Capítulo Vinte
Where Roses Grow Wild Capítulo Vinte “O que você fez com Harry?”, Draco Malfoy perguntou-lhe naquela noite, quando finalmente conseguiu tirar Hermione para a valsa que ela lhe havia prometido. Sorrindo para aquele parceiro de dança franco, Hermione deu de ombros elegantemente. “Não fiz nada com ele”, teimou. “Por quê? Você acha que ele está agindo de modo diferente?” “Por Deus, acho sim.” Draco rodopiou Hermione habilmente pelo assoalho muito polido do Grande Saguão, onde dezenas de casais dançavam a valsa tocada pela orquestra de oito instrumentos. “Todos me perguntam o que deu nele. Ele já mandou Sir Thomas Payton embora por consumir ópio na mesa de bilhar e agora, pelo que entendi, informou o conde de Derby, que a menos que mantenha as mãos longe da criadagem, vai fazer com que ele seja banido de Potter…” Hermione levantou as sobrancelhas, impressionada, ainda que a contragosto. “Ele realmente consegue fazer isso?” “De fato, consegue sim. Com animais como os dele e o príncipe de Gales tão louco por cavalos? Harry pode fazer quase qualquer maldita coisa que lhe der na veneta…” Draco olhou pra ela com ar culpado. “Desculpe. Não tive intenção de fazer uma imprecação.” Hermione riu, sentindo a cabeça maravilhosamente leve, tanto devido ao champanhe que consumira com a ceia quanto pela força viva da dança. “Pode praguejar o quanto quiser. Eu não me importo.” “Não se importa?” Draco parecia encantado. “Meu Deus, você é mesmo um tipo muito especial. Mas, falando sério, você não vai mesmo me dizer o que fez com Harry?” “Não fiz nada com ele”, insistiu Hermione. “Honestamente, não sei do que você está falando!” “Mentirosa”, disse Draco. “Qualquer pessoa que tenha olhos tão brilhantes como os seus só pode estar aprontando alguma coisa. Mesmo um tolo como eu sabe disso.” Hermione apenas balançou a cabeça, dando um sorriso. Sabia que os seus olhos brilhavam tanto quanto os diamantes da tiara que ostentava sobre o esmerado penteado, mas não havia nada que pudesse fazer para controlar isso. No belo vestido branco de baile e com todo o brilho das lantejoulas, Hermione sabia que, graças ao Sr. Worth, ela parecia uma princesa saída de um dos livros de história de Jeremy. Tinha visto as sobrancelhas levantadas da viscondessa e das amigas dela quando Evers anunciou sua entrada e ela desceu a escadaria com toda a altivez de uma rainha. Mas, se alguém esperava que ela agisse como uma rainha, ficaria surpreendido, porque Hermione estava determinada a retribuir todo o desprezo que havia recebido da viscondessa e de suas amigas… apenas com afabilidade, e não com amargura. Portanto, quando Harry foi recebê-la ao pé da escadaria, com uma expressão de franca admiração nos olhos cinza, isso foi exatamente o que tinha feito. Sorriu cortesmente para todos os convidados de Harry, tomando o cuidado especial de cumprimentar Lady Arabella pelo seu vestuário, e chegando a perguntar com delicadeza onde ela tinha comprado seu leque. A viscondessa respondeu monossilabicamente, branca de raiva, enquanto Harry assistia a tudo, divertindo-se candidamente com a cena. Ninguém poderia dizer que Hermione não agira como a mais amável das anfitriãs. Na posição de cavalheiro de mais alta categoria presente, era necessário que Lord Harry abrisse o baile, dançando com a anfitriã. Como Hermione tinha deixado muito claro mais de uma vez, os convidados eram só dele e não dela, de forma que não se considerava a anfitriã do baile e pensava que ele iria convidar a viscondessa para a primeira quadrille. Hermione engolia uma colher de merengue quando Harry se aproximou. Fazendo uma grande mesura diante dela, ele lhe perguntou, com toda a tranqüilidade, se Hermione gostaria de dançar. Ela ficou tão espantada que por pouco não engasgou. Logo percebeu que não fora a única a ficar surpresa com esse acontecimento inesperado, mas, com a exceção dos Herbert e, possivelmente, de Draco Malfoy, ela era a única para quem o choque era agradável. Notou a viscondessa indo de grupo em grupo, sussurrando ameaçadoramente atrás do leque e dando olhares sombrios para Hermione e seus diversos parceiros de dança. Esta, porém, não se importou nem um pouco. Estava se divertindo demais para permitir que Arabella Ashbury estragasse a sua noite. Voltando a atenção novamente para o Sr. Malfoy, Hermione percebeu que ele mais uma a acusava de ter “feito alguma coisa” com o amigo dele. “Desculpe-me”, disse ela. “Mas não tenho idéia de sobre o que você está falando. Não