ELEVATION
*** Capítulo 7 – ELEVATION
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“Uma estrela acesa como um cigarro
Soando como uma guitarra
Talvez se você pudesse educar minha mente
explique todos estes controles
Não posso cantar, mas eu tenho alma, o limite é a elevação”
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QUINTO ANO
O dia tinha amanhecido nublado. As nuvens cinzas indicavam que talvez, mais tarde chovesse... E o vento frio trazia consigo os primeiros indícios do inverno. Ainda assim, os alunos de Hogwarts permaneciam animados! Nada seria capaz de aplacar a empolgação do primeiro jogo de quadribol da temporada. Sonserina contra Grifinória, o clássico do colégio de magia e bruxaria. Os sempre barulhentos Grifinórios, começaram a lotar as arquibancadas logo cedo, acompanhados pelos entusiásticos Lufa-lufas... Melanie, agora ostentando uma cabeleira lilás, já estava sentada no torcida. Nunca antes um jogo tinha atraído tanto a sua atenção... Sabia que ele estaria lá, afinal era um dos batedores do time. Gustavo Thompson, o rapaz que tinha atraído a sua atenção logo no início daquele mesmo ano.
- Ih, olha só quem está chegando!? - Alguém comentou próximo a ela.
Ao dirigir o seu olhar na direção que indicavam, Melanie pode ver uma turma da Sonserina se acomodando do lado oposto de onde estava. A Lufa-lufa reconheceu de imediato os três Sonserinos que estavam no expresso no dia que veio para Hogwarts, os mesmos garotos que foram responsáveis pela sua detenção. Não poderia esquecê-los! Por causa deles, foi obrigada a passar quatro horas ininterruptas catalogando e arrumando os inúmeros livros e artefatos mágicos da sala do professor Lupin. “Seria bem legal se o Thompson acertasse um deles com um balaço!” Pensou a menina, sem conter o sorriso que se formava em seus lábios, só de imaginar a cena.
Depois de alguns minutos, o campo já estava cheio, e o comentarista já tinha dado início a sua sempre efusiva narração.
- “... Quem será que vai vencer esse embate? Sonserina ou Grifinória, Malfoy ou Lupin? Eu sei, eu sei... Não deveria incentivar uma rivalidade dessas, mas convenhamos, as brigas das duas são sempre um espetáculo a parte no jogo... Ok, voltando ao quadribol! Os times entram em campo, levantando vôo em suas vassouras. Caramba, nem se cumprimentaram... Enfim, a professora apita e começa a partida...”
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- Hunf, não tem a menor graça de assistir o joga daqui... – Reclamou Kayla.
- Nós estamos onde devemos estar. É assim que deve ser!
- Puxa nem, você fala umas coisas tão profundas... – Comentou Kayla em resposta.
- Eu não suporto quando você fala desse jeito Sophie! Quanto a você, se não está satisfeita, vai embora... – Interferiu Peter, que também estava com as garotas.
- Você é um trasgo... Ainda bem que eu te acho uma gracinha! – Respondeu Kayla, sem perder o sorriso.
O rapaz fez uma careta de desaprovação. Logo em seguida, puxou Sophie pelo braço para um canto.
- Por que você tinha que trazer essa desmiolada com agente? Ela só atrapalha... – Disse ele mal humorado.
- Ela é bem mais esperta do que parece. – Tornou convicta, olhando de forma desinteressada o jogo que acontecia no ar.
- Você só pode estar brincando! – Disse Peter de forma incrédula. – Qualquer criança do primeiro ano é mais inteligente do que ela.
- Não diga isso. Todos têm o seu valor... Você vai ver. – Respondeu sorrindo.
Era óbvio pela expressão do Corvinal, que ele não acreditava em uma só palavra daquilo tudo. Ao olhar para Kayla, ela estava girando no próprio eixo enquanto cantava uma música infantil. “Garota estúpida” Sussurrou o rapaz.
Os Corvinais estavam no chão, próximos ao corredor de acesso aos vestiários. Por isso puderam ver, quando um trio de Sonserinos desceu das arquibancadas, para seguir na direção dos corredores. Sophie soube de imediato, que os garotos estavam indo sabotar de alguma forma, o vestiário da Grifinória, mas não se importou. Afinal, não havia sido para isso que estava ali...
