Noite de perigo
- Harry?! – chamou Trelawney, outra vez, e então Harry saiu de seu transe, começando a andar com passos decididos, passando reto pela assustada professora, rumo à sala de Dumbledore.
- Harry, querido, pensei que fôssemos juntos ver o diretor... – disse Trelawney, ao vê-lo passar por ela sem sequer olhar para o lado.
- A senhora fica aqui. – rosnou o garoto de volta, e a mulher sequer ousou responder, tamanha era a fúria contida na voz dele, que logo começou a correr, desaparecendo ao dobrar no fim do corredor.
Ele chegou à gárgula que guardava o gabinete do diretor, e praticamente gritou a senha, subindo a escada em espiral correndo, de dois em dois degraus. Harry não bateu à porta, ele a esmurrou, tendo entrado antes mesmo de o diretor terminar de dizer “Entre”.
Dumbledore estava de costas para a porta, diante de uma das altas janelas, observando os jardins que começavam a ser obscurecidos pelo anoitecer. Em seus braços, havia uma capa de viagem.
- Eu prometi que o levaria comigo desta vez. – disse ele sem se virar. Harry franziu a testa, por um momento sem compreender do que o professor falava. A revelação feita pela professora Trelawney varrera todo e qualquer pensamento de sua cabeça, e parecia difícil para ele raciocinar direito.
- Ir... com o senhor...? – perguntou o garoto, soando confuso.
- Somente se você quiser, é claro. – disse Dumbledore – Como você deve ser capaz de compreender, há um grande perigo nesta empreitada. Prometi levá-lo comigo, mas deixo a decisão em suas mãos.
E então Harry finalmente se lembrou do motivo pelo qual estava, inicialmente, dirigindo-se ao gabinete do diretor.
- O senhor encontrou mais uma? – perguntou ele – Encontrou mais uma Horcrux?
- Creio que sim. – respondeu Dumbledore.
- Qual é ela? – perguntou Harry, ansioso – Onde está?
- Não tenho certeza de qual é, mas penso que podemos excluir a cobra. – disse o diretor, e Harry assentiu – Acredito que esteja escondida em uma caverna, a muitos quilômetros daqui.
- Aquela caverna, do passeio do orfanato? – perguntou Harry.
- Exatamente. – confirmou Dumbledore, parecendo satisfeito com a rapidez de dedução do garoto – Harry, prometi levá-lo comigo, e manterei minha promessa, mas preciso alertá-lo, antes que decida se irá me acompanhar, de que será extremamente perigoso.
- Eu vou. – disse Harry, tão logo Dumbledore terminou de pronunciar a última palavra. Algo em seu tom de voz chamou a atenção do diretor, que o olhou com um pouco mais de atenção, uma pequena ruga de preocupação surgindo entre as sobrancelhas.
- O que aconteceu com você? – perguntou ele.
- Nada. – mentiu Harry, sem encará-lo.
- Harry – disse Dumbledore, fitando-o –, você nunca foi um bom mentiroso, menos ainda um bom oclumente...
A menção à Oclumencia foi o que faltava para que a fúria que Harry sentia minutos atrás retornasse com força total.
- Snape! – disse ele, muito alto, e muitos dos antigos diretores se sobressaltaram em seus quadros – Snape foi o que me aconteceu! Foi ele quem contou a Voldemort sobre a profecia, ele escutou à porta do quarto no Cabeça de Javali, Trelawney me contou!
A expressão de Dumbledore não se alterou, mas pareceu a Harry ter sentido uma leve aceleração na respiração do professor, que, a seus olhos, também empalidecera levemente.
- Quando descobriu isso? – perguntou Dumbledore.
- Agora! – respondeu Harry, tentando, e falhando, em sua tentativa, não gritar – Ele disse a Voldemort para atacar meus pais, e o senhor o deixou ensinar aqui!
Harry começou a andar de um lado para o outro, respirando como se houvesse acabado de correr uma maratona, usando todo o controle que tinha de si mesmo para não voltar a gritar com Dumbledore ou quebrar nada. Embora estivesse furioso, desejava ainda ir com Dumbledore atrás da Horcrux, e temia que, se não controlasse sua raiva, o diretor não o levasse com ele.