posso dizer que Lord Harry e eu sejamos amigos. Estamos quase sempre brigando. Talvez ele ainda esteja aborrecido com algum insulto que eu lhe disse inadvertidamente.” “Oh, então você acha que é isso? Por uma hora ele está cantarolando e, em seguida, está louco de raiva?” Observando o rosto de Hermione , Draco foi ficando sério. “Você honestamente não tem a menor idéia, não é?” Como Hermione não acreditava que a transformação de Harry tivesse a ver com algo que ela pudesse ter dito, balançou a cabeça. Com certeza ele estava meramente cumprindo a sua parte do recente acordo que tinham feito e isso era tudo. Mesmo assim, era o suficiente. Hermione se sentia mais feliz do que jamais estivera do que jamais estivera desde a chegada em Potter. Enquanto Draco a rodopiava pela pista de dança os dois passaram por Anne Herbert, que sorriu para Hermione . Um plano tortuoso, porém bem-intencionado, se formou na cabeça de Hermione e ela disse a Draco: “Você deve convidar Anne Herbert para a próxima dança”. Draco pareceu confuso. “Quem?” “Anne Herbert. A filha mais velha de Sir Arthur. Uma moça muito encantadora!” Draco deu uma olhada na direção de Anne. “Aquela moça, é dela que você está falando? A sem graça?” “Ela não é sem graça”, disse Hermione , ofendida. “Tem uma beleza sutil demais para ser percebida com uma olhadela casual como essa. Você deveria convidá-la para a próxima dança.” Como um típico representando do sexo masculino, Draco não gostava que lhe dissessem o que fazer. “Por que deveria?” “Bem, porque ela me disse hoje que acha você muito bonito”, mentir Hermione , sem nenhuma dificuldade. “E acha que você é divertido.” Draco ficou todo envaidecido. “Ela acha, é? E também bonito?” “Sim e muito.” Quando a valsa deles terminou, Draco fez uma mesura para Hermione e então tomou o caminho mais curto até Anne Herbert, que pareceu bastante surpresa ao ser convidada a dançar por um cavalheiro tão ilustre. Nada assim lhe tinha acontecido antes. Sem parceiro pela primeira vez em toda a noite, Hermione , passou o olhar pela pista de dança, em busca de um certo casaco preto no meio de um mar de muito casacos pretos. Encontrou Harry instantaneamente, dançando com uma mulher grande que ela não reconheceu e parecendo muito descontente com a situação. Hermione abafou um risinho. Sabia que o baile era um desperdício extravagante de dinheiro, mas, ora!, ela estava se divertindo muito! Sentindo que os pentes da sua tiara estavam escorregando, Hermione aproveitou os poucos minutos que tinha livres entre um pedido e outro para dançar e correu para o seu quarto, a fim de que Lucy consertasse o estrago feito por todo aquele valsar. Depois de ter se refrescado e trocado observações amistosas com a criada, Hermione deixou o Quarto Rosa, ansiosa em voltar para o baile. Mas, no corredor, ouviu vozes que não reconheceu. Um dos quartos próximos ao de Hermione estava sendo usado naquela noite como uma sala para as senhoras, e diversas mulheres estavam saindo de lá, conversando baixo. Tomada por um acesso súbito de timidez, Hermione se escondeu no vão de uma porta para não ter de falar com essas grandes damas. Não se sentia nem um pouco inclinada a tanto, depois de todo o champanhe que tinha consumido. “Não pode ser verdade!”, exclamou uma das senhoras. “Simplesmente me recuso a acreditar nisso.” “Arabella insiste que sim”, disse uma outra mulher com firmeza. “Mas onde poderia ter ouvido uma coisa dessas?” “Ela afirma que Ashbury estava lá quando aconteceu. Em Veneza.” “Mas, se é verdade, porque Harry não sabe disso?” “Talvez ele saiba.” “Mas então por que permite que a irmã da sirigaita viva aqui?” Hermione sentiu o coração começar a bater com força. Estavam falando sobre ela!” “O que ele pode fazer? Seja isso verdade ou não, o menino continua a ser o novo duque de Potter. E dizem que o menino se recusava a vir sem a tia.” “E você sabe que a última coisa que Harry quer é ter a responsabilidade do título…” “mas que Lord Jonh tenha sido assassinado pelo amante da sua esposa… realmente, é demais para se acreditar!