Capítulo Treze
voltei. E voltei com o capítulo treze, que tem algumas cenas bem quentes H². Comentem!
Where Roses Grow Wild
Capítulo Treze
Ela ainda estava dizendo isso a si mesma enquanto subia as escadas para o segundo andar, o coração aquecido pelo uísque e pelo sorriso de Harry de uma forma que o fogo não conseguia fazer. Sem querer passar um minuto a mais na companhia de Lady Ashbury, Hermione tinha aceitado de imediato a sugestão de Harry de que se retirasse mais cedo para preservar a sua garganta. Até permitiu que Harry lhe desse um beijo de boa-noite - não que ela tivesse muita escolha nessa questão. Quando Harry se inclinou para beijar cerimoniosamente a mão dela, Draco Malfoy declarou que, já que a Srta. Granger era cunhada dele, era mais do que apropriado que Harry a beijasse no rosto em vez de na mão. Portanto, debaixo dos olhos em chamas de Lady Ashbury, ele fizera exatamente isso, inclinando-se e roçando a face rosada e macia de Hermione com os seus lábios. Ela ficou orgulhosa de não ter ficado nem um pouco perturbada com o beijo dele. Tinha sido o uísque, e não o beijo de Harry, que a fizera se sentir toda alegre por dentro…
Naturalmente, não poderia de forma alguma ir direto para a cama. Tinha um compromisso com Jeremy e sua intenção era mantê-lo, com ou sem Lady Ashbury. O menino ainda estava bem acordado quando ela chegou aos seus aposentos e a babá pareceu aliviada ao vê-la, retirando-se imediatamente quando a tia entrou no quarto. Hermione contou a Jeremy a história que ele gostava de ouvir antes de dormir, uma saga contínua sobre um pirata chamado Jeremiah e o seu papagaio de estimação, Pickles. Passou-se quase uma hora até Jeremy finalmente cair no sono. Hermione, também se sentindo sonolenta, arrumou as cobertas ao redor dele na cama em forma de barco, deu um tapinha de boa-noite na cabeça do seu boneco - também chamado Pickles - e saiu silenciosamente para o corredor.
Ela deu de cara com Lord Harry e a viscondessa. Bem, quase. Lord Harry carregava um candelabro para iluminar o caminho, já que os lustres pendurados no Grande Saguão tinham sido apagados. Hermione quase entrou no círculo iluminado ao redor do casal, mas no último minuto conseguiu recuar para as sombras, rezando para não ter sido vista.
“Oh, Harry”, dizia a viscondessa com uma voz gutural muito diferente da que usara na sala de jantar. “Mas por que não? Você não pode se importar com o que a Praehurst pensa. Ela sem dúvida sabe, depois de todo esse tempo…”
“Simplesmente não acho que seja apropriado hoje à noite, Arabella.” Harry parecia estar falando entre dentes. “Temos alguns hóspedes que vão chegar pela manhã e…”
“Ora, até parece, Harry. Todos eles sabem também. O que deu em você? Acho que ter uma criança na casa o deixou positivamente…”
“Srta. Granger?” Harry tinha parado no meio de um passo e perscrutava as sombras. “É a senhorita?”
Que amolação! Hermione estendeu o braço atrás de si e fez barulho com a maçaneta da porta dos aposentos de Jeremy, como se estivesse acabando de sair de lá. “Oh, boa noite”, tentou dizer, afetando um ar de indiferença, mas a sua voz estava rouca e arruinou o efeito.
As sobrancelhas de Harry se juntaram. “Mas eu a mandei para a cama há uma hora…”, começou ele, como se Hermione fosse uma criança que precisava ser castigada.
Irritada com aquele tom condescendente, Hermione apontou para a porta que acabara de fechar. “Jeremy”, disse ela simplesmente.
Harry, com o olhar seguindo a direção do seu dedo fino, disse: “Ele tem uma babá, Srta. Granger. Deixe que ela o ponha na cama.”
Hermione deu de ombros, imponente. O que ela queria fazer era correr o mais rapidamente possível para a segurança do seu quarto. “A babá não sabe a história que eu conto para Jeremy dormir. Estamos trabalhando nesse episódio em particular há mais de um ano.”
A viscondessa, olhando-a de soslaio no escuro, disse em tom de grande tédio: “Que comovente! Deve ser maravilhoso ter uma imaginação tão criativa, não deve, Harry? Como eu a invejo, Srta. Granger!”.
