3ºCapítulo -Desespero de Hermi

3ºCapítulo -Desespero de Hermi



Ao ouvir o nome de Rony, Hermione sentiu todo o seu corpo enrijecer e seus olhos saíram de foco. Sua cabeça rodou e imediatamente vários pensamentos ruins tomaram conta de sua mente.


 


       Gina levou a mão à boca, assustada.


 


       Harry se levantou e ajoelhou-se de frente para as duas.


 


-O que aconteceu com o Rony, Harry? –Gina perguntou com a voz trêmula.


 


-Eu não sei Gina, não sei... De repente ele estava... –Harry parou, percebendo que falara demais. Não queria ter que descrever a cena a elas.


 


       Hermione, que estava com o olhar perdido e o rosto molhado de lágrimas silenciosas, olhou para Harry assim que ele interrompeu a fala.


 


       Seu corpo tremia, sua mente fervilhava em pensamentos. O medo a assolou de modo intenso.


 


-Estava o que? –Hermione perguntou num fio de voz olhando para o amigo.


 


       Harry engoliu em seco sem saber o que dizer e como dizer.


 


-Diga logo, Harry! –Gina exclamou exasperada.


 


-Acho melhor não...


 


-RESPONDE, HARRY! –Hermione o cortou, exclamando alto o bastante para assustar os dois amigos. –Eu quero saber... –tornou a falar com a voz chorosa, entre soluços.


       Como contar uma cena daquelas? Harry sabia que Hermione não descansaria enquanto não soubesse o que havia acontecido, assim como Gina.


 


-De repente, quando eu o olhei... –começou com a voz baixa, sem conseguir olhar diretamente para as duas a sua frente. –seus olhos, ouvidos e nariz, escorriam sangue... e logo depois, ele começou a cuspir sangue. –Harry terminou sentindo um tremor pelo corpo ao relembrar a cena, foi realmente assustador.


 


       Gina soltou um grunhido de susto, enquanto Hermione soluçou num choro intenso.


 


       Harry sentiu-se péssimo por ter dito tudo aquilo a elas.


 


       Hermione levantou-se desajeitada, completamente abalada, andando de um lado para o outro.


 


-Rony. –sussurrou baixinho consigo mesma. –DROGA! PORQUE ISSO TINHA QUE ACONTECER? POR QUÊ? –gritou exasperada.


 


-Hermione, por favor, se acalme. –Harry falou tentando fazê-la sentar-se novamente.


                                                        


-Calma, Harry? Como quer que eu tenha calma?! Rony está internado, sem eu saber o porquê, ele está lá quase... –a fala foi interrompida por um soluço.


 


-Mione, olhe para mim. –falou Gina abraçando a amiga. –Não pense nisso ok? –tentou sorrir em meio às lágrimas.


 


-Vai ficar tudo bem. Luna está cuidando dele. –Harry falou tentando passar confiança.


 


       Hermione ficou em silêncio e olhou para os dois amigos.


 


-Pense em Rose. Por favor. –Harry pediu.


 


       Hermione confirmou chorando silenciosamente. Acariciou a barriga, sentindo um tremor pelo corpo. Sentou-se com a ajuda de Gina e ficou a pensar.


 


-Você já tem alguma notícia? Sabe como ele está? –Gina perguntou.


 


-Ainda não. Arthur ficou lá para que eu viesse aqui. 


 


-Como isso foi acontecer, Harry? Como? –Gina perguntou incrédula com a situação.


 


-Ainda não dá para saber, Gina. Foi tudo muito de repente. Mas nós vamos descobrir. Disso não tenha dúvidas. –Harry falou firme.


 


-Eu quero ver o Rony. Quero vê-lo agora. –Hermione falou de repente com a voz decidida.


 


       Harry e Gina olharam para Hermione


 


-Nós vamos, Mione. –Gina falou determinada.


 


      Gina, sem poder deixar os filhos sozinhos, mandou um patrono para as cunhadas, esposas de Fred e Jorge, solicitando a ajuda de ambas. Elas, já a par da situação, logo se prontificaram em ficar com os pequenos Potter’s, enquanto Harry, Gina e Hermione iam ao St.Mungus.


 


-Eu não vou me demorar. –Gina falou com as cunhadas.


 


-Não se preocupe Gina, fique o tempo que achar necessário. –falou Vivianne, esposa de Jorge.