É como alguma coisa de um romance.” “Tem de ser verdade. Por que Arabella inventaria isso?” “Ela está com ciúmes. Qualquer tolo vê que a irmã atraiu o olho de Lord Harry”, respondeu a primeira mulher. “Ela não está inventando”, declarou uma voz de mulher mais velha. “Eu me lembro de ouvir alguma coisa semelhante na época da morte de Lord Jonh…” “Minhas caras! Vocês sabem o que isso significa, não sabem? Ora, aquele menino pode nem ser um Potter!” As vozes das mulheres foram ficando mais baixas à medida que se afastavam dos ouvidos de Hermione . De pé no vão sombrio, Hermione tremia, os ombros caídos. Não podia ser verdade. Não podia ser verdade. Como a viscondessa conseguir ser tão cruel? Dizer para todos… para todo o mundo! Sem dúvida alguém iria dizer alguma coisa para Harry e então, o que aconteceria? Oh, Deus! Atravessando cegamente a galeria, de cabeça baixa, Hermione passou pela escadaria dupla e pegou o corredor, na direção da escada de serviço. Precisava ficar um pouco sozinha, em algum lugar onde pudesse evitar boatos e olhares especulativos. Instintivamente, dirigiu-se para a estufa, tomando um caminho indireto que passava pelas cozinhas, onde todos estariam ocupados demais na preparação da comida para notá-la. Na relativa escuridão da estufa - a única luz era a da lua, que chegava através do teto de vidro -, Hermione começou a se sentir um pouco melhor. Caminhou de um lado ao outro pelas aléias, entre os canteiros de flores, inalando o cheiro pingente de rosas misturado com o de turfa. Continuava a achar estranho ver flores tão bonitas como aquelas quando do lado de fora havia neve por toda a parte. Só ouvia a orquestra tocando no Grande Saguão. De vez em quando, ouvia um tinir de copos ou uma gargalhada que vinha de um dos corredores próximos. Como a sua vida havia mudado desde a vida calma em Applesby! Antes tinha dois vestidos e agora tinha mais de vinte; antes não sabia de onde sairia sua próxima refeição e agora tinha medo de ter comido demais. Aquele era o seu primeiro baile, sua primeira noite em sociedade, e veja o que estava fazendo com ela: escondendo-se com os lírios e as samambaias! Mas não podia voltar para lá, não com a viscondessa espalhando aqueles boatos. E se alguém os mencionasse a Lord Harry? O que diria ele? O que faria? Um som próximo fez Hermione parar seu ziguezague e levantar a cabeça. Havia uma grande forma indistinta ao lado dos rododendros. Hermione ouviu uma respiração pesada e difícil. Santo Deus, pensou ela, sentindo arrepios nos braços. É um dos ogres dos livros de história de Jeremy… “Srta. Granger!” Era um ogre que sabia o nome dela, mas Hermione não reconheceu a voz. “É muito apropriado que eu me encontre por acaso com a senhorita aqui, junto com todas as flores exóticas.” Hermione apertou os olhos na escuridão. A sua reação inicial foi correr, mas não desejava mostrar covardia se pudesse evitar. “Quem é?”, interpelou ela. “Mostre-se.” Atendendo à ordem, o ogre deu um passo para um espaço iluminado pela lua e Hermione deu por si olhando, com alguma surpresa, para o conde de Derby. “Oh”, disse ela. “É o senhor.” O conde deu mais um passo à frente e disse: “Sim, sou eu. Desculpe se a perturbei. A senhorita esperava alguma outra pessoa?” Hermione piscou. “Não.” “Só perguntei por que me surpreende a senhorita estar aqui enquanto toda a dança acontece no salão ao lado.” Alguma coisa nas maneiras do conde pareceu estranha para Hermione . Ela não conseguia descobrir o que era. “Tem certeza de que não ia se encontrar com ninguém? Um amante, talvez?” Hermione sentiu o rosto arder. “É claro que não!”, exclamou ela. “Que casualidade, então”, disse o conde, “que nos encontremos assim.” Hermione fitou o conde. Era um homem grande, ainda não de meia idade, mas o seu rosto tinha se tornado rubicundo devido à vida de libertinagem. Houve época em que teria sido musculoso. Mas agora os músculos tinham virado gordura, deixando-o com um pescoço extremamente grosso e um pouco de barriga. Olhando-o, Hermione pensou no filho mais velho dele, um sujeito esquisito de vinte anos, que já tinha conseguido ofender a maioria das criadas do Solar Potter. Tal pai, tal filho, disse Hermione a si mesma, dando um passo pra trás por precaução. “A senhorita é muito quietinha, não é mesmo?” Lord Derby chegou mais perto. “Gosto disso em uma mulher. Não gosto muito de gritinhos e risadinhas.” “Lord Derby”, disse Hermione , ainda recuando. estava assustada e não sabia por quê. "Eu… eu estava justamente voltando para o baile. Talvez o senhor gostasse de me escoltar?" "Para que tanta pressa? Aprecio este lugar. Gostoso e calmo." As palavras sairam indistintamente da sua boca, como se tivesse dito "goxtoxecamo". Hermione sabia que ele devia estar muito bêbado para vaguear tão longe da comida e da bebida. Disse-lhe: "Talvez o senhor gostasse de ficar aqui, então, enquanto vou buscar mais uma bebida para o senhor. O senhor