Lady Ashbury conseguiu fazer o que deveria ser um elogio parecer um insulto. Não que isso importasse. Hermione já estava mortificada o suficiente por ter tropeçado naquele casal, que estava claramente a caminho de algum lugar juntos… a cama. Com raiva de si mesma por se importar com isso, Hermione sussurrou um boa-noite e se virou para tomar o corredor, sem nem mesmo ter certeza se estava indo na direção correta. Mal tinha dado três passos, porém, quando o seu braço nu foi envolvido por dedos fortes. Deu por si sendo puxada e rodopiada, sem muita delicadeza, de forma a dar de frente com o olhar furioso de Lord Harry.
Mas ele não estava bravo com ela, percebeu Hermione, com tanto alívio que os seus joelhos quase fraquejaram. Ele olhava para trás, sobre o ombro largo, para Arabela, para quem empurrou o candelabro.
"Acredito que a Sra. Praehust pôs você no Quarto Branco, Arabella", disse ele com uma voz que era ainda mais fria do que o vento que tinha penetrado no Grande Saguão, vindo do pântano. "Você conhece o caminho. Vou providenciar para que a Srta. Granger encontre o caminho em segurança para o seu quarto… Boa noite!"
Arabella, o candelabro pendurado perigosamente em uma das mãos, olhava para os dois, a boca entreaberta. Hermione quase podia ver os rápidos cálculos que se desenrolavam dentro daquela cabeça clara, enquanto Lady Ashbury pesava as possíveis réplicas mordazes e as descartava.
Harry, porém, não pareceu se dar ao trabalho de esperar pela resposta certa. Com os dedos apertando a carne de Hermione, ele a arrastou pelo corredor escuros, os saltos das botas ressoando pesadamente sobre o assoalho de tacos enquanto os sapatos de salto de Hermione faziam apenas um som muito leve.
No canto da galeria, onde a escadaria dupla se curvava para baixa e Hermione não agüentou mais. Torceu um pouco o braço a que Harry se agarrava com tanta força e disse, irritada: "Solte-me. Você está me machucando".
Harry reduziu a pressão dos dedos e depois a soltou completamente. Ela não pôde evitar dar uma olhada no braço, para ver se os dedos dele tinham deixado uma marca na sua pele de marfim. Andando ao lado dela, Harry notou a olhada e disse com uma voz muito grave, como ela nunca o tinha ouvido usar antes: "Desculpe. Não tive intenção de machucá-la"
Hermione examinou a pele clara do seu braço, acima do cotovelo. Mal conseguia ver na luz fraca, mas as marcas vermelhas estavam claras, mesmo na semi-escuridão.
Levantou a cabeça para olhar o rosto de Harry através dos cílios escuros e viu, por sua expressão de culpa, que ele também tinha notado os vergões.
"Eu posso achar o caminho de volta para o meu quarto, muito obrigada." disse ela, petulante. Só que sua voz estava muito rouca e Hermione não teve certeza se tinha ou não conseguido transmitir a petulância. "Não preciso de escolta."
"Só vou acompanhá-la até cruzar a galeria" disse Harry formalmente. "Já é tarde. Jovens damas não devem ficar vagando por saguões e corredores sozinhas à uma hora dessas."
Ela lhe lançou um olhar perspicaz "Não? E do que, precisamente, devo ter medo no Solar Potter? Correntes de ar de inverno? Lacaios à espreita? Acho provável que a única coisa que tenho a temer no Solar Potter está aqui diante de mim"
Harry sorriu, mas foi um movimento de lábios apertados e sem humor. "A má opinião que a senhorita tem de mim é bem merecida, a julgar pelo modo como foi tratada hoje à noite. Entretanto, insisto em fazê-la chegar em segurança ao seu quarto."
"O senhor sem dúvida não parece se importar se a viscondessa chegará ou não em segurança ao quarto dela", lembrou Hermione.
O sorriso de Harry ficou um pouco mais genuíno. "Será que estou detectando uma nota de ciúmes na sua voz, Srta. Granger?" Hermione levantou a cabeça e um dos botões de rosa do seu cabelo, já meio murcho, perdeu uma pétala. A pequena pétala branca caiu em espiral, passando por um dos ombros nus de Hermione e pelo lado da balaustrada, até a escuridão do Grande Saguão. Observando aquela queda suave, Hermione engoliu em seco.
