14ºCapitulo-Apenas dor
APENAS DOR
Após a surpresa do arquivamento do caso de Hermione, Rony sentiu que seu chão estava afundando cada vez mais. Apesar de ele e Harry, com a ajuda de Luka, continuarem a busca, as chances de encontrá-la diminuíram em grande porcentagem sem os aurores envolvidos. Porém, a esperança ainda estava presente em sua alma.
Rony estava deitado em sua cama olhando para o teto. Seu peito nu subia e descia lentamente ritmado com sua respiração. Seus pensamentos estavam muito longe dali...
Flash Back
Há dias Rony pensava em fazer isso, porém, tinha medo. Tudo bem que já namoravam há algum tempo, fora os longos anos de amizade, mas mesmo com esse longo caminho juntos, não tinha como evitar a insegurança.
-É hoje... Não importa. Seja homem Ronald Weasley! –falou consigo mesmo.
Naquele dia, o céu estava incrivelmente estrelado e incrivelmente iluminado com a luz da lua.
-Perfeito. –Rony falou olhando para o céu e sorriu.
Sem perder tempo, Rony se encaminhou para o local onde marcara de se encontrar com Hermione. Ao chegar, o ruivo ficou a andar de um lado para o outro, balbuciando palavras e torcendo as mãos. Até que ouviu passos e parou.
-Rony?
Ele pode escutar a voz suave e baixa de Hermione.
-Estou aqui. –falou se aproximando e acabou pegando-a de surpresa.
Hermione assustou-se e tropeçou num galho atrás de si, e se não fosse Rony, ela teria caído.
Rony agarrou sua cintura, deixando-a curvada em seus braços e sorriu.
-Sou tão feio assim para se assustar?
-Bobo! –riu.
-Momento e posição perfeitos para um beijo. –aproximou os lábios e colou aos de Hermione.
Terminado o beijo, Rony a colocou de pé, deixando-a um tanto desnorteada pelo beijo.
-O que estamos fazendo aqui? –Hermione perguntou olhando ao redor.
Seus olhos viam apenas árvores, vários tipos de flores, e a grama verde e florida. Tornou a pousar os olhos em Rony e o analisou. Ele estava tenso, mas ao mesmo tempo inquieto e ansioso. Seus olhos brilhavam intensamente.
-Estamos num campo aberto perto da Toca. À luz do dia, é lindo. -falou tenso.
-Realmente deve ser. –parou por um minuto. –Rony, o que foi? O que aconteceu? Estou te achando estranho. –falou enrugando a testa.
-Impressão sua! –forçou um sorriso. –Venha, preciso te levar a um lugar. –falou apressado.
Rony parou no meio do caminho, tirou um lenço do bolso e vendou Hermione.
-Rony! –exclamou.
-Só por uns instantes. –falou divertido, fazendo Hermione bufar.
Rony tinha certeza que se ela visse o que iria fazer, não aceitaria de maneira alguma.
Ele a puxou para seus braços e deu impulso. Hermione sentiu sua barriga afundar e abafou um grito mordendo o ombro de Rony.
-Au! –reclamou rindo.
Tirou a venda de Hermione e não gostou de receber um olhar irritado.
-Você merecia muito mais que uma mordida, Ronald! –estava sentada de lado, como se estivesse no colo de Rony e se agarrava cada vez mais a ele.
Rony riu e beijou-a.
-Até quando vai ter medo de voar?
-Até morrer! –exclamou alto sentindo a vassoura ganhar mais altitude.
-Não fique brava. –falou sério.
-Eu não gosto de voar! –choramingou escondendo a face em seu pescoço.
-Garanto que esse será o melhor voo da sua vida. –sussurrou em seu ouvido.
Hermione tremeu com a voz de Rony.
Rony fez com que a vassoura tomasse uma altitude perfeita para que a luz da lua os iluminasse. Agora, eles passeavam pelo céu estrelado com uma velocidade mínima da vassoura.
Rony manobrou Hermione em seus braços para que se sentasse de frente para si, para desespero da mesma.
-Acalma-se. Eu estou te segurando. –confortou-a.
-Certo. –suspirou e olhou-o.
-Olha como o céu está bonito, Mione. –sussurrou rente aos seus lábios, deixando-a atordoada.
Hermione passou a língua pelos lábios secos, segurando a vontade de beijá-lo, e olhou para o céu. Realmente estava uma noite maravilhosa, de uma forma que não via há algum tempo.