gostaria?" O conde de Derby balançou um dedo gordo na direção dela. "Você não vai voltar. Conheço as mulheres como você. Provocante! Vocês todas estão sempre provocando!" "Mas é claro que eu volto", mentiu Hermione com voz doce. "Também gosto dessa calma aqui. O senhor quer champanhe ou vinho, Lord Derby?" "O que eu gostaria, minha moça, é que você ficasse parada um minuto." O conde passou a mão sobre os olhos. "Você está me deixando atordoado, movendo-se de um lado para o outro assim…" Hermione tentou passar rapidamente por ele, pensando que talvez estivesse bêbado demais para ter o reflexo de detê-la. Mas pensou errado. Rápido como um gato, Lord Derby estendeu o braço e capturou a cintura estreita dela, segurando-a com mão de ferro. Com força surpreendente, o conde a arrastou para ele até que o rosto de Hermione estivesse quase sufocado pelas moles dobras de carne por baixo do colete preto dele. "Lord Derby!", exclamou Hermione , mais surpresa pela rapidez do ataque do que com raiva. "O que…" "Estou de olho em você, minha menina", declarou estrondosamente o conde. "Você me faz lembrar de uma pessoa, alguém que conheci em Londres no ano passado. Você é um pouco mais bonita, mas tem o mesmo rosto rosado…" "Lord Derby!", o rosto de Hermione ardia não de indignação, mas de vergonha. Era muito possível que ele tivesse encontrado alguém em Londres de quem ela o fazia se lembrar, alguém para quem o comportamento que o conde exibia naquele momento seria muito apropriado. Se acontecesse de ele se lembrar exatamente… Ela bateu furiosamente com o pulso contra o largo peito do conde. "Como o senhor ousa! Solte-me imediatamente ou vou contar a Lord Harry!" Lord Derby riu. "Você acha que o velho Harry não vai me entender? É claro que tem a mesma coisa em mente!" Uma voz fria soou na escuridão. "Basta, Derby. Solte a moça." O conde de Derby a soltou tão rapidamente que Hermione cambaleou para trás e teria caído se o seu braço não tivesse sido seguro com firmeza por Lord Harry. Ele a olhou, os olhos inescrutáveis nas sombras, mas os lábios tinham um sorriso estranho, nada amistoso. Os dedos que seguravam o braço nu de Hermione eram como gelo. Com uma voz controlada e sem entonação, Harry disse para Lord Derbu: "Bem, meu velho, você parece ter se esquecido do que eu lhe disse que aconteceria se você encostasse um dedo na srta. Granger". "Mas ele não fez isso", apressou-se Hermione a intervir. A última coisa que queria era causar mais problemas entre Harry e seus amigos. "Pôr um dedo em mim, quero dizer". "Não?" Hermione balançou a cabeça rapidamente. Nunca tinha visto o rosto de alguém com a expressão que Harry tinha naquele momento. Ela ficou muito assustada. "Sorte dele, então", disse Harry. O olhar frio se afastou da oscilante figura de Lord Derby. "Porque, se ele tivesse, só me restaria mandá-lo embora. Certo, meu velho?" "Acho que sim", disse o conde com um soluço, sem parecer muito preocupado. "Se é isso que você diz, Potter." Depois de dar um olhar final de advertência na direção do conde, Harry tirou os dedos do braço de Hermione e os pôs na cintura dela, conduzindo-a da estufa para o corredor mal iluminado que levava ao Grande Saguão. "O que", ele inquiriu quase imediatamente, "você estava fazendo ali sozinha? Não tem nem um pouco de juízo? Por que não me disse onde estava indo? Fiquei procurando você por toda parte." Todo o medo de Hermione desapareceu em uma explosão de indignação. "Não sabia que precisava pedir sua permissão para sair de uma sala!" "Você não precisa pedir a minha permissão", disse Harry com uma sensatez que a deixava furiosa. "Mas poderia ter me avisado que ia sair do baile. Hermione , isso não é exatamente como o Festival da Colheita de Applesby. Esses homens são… acostumados a conseguir o que querem. Não é sensato para uma jovem ficar vagando por aí sem um acompanhante enquanto esses cavalheiros estão bêbados." Hermione olhou-o fixamente. "Cavalheiros! Isso é que é usar um termo com liberdade!" Então, vendo que ele a encaminhava na direção do Grande Saguão, ela de repente empacou. "Ah, não!" Harry baixou os olhos para olhá-la melhor, confuso. "O quê? Você não está pronta para voltar?" "Eu…" Egeen levantou a cabeça para ele, com expressão de desespero nos olhos. Gostava da sensação do braço dele ao redor da sua cintura, do calor do seu abraço parcial. Na verdade, temia gostar de tudo isso um pouco demais. Não seria bom começar a se acostumar às atenções de Harry. No minuto em que ele tomasse