Capítulo Dezessete




Where Roses Grow Wild
Capítulo Dezessete


A viscondessa deu uma risada gutural enquanto tirava os brincos e os jogava descuidadamente dentro de uma caixa forrada de seda sobre a penteadeira. “E para onde você supõe que foi a pequena beneficiada pela sua caridade, Harry?”, inquiriu ela, admirando o seu próprio reflexo. “Não acho que ela tenha ficado o suficiente para admirar o seu físico másculo.”
Harry, de pé diante da lareira no Quarto Branco, fechou a cara e não disse nada. Estava vestido formalmente e tinha um copo de conhaque em uma das mãos. O jogo tinha terminado, os participantes se espalharam pelos seus diversos quartos e ele se sentia agitado, até mesmo um pouco melancólico. Talvez fosse apenas à enorme quantidade de bebida que havia consumido durante a noite. Com maior probabilidade, era a perspectiva de se levantar ao amanhecer no dia seguinte para cavalgar com os cães de caça.
Arabella retirou as luvas e examinou as suas unhas perfeitamente tratadas. “Sabe, Harry, acho que chocamos a mocinha hoje à noite”.
Harry levantou os olhos das chamas da lareira e olhou para ela. “O quê?”
“Já lhe pedi para não dizer ‘o quê’, Harry. É tão grosseiro”.
Arabella começou a desfazer o complicado penteado que tinha usado naquela noite, grampo por grampo. “Eu dizia que acho que chocamos a sua filhinha de vigário. Parecia que ela não sabia o que pensar de nós.”
“O que você quer dizer?” Agora ela tinha conseguido toda a atenção de Harry.
“Ora, ela obviamente não está acostumada com a sociedade sofisticada. Nunca tinha participado de charadas antes. Ela organizou um ridículo jogo de loo hoje à tarde. Eu não jogava loo há séculos, querido. Lady Sheldon quase morreu de rir dessa idéia. Mas nós jogamos, de qualquer forma. Mal posso esperar os emocionantes jogos que ela planejou para amanhã. Naturalmente aquela mulher de Herbert vai aprovar. Não entendo por que você está sempre convidando Sir Arthur para todas as suas atividades. São tão pomposos, ele e aquela mulher muuuuuito correta dela.”
Harry virou o conteúdo do seu copo de conhaque e olhou ao redor. Era o Quarto Branco, assim chamado por que toda a mobília, paredes e tapetes eram cor de marfim. Era um quarto estranhamente apropriado para Arabella, pois conseguia lhe dar a aparência de ter algum colorido.
O que o Quarto Branco não tinha, infelizmente, era um armário de bebidas. Ele estava longe da sua biblioteca, mas Harry não achou que isso era um empecilho. Precisava de mais uma bebida e rápido.
Arabella estava escovando o seu longo cabelo loiro. Era um cabelo fino, macio como seda, e Harry se lembrava do tempo em que o fascinava quando ela o deixava solto e o roçava contra o peito nu dele. Pensou que talvez ela o tivesse destrançando de propósito para tentá-lo. Conhecendo Arabella como conhecia, Harry sabia muito bem qual era a resposta a essa pergunta.
“E o rosto dela, querido! Você viu o rosto dela toda vez que Derby falava com ela? Ri tanto! Eu não ficaria nem um pouco surpresa se a pequena sirigaita recebesse um visitante inesperado à meia-noite hoje.”
“Ela deve ter trancado a porta”, disse Harry, dando de ombros e em seguida percebendo, quando Arabella levantou os olhos das meias que estava tirando, que tinha dito a coisa errada.
“Como você sabe que ela tranca a porta durante a noite?”, o sorriso da viscondessa era largo, mas não se refletia nos seus olhos claros. “Você já experimentou a maçaneta?”
Harry lhe deus as costas, ainda com o copo vazio na mão. Maldito seja Evers por não providenciar garrafas de conhaque em todos os quartos de hóspedes. Harry teria que falar sobre isso com o mordomo. “Naturalmente que não. Não seja ridícula. Mas o que se deve esperar de uma moça como aquela? Ela não é estúpida.”
“Não”, disse vagarosamente a viscondessa. “Ela não é estúpida. Mas ela é atraentemente inocente, não é, Harry?” Harry deu uma olhada para ela por sobre o ombro. Arabella usava apenas um diáfano peignoir azul muito claro e, com os cabelos soltos sobre os ombros, parecia muito mais jovem que os seus quarenta anos. Apenas uma década mais velha que Harry, mas séculos mais velha que a moça de quem estavam falando.
“Não sei o que você quer dizer”, disse Harry por fim. Arabella riu musicalmente. “Oh, não minta pra mim, Harry. Você sabe que nunca foi bom nisso. Eu o vi ontem à noite. Você e aquela moça. E não posso dizer que não entendo. Tenho certeza de que há alguma coisa deliciosa em corromper uma vigem. Diga-me, Você já teve uma virgem ou ela será a sua primeira?”
Antes de se dar conta do que fazia, Harry tinha jogado o copo vazio contra a parede, onde ele se estilhaçou em mil fragmentos minúsculos com um estrondo alto. Arabella, assustada, levantou os olhos para ele, tão arregalados que ele via o branco ao redor das íris.
“Harry, meu caro”, disse ela através de lábios que tinham se tornado pálidos debaixo da pintura que usava neles. “Mexi em alguma parte sensível?”
Sem nem mais uma palavra, Harry saiu do quarto, batendo a porta com toda força atrás de si.
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Capítulo pequeno, infelizmente =[ mas espero que estejam gostando!
Duas coisas: Uma é que eu não estou acompanhando praticamente fic nenhuma no momento. É claro que vejo as atualizações, mas não tenho tempo para ler direito e comentar. Juro que quando conseguir vou voltar a ler, mas é que as provas estão acabando comigo e como é junho, além das provas mensais de sempre, vêem as provas semestrais. Apesar de eu ter me recuperado em física, eu acho que levei pau em química e não tenho idéia do que acontece na minha aula de matemática. Odeio exatas. A segunda é que para ajudar eu estou com fic nova, mas eu simplesmente não pude resistir. Marked é o primeiro livro da série House of Night que eu estou adaptando, e vai ser H². O link é http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=33490.
Obrigada a Danielle Granger Potter, Mione03 e May33; COMENTEM que (acho) que amanhã tem atualização!
Beijos, Jeh

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