 


-Os meninos estão em boas mãos. –falou Melanie, esposa de Fred.


 


-Eu sei. –sorriu agradecida.


 


-Vamos logo, estamos perdendo tempo. –falou Fred, preocupado, que viera junto com a esposa, irmão e cunhada.


 


       Assim Gina, Hermione, Fred e Jorge, foram para o St. Mungus, enquanto Harry seguia para o Ministério para começar as investigações.


 


       Harry chegou à porta da sala e encontrou Luka.


 


-Então, como ele está? –perguntou o auror.


 


-Ainda não tivemos notícias.  Vem, vamos entrar. Vamos analisar cada canto da sala antes de deixar o resto de a equipe entrar. –Harry falou tenso.


 


-Certo.


 


      Logo, Harry e Luka já estavam andando por cada canto da sala. O copo espatifado no chão foi o primeiro objeto que chamou a atenção de Harry. Olhou em seguida para o jarro de suco e ali uma ideia do que acontecera se formou em sua mente.


 


       Após olhar tudo o que queria, Harry liberou a sala para os outros aurores, o que os levaram, de acordo com as evidencias, as mesmas suspeitas de Harry.


 


-Quero a analise desse suco o mais rápido possível. Descubram o que tem nele. Se esse líquido foi mesmo a causa do ataque de Rony, isso quer dizer que temos um traidor dentro do nosso próprio sistema. E nem que eu tenha que virar dias e noites, eu vou achá-lo. –Harry falou firme olhando todos os rostos a sua frente.


 


       Todos assentiram e foram ao trabalho.


 


-Harry, se quiser eu fico por aqui e coordeno tudo. Se tiver alguma notícia eu lhe aviso. –Luka falou vendo a preocupação no rosto do amigo.


 


-Certo. –Harry falou ansioso por ir ver Rony. –Qualquer coisa, qualquer mínima coisa, não exite em me chamar.


 


-Não se preocupe.


 


       Harry retornou ao St.Mungus, encontrando todos reunidos.


 


-Alguma notícia? –perguntou Harry a Jorge que estava com Gina em seus braços.


 


-Nada ainda, Harry.


 


       Gina, assim que vira o moreno, saiu dos braços do irmão e o abraçou


 


-Isso, me troca por essa coisa ai! –Jorge tentou fazer a irmã sorrir. Ela o olhou carinhosa e sorriu.


 


-Já descobriram o que aconteceu, Harry? –perguntou Arthur, que estava abraçado a Molly.


 


       Hermione, que estava sentada em uma cadeira, trêmula e em silêncio desde o momento em que chegara sendo amparada por Fred, levantou o olhar em direção a Harry.


 


-Apenas hipóteses, Arthur. Nada mais que isso.


 


       A porta foi aberta e Hermione se levantou de um salto. Olhou para a loira a sua frente vestida de branco e engoliu em seco. Luna lhe sorriu, passando as mãos nos braços de Hermione, ela tremeu.


 


-Então Luna, o que aconteceu com Rony? –perguntou Gina.


 


-Rony foi envenenado. Foi algo que ele tomou. A poção usada concentra-se no cérebro da pessoa atingida, por isso o sangramento. A sorte foi que ele foi socorrido rapidamente, o que salvara sua vida e não deixará nenhuma seqüela. –Luna falou num tom profissional.


 


       Todos respiraram aliviados, exceto Hermione que continuava estática e tensa.


 


-Se Rony não fosse trago a tempo, ele correria sério risco de ficar cego, surdo e mudo e na pior das hipóteses, teria morte cerebral.


 


       Hermione sentiu as pernas bambearem e foi amparada por Jorge até uma cadeira.


 


-E como ele está? –perguntou Harry.


 


-Agora está dormindo. As poções que demos a ele são fortes. O líquido teve que ser retirado, se ficasse em seu organismo causaria algum dano no futuro.


 


-E de que cor era esse líquido?


 


-Pelo fato de ele ter sido alterado, dentro do organismo de Rony, ele não tinha a mesma cor que deveria ter. Quando o retiramos, estava negro. Esse feitiço é antigo e das trevas, pelo que eu saiba não temos registro dele aqui no St.Mungus nos últimos oito anos.


 


-Desde a queda de Voldemort. –sussurrou Harry.


 


-Mas se você fizer uma analise, poderá saber que bebida era. –Luna continuou.