conhecimento dos boatos que estavam circulando, essas atenções cessariam. E o que dizer sobre aquilo que Lord Derby tinha dito, de ela o fazer se lembrar de alguém? Suponha que ele ficasse sóbrio e se lembrasse da pessoa com quem ela se parecia? Hermione fez um gesto nervoso para se libertar e Harry instantaneamente a soltou, como se ela fosse um ferro que tivesse ficado quente demais para manter na mão. "Eu prefiro não voltar", gaguejou Hermione . "Acho que estou pronta para me recolher por hoje…" "Ah", disse Harry com cara de quem entende. "Tomou um pouco demais de champanhe?" "S-sim", sussurrou Hermione . "É isso. Se você me der licença…" "Não." Harry agarrou o cotovelo dela. "Eu a acompanho até o seu quarto." Hermione começou a protestar, mas ele levantou uma das mãos. "Vamos, vamos. Não se esqueça de Lord Derby. Não gostaríamos que você desse de cara com outro dos meus companheiros bêbados no corredor. Eu insisto." Hermione não tinha outra escolha a não ser permitir que ele a conduzisse ao seu quarto. Foram pela escada do fundo e não encontraram ninguém. Foi apenas quando estavam chegando à porta do Quarto Rosa que Harry perguntou, com curiosidade: "Posso indagar o que motivou aquela visita à estufa?". Ela levantou os olhos para ele. O perfil de Harry era tudo o que podia ver na luz fraca e ele parecia um pouco ameaçador. Hermione suspirou e, inexplicavelmente, os seus olhos se encheram de lágrimas. "Ora, ora", disse Harry apressadamente. Pôs os dedos debaixo do queixo de Hermione e levantou o seu rosto. "O que eu estou vendo são lágrimas?" Hermione piscou, envergonhada da sua própria fraqueza. "Não", disse, a voz sufocada pelos soluços. "Eu apenas… estou com alguma coisa no olho." "Não acredito." Harry tirou um lenço de linho branco do bolso do colete e encostou uma ponta nos cantos dos olhos úmidos dela. "Hermione , o que é? Você não pode me contar?" Comovida com o calor da voz dele, Hermione baixou os olhos. "Eu não ouso", suspirou ela. "Diga-me. Eu escorracei o horrendo vigário, não foi? E o detestável Lord Derby. Talvez também possa livrá-la do que a aflige." "Você não pode", disse Hermione e de repente as lágrimas jorraram, uma verdadeira enxurrada. Harry estava tão surpreso como se de repente tivesse começado a chover dentro de casa. Soltou uma praga em voz baixa e então, olhando para um lado e outro do corredor, estendeu a mão para a maçaneta da porta do quarto dela. "Aqui dentro", ordenou ele. "Vamos esclarecer isso, você e eu. Agora." Hermione estava perturbada demais para protestar. Por mais que tentasse, não conseguia parar de chorar. Sem pensar, foi direto para a cama, jogando-se sobre ela para soluçar com o rosto mergulhado nos travesseiros macios. Nem pensou no que Harry poderia fazer enquanto ela chorava. Lucy aparentemente tinha descido para jantar, deixando o quarto escuro, a não ser pelo brilho do fogo da lareira, que já estava se pagando. Hermione ouviu Harry trancar a porta atrás de si para ter certeza de que não seriam perturbados. Se Harry achou o comportamento dela estranho, não disse nada. Quando recuperou o autocontrole e levantou a cabeça do travesseiro, ela o viu de pé a cerca de meio metro da cama. Ele a fitava com uma expressão inescrutável no rosto, os braços cruzados sobre o peito. "E agora", perguntou ele, "você poderia me dizer o que significa tudo isso?" Hermione engoliu em seco. Não fazia sentido algum continuar ocultando o fato. Ele ia acabar ouvindo da boca de alguém. Respirando fundo e tremendo, Hermione disse: "Eu… eu ouvi algumas damas fofocando". "Ouviu?" A voz de Harry denotava apenas um interesse distante. "As damas têm a tendência a fazer isso. O que, precisamente, diziam elas?" Ela não conseguiu evitar um pequeno soluço. "Que… que o seu irmão Jonh morreu em um duelo por causa da minha irmã Katherine". Ela olhou-o para ver como ele recebia a notícia. Harry cerrou o dentes um pouco. "Entendo", disse ele com cuidado. A sua voz era impassível. "E onde essas senhoras teriam ouvido essa história, eu me pergunto?" "Eu-eu não sei", mentiu ela. Hermione não ousava lhe dizer que a viscondessa era quem espalhara o boato. Ele apenas a acusaria novamente de estar com ciúmes… Harry descruzou os braços e se aproximou da cama. Hermione , começando a tremer um pouco debaixo do olhar direto dele, recusou-se a se intimidar. Levantou o queixo, fitando-o desafiadoramente, apesar de saber que a vantagem era dele, já que ele estava de pé e ela, esticada de costas sobre a cama, as saias infladas como um balão ao seu redor. "Isso é verdade?", foi tudo o que ele perguntou. Hermione baixou os olhos e em seguida, juntando coragem, olho-o nos olhos. "Sim", disse ela. Harry ficou olhando-a, os músculos do queixo se contraindo enquanto lutava com alguma emoção. Quando readquiriu o controle sobre si mesmo, ele perguntou, com a voz dura: “Como você sabe?”