – Respondeu o homem entristecido.

- Coloque um inominável no caso, juntamente com alguém da sessão de relações exteriores, quero que encontre a família do senhor Dragon. Vamos torcer para que eles apenas tenham saído do país...

- Sim senhor, eu vou...

- Ministro. – Interrompeu Ninfadora, agora exibindo cabelos acinzentados e opacos, tão diferentes dos seus usais tons berrantes.- O interrogatório já está pronto para começar, o senhor vai querer ver?

- Sim, eu vou. – Pontuou ele. – Faço o que eu disse, e depois me procure, quero ficar a par de tudo o que está acontecendo. – Disse voltando a se dirigir ao homem com quem falava antes de ser interrompido.

Em seguida, acompanhado pela auror, Arthur encaminhou-se para a sala de interrogatório, onde estavam alguns dos homens responsáveis pelo ataque. Com os ânimos alterados, os aurores deram início às perguntas, que não eram respondidas como o esperado. Assim como no ataque à Hogsmeade, aqueles antigos comensais da morte, se mostravam confusos por não saber onde estavam ou o que faziam, e apavorados com a marca negra com as cores tão vivas desenhadas em seus braços. A única coisa que puderam deduzir, depois de horas e horas de perguntas sem respostas, foi que provavelmente, aqueles homens foram vítimas de algum feitiço, já que a poção Veritasserum provou que eles não estavam mentindo, o que só serviu para piorar ainda mais os temores de todos os presentes. Afinal, o que todos ali estavam procurando, era por um culpado, que se mostrava cada vez mais oculto, ou até inexistente... A senhora Lupin se retirou da sala, ao final do interrogatório, com ímpetos de amaldiçoar aqueles homens, tinha que existir alguém, alguma coisa, que pudessem punir por tudo. Mas o que ela não poderia aceitar, era o fato de que tudo acabaria sem uma solução, do mesmo jeito que aconteceu no início do ano. “Como isso é possível!? O que está acontecendo” Pensava ela exasperada, sem conseguir apagar da memória a cena da própria filha desmaiada nos braços do pai.

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Sophie manteve o sorriso no rosto durante um bom tempo, sem se preocupar com as expressões assustadas das outras garotas, que continuavam a guardar silêncio. Foi então que de repente, saindo de seu torpor, Estelar se levantou de forma abrupta, pulando de sua cama para seguir até a da Lufa-lufa.

- Eu sinto muito! Sinto muito... – Disse ela em meio às lágrimas enquanto abraçava a menina. – Eu não queria ter feito aquilo, de verdade. Eu jamais...

- Está tudo bem... – Tranqüilizou Melanie mesmo sem entender. – Você não fez nada, foi só um pesadelo.

- Não...Você não entende! – Continuou a Grifinória de forma aflita. – Eu poderia sim, quer dizer... Não poderia, mas seria possível... Eu acho, ou não... Conta para ela Sarah. – Pediu.

A Sonserina, que estava distraída, se virou rapidamente para as duas, sem entender nada, enquanto Malfatini acompanhava tudo sem retirar da face o seu costumeiro sorriso.

- Diz pra ela Sarah. – Pediu mais uma vez a menina. – O lobo... Eu sou igual ao meu pai... – Voltou a falar dirigindo-se para Melanie. – Eu estava lá e vi você, sabia que era você Mel, mas mesmo assim... – Ela parou olhando para os lados enquanto uma linha de raciocínio se formava em sua mente. - Era você lá, não era Sarah!? Com a varinha...

Malfoy olhou as duas, se lembrando do sonho, das palavras do homem, e de como aquilo a afetara, por isso, não se deu conta de quando uma lágrima escorreu pelo seu rosto, contrastando com sua expressão vazia, o que surpreendeu as outras duas. Melanie simplesmente não teve reação, por isso se manteve sentada no mesmo lugar, enquanto a Grifinória saia de seu lado, para seguir até a outra.

- Está tudo bem Sarah... Foi só um sonho. – Disse ao segurar uma das mãos da menina, tentando manter a voz calma, usando praticamente as mesmas palavras da Lufa-lufa, por não saber o que dizer.