Hermione adorava observar o céu. Sempre quando estava na Toca, saia de fininho e deitava na grama de barriga para cima, e fica a olhar o céu perdendo-se no tempo. Rony quando descobrira essa sua mania, partilhava em silêncio esses momentos de reflexão, em sua companhia.
Hermione voltou a olhar em seus olhos e sorriu.
-Está lindo.
Rony beijou sua face e deixou seus rostos colados.
-Quem dera eu poder pegar todas essas estrelas e guardar numa caixinha, só para você. Pegar a lua e iluminar sua alma quando estiver triste. Fazer seu céu particular.
Hermione ofegou e selou seus lábios aos dele. Fora um beijo lento e delicado. Como se fossem pedras preciosas e precisassem de extremo cuidado.
-Eu esperei para fazer isso, Mione...-falou de repente. –Merlin, como estou nervoso! –suspirou. –Apesar disso, não consigo mais esperar.
-O q...-não terminou.
-Só me escuta. –falou com um dedo em seus lábios. –Eu perdi muito tempo na época de Hogwarts... –começou a falar sem medo.
Hermione tinha seus olhos chocolate vidrados no mar azul de Rony.
-...e tudo o que eu queria, era você. Mas não fui corajoso o bastante para aceitar e demonstrar isso. E é por esse motivo que não irei me arriscar novamente em perder tempo, sabendo o que quero. E diante desse céu, Mione, dessa imagem tão linda e que tanto lhe agrada, eu deixo todos os meus medos de lado. Em pensar que passei dias tentando achar uma forma de fazer isso e agora é apenas o meu amor por você falando...
Hermione sentia seu coração bater cada vez mais forte. Será que era o que estava pensando? Seus olhos já ardiam com as lágrimas que queriam descer.
-Mione...-sussurrou e fechou os olhos roçando sua face a dela. –Minha menina, minha mulher...-suspirou e olhou-a. -...quer casar comigo? –de repente sua voz se tornara baixa e rouca. Abriu uma pequena caixa enveludada dando visão ao um lindo e delicado anel.
Hermione se esqueceu de tudo. Inclusive que estava voando em uma vassoura e levou as mãos aos lábios.
Estava em estado choque. É claro que se imaginava casando com Rony, porém, achava que era algo mais para o futuro, já que não tocavam muito no assunto. Estava surpresa, e a felicidade que lhe invadia o peito não podia ser contida. As lágrimas desceram como cachoeira. Seu coração batia tão forte que achava que poderia desmaiar a qualquer momento..
-Mione? –Rony chamou desconcertado com seu silêncio. As faces vermelhas denunciando sua timidez. –Você está me deixando sem jeito. –falou baixinho.
Hermione sorriu e o abraçou forte.
-É claro que eu quero! Eu aceito me casar com você! –falou com a voz embargada.
Rony sorriu aliviado e colocou o anel em seu dedo e o beijou em seguida.
Hermione olhou bem para o anel como prova de que não estava sonhando. Voltou-se para Rony e rodeou seu pescoço com os braços e o beijou.
-Tinha razão quando disse que seria o melhor voo da minha vida. –sussurrou e alisou sua face. –Eu te amo, Rony.
-Eu também te amo, Hermione. –passou o polegar pelos seus lábios vermelhos e voltou a beijá-la, só que desta vez com gana e desejo de quero mais.
Rony juntou Hermione mais para perto, apertando-a contra seu corpo. O beijo era ardente e fogoso. Ele tentava ao máximo controlar suas mãos para não perder o equilíbrio da vassoura.
Para Hermione não importava mais se estava montada numa vassoura, seu foco era Rony. O queria por inteiro e naquele exato momento. Suas mãos pressionaram ainda mais os cabelos do ruivo abafando um gemido do mesmo durante o beijo.
A vassoura deu uma tremida e Rony separou-se ofegante.
-Acho que está na hora de descer. –falou respirando fundo e jogando os cabelos para trás.
-Concordo plenamente. –falou passando a língua pelos lábios.
Rony grunhiu e apertou Hermione em seus braços.
-Segura morena. –sussurrou e num segundo ambos estavam voando a uma velocidade incrivelmente rápida.
Assim que os pés tocaram o chão, Rony abraçou Hermione e a levantou em seus braços fazendo com que cruzasse as pernas em seu corpo.
Os lábios famintos se juntaram com ânsia. Os pés de Rony caminhavam a esmo pela escuridão, sem ao menos perceber, até que Hermione bateu num tronco de árvore. Ela gemeu com o choque, mas não de dor, e sim de prazer.
Rony postou suas mãos em suas coxas e as apertou, prensando os sexos excitados, e atacou o pescoço de Hermione com beijos e mordidas.