 


-Certo. –Harry respondeu pensativo. –Você guardou o líquido?


                   


-Sim. Mas um dos medibruxos terá que acompanhá-lo na pesquisa. Ao menor contato com esse líquido pode ser perigoso.


 


-Certo. Eu gostaria de fazer isso o mais rápido possível.


 


-Claro! Vou falara com um assistente da minha equipe.


 


-Obrigada, Luna.


 


       Luna sorriu ao seu modo sonhador.


 


-Não se preocupem. –falou carinhosa. –Ele vai ficar bem.


 


       Os Weasley’s agradeceram e Luna se foi.


 


       Assim que Harry conseguiu a amostra do líquido, seguiu com o medibruxo para o Ministério.


 


       Fred e Jorge foram ao encontro das esposas, deixando Gina, Molly, Arthur e Hermione na sala de espera.


 


       Hermione não falava. Tinha o olhar perdido, estava pálida e trêmula.


 


-Mione, olhara para mim. –Gina pediu.


 


       A morena virou seus olhos de modo automático na direção da ruiva.


 


-Está tudo bem, ele vai ficar bem. –sorriu. Porém, Hermione não esboçou nenhum tipo de emoção, apenas o vazio em seu rosto.


 


       Harry retornou duas horas depois, encontrando os quatro ainda reunidos na sala.


 


-Então Harry, descobriu algo? –perguntou Arthur ansioso.


 


-Era exatamente o que eu imaginava. O veneno estava no suco que Rony tomou. Com certeza foi algo pensado e planejado. Mas, pelo fato de eu e Rony dividirmos a mesma sala, o alvo poderia ser eu ou Rony. Por enquanto não tem como saber.


 


-E pista de quem pode ter sido? –perguntou Molly.


 


-Infelizmente ainda não temos. Vamos entrevistar cada auror e profissionais que tem acesso a nossa sala. E se necessário, pediremos a autorização do Ministro para usa o Veritasserum.


 


       Molly e Arthur suspiraram, e foram para um canto.


 


       Harry foi até a esposa e Hermione. Agachou-se na frente da amiga e pegou suas mãos frias.


 


-Você está bem?


 


       Hermione apenas confirmou com um movimento da cabeça.


 


-Tente reagir. Rony não gostaria de vê-la assim.


 


-Eu estou bem, só preciso vê-lo. –falou com a voz fraca. –Você parece cansado. O dia foi corrido. Devia ir para casa.


 


-Nada disso. Você não pode aparatar sozinha esqueceu? –falou sorrindo. Hermione retribui com um meio sorriso.


 


       Harry beijou sua testa, levantou-se e abraçou Gina.


 


       Minutos depois, Luna apareceu autorizando visitas a Rony. Molly e Arthur foram os primeiros, mas não se demoraram. Gina foi em seguida, também rapidamente, pois Rony estava sonolento e ela precisava ir embora cuidar dos filhos.


 


-Eu não demoro, Harry. –Hermione falou se levantando com a ajuda do moreno.


 


-Não se preocupe.


 


       Hermione entrou no quarto iluminado apenas por uma luz fraca da vela. Puxou uma cadeira e sentou-se ao lado de Rony, enlaçando uma de suas mãos a dele.


 


       Rony sentindo o toque virou o rosto e mirou Hermione, sonolento. Ela esboçou um sorriso. Mas logo o sorriso foi substituído por lágrimas grossas e incontroláveis.


 


-Não chora, por favor. –Rony pediu com a voz fraca.


 


-Eu tive tanto medo. –declarou com a voz embargada.


 


-Você vai ter que me aguentar por muito tempo ainda. –tentou alegrá-la.


 


-Promete que vai ficar bem? –falou no desespero de tê-lo de volta.


 


-Eu já estou ótimo. Não se preocupe. –sorriu. –Quero lhe pedir um favor.


 


-Peça.


 


-Não deixe minha filha nascer antes que eu saia desse lugar. –riu acompanhado de Hermione.


 


-Vou fazer o possível.


 


       Hermione viu Rony suspirar e fechar os olhos novamente. Queria que ele ficasse acordado, ouvir sua voz e saber que estava realmente vivo. Porém, sabia que ele precisava de descanso.


 


-Vou deixar você descansar, vou estar na sala ao lado.


 


-Nada disso. –suspirou de olhos fechados. – Vá pra casa.


