5ºCapítulo-Cadê Hermione?
Rony chegou em casa praticamente dormindo em pé. Arrastou-se até o quarto e tirou a roupa, ficando apenas com sua boxer branca, e se jogou na cama. Seu estômago roncava, mas não tinha forças para se levantar.
-Rose. –sussurrou com um sorriso.
Ela nasceu! –pensou sem saber se estava acordado ou sonhando. Apenas sabia que estava feliz.
O dia logo amanheceu. Rony foi despertado pela fome que sentia desde a noite anterior. Esticou o corpo preguiçosamente ainda de olhos fechados. A noite passara tão rápido que parecia que dormira apenas meia hora.
Olhou para o relógio na mesinha ao lado, oito e meia da manhã. Rony deu um salto, já devia estar no hospital.
Tomou um banho apressado e praticamente engolira, com o intuito de apenas enganar a fome, o café que Tayla preparara. Despediu-se da elfa, pegou uma rosa vermelha que enfeitava o centro da mesa e se foi sorridente.
Chegou à sala de espera e lá estavam Harry e Gina conversando.
-Bom dia! –cumprimento o ruivo, radiante. –Acho que me atrasei. –riu.
Harry e Gina que até o momento não tinham se dado conta da presença do ruivo, sobressaltaram-se e o olharam tensos.
-Nossa, que cara a de vocês! Aposto que brigaram. –falou com um ar zombeteiro. –Mas nada que uma noite sozinhos não resolva. –riu do próprio comentário.
-Rony... –Gina tentou falar.
-Depois conversamos, Gina. Preciso ver Hermione e Rose. –falou se encaminhando até o quarto.
O casal não o impediu, apenas ficaram a seguir os passos do ruivo com o olhar.
Rony entrou no quarto silenciosamente. Olhou para a cama e Hermione não estava.
Banheiro! –pensou o ruivo e seguiu até ele, mas nada de encontrar Hermione.
-Mione, cadê você? Aposto que está fazendo gracinha vestindo a capa do Harry. –falou rindo.
Rony abriu a porta do quarto e saiu novamente.
-Gente, Hermione está no escritório da Adela? Eu não... –Rony parou de falar.
A passos firmes, vinha Adela na frente e alguns homens logo atrás, que Rony conhecia como os seguranças do St.Mungus.
-Nenhum sinal de Hermione. –Adela começou a falar sem notar a presença de Rony. - Procuramos por toda a área e... –parou de falar quando o viu.
Todos ficaram em silêncio.
Rony, quando ouvira a frase incompleta de Adela, paralisou. Seus olhos se arregalaram e a rosa que estava em sua mão foi ao chão. Sinal de Hermione? Será que escutara certo? Seus olhos arderam e o medo apoderou-se de si.
-Cadê Hermione? –perguntou num fio de voz, sentindo o coração bater acelerado.
O silêncio era inquebrável. Rony olhava atento para todos os rostos a sua frente, esperando uma resposta.
A mente de Rony começou a fervilhar em pensamentos. Seus músculos ficaram tensos e a respiração pesada.
-Onde está Hermione? –perguntou novamente com a voz dura.
-Rony... –Gina falou com a voz fraca. Rony direcionou seu olhar a ela.
-Hermione... Hermione... –a ruiva tentava falar, mas as palavras não saiam.
-Sumiu. –Harry completou praticamente num sussurro.
Rony olhou para Harry, sentindo seu corpo inteiro tremer. Seus olhos encheram-se de lágrimas, porém, Rony as deteve.
-Como assim sumiu? Ela deve ter ido passear com Rose, apenas isso. –argumentou na tentativa de desacreditar no fato.
-Infelizmente não, Rony. –Adela pronunciou, cautelosa. –Rose está dormindo no berçário.
Rony a olhou pálido. Como se fosse movido à pilha, saiu do seu estado de choque, correu em direção ao quarto e abriu a porta com um estrepito.
-HERMIONE! –gritou raivoso. –PARE DE GRACINHA!
Rony rodou todo o quarto jogando tudo para o alto. As lágrimas grossas rolavam pela sua face, embaçando sua visão, fazendo-o expulsa-las com violência.
Harry e Gina, ao ouvirem o grito do ruivo, o seguiram atordoados com o acontecimento.
-HERMIONE! –Rony gritou caminhando até a porta e Harry o parou.
Harry olhou nos seus profundos olhos azuis. Sua face estava vermelha, seus lábios tremiam na tentativa de conter o nervosismo, e as lágrimas marcavam seu rosto.
Rony avançou para Harry tentando passar por ele.
-SAIA DA FRENTE, HARRY! –gritou, usando todas as suas forças para afastá-lo.
-Rony... –Harry tentou acalmá-lo, mas era impossível. Rony estava descontrolado, se debatia com força, dificultando Harry de segura-lo.
Gina estava sem ação, em choque. Ver Rony daquela maneira era torturante e as lágrimas foram inevitáveis.
A cada minuto que passava, Rony sentia-se cada vez mais fraco, seu choro antes silencioso, transformara-se em soluços fortes e lágrimas incessantes.
Hermione sumira! SUMIRA! –sua mente repetia para si mesmo.
De repente, Rony parou de se debater deixando a dor o tomar. Abraçou Harry com força e chorou.
Harry retribuiu ao abraço do amigo abalado pelo seu estado.
-Vem, Rony. –Gina falou com a voz chorosa, se aproximando do irmão e o direcionando a uma poltrona.
-Harry, nós precisamos achá-la. Temos que chamar a equipe e fazer uma busca em toda a área fora do hospital. –falava tudo muito rápido, com sua voz rouca pelo choro.
-Se acalme, Rony. –Gina pediu com a voz fraca sem noção do que fazer.
-Não posso ficar calmo! Alguém levou Hermione! Eu preciso encontrá-la. –falou se alterando novamente.
-Rony, escute. –Harry falou sem saber como dar a notícia. Fora tudo muito rápido. –Assim que percebemos que Hermione não estava em lugar algum, acionamos os aurores, e imediatamente foi feita uma busca no St.Mungus e nos bairros próximos. Funcionários estão sendo interrogados no momento.
Harry parou de falar e olhou para Gina.
A hipótese que rondava a cabeça de Harry, sobre a falta de pistas, estava matando-o por dentro. Não queria acreditar no que as evidências o indicavam. Como poderia ser? Hermione nunca faria isso! Sua amiga, sua irmã!
-E vocês já acharam alguma pista de quem a levou? –Rony perguntou esperançoso, tirando Harry de seu devaneio.
-Rony... –Harry suspirou. –A falta de provas, nos leva a evidência de que Hermione não foi levada... Hermione... –engoliu em seco, sentindo os olhos arderem.
-Hermione o que? –Rony perguntou.
Harry olhou para Gina e viu seus olhos banhados em lágrimas novamente.
-Tudo indica... –Harry voltou a falar com a voz baixa. –que Hermione simplesmente... foi embora. –falou o último num fio de voz.
“Já experimentou a solidão?”
E.P.
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