O beijo e as palavras



O vestiário já estava cheio. Os batedores Neville e Ann; os outros artilheiros Simas e Ginny; o goleiro Rony e o apanhador Harry. Todos já estavam vestidos e conversando animadamente. Havia um tipo de expectativa no ar. O primeiro jogo da temporada seria no domingo, Grifinória x Corvinal. A equipe era ótima e com Valentine de volta a equipe estava melhor.
Valentine vestiu o uniforme vermelho da Grifinória e saiu para o campo com a vassoura nos ombros. O treino ia muito bem, então eles deram uma pequena pausa. Ann, melhor amiga de Valentine, estava saindo com Simas, e os dois passavam todo o tempo juntos. Ginny estava irritada, pois vira Valentine passear com Draco, mas mesmo assim a loura não parava de dar risadinhas com Rony e Harry.
Voltaram a jogar, agora sem tanta afinidade, pois Ginny estava com raiva tanto de Valentine, por seduzir o SEU Harry e SEU irmão Rony mesmo estando supostamente com Draco, quanto de Harry e Rony por dar atenção à “vadia loura”. Ficou com tanta raiva que lançou a goles com muita força contra Valentine, que quase caiu da vassoura, em resposta, Ann rebateu um balaço na menina, que caiu realmente da vassoura. O time todo foi até a artilheira que tentava sem sucesso se levantar.

- Você está bem Ginny? – perguntou Harry preocupado – Sua cabeça ta sangrando!

- Vou levá-la até a Ala Hospitalar – falou Rony.

- Espera! – exclamou Valentine – Ela pode ter fraturado alguma coisa, vai precisar disso – e conjurou uma maca, imobilizou a garota e murmurou um feitiço qualquer para colocá-la na maca.

Rony subiu com a irmã na maca, que flutuava obediente ao seu lado. Mas Harry ficou no campo para gritar um pouco com as meninas.

- Porque diabos você fez isso, Ann? – berrou Harry furioso – Podiam tê-la matado!

- A Ginny – disse com desprezo - Quase derrubou a Val da vassoura.

- Ta, mas a questão não é essa! – interrompeu Valentine – Temos que achar alguém pra substituir a piranha ruiva!

Por um momento pareceu que Harry iria ralhar com a loura por xingar Ginny, mas a questão era realmente muito importante.
Naquela noite todo o time foi visitar Ginny que disse aos prantos que não poderia jogar no domingo. Harry a tranquilizou dizendo que achariam alguém para substituí-la e que sua única obrigação era se recuperar.
Ao voltarem para a sala comunal, Valentine subiu para o dormitório para mandar um bilhete a Draco enquanto Harry fixava o aviso se que precisavam de um artilheiro temporário.
Valentine estava conversando animadamente com Harry, quando a coruja negra de Draco parou na janela. Correu até lá ignorando as perguntas de Harry, pegou o pergaminho e subiu para o dormitório. Abriu-o e leu:


“Valentine,

Eu gostaria de ver você. Pode vir até a sala da monitoria às 2 da manhã? Espero a resposta,

Draco”


Ela pegou um pedaço de pergaminho e respondeu “sim” e mandou pela mesma coruja. Desceu as escadas onde Harry a esperava confuso. Sentou-se na poltrona com um sorriso bobo na cara.

- O que foi? – perguntou Harry – Porque o sorriso?

- Nada não!

Logo depois, a menina foi “dormir”. Às 1:40 da manhã, ela jogou um Feitiço de Desilusão para que não fosse vista. Chegou ofegando de tanto correr. Abriu a porta e entrou. Draco estava ali sentado esperando a menina. Ela desfez rapidamente o feitiço. Ao vê-la entrar todo o rosto dele se iluminou. Ela se sentou lentamente ao lado dele no sofá e ele a abraçou. Passaram quase toda à noite ali juntos, mas os primeiros raios de sol disseram que ela tinha que ir. Quando ela ia se levantar, Draco a puxou para um abraço e a beijou.

Aquele beijo foi diferente dos que ela já havia provado. Não era como aqueles cheios de malícia que ela provara nos pubs de Paris. Mas não era porque esse não fora regado à vodka e firewisk. Mas sim porque Draco fora carinhoso. Ele colou mais seu corpo no dela e acariciou seus cabelos. Ela prendeu as mão na nuca do garoto enquanto ouvia a respiração descompassada dele. Quando ele a soltou, ficaram se olhando por um tempo, e os únicos barulhos eram suas respirações desiguais e seus corações acelerados.
Após mais alguns segundos, ela o soltou e sussurrou um “Tenho que ir”. Correu até a torre, esperando chegar no dormitório antes que alguém acordasse. Como não sentia sono, resolveu ir tomar um banho direto. Porém seus planos foram frustrados pro uma figura de cabelos pretos que a olhava acusadoramente sentado em uma poltrona.
Ela entrou e se postou de frente a ele. Como ele não falava nada, a garota resolveu quebrar o constrangedor silêncio.

- Harry, o que faz acordado a essa hora?

O moreno ignorou. Após o que pareceram a Valentine longos minutos ele falou.

- Sabe, quando eu tenho um pesadelo, criei a mania de abrir o mapa do Maroto só pra checar. – ele fez uma pausa e continuou – Qual não foi a minha surpresa quando não vi seu pontinho dormindo ali do lado? Ao te procurar pro toda a escola, vi você no lugar onde eu rezava pra nunca te ver: no quarto do Malfoy. Achei que não podia ser possível e fui até o dormitório feminino. Você não estava lá. Decidi te esperar, querendo uma explicação diferente, mas o que eu vejo é você chegando de manhã, toda amassada e com um sorrisinho besta na cara.

- Harry, eu...

Mas ele ignorou isso também.

- Então e percebi que não precisava de uma explicação, no fundo eu já sabia. Você não presta, é só uma vadia qualquer que não merece que eu me preocupe com você.

Ela o olhou, mas ele fitava o nada.

- E, a propósito – disse o moreno virando-se para a escada do dormitório – A nova artilheira é Anelim Bouvier – e subiu.

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N/A: cap. feito durante uma aula particularmente cahta de matemática. Pronto Milena, tá ali você ó. quase chorei escrevendo o cp. ah e eu esqueci mas a Jess me lembrou -.- a chata me pediu pra avisar que ela aparece no próximo cap.

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