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- “... Ponto para a Sonserina! O jogo está acirradíssimo... É impossível prever o resultado. Oh, vejam só que tacada! O batedor da Grifinória acaba de acertar a arquibancada, com um dos balaços... Graças a Merlin não tinha ninguém ali...”
“Mas que porcaria! Porque aqueles Sonserinos tinham que sair do lugar!?” Resmungou em pensamento a Lufa-lufa. Chateada demais por perder a chance de ver, pelo menos um dos três “valentões”, com o olho roxo, a menina se levantou e rumou na direção das escadas que levavam de volta para o chão.
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- “...É um espetáculo! Senhoras e Senhores, estamos tendo a oportunidade de testemunhar uma partida e tanto. Os dois times estão mais motivados do que nunca!” – O narrador estava adorando o clima do jogo. – “A Sonserina quer vingança por ter perdido os dois últimos jogos e a Grifinória vem com gás total para manter as sucessivas vitórias... Ih, vejam só, lá vem Estelar Lupin com a posse da goles. – Todos na arquibancada da Grifinória começaram a batucar, apoiando a artilheira. – Será que Sarah Malfoy vai defender? E lá vai a artilheira mais suicida que eu conheço... Estelar segue voando feito um balanço errante e, espera aí! O que ela está fazendo? – Todos ficaram em silêncio acompanhando o próximo movimento da garota. – “Por que ela parou?” Em campo, a Grifinória interrompia a sua manobra para jogar a goles, mas não mirando o gol e sim a goleira, que imediatamente desviou... – “E Estelar acaba de lançar a goles em Malfoy! Isso é... Caramba que doidera!” – Nem o próprio narrador acreditava em suas palavras.
- Mais uma gracinha Malfoy e eu juro que faço você engolir a merda da goles! – Gritou Estelar esquecendo-se do jogo.
- Hahahaha... Conte-me outra... Você é uma ótima palhaça. Deveria considerar tal profissão no futuro... Sabe... Deve ser hereditário. – Respondeu a Sonserina sarcástica.
- Ao contrário de você, não preciso me preocupar com a minha herança familiar, afinal quem carrega a marca negra não é o meu pai!
Sarah olhou séria para a Grifinória, mas no segundo seguinte, começou a gargalhar.
- Esse é o seu melhor Lupin!? Francamente, esperava mais, quer dizer... Não esperava não! Você é só mais uma Grifinória paga-pau que no fundo só sabe falar, fazer que é bom... NADA!
- “Mas isso é inacreditável! Lupin e Malfoy estão discutindo, ignorando totalmente o jogo...” Disse o narrador, enquanto observava chocado, a atitude nada esportiva das duas garotas.
Estelar manobrou a vassoura e acelerou o seu vôo na direção do artilheiro do time adversário, acertando nele com um encontrão, para em seguida roubar a goles de suas mãos.
- Que fique bem claro Malfoy, não sou eu que preciso provar para as pessoas o meu caráter! Não sou eu quem fica estudando feito louca, para mostrar o que posso fazer... Não preciso da aprovação das pessoas. Sou o que sou! Enquanto você, vive em sua mentira de boa moça, nessa sua maldita posse de superior, quando na verdade é tão falha quanto qualquer um... – Gritava Estelar enquanto desviava dos demais artilheiros, no intento de chegar até o gol.
- Corta essa Lupin! Eu não dou a mínima para o que pensam de mim, eu não preciso provar a ninguém que sou superior. Diferente de você que tem complexo de auto-afirmação, tentando sempre fazer gracinhas para ser o centro das atenções! Você é patética, essa é a única parte que é você de verdade...
- “Ah... Jogadoras, vocês estão começando a atrapalhar o andamento do jogo.” – Avisou o narrador, enquanto a professara de vôo apitava de forma ininterrupta. “Façam o favor de se controlarem garotas!” – Gritou a mulher tentando, inutilmente, controlar a situação.