. “Ela me contou.” “Mas a sua irmã morreu apenas alguns meses depois de Johan na Itália… “ Vendo que ela balançava a cabeça, a voz de Harry foi sumindo. “O que… o que você está querendo me dizer? Que ela, que a sua Irma não morreu?” “Sim”, respondeu Hermione , esforçando-se para que a sua voz não saísse tremida. “Por quê? Por que toda essa dissimulação e mentira?” As palavras eram rápidas, enunciadas como se cada uma tivesse sido arrancada do mais fundo dele. “é melhor assim.” Hermione se sentou na cama, estendendo as duas mãos enluvadas em um gesto de desamparo. “é melhor que as pessoas pensem que ela está morta. Acredite em mim.” “Por quê?” Harry não podia mais se conter. Estendeu os braços e pegou com firmeza os ombros nus dela. “Por que você precisa fingir que a sua Irma morreu quando isto não é verdade?” “Porque ela morreu”, insistiu Hermione . “Katherine Granger está morta, você não entende?” Harry apertou os dedos contra os ombros dela e se inclinou para olhá-la mais de perto, até que a sua boca estivesse apenas a alguns centímetros da dela. “Onde está ela?” Harry sacudiu-lhe os ombros a cada palavra: “Onde… está… Katherine… Potter?”. Hermione balançou a cabeça tão violentamente que a tiara escorregou e caiu-lhe sobre um dos olhos. “Eu não posso dizer!Por favor, não me force a dizer. É melhor assim. Por favor, Harry. Não me force a dizer.” Harry, ao ver lágrimas derramadas e a forma como a boca tremia, soltou os ombros dela abruptamente. Com um gemido que parecia ser de frustração misturada com raiva, praticamente se jogou contra uma parede do outro extremo do quarto, conta a qual se recostou em silêncio, a testa descansando sobre um punho fechado. Hermione , com os pensamentos confusos, virou-se de barriga e mergulhou o rosto nos braços. Por que, oh, por que tinha contado a ele? Ela tinha a intenção de manter tudo aquilo em segredo, o segredo mais profundo e mais tenebroso que teria na vida. E com apenas uma pergunta ele conseguira fazÊ-la revelar mais do que já tinha contado a qualquer pessoa. Bem, ela podia se consolar com o fato de que ele não sabia da pior parte e que, se Deus permitisse, nunca saberia. Mas o que iria acontecer agora?Tinha sito uma tola desde o começo, pensando que poderia vir para este lugar e viver em paz com este homem. Desde o primeiro momento em que tinha posto os olhos nele, Hermione sabia que Harry representava encrenca. Não apenas para ela, mas para o mundo que ela tinha construído com todo o cuidado com mentiras, mentiras de todo tipo concebível. Levantando a cabeça, Hermione viu que Harry estava de pé, muito quieto, o rosto voltado para a parede, os ombros largos duros de tensão. Hermione deu uma olhada, vacilante, para a porta que ele havia trancando. Lá embaixo, a orquestra tinha começado a tocar mais uma valsa. Do outro lado daquele corredor havia um outro mundo, um mundo de damas e cavalheiros da aristocracia, ainda que inescrupulosos, um mundo ao qual Hermione não pertencia. Nunca quisera pertencer a ele. Especialmente agora. Percebeu naquele instante que tinha sido uma tola de pensar que a encenação funcionaria. Talvez fosse melhor admitir a derrota e voltar para a vida que conhecia, a vida de economizar carvão e preparar cestas de alimentos para pessoas que eram ainda mais pobres que ela… Com os ombros caídos, Hermione se sentou na cama. Pediria que Lord Harry fosse embora e daí chamaria Lucy para ajudá-la a arrumar o seu baú. Poderia pedir a carruagem para logo de manhã, quando todos ainda estivessem dormindo, e sair discretamente sem ser notada. Não diria adeus a Jeremy. Ela não agüentaria isso. Mas deixaria um bilhete para ele. Sim, um bilhete. Não responsabilizaria Harry. Não era culpa dele. Apenas diria que estava com tanta saudade de Applesbyy que tivera de voltar pra lá. Sim, isso mesmo! Jeremy ficaria magoado, mas acabaria superando. Ela agora tinha o seu tio Harry, afinal de contas. E, mesmo que tentassem, não conseguiriam encontrá-la. Porque não voltaria para Applesby. Iria para Londres e encontraria trabalho como enfermeira, governanta ou mesmo parteira. Seria difícil, mas