-Ron... –Hermione gemeu de olhos fechados, movimentando a cintura, roçando seus corpos ainda muito cobertos.
Hermione tratou logo de tirar-lhe a camisa e arranhou todo seu peito nu. Ela o olhou e sorriu marota. Rony retribuiu o sorriso e envolveu suas mechas castanhas com apenas uma mão e puxou sua cabeça para trás dando total acesso ao seu pescoço.
Hermione gemeu alto com essa ação. Estava tão excitada que seu sexo úmido latejava.
Rony arrancou-lhe a camisa com um movimento bruto, revelando seu sutien rendado o que deixava os bicos de seus seios a mostra. Passou a língua no local rodeando o mamilo. Hermione tremeu. Não tinha nada mais delicioso do que sentir Hermione tremer em seus braços.
Querendo mais contato com aquela parte particular do corpo de Hermione, Rony tirou a peça e apal/pou seus seios com ambas as mãos, enquanto sua boca procurou a dela num beijo avassalador.
Rony separou-se dela atordoado e arfante. Sentiu seu corpo arrepiar-se ao vê-la passar a língua pelos lábios inchados e vermelhos.
-Você é tão linda! –falou analisando seu peito nu e arfante. A saia preta com uma fenda na coxa esquerda delineava seu corpo perfeitamente.
Hermione sorriu de um modo angelical.
-Eu não deveria deixar você ir trabalhar com essa saia.
Hermione soltou uma risada alta e olhou para os olhos famintos de Rony.
-Não fica assim me olhando, Rony. –puxou-o. –Eu quero você. –sussurrou em seu ouvido.
Ela o beijou sem delongas. Suas mãos foram até o cinto e o tirou com maestria. Logo a calça do ruivo já estava em seu tornozelo juntamente com sua boxer. Ele se livrou de ambas e juntou seu corpo ao de Hermione gemendo baixinho em seu ouvido.
As mãos ágeis de Rony foram até suas coxas, alisando e apertando-as por debaixo da saia, o que arrancava suspiros da morena. Quando tocou o sexo carente, Hermione agarrou-se mais a ele temendo cair. Era tortura demais.
Rony tirou as últimas duas peças que cobriam seu lindo corpo. Tocou-a sem barreiras ouvindo-a chamar por seu nome e vendo seus lábios se apertarem tamanho era o prazer que sentia.
-Rony, para com isso! –pediu suplicante.
Rony riu. Hermione era maravilhosa. E era com ela que iria se casar.
Rony se encaixou, segurando uma de suas pernas, para penetrá-la. Fazia movimentos leves apenas atiçando-a o que era desesperador quanto para um quanto para outro.
Cansado desse joguinho, num movimento forte e viril, ele a penetrou. Hermione agarrou suas costas cravando as unhas e mordeu seu ombro.
-Não para... –falou com a voz rouca.
E ele não parou. Ao contrário, seus movimentos eram fortes e profundos, enquanto sua boca estava ocupada nas varias partes do corpo da morena.
Hermione sentia que suas forças estavam diminuindo cada vez mais e orgasmo cada vez mais próximo. Até que seus corpos explodiram juntos, num orgasmo intenso.
-Ron... –gemeu longamente de olhos fechados.
Quando os movimentos cessaram, as respirações eram pesadas e arfantes. Rony abraçou-se a ela recostando na árvore.
Hermione agarrou-se a ele sentindo seu corpo fraco, e sentindo-se impossibilitada de falar e andar naquele momento. Seus lábios apenas formavam um sorriso de satisfação.
Logo, já recuperado, Rony transfigurou sua capa num grande lençol e deitou Hermione no mesmo juntando-se a ela em seguida. Instantaneamente ela se abraçou a ele e começou a rir.
-O que foi? –perguntou curioso.
-Não acredito que fizemos amor numa árvore!
-Estamos expandindo nossas experiências! –riu.
Hermione se aconchegou mais nos braços do ruivo o que deu a ele uma visão melhor de seu pescoço molhado pelo suor. Começou, então, a soprar o local vendo a pele se arrepiar.
Hermione fechou os olhos e entrelaçou sua mão a dele. O anel brilhou de forma intensa.
-Ele é lindo. Acho que me esqueci de falar isso. –sorriu.
-Por um bom motivo!-sorriu e beijou seus lábios. –Delicado como você. –sussurrou em seu ouvido e lentamente sua mão se encaminhou até um dos seios e escutou Hermione suspirar. –Eu não disse? –zombou.