- Preste bastante atenção no que está dizendo... Tenho certeza que no final das contas, você gostaria de ser tão popular quanto eu! As pessoas falam comigo por que querem e não por medo, como é o seu caso... – Tornou Estelar, ao mesmo tempo em que desviava de um balaço. – O que você sente é pura inveja, isso sim!
- Popular? Inveja? – Começou Sarah, voltando a rir. – Tem certeza de que você conhece o significado dessas palavras? Você mais parece... Como é que chama... – Parou ela para pensar. – Ah! Palhaço de rodeio! É isso, você parece um palhaço de rodeio, que fica o tempo todo atrás do muro, enquanto o que é realmente importante acontece. E quando você sai, é só para chamar a atenção de forma ridícula, o que está faltando para você é levar uma chifrada do touro...
Ao ouvir Sarah dizer tais coisas, a única reação que Estelar conseguiu ter, foi gargalhar de forma divertida. “Estelar joga a goles pra mim!” Alguém gritou, mas foi totalmente ignorado pela garota, que continuou mantendo uma das bolas do jogo, firme em seus braços.
- Que foi? Ô protótipo de gente, dá para você parar de monopolizar a goles? – Sarah riu. – Os outros também têm o direito de tentar acertar o gol... Já que você própria não tem coragem sequer para tentar... Nem para ser Grifinória você presta...
- Acha que a sua educação foi falha nesse ponto querida – Debochou a outra. – Você não tem como saber o que significa coragem! – Gritou a menina já sem paciência, aquela discussão estava começando a deixá-la cansada. – Eu vou mostrar pra você o que um Grifinório pode fazer Malfoy.
A menina manobrou a vassoura e seguiu com um raio na direção de Sarah Malfoy, jogando nela a goles que segurava. A Sonserina girou no ar, indo com força para trás. “Estelar não me obrigue a ir até aí, faça o favor de se comportar menina!” Berrou o professor Lupin de forma exasperada, tomando o microfone das mãos do narrador. A garota olhou seu pai confusa, deixando de prestar atenção na partida.
- Acho melhor ouvir o seu pai. – Sarah falou, ela estava com a goles em suas mãos, bem segura. A Sonserina lançou a bola com toda a sua força, nem dando tempo para a Grifinória se virar.
Estelar foi atingida em cheio no rosto, o estalo da pancada pôde ser ouvido nos confins do castelo... Ainda assim, a garota não perdeu o equilíbrio da vassoura. A artilheira olhou para a sua adversária dividida entre a surpresa e a raiva. O jogo parou nessa hora e todos que estavam no estádio ficaram em silêncio, por esta razão, foi possível que cada pessoa ali presente, ouvisse o que Estelar gritou em seguida. “Sua VACA, eu vou acabar com você!” Foi o que ela disse, ao mesmo tempo em que avançava de forma brusca na direção da Sonserina.
- Pode vir querida. – Disse Sarah com um sorriso sarcástico no rosto, enquanto descruzava os braços, chamando a outra com um gesto de mão, para em seguida ir de encontro a outra velozmente.
Os alunos de Hogwarts, os professores, a juíza e o narrador, todos eles assistiram bestificados, as meninas voarem feitos dois raios rasgando o céu, uma na direção da outra, para se chocarem com estrepito ao centro do campo, ainda no ar, enquanto esbravejavam as mais variadas ofensas. As vassouras giraram desgovernadas, enquanto elas se estapeavam, perdendo a altitude, levando ambas ao chão rapidamente... Logo atrás delas, os jogadores da Sonserina e da Grifinória pousaram, largando de lado suas vassouras e entrando na briga, cada qual em defesa da sua jogadora. De uma forma assustadoramente rápida, o campo de quadribol se transformou em um ringe de luta! Os professores se apresaram para descer da bancada de onde estavam, para tentar resolver a situação, já que a professora de vôo, não era capaz de parar todos aqueles adolescentes enlouquecidos. O narrador sempre tão eficaz no seu “trabalho” estava mudo, parado em seu lugar, mantendo no rosto a mesma expressão pasmada.