"Ciúmes?" Voltou à atenção de novo para Harry. "Da viscondessa? Claro que não. Ela pode ser esposa de um dos homens mais ricos da Inglaterra e amante de outro, mas o que fez com toda essa riqueza? Trabalhou para aliviar o sofrimento das mulheres menos afortunadas? Não. Passa os dias fofocando e as noites brincando de charadas. Não, Lord Harry, não tenho ciúmes da viscondessa. Se é que sinto alguma coisa por ela, é pena. E do senhor, por estar tão apaixonado por ela. Boa noite, my lord"
Esperando que ele não tivesse notado o tremor na sua voz, Hermione lhe deu as costas e continuou a caminhar pela galeria, passando uma das mãos enluvadas pela balaustrada enquanto caminhava. Harry a seguiu, com um brilho estranho nos olhos verdes - ela percebia isso, mesmo à meia luz.
"Perdoe-me, Srta. Granger" chamou-a Harry, que havia ficado para trás, "mas me parece que, para alguém que menospreza a fofoca com tanta intensidade, a senhora ficou muito afetada pelo que Lady Ashbury lhe disse."
Hermione se deteve, recostando-se contra a plaustrada, e abriu os dois braços, em um gesto que procurava ilustrar o seu desprezo por aquela discussão.
"E por que não deveria ter ficado afetada com isso? Era sobre minha irmã, afinal de contas. E também sobre o seu irmão. Não sei o que o senhor sente, Lord Harry, mas não gosto de ouvir difamarem o caráter da minha irmã. Os nossos irmãos, caso o senhor ainda não tenha notado, não eram exatamente santos…"
Ele a alcançou com dois passos, a boca ainda se torcendo, divertindo-se. Hermione viu o olhar dele baixar para onde o corpete de seu vestido se abria um pouco, na frente. "Acho que se pode dizer com segurança, Srta. Granger, que nem a senhorita nem eu tampouco nos encaixamos nessa categoria."
Harry estava tão perto de Hermione que ela sentia o calor de seu corpo, mas não conseguia se afastar. Manteve as mãos na balaustrada, o queixo erguido de forma a poder olhar dentro dos olhos francos e sorridentes dele.
"Ora, tenha paciência, Lord Harry!" disse ela. "Fale por si mesmo. Posso não ser uma santa, mas pelo menos não sou uma libertina esbanjadora"
"E pelo menos eu", disse Harry, descruzando os braços e pondo as mãos sobre a balaustrada, uma de cada lado da cintura de Hermione, prendendo-a no meio dos seus musculosos braços, "não sou um hipócrita pão-duro"
"E o que o senhor quer dizer com isso?" Hermione empinou o queixo com indignação, os olhos cor de âmbar faiscando. Tentou ignorar o fato de que o rosto de Harry estava apenas alguns centímetros acima do dela e que um dos joelhos dele se insinuava por entre as suas coxas, apesar dos fortes arames da armação de seu vestido.
"Acho que você sabe muito bem o que quero dizer", disse Harry, com mais um daqueles seus sorrisos diabólicos. "Apesar de todos os seus protestos de mocinha virtuosa, você me quer, Hermione, tanto quanto eu quero você"
Hermione respirou funda, pronta para repreendê-lo com uma corrente de negativas, mas isso fez o seu peito subir de repente, o que chamou a atenção de Harry. Ele olhou pra baixo, para a intumescência de marfim dos seios dela. Com as faces rosadas diante do ousado exame de seu decote por Harry, Hermione pensou rápido, sabendo que, se deixasse que ele a tocasse, ela iria desmoronar. Recuou o braço para lhe dar um golpe certeiro no rosto, com a palma da mão.
Mas a atenção de Harry não estava tão absorvida nos seios dela como Hermione achava. Ele viu o movimento rápido e agarrou o pulso enluvado dela, detendo o impulso a apenas alguns centímetros do seu rosto. Antes de ela poder dizer uma palavra, Harry tinha torcido o braço delgado atrás das costas dela, de modo que o corpo de Hermione ficou pressionado contra a balaustrada.
Encontrando-se subitamente com o corpo em contato com o de Harry, os sentidos dela foram assaltados por uma centena de diferentes sensações - o cheiro de conhaque e tabaco, a sensação da bem engomada camisa dele na pele macia dos peitos dela, a linha longa e dura da coxa dele entre suas pernas, o aperto férreo dos dedos frios dele ao redor do seu pulso e da sua cintura- e Hermione não poderia nem mesmo gritar de tão surpresa. E então, quanto conseguiu recompor os sentidos dispersos o suficiente para tomar fôlego e protestar contra aquele tratamento rude, as palavras foram abafadas pelos lábios de Harry, que ele pousou sobre os dela em um beijo que tirou a respiração de Hermione… e também seu pensamento.