- Harry, por favor me escute... – pediu Dumbledore – O professor Snape cometeu um terrível eng...
- Por favor, senhor, não diga que ele cometeu um engano – cortou Harry – Ele estava escutando atrás da porta!
- Por favor, me deixe terminar. – disse Dumbledore, aguardando que Harry assentisse com a cabeça para prosseguir – O professor Snape realmente cometeu um engano terrível. Naquela noite ele ainda estava sob as ordens de Voldemort, e naturalmente, correu a contar a ele o que ouvira, pois aquilo afetava profundamente ao seu mestre. No entanto, ele não somente não ouviu a profecia por inteiro, mas também não podia saber quem era o garoto a quem Voldemort iria perseguir daquele dia em diante, ou que os pais que ele destruiria em sua perseguição seriam pessoas que ele próprio conhecia, que seriam os seus pais, Harry.
- Ele odiava meu pai. – disse Harry – Odeia até hoje.
- Você não faz idéia do remorso que o professor Snape sentiu quando descobriu como Voldemort interpretara a profecia, Harry. – disse Dumbledore – O maior arrependimento de toda sua vida...
- Mas ele é um oclumente muito bom, não é mesmo? – insistiu Harry – E Voldemort tem absoluta certeza de que Snape está ao lado dele...
- Já discutimos isto, Harry. – disse Dumbledore, sério – Eu confio plenamente em Severo Snape.
- Bem, mas eu não! Ele está tramando algo com Draco Malfoy neste momento, e...
- Já falamos sobre isto também, Harry, e eu lhe dei minha opinião a respeito.
- Mas Malfoy conseguiu! – disse Harry – O que quer que ele estivesse fazendo na Sala Precisa deu certo, ele estava comemorando, a professora Trelawney ouviu. Ele estava tentando consertar alguma coisa perigosa lá dentro, e agora finalmente conseguiu, e o senhor vai sair do castelo sem sequer...
- Basta. – disse Dumbledore. Seu tom era calmo, mas Harry calou-se imediatamente, sentindo que havia ultrapassado algum limite invisível, mas que certamente não deveria ter ultrapassado – Em nenhum momento durante as minhas ausências este castelo esteve desprotegido, e hoje certamente não estará também. Por favor, não insinue que eu não me preocupo com a segurança dos meus estudantes, Harry.
- Senhor, eu... eu não... – começou Harry, envergonhado, mas Dumbledore o interrompeu.
- Já chega deste assunto. – disse o diretor, e Harry engoliu em seco, pensando que talvez tivesse arruinado sua chance de ir com o diretor; no entanto, Dumbledore voltou a falar – Você quer ir comigo?
- Quero. – respondeu Harry, sem pestanejar.
- Muito bem, então. Mas existe uma condição para que eu o leve comigo – disse Dumbledore, encarando o garoto, muito sério –: você obedecerá a qualquer ordem que eu lhe dê, imediatamente e sem questionar.
- Sim, senhor. – concordou Harry.
- Entenda bem, Harry. Deverá obedecer a qualquer ordem – frisou o diretor –, inclusive ordens como “corra”, “se esconda” ou “volte”. Eu tenho sua palavra?
- Eu... – Harry hesitou por um instante – sim, senhor.
- Se eu mandar que se esconda, você fará isso? – perguntou Dumbledore.
- Sim, senhor.
- E se eu o mandar fugir, você obedecerá? – perguntou o diretor.
- Sim, senhor. – repetiu Harry, questionando-se onde exatamente Dumbledore estaria querendo chegar.
- E se eu lhe disser para me abandonar e se salvar, você fará o que mandei? – perguntou Dumbledore, e Harry o encarou aturdido.
- Eu não... Professor... – gaguejou ele, sem conseguir responder.
- É a minha condição, Harry. – disse Dumbledore, fitando Harry incisivamente.
Eles se encararam por um instante, e então Harry suspirou, resignado.