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Um grupo de Sonserinos saídos dos vestiários invadiram o campo, fazendo com que outras pessoas repetissem o ato. E então, a briga que antes era entre os jogadores, passou a ser também entre os torcedores... “Hora da forra” pensou Melanie satisfeita, entrando na muvuca de pessoas, para se vingar do trio de Sonserinos. Sem perder tempo, ela azarou dois deles, mas infelizmente não teve tempo de se desviar do “Bombarda” que foi lançado pelo que ainda estava de pé. Jogada no chão, desnorteada, a garota viu quando o troglodita que andava na sua direção, foi interrompido por uma garota morena, que pulou em suas costas.
- O que você está fazendo aí parado Peter? Vai ajudar as meninas. A Kayla não vai segurar aquele covarde por muito tempo...
- Espera um minuto. Você disse que algo importante iria acontecer nesse jogo, e que...
- Já está acontecendo! Não percebeu? – Interrompeu Sophie, com seu característico jeito sonhador. – Eu vi nas estrelas tudo isso. – Disse fazendo um gesto amplo com as mãos, indicando o campo. - Você tem que ir até lá para ajudar a Lufa-lufa. Foi para isso que viemos. – Concluiu ela, sorrindo amavelmente para o seu amigo.
O rapaz ainda ficou parado no mesmo lugar, com uma expressão um tanto quanto incrédula na face. Sophie resolveu não esperar que ele entendesse as suas palavras, por isso o puxou pelo braço, encaminhando-se de encontro as duas meninas. Melanie já de pé, esforçava-se para brigar com o Sonserino de igual para igual, enquanto Kayla, totalmente nervosa, parecia estar perdida no meio de toda aquela confusão. “Onde eu fui me meter!? Ai céus, eu preciso sair daqui!” Era só isso que a menina conseguia pensar...
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O cenário era de completo caos, uma gritaria ensurdecedora tomava o local, parecia que nada poderia acalmar os alunos que se digladiavam...
- QUIETOS!! – Gritou o professor Malfoy, entrando no campo, ampliando a potência de sua voz, com o feitiço “Sonorus”.
Os outros professores chegaram logo em seguida, e imediatamente começaram a parar os alunos que ainda insistiam na contenta, usando feitiços como: “Língua presa” e “Petrificus totalus”.
- O jogo está cancelado! – Berrou a diretora Minerva McGonagall, fazendo uso do mesmo feitiço que Malfoy, para que todos a escutassem. – Todos os alunos, voltem imediatamente para o castelo, com exceção daqueles que se encontram no gramado. – Concluiu a mulher de maneira rígida.
Alguns professores se destacaram para garantir que os alunos, que poderiam sair, chegassem ao castelo de forma ordenada. Durante alguns instantes, um silêncio pesado pairou no ar, sendo interrompido apenas pelos passos das pessoas que se afastavam... Minerva permaneceu parada por mais alguns minutos, em meio ao campo, observando severamente os estudantes que ficaram.
- Uma vergonha! - Gritou ela de repente, assustando os alunos. – Essa conduta de vocês é totalmente inaceitável! Todos vocês estão em detenção, estão me ouvindo!?
- Mas Diretora McGonagall eles são muitos... Tem pelo menos 20 alunos aqui. – Interferiu o professor de Herbologia. – Talvez algum outro tipo de...
- Não me interessa saber quantos são senhor Longbotton. Vou dividi-los em grupos, dar tarefas diferentes, enfim... Não importa como, mas essas crianças não vão ficar sem uma punição!
Neville não ousou mais interferir... Os outros professores observavam quietos, a Diretora soltar chispas pelos olhos e torcer os lábios, totalmente contrariada, enquanto caminhava entre o garotos e garotas, que permaneciam parados e silenciosos.