- Vocês não entendem. – Falou Sarah olhando para a mão da Grifinória sobre a sua. - Não sei o que vocês sonharam. Mas eu fui além de simplesmente sonhar. O que ele disse... Aquilo... É a mais pura verdade. - Por um momento, a menina fez silêncio, retirando sua mão, para enxugar a lágrima solitária. - Eu sou um monstro. Ele sabia disso. Por isso eu não fui capaz de sentir nada ao ver vocês duas mortas. Isso, eu matei você.- A Sonserina olhava para baixo, não queria encará-las.

- Não diga besteiras... Eu sou o lobo e não você! Então, você não pode ser o monstro, porque ele sou eu, e você sabe disso. Estava lá quando aconteceu da primeira vez... – Estelar falava em tom baixo, de uma maneira totalmente atípica a sua personalidade.

- Lupin... Você não é um monstro. Se fosse assim, teria me matado quando virou lobo. Mas você não o fez. Vê a diferença? E mesmo que me atacasse a culpa não seria sua. Mas eu... Eu faria de forma fria e calculista. Porque eu sou assim...

Estelar ergueu a cabeça, olhando para a garota a sua frente, se perguntando o porquê de se empenhar tanto em mostrar para todas as outras pessoas o quanto não gostava da Sonserina, quando sabia que essa não era a verdade. Por isso, sem ter dúvidas, ela se lançou sobre a outra garota, abraçando-a fraternalmente.

- Não vamos mais falar disso, tudo bem!? – Sussurrou.

Sarah nada respondeu, porém retribuiu o abraço, sentindo-se bem. A menina à sua frente lhe passava a segurança que ela tanto precisava naquele momento. A Corvinal assistia a tudo de forma indiferente, por isso, não se importou quando Melanie também se levantou de sua cama para se juntar no abraço as outras duas, onde ficaram durante um tempo, mantendo um cúmplice silêncio, confortando e sendo confortadas.

- Vocês duas são as pessoas mais loucas que eu conheço, mas formamos um time e tanto não acham? – Brincou Belford depois de um tempo, assim que se soltaram.

- É formamos sim... – Concordou Estelar forçando um sorriso.

- Hum... É. Tanto faz... - Respondeu Sarah com um sorriso de canto de boca.

- Eu também acho. – Falou Sophie contente, chamando a atenção para si.

Por um momento as garotas observaram Malfatini, tão calma e irritantemente feliz, enquanto elas haviam tido pesadelos horríveis. Então, nesse momento, um pensamento cúmplice se formou, fazendo com que elas se entre olhassem, e como em uma muda comunicação, chegaram à conclusão de que as respostas que queriam poderiam ser dadas pela Corvinal.

- Então Sophie, o que você... – Começou Estelar.

No entanto, a garota parou de falar para cobrir os olhos, imitada pelas outras, quando a penumbra do quarto foi cortada pela luz forte vinda do corredor, passando pela porta aberta, por onde também entrava um homem vestido de branco.

- Acordaram... – Anunciou o homem, dirigindo-se a alguém que estava do lado de fora.

O médico entrou, fechando rapidamente a porta, mas ainda assim, foi possível ouvir a confusão de vozes que se formou no corredor, proveniente dos seus familiares. Enquanto sorria de forma amável para as meninas, o doutor lançava na porta um feitiço para selar o som, devolvendo ao ambiente a aparente paz.

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Enquanto dentro quarto uma série de exames se iniciava, para se certificaram que as garotas estavam bem, o que só serviu para irritá-las na verdade, principalmente porque, Sophie continuava a ler seu livro de forma despreocupada, enquanto elas tinham que passar por tudo aquilo, do lado de fora o que predominava era o caos. Draco e Remo, unidos em um objetivo em comum, não davam paz aos médicos do hospital, que tinham que se desdobrar em paciência, para aturar as constantes indagações dos pais aflitos e mal humorados, que sozinhos criavam barulho o suficiente pela família das quatro. Durante aquelas duas semanas, a rotina tinha sido a mesma, por isso o fato das pacientes acordarem era um duplo alívio para o corpo médico do Sant. Mung’s. Mas ainda assim, a tranqüilidade parecia um sonho distante, principalmente depois que alguns Weasley’s também chegaram, completando de vez o cenário.

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Assim que o médico abriu a porta do quarto para se retirar, um professor Draco Malfoy, totalmente diferente do habitual, passou por ele quase o atropelando, sem se importar com a careta de reprovação que recebeu, ele entrou apressado, exibindo cabelos despenteados e roupas amassadas, somados as olheiras em sua face, demonstrando que ele havia passado longos dias de preocupação, ali, no hospital, esperando por um sinal de vida.

