Um simples? Beiijo
Hermione se surpreendeu com ela mesma. Leu o livro de defesa contra as artes das trevas completo e nem se deu conta disso, o tempo passou sem que ela percebesse. “Nada como um bom livro pra acalmar” – concluiu enquanto pensava no quanto essa matéria evoluíra desde que ela se foi. Muitos feitiços novos, muitos métodos diferentes. E Harry era o autor de alguns deles. Estava orgulhosa.
Olhou no relógio e, surpresa, viu que passavam das oito da noite. Achou que Harry já estaria de volta. Bateu na porta do quarto dele e não obteve resposta. Foi até a recepção e avisaram-lhe que ele tinha saído. “Ótimo” – pensou – “Não vou conseguir falar com ele nunca!”. Chateada, decidiu sair.
Assim que pôs os pés para fora do hotel soube para onde iria. Queria fazer isso desde o dia em que chegara, mas só agora reunira coragem e tivera tempo. Foi ao cemitério prestar homenagens aos que morreram na guerra. Lembrava-se muito bem de onde ele se localizava: era ao lado de um grande parque, que tinha lindos jardins. Lembrava-se de que Rony uma vez contou-lhe que ele e os irmãos costumavam freqüentar aquele local quando pequenos e Fred e George sempre o assustavam dizendo que os fantasmas do cemitério assombravam o parque. O engraçado é que sempre que contava essa história, Rony deixava escapar um olhar amedrontado, como se ainda não tivesse total certeza que o que os irmãos lhe falavam era mentira. Outra lembrança daquele cemitério era a do dia em que foi lá junto com Harry para visitar os pais dele... Lembrava-se de não ter sentido qualquer tipo de medo. Ao entrar no cemitério, porém, sentiu o contrário. “Acho que a presença do Harry do meu lado me dava mais coragem” – percebeu, mas não se deixou intimidar pelo medo, não costumava deixar-se. Foi procurar pelos túmulos e se surpreendeu por existir uma área em que todos os que foram mortos na guerra estavam, ficou emocionada.
O primeiro túmulo era o de Sirius. “Claro! Depois que acabaram com Voldemort ele deve ter sido absolvido, ainda que isso tenha ocorrido tarde demais”. – pensou de certa forma feliz por ainda que tardiamente, Sirius tinha conseguido ser absolvido, ao lado do túmulo dele, os dizeres “Aqui jaz o mais corajoso e leal dos amigos. O mais inteligente e confiável dos Marotos” – Hermione se deu conta que todos os marotos – ou pelo menos, todos os que prestavam – estavam mortos. “É como dizem, os bons morrem jovens” – deixou algumas flores para Almofadinhas enquanto chorava discretas lágrimas, não foram muitas porque Hermione já chorara bastante por Sirius, já tinha digerido a morte dele há algum tempo, além de não apreciar o choro em locais públicos, e ainda que o cemitério estivesse deserto naquele momento, não deixava de ser um local público.
Ao lado daquele túmulo estava o de Remo, ao ver aquilo sentiu uma tristeza sem tamanho tomar conta de si, uma dor terrível vinha de dentro de seu peito, um nó na garganta se formando. Lembrou-se de todas as vezes que estivera com o ex professor, de tudo o que ele lhe ensinara, do quão dedicado a ordem ele era... Ele não merecia morrer lutando! Claro que não merecia! – “Lupim era uma das melhores pessoas que eu conhecia!” – o nó na garganta pareceu se intensificar e ela chorou. O que começou com duas pequenas lágrimas no cantinho dos olhos se transformou num choro compulsivo. Deixou flores em seu túmulo (que ela havia comprado na entrada do cemitério) e ficou lá parada por um tempo, tentando tomar coragem para visitar a pessoa que jazia ao lado, que ela de alguma forma sabia que era seu grande amigo Neville. Depois de uns dez minutos continuou seu caminho.