- Os dois times, Grifinória e Sonserina estão desclassificados da Copa das casas. – Continuou duramente. Nesse momento, alguns alunos tentaram protestar... – Fiquem calados! – O olhar severo e a voz ampliada da diretora intimidaram os alunos. Naquele momento, Minerva McGonagall estava simplesmente assustadora. – Todas as casas vão perder 150 pontos, e cada um de vocês, aqui presentes, vão me apresentar um pergaminho com no mínimo 200 palavras, sobre cidadania e respeito ao próximo. E é melhor não tentarem me enganar... Sei exatamente os estudantes que estão aqui! – Ouve alguns murmúrios em reclamação nessa hora, mas ninguém se atreveu a dizer nada para a alterada diretora. – E acreditem, qualquer atitude que eu tomar será pouca diante do que fizeram. Portanto não vou aceitar nenhum tipo de reclamação! Onde já se viu!? Vocês se atacando desse jeito, como se fossem seres irracionais. No que estavam pensando? Vocês estão estudando para se tornarem bruxas e bruxos descentes! Pessoas dignas e honradas, e que Merlin nos ajude, são vocês que vão ser os responsáveis por representar a nossa sociedade em um futuro próximo. Mas olhando para todos vocês agora, só consigo enxergar um bando de animais... Trasgos burros e desgrenhados brigando por qualquer motivo. Eu não vou aceitar esse tipo de comportamento nesse colégio! Estou realmente envergonhada, por tudo o que vi aqui... – Minerva concluiu com a voz desgostosa.
- Mas diretora, foram elas que começaram tudo... – Reclamou um corajoso aluno da Corvinal, enquanto apontava Sarah e Estelar, paradas no meio dos demais estudantes.
Sarah Malfoy olhou para o corvinal, sua expressão vazia se modificou rapidamente para uma furiosa.
- Pera aí! Nós estávamos brigando uma com a outra, se vocês são intrometidos não é problema meu! - Ela estava ficando vermelha, perigosamente brava. - Eu não lembro em momento nenhum, ter mandado alguém se meter na briga! Vocês é que são idiotas! - terminou berrando a última frase.
- Senhorita Malfoy, você não está em condições de... – Começou a diretora.
- Mas ela está certa! – Cortou Estelar. – A briga é nossa! Eles não tinham que se meter... Se nós duas saltarmos da torre de astronomia, eles vão saltar também?! Claro que não! E agora querem tirar o rabinho da reta. Não mesmo, meu querido... Ta todo mundo aqui no mesmo barco. – Concluiu a garota nervosa.
- Nossa é incrível como vocês duas são versáteis, há alguns minutos atrás estavam se estapeado feito dois animais raivosos, agora estão protestando unidas... Que lindo. - Draco Malfoy não conteve o comentário, dito em um tom mais elevado do que o da simples ironia, fulminando as duas com o olhar.
Sarah suspirou, mas não baixou a cabeça, encarando o pai, enfrentando-o. Enquanto Estelar olhava de um para o outro.
- É por isso que elas sempre fazem essas coisas... - Voltou a falar o Corvinal. - São filhas de professores! Vivem se atracando pelos corredores e ninguém...
- Opa!Pode parando por aí mesmo. - Cortou Estelar. - Uma coisa não tem nada haver com a outra.
- Deixa ele Lupin, deixa ele brincar com a sorte... - Sarah estreitou os olhos, encarando o corvinal ameaçadoramente. - Como se o fato de ser filha de professor tenha nos ajudado alguma vez nesses cinco anos... Mas isso também não vai me impedir de partir você em dois... - A sonserina falou com um tom letal, muito semelhante ao de seu pai.
- Controle-se senhorita Malfoy. - Advertiu a diretora.
- É isso aí Sarah, agente te parte em dois, ô moleque!
- Senhorita Lupin! - Gritou a mulher.
- O que foi? Foi ele quem começou... Eu é que não vou ficar quieta, escutando ele falar um monte de merdinha!
- Claro que não! Já bastam as merdinhas que você fala Lupin... – Respondeu Sarah, mais concordando do que julgando Estelar.
- Ah, valeu mesmo, heim Malfoy! Você não está... - Começou ironicamente a Grifinória
- Já basta! Calem-se as duas! - Draco gritou indo até as duas garotas. - Lupin! Controle sua filha! – Completou professor de poções puxando Sarah pelo braço, levando-a para longe de Estelar.
Nesse momento, alguns alunos tiveram que se esforçar para segurar o riso. Não era todo dia que os professores perdiam a paciência com as suas respectivas filhas... Mas foi o olhar de escárnio do tal Corvinal que realmente irritou Estelar.
- Continua rindo, vai em frente! Aproveita o seu momento, porque quando eu te pegar não vai...