Hermione já havia enfrentado dificuldades antes. Tudo daria certo. “Aonde você vai?”, as palavras de Harry foram como uma chicotada vinda das sombras em que ele estava imerso. Ela mal tinha se levantando da cama antes de ser detida pelo rosnado ameaçador. Sem retribuir o olhar, Hermione disse, dirigindo-se para os seus sapatos. “Chamar Lucy”. “Por quê?” A voz dele era dura, acusatória. “Eu vou embora.” “Embora? Para a cama?” Hermione se virou para ele. Não podia vê-lo muito bem no quarto mal iluminado, mas o seu coração começou a bater com a mesma fúria de quando ele estava a poucos centímetros. “ Eu vou embora, está bem?” Conseguiu parecer arrogante, apesar do tremor da voz. “Vou embora pela manhã. Você vai ter que me emprestar a sua carruagem por um dia.” Harry saiu das sombras com um único passo. Olhou-a fixamente, com o rosto fechado. “Do que você está falando?” “Vou embora. Antes de você me expulsar. Foi um plano estúpido, um plano infantil, pensar que poderia esconder de você o fato de que Katherine não morreu. Uma coisa é esconder isso de Jeremy. Mas fazer isso com você… Bem, só posso lhe pedir desculpas.” Hermione baixou os olhos e ficou olhando os sapatos de Harry, apesar de a sua visão ainda estar obstruída pelas lágrimas. “Não sei o que mais posso dizer, a não ser… adeus.” Ela levantou os olhos e a intensidade do olhar de Harry prendeu o dela. Ele havia fechado ainda mais a cara, formando dois vincos profundos dos lados da boca larga e sensual. “Então é adeus, mesmo? E para onde você vai na minha carruagem, posso perguntar?” A voz dele tinha uma nota de zombaria que fez Hermione levantar o queixo desafiadoramente. “De volta à Escócia.” “Mas não vai mesmo, que diabos!” Hermione ficou espantada com a intensidade da objeção de Harry. Ele estendeu os braços e a pegou pelo dois ombros novamente. “Você não vai a lugar nenhum na minha carruagem amanhã, entendeu? E, se você tentar, descubro para onde você foi e vou buscá-la eu mesmo, nem que tenha de jogá-la sobre um dos meus ombros e fazer todo o caminho a pé, carregando-a de volta. Estou sendo claro, Hermione ?” Assustada, Hermione fez que sim. Mas Harry não tinha terminado. Com os dedos afundados na carne nua dos ombros dela, ele bradou ferozmente: “Como ousa? Como você ousa ameaçar ir embora, sua mulherzinha sem coração? Meu Deus, você acha que me importo com o que a sua irmã fez para o meu irmão ou com o que meu irmão fez para a sua irmã? Você é tudo em que eu consigo pensar durante dias e dias. Desde o momento em que a vi naquele degrau de entrada em Applesby, eu a quis. E não vou continuar a jogar os seus joguinhos…” Baixando a cabeça até a sua boca colidir com a dela, Harry a puxou com força contra si. Hermione estendeu as duas mãos para se proteger do violento ataque dos lábios e da língua dele e encontrou apenas a frente engomada da camisa, cobrindo a musculatura dura. Harry passou os dois braços ao redor da cintura dela e empurrou o corpo de Hermione contra os travesseiros com o seu peso. A sua boca não deixou a dela nem um segundo. O calor das suas coxas como que chamuscava as pernas dela, a barba por fazer do seu queixo arranhava a maciez do rosto de Hermione e ela não conseguia pensar em mais nada que não nas suas palavras: ele quer que eu fique, lembrou ela, atordoada de tanta felicidade. Ele me quer! As mãos de Harry então deslizaram sobre o corpo dela, movendo-se com destreza sobre as presilhas e fechos do vestido de baile e os laços de armação de metal da saia. Seus dedos roçaram os duros bicos dos seios de Hermione ao mesmo tempo em que arrancavam os cordões do espartilho. Toda parte em que punha a mão queimava com o seu toque e a cada centímetro de Hermione parecia saltar para a vida nas pontas dos dedos de Harry. Ela sabia que o que faziam estava errado e que mais tarde se arrependeria, mas não conseguiu reunir forças para dizer as palavras que o fariam parar. Os lábios dela tinham se aberto debaixo dos dele e a língua de Harry lhe esquadrinhava a boca com intensidade febril, enquanto as mãos puxavam abruptamente a musselina da combinação, como se mesmo aquela fina separação fosse demais. Naquele ardor, Hermione foi surpreendida por um som de tecido se rompendo e percebeu que Harry tinha lhe rasgado a roupa de baixo. A boca quente se movia dos lábios dela para a maciez do pescoço, para o mamilo rosado de um seio, enquanto o outro era pressionado pelos dedos exploratórios. Ela ofegou quando a língua dele estimulou o botão rosa que