- Sim, senhor.
- Muito bem. – disse o diretor, parecendo satisfeito com a resposta – Quero que vá buscar sua Capa de Invisibilidade e me encontre no saguão de entrada, dentro de cinco minutos.
Harry assentiu, e Dumbledore então voltou a contemplar os jardins, enquanto o garoto, correndo, deixava o gabinete e descia a escada espiral, seguindo rumo ao salão comunal da Grifinória. Rony, Hermione e Sophie estavam no salão comunal, sentados em silêncio nas poltronas quando ele chegou.
- O que Dumbledore queria? – perguntou Hermione, ansiosa, ao vê-lo entrar – Harry, o que houve? – perguntou ela, quando o garoto não respondeu, indo na direção da escada do dormitório masculino.
- Um minuto. – disse Harry, passando apressado por eles e correndo escada acima.
Em seu gabinete, Dumbledore estava diante da lareira acesa, e nas chamas, aparecia o rosto preocupado de Sirius Black.
- ... então reúna-os e venham para o castelo imediatamente. – dizia o diretor.
- Estaremos aí o mais rápido possível. – disse Sirius, e então se preparou para deixar a lareira.
- Sirius? – chamou Dumbledore, novamente, e Sirius voltou a prestar atenção no diretor – Espero que esteja preparado para o que pode vir a encontrar aqui esta noite.
- Se refere a Annabella. – disse Sirius. Não era exatamente uma pergunta.
- Voldemort sabe que confio em você, e provavelmente é capaz de deduzir que ela o desestruturaria, devido à semelhança com Isabelle. – disse Dumbledore – É bem provável que ela esteja penvolvida, caso algo ocorra aqui hoje.
- Não se preocupe. Saberei lidar com isto.
- Espero que sim. – disse Dumbledore – bem, nos vemos em breve, espero. Tomem cuidado.
- Você também. – recomendou Sirius, e então desapareceu das chamas.
Assim que o Sirius deixou a lareira, Dumbledore voltou a apanhar sua capa, para ir ao encontro de Harry. Achou melhor não mencionar a Sirius que o garoto o acompanharia naquela viagem. Era melhor que o homem não tivesse ainda mais aquela preocupação na cabeça.
Na torre da Grifinória, Harry entrou correndo no dormitório e tirou do malão o Mapa do Maroto e um par de meias enroladas; depois voltou ao salão comunal, derrapando diante dos três amigos, que ainda esperavam uma explicação. Bem, Hermione e Rony esperavam uma explicação; Sophie já havia lido na mente de Harry tudo o que havia acontecido desde que o garoto os deixara no salão comunal, mais cedo. Rapidamente, Harry contou aos três onde estava indo e por que. Hermione soltou exclamações de horror e Rony parecia completamente aturdido; Sophie ouviu a tudo, impassível.
- ... vocês entendem o que estou querendo dizer? – perguntou Harry, quando terminou de contar tudo – Dumbledore não estará na escola, e o que quer que Malfoy estivesse fazendo na Sala Precisa está pronto para ser usado – Hermione ia interrompê-lo, mas Sophie fez um gesto interrompendo-a; Harry fitou-a agradecido – Vocês têm que vigiá-lo, e Snape também. Usem quem puderem reunir da “ED”. – ele empurrou o Mapa do Maroto nas mãos de Hermione – Dumbledore disse que há proteção adicional no castelo, o pessoal da Ordem, provavelmente, mas se Snape estiver envolvido, ele saberá como evitá-la.
- Harry... – começou Hermione.
- Não temos tempo, Mione. – cortou Harry, Dumbledore acha que só estou pegando a minha Capa de Invisibilidade – Tomem isso também, Soph, vai precisar da sua também. – disse ele, empurrando nas mãos de Rony o par de meias enroladas. Sophie simplesmente assentiu.
- Meias? – perguntou Rony.
- O que está dentro delas. – respondeu Harry – É a Felix Felicis. Dividam entre vocês, e a Gina.
- Não! – disse Hermione – Leve a poção com você, você pode precisar, e temos a poção da Soph.