 


-Não quero ficar longe de você.


 


-Mas é preciso. Por favor. –pediu.


 


-Eu vou. –rendeu-se evitando contrariá-lo. –Amanhã estarei aqui. –curvou-se e selou seus lábios ao de Rony. –Eu te amo. –sussurrou mirando-o nos olhos.


 


       Rony ergueu a mão e alisou sua face e em seguida sua barriga.


 


-Eu também amo vocês.


 


      Hermione saiu do quarto sentindo-se mais aliviada e ficou a espera de Harry.


Em seguida, Harry a acompanhou até sua casa e seguiu para a sua em seguida.


 


       No dia seguinte, como prometido, Hermione já estava no quarto de Rony antes mesmo de o ruivo ter acordado. Entrelaçou sua mão a dele e seu olhar não desviava de seu rosto um minuto sequer, podendo observar sua face mais corada, os roxos debaixo dos olhos menos evidentes e sua feição mais serena.


                         


       Rony se remexeu na cama e virou o rosto abrindo os olhos lentamente.


 


-Oi. –Hermione falou baixinho. Rony sorriu.


 


-Como você está? –perguntou alisando seu rosto.


 


-Minha cabeça dói. –Rony falou tornando a fechar os olhos pela claridade.


 


-Vou chamar alguém. –falou fazendo menção de se levantar, mas Rony a segurou.


 


-Não. Fica aqui.


 


       Hermione voltou a sentar-se.


 


-Me dá um beijo? –pediu o ruivo. –Estou com saudades.


 


       Hermione sorriu, igualmente saudosa, e selou seus lábios aos dele num beijo calmo e não muito longo.


 


-Não vejo à hora de te ter em casa novamente. Sinto sua falta. –Hermione falou com lágrimas nos olhos.


 


-Logo eu vou sair daqui. –falou enxugando suas lágrimas. –E assim que eu o fizer, vou caçar que nem gato, o rato que fez isso. Preciso falar com o Harry. Ele veio com você? –falou mais agitado.


 


-Veio. Mas agora não é hora para falar disso. -Hermione ficou tensa.


 


-Com certeza ele já deve ter alguma novidade. –falou ignorando a fala de Hermione.


 


-Rony. –chamou repreendendo-o.


 


-Ok, ok. Não falo mais sobre isso. Por enquanto.


 


       Dia após dia Harry se esforçava para encontrar o responsável pelo ataque, mas as pistas eram mínimas, o que levava ao fracasso da descoberta.


 


-Eu não vou desistir. Nós vamos achar o responsável. –Harry falou com Luka certo dia.


 


      Nos seis dias em que Rony permaneceu internado, Hermione estava ao seu lado a todo o momento que se era possível.


 


           Já ele estava impaciente deitado naquela cama e louco para ir embora.


 


       Quando o dia chegou sorriu aliviado, mas emburrou-se por seu pai ter que acompanhá-lo até em casa.


 


-Não tinha necessidade disso. Eu estou ótimo. –falou carrancudo.


 


       Arthur riu.


 


-Nada de muito esforço, Rony. E a qualquer mal estar me procure. –falou Luna.


 


-Pode deixar, eu vou ficar de olho nesse mocinho. –falou Arthur.


 


       Rony bufou e revirou os olhos.


 


       Ambos se despediram de Luna e se foram.


 


       Quando Hermione o viu entrar pela porta, seu coração deu um salto de felicidade. Era um alivio muito grande tê-lo em casa novamente.


 


       Arthur conversou com o casal por breves minutos e depois os deixou a sós.


 


       Hermione fechou a porta e virou-se para olhar Rony que estava de pé no outro lado da sala. Sorriu abertamente com os olhos brilhando. Rony enfiou as mãos nos bolsos e também sorriu.


 


-Vai ficar ai só olhando? –Rony falou brincalhão.


 


       Hermione riu balançando a cabeça e caminhou até Rony, abraçando-o com força e o beijando com saudade.


 


       O beijo foi longo. As mãos de Rony se perderam nos cabelos sedosos de Hermione puxando-a para si.


 


       Rony terminou o beijo com vários selinhos, e suspirou de olhos fechados. Grudou sua testa com a dela e sussurrou:


-Estou louco para chegar o dia de te levar para cama e fazer amor com você até não aguentar mais.