- Sarah... – Foi tudo o que ele disse, pois estava mais preocupado em abraçar a filha, apertando-a para se certificar de que ela realmente estava ali.

A menina que normalmente se afastava dessas demonstrações públicas de afeto, não recusou, se afundou mais no colo do pai, se deixando ser apertada o mais forte possível. Estelar com certeza teria soltado algum comentário à respeito, mas foi impossível, pois no segundo seguinte, sua família, seguida de algumas pessoas de cabelos vermelhos, entraram no quarto. Sua mãe se jogou sobre a cama, abraçando a menina, enquanto a senhora Weasley chorava e ria ao mesmo tempo, sem conseguir se controlar.

- Meu bebê, você está bem? Dói em algum lugar? Como está se sentindo? Você... – Perguntava Ninfadora, sem nem ao menos tomar fôlego.

- Mãe! – Chamou Ted. – Desse jeito vai matar ela sufocada...

- Tudo bem minha filha? – Quis saber Remo, de longe o mais tranqüilo de todos, afinal, ele já tinha causado escândalo o suficiente dentro do hospital.

- Eu estou bem... – Mentiu a garota, forçando um sorriso.

A Grifinória abraçou de um em um, sempre sorrindo e fazendo piada da própria situação, mas ao cumprimentar seu irmão, esse a chamou de mentirosa, de forma sussurrada, para que ninguém mais o ouvisse. E foi por muito pouco, que Estelar conseguiu se controlar, afinal o que ela mais queria naquele momento era ficar sozinha, até convencer a si mesma, de que não era um mostro, assim como Sarah havia dito.

Ao contrário da confusão causada pelos Lupin’s e Weasley’s, a família de Melanie, nesse caso somente a mãe da menina, entrou silenciosamente no quarto, caminhado de forma tranqüila até a filha, que recebeu de bom grado o carinho do colo materno. As duas mantiveram o silêncio por algum tempo, apenas entendendo-se pelo olhar, até que a Lufa-lufa se afastou, enquanto olhava a mãe de forma preocupada.

- Mãe. Onde está o Gustavo? Ele está bem, não é!? – Quis saber a menina.

- Gustavo? Ah, você está falando de um rapaz ruivinho, é esse? – Questionou a mulher com sua voz doce.

- Sim, ele mesmo! – Confirmou aflita. – Ele está bem?

- Está ótimo. – Sorriu a mulher. – Tenho certeza de que vai ficar ainda melhor quando souber que você acordou. Não houve um dia sequer, que eu não recebesse uma coruja dele. Vê as flores? – Disse ela indicando um buquê de rosas vermelhas ao lado da cama da menina. – Foi ele quem mandou...

Melanie teve tanto medo pelo Grifinório, que saber que ele estava bem, a vez esquecer do terrível pesadelo que tivera, deixando-a apenas com uma confortável sensação de alívio. As três garotas estavam tão envolvidas com os carinhos da família que sequer reparam em Sophie, que estava sozinha em sua cama, mantendo no rosto, surpreendentemente, uma expressão séria, enquanto observava tudo ao redor.

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Não muito tempo depois, o tão aguardado reencontro foi interrompido por uma batida na porta, que chamou a atenção das pessoaspara a mesma, onde estava parado um auror do ministério, sério, olhando para as meninas que haviam acordado á algumas horas.

- Se vocês não se importarem, eu gostaria de fazer algumas perguntas. – Disse o auror.

- Bom, eu me importo. Minha filha acabou de acordar, não vou sujeitá-la a interrogatórios do ministério! – Falou Draco ríspido, encarando o auror.

- Sim, eu sei que a hora não é oportuna, porém eu preciso tomar as versões delas, uma vez que os depoimentos da Senhorita Malfatini e do Senhor Tompson não foram muito claros. – O auror continuou com a expressão impassível.

- Devo concordar com o Malfoy! – Falou Lupin. – Ninguém vai incomodar essas meninas agora... Elas precisam descasar. Além do mais...

- Pai! – Interrompeu Estelar. – Está tudo bem, é melhor acabar logo com isso.