- Estarei bem Mione, estarei com Dumbledore. – disse Harry, para tentar tranquilizá-la – Além disso, se envolverem mais gente da “ED” vão precisar da poção da Soph pra eles também. Eu preciso ter certeza de que vocês estarão bem. Agora eu tenho que ir.
Ele voltou-se para sair, mas então Sophie chamou-o.
- Harry?!
- Hã? – fez o garoto, virando-se novamente para encará-la.
- Tome cuidado. – pediu Sophie, tentando manter-se firme, mas sendo traída pelo olhar.
- Eu vou. – disse Harry, com um tom que esperava tranquilizá-la – Vocês também. – disse ele, e então acrescentou em pensamento apenas para Sophie – “Conto com você, Soph.”
“Não se preocupe conosco.” – respondeu a garota, também sem falar – “Vamos ficar bem”.
E então ele se foi, passando pelo buraco do retrato e seguindo rumo ao saguão de entrada, onde Dumbledore já o aguardava, junto às enormes portas de carvalho. Ele desceu o último lance de escadas, parando, ofegante, ao lado do diretor.
- Por favor, Harry, cubra-se com a Capa de Invisibilidade. – pediu Dumbledore – É melhor que ninguém o veja saindo comigo.
Harry cobriu-se com a capa, e depois de certificarem-se de que ele estava completamente coberto, ele e Dumbledore começaram a descer os degraus de pedra para fora do castelo.
- Professor – chamou Harry, baixinho, quando, depois de alguns minutos andando, avistaram os portões no início da estrada –, vamos aparatar?
- Sim. – respondeu Dumbledore – Você já sabe aparatar, não?
- Sim, mas ainda não tenho licença. – disse Harry.
- Não há problema. – disse o diretor, com um leve sorriso – Posso ajudá-lo com isto.
Eles passaram pelos portões da escola, pegando a estrada deserta para Hogsmeade. Foi um percurso silencioso, Dumbledore estava imerso em pensamentos, e Harry preferiu não perturbar o professor com perguntas. Além disso, ele pensava também em Hermione, Rony, Sophie e Gina, que haviam ficado no castelo para enfrentar o que quer que aquela noite traria.
Em Hogwarts, Rony, Hermione e Sophie continuavam no salão comunal, os pensamentos consumidos pela preocupação com Harry e com o que poderia acontecer com eles próprios no castelo naquela noite. Então Sophie ofegou, apertando os olhos e dobrando-se sobre si mesma, como se tivesse sido atingida por algo. Rony e Hermione a fitavam de olhos arregalados quando ela disse em tom sombrio e assustado.
- Harry estava certo. É hoje.
Finalmente, Harry e Dumbledore alcançaram a rua principal de Hogsmeade; as luzes brilhavam em todas as janelas, sobre as lojas, e, ao passarem pelo Três Vassouras, viram Madame Rosmerta expulsando, a vassouradas, um bruxo malvestido.
- ... e fique longe do meu bar! – gritava ela, irada – Ah, olá, Alvo. – cumprimentou, em tom mais leve, ao ver Dumbledore, aparentemente sozinho – Saindo tarde...
- Boa noite, Rosmerta. – respondeu Dumbledore – Desculpe, estou indo ao Cabeça de Javali... não se ofenda, mas eu gostaria de um ambiente mais tranqüilo esta noite.
Eles seguiram andando, e então viraram para uma rua lateral, onde ficava o outro pub do vilarejo. Ao contrário do Três Vassouras, o lugar parecia estar vazio.
- Não precisamos entrar, desde que ninguém nos veja desaparecendo... – disse Dumbledore, olhando de um lado para o outro – Agora se apóie no meu braço, Harry, não precisa muita força. Quando eu contar três: um... dois... três.