O domínio de Harry sobre ela, porém, não se deteve nos lábios. Os dedos que haviam agarrado a cintura se soltaram e a mão de Harry subiu deslizando pelo seu braço, acariciando a curva macia do seu ombro e daí circulando a coluna do pescoço, enquanto o braço ao redor da cintura a puxava para ainda mais perto dele. Hermione ficou total e inexoravelmente grudada até sentir os botões da camisa dele queimando a carne tenra do seu peito. O desejo de Harry por ela se tornou alarmantemente perceptível, já que uma rígida ereção fazia pressão contra o abdômen dela.
Foi quando os lábios dele começaram a deslizar por seu pescoço, de cima para baixo, que Hermione soube que estava perdida. Nunca tinha sentido nada como aquela sensação ardente que a boca dele deixava sobre a sua pele lisa. Suas mãos, que antes estavam abertas contra o peito de Harry, tentando empurrá-lo para longe, de repente circulavam o pescoço dele, com o desejo de puxá-lo para mais perto. Então a cabeça de Harry mergulhou mais para baixo, queimando com a boca o peito dela, e Hermione ofegou, as costas arquejando contra a balaustrada.
Se não soubesse que isso era bobagem, ela acusaria o Sr. Worthde desenhar o vestido segundo as especificações de Lord Harry, já que, debaixo dos dedos inquietos dele, o tecido sobre os peitos dela cedeu com facilidade. Os mamilos comprimidos ficaram nus imediatamente, cada ponto rosa sendo acolhida pela língua e lábios de Harry. Hermione, jogando a cabeça para trás com um gemido que não conseguiu reprimir, fechou os olhos, sentindo-se no meio de um turbilhão de desejo do qual não podia fugir. Puxou a cabeça de Harry para mais perto de si, os dedos enluvados entrelaçados no cabelo escuro dele. A coxa que ele tinha introduzido entre as pernas dela subiu contra a fenda molhada e intumescida e Hermione teve de se conter para não se jogar contra aquela perna firme e liberar uma parte da tensão pulsante que sentia ali.
A mão de Harry então tomou o lugar dos seus lábios, os dedos massageando a carne macia dos peitos dela enquanto a boca recapturava a dela. Hermione se agarrou à gola de paletó de Harry, enquanto ele a beijava selvagemente; uma das mãos dela, como que por vontade própria, começou então uma audaciosa exploração do membro rígido, tão diferente de tudo o que ela conhecera antes. Sentiu os músculos firmes do peito de Harry através da camisa e colete e daí a mão desceu, passando pela barriga magra e definida e continuando a descer, até que os dedos dela roçaram aquele órgão muscular que se espremia de forma tão exigente contra a frente das calças.
Quando ela o tocou, Harry levantou a cabeça com um suspiro. “Hermione” sussurrou ele debilmente.
Ela sentiu o desejo dele pulsando contra a sua mão. Levantou a cabeça e olhou-o com os olhos semicerrados de desejo. Ele afastou com a mão as camadas de seda, renda e aço que a separavam dele e encostou-se contra as calças de algodão dela, no ponto quente e úmido em que as coxas se uniam.
Hermione quase enlouqueceu com as sensações explosivas que os dedos dele lhe causavam. Tremendo com uma emoção que não entendia, ela se agarrou a ele, uma exclamação incoerente escapando-lhe os lábios.
“Maldição!”, praguejou Harry contra o pescoço dela. “Não podemos fazer isso em um corredor cheio de correntes de ar. Venha, o meu quarto fica logo aqui…”
Mas as palavras dele romperam o encantamento. De repente, Hermione percebeu que estava seminua, de pé na galeria sobre o Grande Saguão do Solar Potter.