encontrou ali e os dedos dela se entrelaçaram nos cachos negros do cabelo de Harry. Hermione não conseguia pensar, não conseguia respirar, não conseguia fazer nada a não ser se contorcer-se de prazer. Ao sentir os dedos de Harry deslizarem pelo seu ventre, em busca da umidade entre as suas pernas, ela só conseguiu ofegar, arquejando o corpo contra o dele. Nunca nada parecera tão certo. Com as mãos envolvendo as nádegas nuas dela, Harry a puxou, fazendo a ficar de joelhos sobre o colchão e segurando-a tão apertada contra si que os pêlos de seu peito arranhavam os mamilos sensíveis dela. Ele também tinha ficado sobre os joelhos e tentava, com dificuldade, tirar a camisa sem afastar as mãos dela. Harry parecia sussurrar sem parar o seu nome: “Hermione , Hermione ”, contra a curvatura do seu pescoço, a respiração quente provocando arrepios para cima e para baixo da espinha dela. Hermione abriu os dedos sobre o forte peito coberto por pêlos grossos, inalando a fragrância bruta, sentindo a urgência rija da necessidade dele contra o seu quadril. À luz do fogo, a pele de Harry era tão escura quanto a de um pirata contra o corpo quase translúcido da jovem. “Hermione ”, disse ele novamente, enquanto lhe guiava a mão para os botões das suas calças. Com o mesmo recato que talvez Myra MacFearley tivesse, Hermione introduziu a mão nas calças dele e, quando o membro ereto saltou, libertando-se do tecido que o confinava, ela o rodeou com os dedos, fazendo com que Harry gemesse de prazer. Impressionada com o tamanho do órgão que estava na sua mão, Hermione ofegou quando os dedos de Harry se moveram novamente entre as pernas dela. Dessa vez, ele apoiou a mão contra o osso público da jovem enquanto introduzia primeiro um e depois mais um dedo dentro dela. Hermione arqueava contra a pressão da mão, que criava sensações dentro dela que a faziam quase chorar de prazer. Harry não agüentava mais. Empurrando-a de costas contra o colchão, ele se deitou sobre ela entre as sedosas coxas abertas. Quando a ponta do pênis a aguilhoou, Hermione instintivamente arqueou as costas, oferecendo-se mais completamente e ele a penetrou com um gemido. Dentro dela, Harry se encontrou no cerco mais apertado que já tinha experimentado. A virgindade de Hermione era a fina barreira à satisfação dele e, sem pensar, rapidamente eliminou aquele obstáculo. O grito de dor de Hermione o fez lembrar-se do que tinha feito e Harry, imediatamente envergonhado, envolveu a cabeça dela nas mãos, sussurrando palavras de conforto, ainda quem sem significado. Mas, com a mesma rapidez que viera, a dor foi embora e no seu lugar ficou uma crescente urgência, à qual Hermione reagiu apertando-se mais contra Harry, que, percebendo que a dor dela tinha passado, começou a se afastar de Hermione , mas ela o agarrou pelos ombros, os olhos verdes muito abertos. “Não saia”, suplicou ela, suavemente. Harry sorriu. Nunca tinha levado para a cama uma parceira mais encantadora. “Não vou a lugar nenhum, amor”, ele disse, e quando a penetrou profundamente, Hermione , instintivamente levantou os quadris de encontro a ele. Harry não conseguia mais se controlar. Os seus braços tremiam devido ao esforço de ir devagar e suave foi entrando cada vez mais fundo no calor dela, empurrando-a contra o colchão. Hermione agarrou-se aos ombros largos, o longo cabelo espalhados pelos travesseiros. De repente, as suas costas se arquearam, afastando-se da cama, enquanto ela atingia o clímax, estremecendo de Êxtase da cabeça aos arcos dos pés. Harry a seguiu um segundo depois, soltando-se tão profundamente dentro dela que Hermione pensou que iria parti-la ao meio. Porém, ele caiu sobre ela e os dois ficaram deitados na semi-escuridão, respirando pesadamente, os corpos lustrosos de suor. Parecia que horas depois, mas talvez apenas alguns minutos tivessem se passando quando ouviram uma tímida batida à porta e a voz de Lucy chamando: “Srta. Hermione ? A Srta. Está ai dentro?Por que a porta está trancada?”
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adivinhem que não morreu? eu! Bem, eu quase morri. a razão do meu desaparecimento é a escola,claro. mas agora estou de férias =]
(e adorei esse coloridinho, apesar do tamanho da fonte horrivel)
Obrigada pelos comentários de
may33, Anne Potter, Aya Mikav, Brenda Moreira, Mione03 e Talita Lima.
desculpem a demora e eu vou voltar a atualizar mais frequentemente, pelo menos até agosto
COMENTEM!
beijos
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