Parou diante de Neville... Não se lembrava de ter se sentido tão triste nos últimos tempos, Neville tinha a mesma idade que ela, tinha muita vida pela frente... Então chorou ainda mais, depositou outras flores lá e falou para o amigo “Talvez se eu não tivesse ido embora... Talvez se eu continuasse te ajudando... Talvez se você não fosse tão cabeça dura sempre tentando ajudar os amigos...”. Hermione ainda chorava compulsivamente enquanto lembranças de Neville da época de Hogwarts vinham a sua mente, como no dia que ele tentara impedir Rony, Harry e ela de sair do quarto a noite no primeiro ano e ela teve que petrificá-lo, pois era a única forma de deixar o dormitório. “Esse era Neville” – pensou.
Hermione estava realmente abalada, chorava muito, mais do que achava que choraria. Ter voltado àquele lugar (mundo bruxo) estava mexendo muito com as emoções dela e rever uns de seus grandes amigos mortos em uma guerra que ela não participou até o fim e sendo que estava no cemitério completamente sozinha mexeu emocionalmente com ela mais do que esperava, talvez tivesse se acostumado a ser fria, característica que ela definitivamente estava perdendo.
Reuniu o resto da coragem que tinha para ir até o túmulo de George. Ainda se sentia culpada pela morte dele. E achava que se sentiria para sempre. Assim que chegou perto, abaixou-se e falou com ele:
“Desculpa. Eu sei que eu não tenho nenhum tipo de moral pra pedir isso, eu fui muito errada. Eu sei que se eu não tivesse ido você não ia ta bem aí... E eu juro que eu não queria que nada disso tivesse acontecido... Eu não sabia que minha covardia teria conseqüências tão terríveis, George. Desculpa!” – ela soluçava agora. Nem o fato de odiar chorar em lugar público e achar ridículos aqueles que faziam isso a deteve. Ela estava desolada...
“Não foi sua culpa” – disseram-lhe, ela nem se deu ao trabalho de virar para olhar, era ele, sabia disso, ninguém menos que Harry Potter estava atrás dela.
“Foi minha culpa sim” – ela soltou, estava descontrolada, ele percebeu. E isso o deixou temeroso. Hermione pouquíssimas vezes chegava ao limite do controle. Até nas mais perigosas batalhas, ela sempre estava centrada. – “Eu sou patética!” – ela disse, se levantando, ainda de costas. Harry estava sem ação.
“Era eu quem tinha que ter ido pra essa missão em que ele morreu, Harry, era eu!” – ela disse sem parar de chorar. – “E ele só foi porque eu fui embora... Eu fui embora sem ao menos concluir os meus trabalhos já agendados!” – ele a virou para si, encarou o rosto molhado dela e encostou a mão próximo de seus olhos a fim de limpar algumas das muitas lágrimas que escorriam, ele fizera aquilo porque não era bom em palavras, mas em gestos. Ela imediatamente parou de chorar, estava surpresa com aquele toque repentino. Ele sorriu por ela ter se acalmado.
“Você já parou pra pensar que você poderia ter morrido ao invés dele, caso você tivesse feito a merda dessa missão?”. – ele disse simplesmente.
“Eu... Eu... Não...” – ela respondeu sinceramente, não pensara nisso... E naquele instante estava demasiadamente abalada para pensar.
“Por que você veio pra cá sozinha?”. – ele a olhava com ternura, pela primeira vez desde o reencontro, ela o encarou, com os olhos molhados. Hermione estava voltando a reconhecer naquele homem seu velho amigo Harry Potter.
“Eu não sei. Eu só vim...”.
“Não devia. Você pode ser forte, mas isso é demais, Mione” – ele disse compreensivo, ela notou que ele o chamara de Mione e isso tirou um certo peso de dentro dela que antes ela nem percebera existir – “Nem eu gosto muito de vir aqui, digo, sempre que eu venho não consigo me alegrar por mais de uma semana, o melhor que a gente tem a fazer é tentar viver apesar disso, porque eles todos não deram a própria vida para que os demais membros da ordem passassem o resto da vida lamentando”.