- Posso pedir que os senhores se retirem? – O auror olhou para o número exagerado de pessoas ali presentes. – Se os pais das garotas quiserem ficar tudo bem, afinal os senhores também estavam lá, porém nada mais que isso.

Sob protestos os Weasley’s se retiraram do quarto, acompanhados pela tranqüila mãe da Lufa-lufa.

- Eu realmente preciso sair? – Perguntou Tonks. – Acho que poderia ajudar, afinal também sou uma auror e...

- Eu sinto muito senhora Lupin, mas é justamente por isso que tem que sair. É pessoal demais, e isso com certeza atrapalharia o seu raciocínio lógico. – Falou o enviado do ministério.

- Ta tudo bem mãe, o papai vai ficar com ela. – Interferiu Ted.

Os dois se despediram da garota, e também das demais meninas, saindo em seguida do recinto, deixando apenas os envolvidos diretamente no incidente.

- Muito bem. – Começou o homem, assim que a porta se fechou. – Primeiramente gostaria de saber o que as senhoritas podem dizer a respeito do ocorrido.

O interrogatório durou algum tempo, não mais que uma hora, mas para as pessoas do lado de fora do quarto, pareceu uma eterna espera. Porém depois de muita conversa o auror se deu por satisfeito com as explicações das garotas, e prontamente foi convidado a se retirar por Remo Lupin e Draco Malfoy. Afinal, já era de conhecimento dos professores, que todo aquele inquérito não chegaria a lugar nenhum, já que aquele quem as garotas acusavam, estava desaparecido há dias.

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Quando finalmente, as garotas se viram sozinhas no quarto, um silêncio incomodo se instalou, deixando todas elas desconfortavelmente desconfiadas.

- Malfatini, será que você consegue me explicar como o Peter Dragon conseguiu aqueles dementadores? – Sibilou Sarah quebrando o silêncio.

Sophie ignorou o que a Sonserina falou, não desviando a atenção de seu livrinho.

- Responda Malfatini!

A Corvinal bem que tentou, mas não pôde ignorar dessa vez, pois a outra já estava ao lado de seu leito, segurando-a firmemente pelo braço.

- Eu não sei... – Respondeu triste, sem encarar a menina.

- Mentira! – Esbravejou Sarah sem paciência.

- Sophie, você pode nos contar... – Estelar chegou perto das duas, olhando para a Sonserina, com se pedisse calma.

- Eu... Eu já disse...

- É mentira! – Gritou a Sonserina.

- Malfoy, pressionando assim, é que ela não vai falar! – Advertiu Melanie sentada em seu leito.

- Olha a minha cara de quem tá ligando pra isso... Anda logo Malfatini! Fala! Fala por bem, pois se eu tiver de te fazer falar por mal, ah, você não vai gostar...

- Sarah você não aprende... – Cochichou a Grifinória junto ao ouvido da menina.

- Eu... Eu não sabia que ele ia fazer aquilo... – Sophie reclamou em um muxoxo.

- Como não!? Você pediu pra a gente sair de lá! Você era amiga dele! – Estelar tentava passar confiança, mas não conseguia disvarsar seu nervosismo. Afinal como um estudante pode ter armado tudo aquilo sem que ninguém descobrisse?

- Eu juro que não sei! – Choramingou a menina, que pressionada se encolheu em sua cama e lá ficou, abraçada aos joelhos, balançando seu corpo, como um pêndulo.

- Droga. – Resmungou Sarah, voltando para sua cama.

Estelar voltou para a sua também, tão contrariada quanto Melanie, com o fato te não ter conseguido descobrir nada. Após isso elas finalmente puderam descansar com tranqüilidade, que na verdade era apenas aparente. Afinal, quem poderia imaginar que toda aquela perseguição, quase infantil, contra o Peter acabaria daquele jeito? Durante o resto daquele dia, nada foi dito, cada uma estava imersa em seus próprios pensamentos. De vez em quando, um olhar era trocado, mas nada além. No dia seguinte, as meninas foram informadas que os médicos pretendiam liberá-las em dois dias, o que as deixou ainda mais chateadas, por isso, sem nada para fazer, sempre que podiam, tentavam retirar algo de Sophie, porém a menina havia se fechado de um jeito que era impossível conversar com ela.