O que ela estava pensando tinha perdido a cabeça por completo? Virando o rosto rapidamente, ela conseguiu esquivar-se à boca que buscava a sua e, pressionando as duas mãos contra o peito amplo e firme de Harry, conseguiu empurrá-lo, cambaleando, para longe de si. Agarrando-se à balaustrada enquanto recuperava o fôlego, Hermione abriu os olhos e viu, em um canto do Grande Saguão abaixo deles, o tremular de uma luz de vela e alguém que desaparecia pela porta lateral. Que praga! Como se não fosse suficientemente ruim ter sido agarrada pelo seu cunhado, alguém os estivera espionando! Agora, todos na casa saberiam que Lord Harry e a Srta. Granger tinham sido vistos…
“Venha”, disse Harry, a mão gentilmente no braço dela. “É logo ali…”
Mas Hermione se afastou dele, balançando a cabeça com tanta energia que mais pétalas de rosa voaram. “Não”, disse ela firmemente. “Não, não podemos.”
“Hermione.” A voz de Harry estava inacreditavelmente doce, macia como ela nunca a tinha ouvido antes. Sentiu os dedos dele deslizarem até os seus ombros nus e a mão envolver a sua nuca, por baixo do seu cabelo. Havia qualquer coisa no seu toque, alguma coisa além da frieza do ar que fazia que arrepios surgissem na pele dos braços dela. “Hermione, ouça…”
Mas Hermione estava perturbada demais para ouvir. Ela era uma assanhada sem-vergonha; tinha dado corda para Harry e agora ele podia, com toda razão, chamá-la de hipócrita. Oh, mas como ela o desejava!
"Hermione, ouça, juro, ninguém vai descobrir, se é isso que a preocupa Os meus amigos são todos muito discretos…"
Virando-se de forma a olhá-lo no rosto, a mão de Hermione desta vez encontrou o seu alvo. A pontaria foi boa e o braço, forte. O tapa ecoou por todo o Grande Saguão, com tanto barulho como se alguma criada desajeitada tivesse derrubado uma pilha de pratos na cozinha. Harry ficou olhando-a, de queixo caído, sem acreditar, a face esquerda vermelha do golpe que ela lhe tinha desferido. Hermione considerou a possibilidade de lhe dar mais um tapa, mas então viu a crescente raiva naqueles olhos verdes, como nuvens de tempestade formando-se no horizonte de uma manhã de verão, e decidiu buscar abrigo enquanto ainda podia.
Movendo-se com a rapidez de uma corça, Hermione juntou as saias nas mãos e correu para a segurança do seu quarto, sem olhar para trás nem mesmo ao ouvi-lo vociferar o seu nome em um tom ao mesmo tempo ameaçador e desesperado. Ela não sabia ao certo como conseguiu achar a porta do seu quarto naquele estado de aflição, mas de repente estava diante dela. Empurrou-a, entrou e depois a fechou com toda força. Apressou-se em passar o ferrolho do lado de dentro, aliviada pelo fato de a falecida duquesa ter achado apropriado mandar instalar uma tranca. Será que a mãe de Harry sentira a necessidade de trancar o duque para fora de vez em quando? Hermione supôs que sim. Ele fora um Potter, afinal de contas.
"Senhorita?"
Hermione virou-se em seguida pôs uma mão no peito, aliviada ao ver que era apenas Lucy, levantando-se, sonolenta, de um sofá no canto. "Desculpe se a assustei, senhorita. Esperei-a para ajudá-la a tirar as suas vestes."
Hermione cruzou o quanto e mergulhou na cama, pouco se importando com as flores murchas no cabelo ou se estava amassando o vestido. "Oh, Lucy", ela suspirou.
"Srta. Hermione! A sua voz! A senhora imediatamente na cama e deixe-me lhe preparar uma bebida quente. A senhora saiu e perdeu a voz novamente!"
Hermione não conseguiu evitar uma risadinha triste. "Oh, Lucy", disse ela mais uma vez. "Sem dúvida espero que esta seja a única coisa que eu tenha perdido esta noite."
Porque estava morrendo de medo de ter perdido, na verdade, o seu coração.
oi! Eu realmente sinto muito pela demora. Eu entrei em época de provas (e ainda estou), peguei gripe e meu computador estava com vírus (acho que agora o antivírus conseguiu tirar, mas não tenho certeza). Mas não vou mentir – o principal motivo que me deixou desanimada com as fics foi a falta de comentários, principalmente nessa. Provavelmente vou voltar a postar todo dia, mas eu realmente preciso de comentários. Tento fingir que não me importo quando não comentam, mas eu me importo. Obrigada a quem comentou, ou a quem leu e está lendo, e dessa vez, COMENTEM! Por favor.
ah, eu também tinha parado de entrar no F&B, então perdi tds as atualizações das fics que eu lia. Vou voltar a ler aos poucos, provavelmente ainda essa semana.
Bjos, Jeh
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