“Você está certo, é só que tudo isso é muito triste” – ela disse dando sinais de que ia voltar a chorar tanto quanto antes.
“Vamos sair daqui” – ele sugeriu, ela assentiu, então ele passou o braço pelos ombros dela, para que eles andassem “abraçados”, era como se ele quisesse protegê-la, e ela estava se sentindo protegida, não sentia mais nenhum medo. Ele a conduziu para a saída.
“Eu que deveria ter te achado e não o contrário” – ela disse já mais calma, eles tinham continuado a andar depois de sair do cemitério e estavam a caminho do parque que ficava bem ao lado, ele ainda abraçado a ela – “Como você me achou aqui?”. – ela perguntou o encarando de repente, coisa que ele já fazia há um tempo.
“Você está voltando a se parecer com o que você costumava ser” – ele disse se referindo ao comportamento e personalidade dela – “E conseqüentemente, voltando a ser previsível, para mim”.
“Eu sou previsível pra você?” – perguntou, pois uma coisa que ninguém nunca a dissera era que ela era previsível...
“Costumava ser” – ele disse simplesmente. Nesse ponto eles já estavam dentro do parque, ela tirou a mão dele de seu ombro e indicou um banquinho, para que eles se sentassem e foi isso o que eles fizeram, sentaram-se um ao lado do outro, Hermione encarava o chão, enquanto Harry ainda olhava para ela.
“Você lembra quando o Rony contou pra gente que os irmãos dele costumavam dizer que esse parque era mal assombrado?”. – foi a primeira coisa que lhe veio a cabeça e precisava lançar algum assunto antes que transpusesse a barreira imposta por ela mesma de não encará-lo.
“Nossa, essa memória você desenterrou hein” – ele disse com um quase sorriso – “Sem contar que o Rony tinha medo disso até um tempo atrás!” – ele deu outro sorriso e a barreira já era! Ela se virou para ele.
“Eu tava lembrando disso no caminho pra cá” – disse simplesmente.
“Eu falei com o Rony hoje, sobre você...”.
“Antes ou depois do almoço?”.
“Que diferença faz?”.
“Antes” – concluiu, pois se tivesse sido depois ele saberia que Rony almoçara com ela e sobre o pedido de desculpas e tudo mais – “Eu almocei com ele hoje, tinha umas desculpas a pedir” – resumiu, antes de perguntar – “E o que você tinha pra falar sobre mim?”.
“Ah, nada demais, só fui justificar aquela sua aparatação ontem a noite. Foi minha culpa e não tinha porque você ser punida”. - ele gesticulou para dizer isso e ela nem notou, estava se perdendo dentro dos olhos verdes dele, e demorou um pouco para responder alguma coisa.
“Puxa, obrigada”. – então voltou a olhar para frente, a segunda voz se pronunciou, ou foi a primeira? Ela não sabia, só sabia que pensara: “Que bonitinho da parte dele!”.
“Não há de quê” – ele disse sorrindo de novo e ela precisou prender a respiração para não demonstrar o quanto aquele sorriso mexia com ela, mais uma vez pensou com uma das vozes: “Lindo...”. – “Eu não sou um monstro, afinal”.
“Não, você não é um monstro. Esse título é exclusivamente meu”. – ela olhou pra frente, faltava coragem de pedir desculpas olhando nos olhos verdes...
“É?”.
“É... Eu que fui embora sem concluir minhas missões em meio a uma guerra das piores... Eu que deixei a escola na qual eu estudei por sete anos da minha vida e nem voltei pra buscar meu diploma... Eu que deixei a ordem de Fênix sem dar explicações a ninguém, nenhum dos que eram meus amigos... Eu que sumi por seis anos sem dar notícia... Eu que voltei mais preocupada com um diploma idiota do que com todo mundo... Eu que mudei radicalmente minha personalidade pra uma muito pior...” – ela parou para respirar, precisava de muito fôlego antes de começar as desculpas voltadas apenas para ele, e ela tinha que tomar cuidado para não deixar a segunda voz tomar conta da situação – “E eu que deixei meu namorado sem dar explicações completas sobre o porque da minha partida, além de esquecer completamente de avisar que minha ida não tinha absolutamente nada a ver com ele, era um problema meu, e não dele e...” – ela parou.