-Cala a boca, Rony! –falou divertida e deixou-se levar novamente pelas caricias de Rony.
Fim do Flash Back
Rony suspirou e uma única lágrima caiu de seu olho esquerdo.
-Malditas lembranças! –falou tenso e sentou-se. –Eu dava tudo para te encontrar.
Fechou os olhos, e antes de se deixar levar pelos pensamentos novamente, o som de um choro chamou sua atenção e ficou a escutar com mais atenção.
-Rose! –saiu correndo no mesmo instante para o andar de baixo.
Assim que abriu a porta, viu Rose sentada na cama e aos prantos. Logo quando aproximou pode ver o vômito feito pela filha. Sentou-se na cama, e pegou-a nos braços sentindo sua pele quente. Rose aninhou-se a ele, diminuindo o choro aos poucos.
-O que foi, Rose? –Está doendo algo? – perguntou, mas não obteve resposta. Rose apenas choramingava em seus braços.
Logo Molly entrou no quarto.
-O que está acontecendo? –perguntou preocupada.
-Não sei. Encontrei-a assim.
Molly deu uma olhada na neta e com sua experiência de sete filhos percebeu que não era nada grave e aplicou-lhe uma porção.
-Ela vai ficar bem. –falou vendo a neta sonolenta no colo do pai.
-Vou ficar um pouco com ela.
-Qualquer coisa me chame. –beijou a testa do filho e se foi.
Apesar de Rony saber que, realmente, o que Rose tinha não era nada grave, tudo o que se passava com ela, o assustava. Seu medo de perdê-la era muito grande.
Apertou-a mais forte em seus braços e beijou sua testa. Logo começou a cantar a canção que sua mãe cantava para ele e os irmãos quando eram pequenos. E assim, acabou por pegar no sono ali mesmo.
Quando amanheceu, Rony pode sentir delicados beijos em seu rosto e carinhos em seus cabelos. Sorriu. Pegou-a de surpresa e deitou-a em seu colo.
-Quer dizer que a mocinha está melhor?!
Rose confirmou com um aceno, sorrindo.
-“Fomi”, Rony.
Rony bufou.
-Quando é que vai me chamar de pai, posso saber?
-RONY, RONY! –Rose repetia as gargalhadas.
Rony chegou ao Ministério sentindo-se cansado. Dormira tarde e ainda por cima todo torto. Jogou-se na cadeira e esfregou os olhos.
-Harry? –chamou, mas não obteve resposta. –Não chegou. –sussurrou consigo. Mas logo, passos foram ouvidos.
-Achei que não ia chegar mais! –zombou.
-Desculpe, Rony. –falou uma voz fina.
-Lilá! –falou surpreso e a cumprimentou. –Achei que era o Harry.
-Tudo bem. Como você está?
-Bem e você?
-Em comparação com você tenho certeza que estou bem melhor!
Rony riu.
-Rose passou mal à noite. Não dormi muito bem.
-Podia ter me chamado.
-Não tinha necessidade. Minha mãe é muito boa com essas coisas.
-Mas ela melhorou?
-Sim. Por incrível que parece, está ótima.
-Venha, sente-se. Vou fazer uma massagem para se sentir melhor.
-Não precisa. –falou sem graça.
-Cala a boca e senta, Rony.
Ele não mais contestou, tomou um copo d’água e sentou.
Sentiu o toque das mãos de Lilá e relaxou. Suas mãos eram ótimas! Estava sendo uma maravilhosa massagem. Imaginou como seria sentir seus lábios novamente.
Rony despertou de seus pensamentos e arregalou os olhos. Ficou ereto na cadeira e paralisado. Onde estava com a cabeça? No que estava pensando? Lilá é sua amiga!
-Algum problema, Rony? –Lilá perguntou curvando-se e o olhando.
Rony não respondeu. Ficou mirá-la. Ela é bonita. –pensou.
Não mais que Hermione. –sua mente retrucou.
“Hermione não está mais aqui!”
Rony balançou a cabeça, confuso. O que estava acontecendo com ele?
-Rony? – Lilá chamou.
Rony fixou seu olhar nos lábios da loira. Eram convidativos. Aproximou-se lentamente até sentir sua respiração rápida.
-Não, Rony! –exclamou assustada e desconcertada.
Rony sentiu-se envergonhado e confuso. Olhou para Lilá e a viu com os olhos arregalados.
-Lilá...
-Diz ao Luka que nos falamos mais tarde. –falou sem olhá-lo e saiu.
-Droga! –bateu na mesa.
-Rony? –Harry chamou.