- Já chega Estelar! - Interferiu o professor Remo Lupin. - Você já está bastante encrencada, não piore a situação. - Concluiu taxativo, enquanto a puxava pelo braço.
Minerva McGonagall pigarreou para chamar a atenção, sendo prontamente atendida.
- Eu espero, sinceramente, que incidentes assim não voltem a acontecer... - A mulher suspirou cansada. - Voltem todos para os seus salões comunais. Cada um vai receber um comunicado com os dias e as horas das detenções. Vocês já podem ir...
Os alunos começaram a se dispersar, todos indo na direção do castelo. Lupin e Malfoy saíram na frente, cada qual arrastando a sua filha. Era óbvio que ambas seriam seriamente repreendidas...
- Bem feito para as duas! - Disse um aluno da Sonserina.
- Humf, tomara que elas se ferrem. - Juntou um segundo aluno.
- Eu duvido! - Começou a dizer o menino da Corvinal. - Sempre acabam passando a mão na cabeça delas... Não importa o que façam.
- Que seja! Pelo menos nós podemos esperar que um dia elas acabem se matando... - Voltou a falar o Sonserino, um tanto quanto satisfeito pela possibilidade.
Uns risinhos infantis chamaram a atenção dos rapazes, que imediatamente procuraram de onde vinha. Uma menina com cabelos quase brancos de tão claros, estava logo atrás deles.
- Vocês estão errados... - Começou a falar a Corvinal – Isso nunca vai acontecer!
- Do que você está falando? - Perguntou um deles.
- Só estou dizendo que amigos nunca machucariam uns aos outros...
Na mesma hora, todos que estavam ao redor e ouviram o comentário descabido, começaram a gargalhar. “Cara, essa garota é completamente louca!” Pensou a Lufa-lufa de cabelos coloridos, ao passar pelo grupo, acelerando o passo, para sair o mais rápido possível de perto.
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N/A (Ariene): Huhuhuhuhuhu... Capítulo grandão!! Eu particularmente adorei escrever essa parte da história... Foi super engraçado descrever os acontecimentos que se seguem. Sem contar que pela primeira vez, quase todos os personagens, originais ou não, aparecem no capítulo, ou pelo menos são mencionados. Por isso mantenham-se alertas, porque pode até não parecer, mas tudo tem um motivo!
N/A(Bárbara): Sim.. Como a Ariene falou, fiquem atentos, pois tudo que se passa, terá reflexo no futuro!!
N/A (Ariene)²: Porradaria desmedida!! Sangue, sangue... Sentiram o clima que a Estelar e a Sarah são capazes de provocar, né!? Eu sei, elas são duas loucas que tentam se matar aqui e se amam ali. É assim mesmo! E acreditem, a tendência é piorar...
N/A(Bárbara)²: Sim... elas são como yin e yang, mas só o yang!! rs.. por isso quando se amam se amam, quando se odeiam, saiam da frente...
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U2- Elevation
Alto, mais alto do que o sol
Você me acerta com uma arma
Eu preciso de você pra me elevar aqui,
Na esquina dos seus lábios
Como a órbita dos seus quadris
Eclipse, você eleva a minha alma
Eu perdi todo o autocontrole
Tenho vivido como uma toupeira
Descendo,escavação
Eu comigo no céu
Você me faz sentir como se eu pudesse voar
Tão alto, elevação
Uma estrela acesa como um charuto
Encordoado como uma guitarra vermelha
Talvez você possa educar a minha mente
Explique todos esses controles
Eu não sei cantar mas eu tenho alma
O objetivo é elevação
Uma toupeira, vivendo num buraco
Exumando a minha alma
Indo pra baixo, escavação
Eu comigo no céu
Você me faz sentir como se eu pudesse voar
Tão alto, elevação
Amor, me tire dessa tristeza
Porque você não me diz algo verdadeiro
Eu acredito em você
Uma toupeira, vivendo num buraco
Exumando a minha alma
Indo pra baixo, escavação
Eu comigo no céu
Você me faz sentir como se eu pudesse voar
Tão alto, elevação
Elevação...
Elevação...
Elevação...
Elevação...
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