“E o que?”. – ele perguntou interessadíssimo.
“Nada” – ela ia dizer que não fora embora por ter deixado de amá-lo, porque ela imaginava que ele suspeitava que isso tivesse acontecido. – “Fala alguma coisa, por favor”.
“Você não é previsível” – ambos deram um sorrisinho – “Você se desculpando por tudo isso... Você só se deu conta desses erros todos agora né?” – ele perguntou e ela fez que sim, ele pensou “A Luna tinha razão ao dizer que as verdades que eu falei pra ela tinham sido ótimas”.
“Harry, desculpa” – ela pediu, dessa vez o encarando.
“Desculpo” – ele disse também a encarando, ela sorriu.
“Fácil assim?” – ela surpreendeu-se – “Achei que você me odiasse e tal...”.
“Impossível” – ele disse, então correu a mão para mais perto da dela, que sem se dar conta do que fazia segurou a mão dele, as dela estavam frias. As dele quentes.
Tudo que ela conseguia pensar era que eles estavam próximos demais, a segunda voz foi logo se pronunciando “Ta esperando o que pra me da um beijo?” – ela sacudiu a cabeça e ele se afastou – “Meu Deus, ele ia mesmo me beijar!” – pensou a voz responsável, e a outra replicou – “E teria se você, idiota, não tivesse se afastado!”.
Hermione balançava a cabeça tentando afastar os pensamentos e Harry, surpreso, deu uma risada curta antes de perguntar se estava tudo bem, ela disse que sim, estava tudo certo, então decidiu lançar outro assunto, rápido:
“E aí como vai o trabalho?”. – ele riu da mudança rápida de assunto dela e nem é preciso comentar que ela notou mais uma vez, que com aquele sorriso perturbador ele ficava lindo.
“Bem, obrigado” – respondeu, sem maiores pistas – “E o seu? Agora com o diploma julgo que as coisas ficarão mais fáceis?”.
“Ah, é sem dúvida” – ela disse, só então se deu conta que “esquecera” sua mão colada a dele, e isso não era bom – “Por falar nisso, obrigada por me devolver o diploma!”.
“Não tem de que, ele é seu, afinal, e antes de partir você fez muito para merecê-lo”.
“É, acho que sim” – ela não estava mais conseguindo desviar o olhar dele e isso só queria dizer uma coisa: ela teria que agir rápido e sair daquele lugar: “Talvez eu deva voltar pro hotel, é tarde, já”.
“É verdade, vamos?”.
Idiota! Era isso mesmo que ela era, ou talvez só uma pessoa com dupla personalidade interna, a segunda voz era esperta e o “jeito” que ela deu de sair da situação foi um pouco incompetente, totalmente incompetente, melhor dizendo... Ir embora! Grande desculpa... Pena que eles estavam indo para o mesmo hotel e ficariam mais tempo juntos...
Se levantaram, fecharam os olhos e aparataram na varanda do hotel, local que ela ainda não estivera. Era um gramado extenso com algumas árvores, mais a frente tinha uma piscina. A iluminação não era muito forte e alguns bancos confortáveis estavam dispostos pelo espaço. Eles apareceram próximo a uma arvore e um banco.
“Da ultima vez eu parei no meu quarto” – ela disse alto, como se estivesse pensando e tivesse deixado escapar aquilo.
“Não julguei que seria elegante parar em um dos quartos” – ele disse sorrindo, sabia que ela não se dera conta do que falara.