 


       Hermione riu e distribuiu beijos pelo seu pescoço.


 


-Isso é maldade! –exclamou puxando-a para que sentassem no sofá.


 


-Tudo o que eu queria era ter você aqui.


 


-E eu estou! –exclamou sorridente. –E melhor ainda... não perdi o nascimento de Rose. Que medo eu senti!


 


       Hermione riu.


 


-Sério! Eu não me perdoaria se perdesse! –suspirou. –E como você está?


 


-Agora estou bem. Só quero que me abrace.


 


       O dia seguinte, Rony esteve de folga e aproveitou para ficar em casa e passar o dia com Hermione. Estava sentindo-se perfeitamente bem. A única coisa que ainda sentia, após ter saído do St.Mungus, é garganta seca e vontade exagerada de beber água.


 


       Durante a madrugada Rony despertou com essa mesma vontade. Olhou para o lado e a jarra estava vazia. Levantou-se com cuidado, para não acordar Hermione, e desceu as escadas em direção a cozinha.


 


 


       Estava tomando o segundo copo d’água quando um grito o assustou.


 


-RONNYYYYY!!!


 


       Rony engasgou, deixando copo e jarra irem ao chão e saiu desabalado para o quarto.


 


-HERMIONE! HERMIONE! –chamou desesperado quando chegou ao quarto completamente sem ar. –O que aconteceu? –perguntou pulando na cama.


 


-Onde você estava? –Hermione perguntou calma.


 


-Bebendo água. –respondeu confuso recuperando o fôlego. –Por que você gritou?


 


-Não te encontrei na cama.


 


-Por Merlin, Mione! Você quase me matou de susto! Achei que tinha acontecido alguma coisa! Que Rose já tinha nascido! –falou tentando se acalmar.


 


       Hermione riu.


 


-Desculpe. –falou passando a mão pela barriga.


 


-Está tudo bem?


 


       Hermione apenas confirmou.


 


-Certo. Eu já volto. –se levantou.


 


-Rony! –chamou apressada antes que Rony saísse.


 


       Rony tropeçou nos próprios pés quase caindo. Olhou para Hermione e suspirou.


 


-O que foi dessa vez?


 


-Hmmm... não demora. –falou desconsertada e respirou fundo em seguida.


 


-Ok. –falou rindo e saiu.


 


-Rony! –Hermione chamou alto novamente para que pudesse ouvir. Pode escutar algo se quebrar corredor e viu a face vermelha de Rony no batente da porta.


 


-O vaso quebrou. –anunciou o ruivo afobado. –Rose não nasceu ainda, não é? –fez a pergunta obvia.


 


-Não. Ela ainda está aqui. –falou com ar de riso apontando para sua barriga.


 


-Então qual é o motivo de você me chamar pela terceira vez, quase me matando do coração?


 


-Traz um copo d’água para mim? –pediu respirando fundo.


 


-Certo, eu trago. –falou pausadamente. –Mais alguma coisa?


 


-Nesse momento não.


 


-Tem certeza?


 


       Hermione confirmou.


 


-Hoje eu morro, Mione! Definitivamente! –falou saindo do quarto.


 


       Rony limpou tudo na cozinha e aproveitou para fazer um lanche.


 


       Hermione estava deitada na cama, as mãos na barriga, a sua espera.


 


-Ui! –falou se ajeitando na cama.


 


       Podia sentir umas pontadas no ventre. E a seu ver, parecia intensificar a cada espaço de tempo.


 


       Olhou para o relógio ao lado, três da manhã. Rony já estava na cozinha há quinze minutos.


 


       Cravou as mãos na colcha sentindo outra dor. Segurou o gemido e fechou os olhos.


 


       Estava alarmada. Os métodos do parto bruxo são diferentes dos tradicionais. Estava com medo. Não sabia se estava na hora, afinal é sua primeira gravidez. Já sentira algumas cólicas antes, mas todas elas passaram logo depois.


 


-Ai! –falou sentindo outra contração. Respirou fundo.


 


       Não tinha mais duvidas.


 


-É agora. –falou com um meio sorriso. –RONYYY!!! –gritou.


 


“Podemos sentir dor e felicidade ao mesmo tempo? É possível?”


       E.P


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N/A: Thamiressss glamourrrr... também estou com saudades ... Obrigada por estar sempre aqui!!!!!!
Besossss *-*

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