Na manhã em que receberiam alta, bem cedo, as três meninas já estavam de pé, se preparando para saírem do hospital, ansiosas por se verem livres daquelas paredes. De longe, Estelar era a mais agitada de todas, por isso, jogou todas as suas coisas dentro de sua bolsa, sem o menor cuidado, e já estava pronta para sair. Melanie compartilhava de sua agitação, porém agia de forma mais controlada, arrumando suas roupas em silêncio de forma distraída. Ao mesmo tempo, Sarah ainda em sua cama, não conseguia pensar em mais nada que não fosse nas perguntas não respondidas por Sophie, por isso, de vez em quando, olhava para a cama da garota, ansiosa que a menina acordasse logo, para tentar retomar o interrogatório. Porém, os minutos passavam, e a garota deitada na cama sequer se movia, por isso Sarah desistiu de esperar e resolveu chamar logo a garota, para por um fim na sua aflição.

- Malfatini... – Chamou a Sonserina, levantando o lençol, mas parou ao ver o amontoado de travesseiros, Sophie não estava lá. – Merda!

- O que foi? – Quis saber Estelar, parando de andar em círculos para olhar Sarah.

- A Malfatini sumiu!

- Como assim? – Disse Melanie de forma estridente, largando de lado a sua arrumação, para ir até a cama da Corvinal, onde constatou o que a outra falara.

- Mas pra onde ela foi? Como ela saiu daqui e a gente não viu? – Perguntou Estelar também se aproximando.

--

- Vamos.

Duas pessoas andavam apressadamente pela floresta, ambos vestiam uma capa com capuz, que os cobria. Estavam apressados, quase que correndo.

Ambos pararam diante de uma terceira pessoa, que os esperava mais a frente.

- Sophie. – Falou o homem, ao olhar para a menina retirando seu capuz.

- Sim. – Respondeu cabisbaixa.

- Você demorou.

- Eu não podia fugir do hospital. Só quando ele me ajudou que eu consegui sair.

O homem nada falou, apenas olhou para aquele que ainda permanecia encapuzado, lhe deu um aceno de cabeça e se virou, guiando-os floresta adentro.

--

N/A(B): Well... Como já disse um sábio uma vez... As coisas não são o que parecem ser... Hehe...

N/A(A): ... E o que parecia ser o fim de tudo, na verdade, será o começo... Sei que deve ser frustrante esperar por respostas e só encontrar ainda mais dúvidas, mas foi exatamente assim que aconteceu. Agora imaginem vcs, em como nós nos sentíamos enquanto estávamos jogando... Quase sentei e chorei, quando pensei que tinha perdido a minha personagem. Ai, ai... Mas relaxem pessoas, coisas piores virão, por isso vou me acostumar, porque sei que eu e Bárbara ainda seremos muito xingadas...

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Face Your Demons (After Forever)

Surpresa! E aqui estou!
Seu espelho favorito e seu único reflexo honesto, sou seu guia
Sou seu medo mais profundo, o que você sempre vai ouvir
Sou o diabo disfarçado, eu sou seus sonhos

Sou a mais próxima conexão
para seu reflexo mais diabólico
A imaginação assustadora do real você

Eu represento o que você renega
Você nunca se assusta então por que está fugindo
da tentação de minhas palavras?
Oh, você não sabe o que eu poderia fazer por você,
Ou ao que eu te faria passar
E você realmente não entende que apenas o medo rege esse jogo

Encare seus demônios
Ouça aquela voz interior
Ela chama, ela chora por você
Apenas ouça bem
Eu sou o que contará apavorantes, assustadores, terríveis contos

É melhor você ouvir
É um conselho
O que o mais assusta?
Me deixe saber, seja um bom anfitrião
Quero contar como seu medo parece e como jogar o jogo

Guerra está dominando, não pode ser impedida
Carros estão correndo e você está sendo arrasado
Amigos estão lentamente morrendo com muita dor
E você só teme tudo isso

Sangrando por uma ferida que você não pode ver
E você vê coisas que não podem ser
Deus não está satisfeito e quer vingança
E você teme tudo isso

Temer!
Você só teme, você pode só temer
Encare seus demônios

Então você sabia que todas suas memórias
Colorem tudo que você será em uma nuvem escura e nublada na qual estou flutuando
Ainda sou a voz que fala dentro de sua cabeça,
O demônio embaixo da sua cama

Ainda sou o que assombra a sua alma com demoníaco desejo de assustar

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