“Ah é!” – Definitivamente, não foi a segunda voz que fez aquele comentário estúpido, focou um pouco ruborizada. “Ótimo! Agora eu não tenho mais uma consciência responsável!”. – pensou derrotada então disse: – “Aparatar... É tão prático né?” – “Por que eu to puxando assunto com ele?!” – perguntou-se.
“Você fica por quanto tempo?”. – ele perguntou ficando de frente para ela, notou que ela estava mais corada que o normal, talvez fosse o nervosismo.
“Onde?”. – ela perguntou dando um passo para trás.
“Aqui”. – ele deu um passo para frente, voltando a ficar bem perto dela.
“Com você?”. – ela perguntou temerosa, pois tinha se encostado na arvore e não teria mais como dar passos para trás.
“No mundo bruxo”. – ele esclareceu com um sorriso, divertia-se com o nervosismo dela, e também sabia do efeito de seu sorriso para ela.
“Ah” – “Eu to ficando burra ou é só impressão?” – perguntou-se, antes de responder para ele – “Acho que vou embora amanhã”. – o que ele disse em seguida não passou de um sussurro audível:
“Então talvez seja minha ultima chance de fazer isso” – antes que ela pudesse perguntar o que, ele já tinha caminhado em direção a ela, estava muito perto! Chegou a nenhuma a distancia entre eles. Ele passou os dedos pelo queixo dela e enquanto punha os cabelos dela para trás, com a outra mão. Encostou os lábios na bochecha dela, que fechou os olhos. Era indescritível o ritmo em que estava o coração dela, e a mente, desprovida das duas vozes, estava completamente vazia. Ele estava sendo muito cauteloso, os beijos na bochecha estavam se aproximando de sua boca, a intenção talvez fosse, que ela se desvencilhasse caso não quisesse que ele continuasse, mas ao contrário, ela acelerou o processo e virou o rosto de modo que os lábios deles se encontraram. Ela passou os braços em torno do pescoço dele enquanto ele pausava as mãos na cintura dela. O beijo começou bem tímido, os dois com receio de aprofundar, foi ele quem tomou a iniciativa de tornar aquilo mais forte, ela não soube descrever o que sentiu, era quase como uma explosão total. O ritmo foi aumentando, as mãos dele estavam descendo e subindo e ela segurava o rosto dele trazendo-o cada vez mais para perto de si. Ficaram assim por muito tempo, se separaram porque o fôlego acabou. Eles respiraram de maneira ofegante olhando-se e ele tentou reaproximar a boca da dela, parou a milímetros de encostar, porque ela disse:
“Não” – a voz fraca, como se na verdade quisesse continuar.
“Não?” – ele perguntou surpreso, voltando para trás. Notava os lábios dela um pouco inchados. – “Por que não?”.
“Harry, eu não posso... Eu vou me casar” – ela disse lamentando muito, tirou os braços de trás dele.
“Casar?” – ele perguntou totalmente atônito.
“Eu... Não... Te disse!” – concluiu mais para si mesma.
“Não você não disse!”. – ele tirou as mãos da cintura dela e se afastou, a voz estava mais alta.
“Não é possível que ninguém tenha comentado com você”. – ela disse chegando mais perto, a voz também um pouco alterada.
“Disseram que você tava comprometida, mas eu não achei que fosse sério assim...”. – ele olhou para ela.
“É sério assim” – ela disse olhando meigamente para ele – “Desculpa!” – e saiu correndo em direção ao seu quarto, tinha muito o que pensar. Sozinha.
Assim que entrou e trancou a porta sentou-se na cama e começou a repassar cada momento do beijo “Foi muito bom” – falou. – “Foi perfeito!”. E não foi só porque não o via fazia tempo, tinha mais coisa por trás disso. Vinha querendo beijá-lo desde que voltara para lá... E aquelas vozes todas, uma responsável, uma justificativa, uma... Se deu conta que não sabia definir aquela segunda voz, ou talvez soubesse... Uma sincera...
“Não! Eu estou apaixonada por Harry Potter. De novo...”.
Comenta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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