-Harry! –exclamou desesperado. –Eu não sei o que está acontecendo comigo...
-Acalme-se. –falou sem entender nada.
-Harry...-suspirou. – Eu quase beijei a Lilá.
-O QUE? –exclamou surpreso.
-É isso mesmo, Harry! Eu não sei o que deu em mim... eu...- desabou na cadeira.
-Eu pensei que eram só amigos...
-HARRY! PELO AMOR DE DEUS! – cortou-o e se levantou. – É claro que somo só amigos! E eu amo a Hermione! – sentiu-se ofendido.
-Ok, desculpe.
-Tudo bem. –falou derrotado. –Eu estou ficando louco! O que eu faço agora? O Luka, meu amigo... eu nunca faria algo assim... ele vai acabar comigo... como vou olhar pra ele... –falava sem parar, completamente desesperado.
-Rony. –Harry o segurou pelos ombros. –Fique quieto. Vamos por partes.
-Ok.
-Luka não saberá de nada. Você vai pedir desculpas a Lilá, e lembre-se: você não a beijou. E depois que pedir desculpas, esqueça esse assunto.
-Sim, esse é o melhor a fazer.
-Com certeza é o melhor e Lilá entenderá.
Ambos ficaram em silêncio por um momento. Harry refletia e brigava com a própria mente na decisão de falar ou não.
-Rony...- o ruivo virou-se para ele. - ... eu sei que é difícil... mas...acho que... –sentia medo de falar. – acho que precisa arranjar alguém.
Rony mudou de humor rapidamente. Apenas o olhou com a face vermelha de raiva e saiu.
Harry suspirou. Seria difícil para Rony arranjar outra mulher, na verdade, se estivesse na situação de Rony, pensava que não conseguiria encontrar outra. Era realmente uma situação difícil.
Quando chegou a casa, Rony deu uma olhada em Rose, que já dormia, seguiu para o seu quarto, e se jogou na cama.
Gostava de Lilá? Começou a se perguntar. Será que seu relacionamento com Hermione não era mais amor? Não, não podia ser! Seu amor por Hermione era intenso, e a saudade só fazia aumentar esse sentimento.
-De uma coisa eu tenho certeza: eu amo Hermione. –falou e foi logo escrever a carta de desculpas à Lilá. A loira muito compreensiva respondeu que estava tudo bem e que continuariam sendo amigos.
Rony ficou bem aliviado com a resposta da amiga, porém, sentia-se como tivesse traído Hermione. Acabou adormecendo com a cabeça latejando de tanto pensar. Seus sonhos eram perturbados e acordou na madrugada escutando um choro.
Saiu correndo, ainda sonolento, o que já era uma ação instantânea, e entrou no quarto de Rose. Viu-a descer da cama e correu até ela, pegando-a nos braços.
-Shii, o que foi, Estrela?
Quando olhou para o seu rosto, que até então não tinha visto, viu sangue escorrendo de seu nariz. Seu coração disparou. Sentou-a na cama e limpou a área ensangüentada, porém, o sangue não parava de descer.
De repente Rose se curvou e começou a vomitar.
-Meu Deus! –Rony exclamou sem saber o que fazer.
-Rony... –Rose choramingou segurando a cabeça com as duas mãozinhas.
-Calma, meu amor. Vai passar. –falou sentindo seus olhos inundarem pelo desespero da filha.
Gritou por sua mãe que logo chegou acompanhada de Arthur. Ambos também se assustaram e decidiram que Arthur acompanharia Rony e Rose até o St. Mungus.
Ao chegar, Rony foi logo perguntando por Adela e acabou encontrando Luna o que ajudou a encontrá-la.
Rony contou tudo a Medibruxa e ficou do lado de fora, com o pai, à espera. Andava de um lado para o outro, extremamente tenso. Não podia perder a filha.
Quando viu que Gina vinha em sua direção, correu até ela e a abraçou com força, sem tentar conter as lágrimas.
-Acalme-se, vai ficar tudo bem. –falou a ruiva com um aperto no coração. Sempre achara aqueles ataques de Rose estranhos, independente do resultado sempre positivo quanto a estar em perfeita saúde. E agora, a situação passara dos limites. Parecia que a cada crise, a gravidade aumentava.
-Gina...
-Não pense no pior, Rony. –cortou-o. –Vamos esperar e ver o que Adela fala.
Os três esperaram por quase uma hora sem notícia alguma. Rony estava impaciente e nervoso.
Quando viu a porta se abrir, correu até ela.
-E então, Adela, o que Rose tem?
Se desejarmos a morte, ela vem?
E.P.
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