Harry teve aquela sensação já conhecida de estar sendo sugado para dentro de um cano de borracha, não conseguia respirar, e sentia seu corpo sendo comprimido por todos os lados. Quando pensou que iria sufocar, toda a pressão desapareceu, e ele se viu parado em um lugar escuro e frio, e respirando um ar fresco e salgado. Ele tentou localizar Dumbledore, mas inicialmente não conseguiu. Só quando, aos poucos seus olhos foram acostumando com a pouca luz, e ele passou a ver melhor. Então a ponta da varinha de Dumbledore se acendeu, iluminando o rosto do bruxo de forma fantasmagórica.
- Vamos, Harry, por aqui.
Na escola, depois da súbita revelação que tivera, Sophie assumiu o controle da situação. Sem Harry, em geral o líder do grupo, Rony e Hermione pareciam perdidos.
- Precisamos nos mexer. – disse Sophie, determinada, levantando-se de sua poltrona. – Temos que atrasar Malfoy o máximo que pudermos, até que Dumbledore e Harry voltem.
Os outros dois a fitaram, parecendo atordoados.
- Rony, vai até o dormitório e chame o Neville. – instruiu ela – E procure o Malfoy no Mapa. Não perde ele de vista. – Rony assentiu e a garota continuou – E você, Mione, tente usar as nossas moedas, as que usávamos com o pessoal da “ED” no ano passado, talvez alguém responda. Vamos!
Rony subiu correndo as escadas para o dormitório masculino, enquanto as duas garotas também subiam para o seu quarto. Enquanto Hermione procurava sua moeda no malão, para tentar contatar os demais integrantes da “ED”, Sophie apanhava o pequeno frasco de Felix Felicis que ganhara na aula de Slughorn da gaveta de seu criado-mudo.
- Eu vou procurar a Gina. – disse ela, guardando no bolso o frasco de poção – Encontro vocês daqui a dez minutos, no saguão de entrada.
Hermione assentiu, e enquanto ela voltava, com as mãos tremendo, a enfeitiçar sua moeda mágica, Sophie saía porta afora, deixando o dormitório para ir procurar por Gina.
Ela encontrou a ruivinha, como sabia que encontraria, na biblioteca, escondida atrás de uma pilha de livros, em uma das mesas de estudo. Por um golpe de sorte, estava com ela Luna Lovegood, uma garota da Corvinal que também fizera parte da “ED” no ano anterior.
- Gina, você precisa vir comigo. – disse Sophie ao alcançá-las – Luna, por favor, vem também.
- Mas, Soph, o que... – começou Gina, mas Sophie a interrompeu.
- Não temos tempo agora, Gi. – disse ela, nervosa – Eu explico no caminho, agora venham depressa.
Alarmadas com o tom de urgência de Sophie, Gina e Luna deixaram tudo em cima da mesa, e as três saíram praticamente correndo da biblioteca rumo ao saguão principal. Enquanto andavam, Sophie explicou às duas, por alto, o que estava acontecendo, e, mentalmente, contou somente a Gina o que não pudera dizer em voz alta.
- Soph... – disse Gina, empalidecendo ao saber da situação toda.
- Vai ficar tudo bem, Gi. – disse Sophie, fitando-a por um instante – Ele vai ficar bem.
- E nós? – perguntou a ruivinha.
- Vamos tentar ficar bem também.
Rapidamente elas chegaram ao pé da escadaria do saguão principal – Sophie usou vários dos atalhos que conhecia –; Hermione já estava lá, junto com Rony, Neville e Ernesto McMillan.
- Ninguém mais respondeu. – informou Hermione.
- Obrigada, Ernie. – agradeceu Sophie, com um sorriso fraco – Rony, a poção do Harry.
Rony tirou de um dos bolsos o frasquinho de Felix Felicis que Harry havia lhe dado, e Sophie também apanhou o seu.
- Aqui, Gina, bebe um gole. – disse ela, removendo o lacre do frasco de poção e entregando-o à ruivinha – Luna e Ernie também. Rony, você divide a poção do Harry com a Mione e o Neville.
Bem rápido, todos beberam um gole da poção da sorte. Com o nervosismo, ninguém percebeu que Sophie não bebera seu gole da poção, mas fechara novamente o frasquinho, com o restante do líquido dourado e guardou-o no bolso.
- Todo mundo bebeu? – perguntou ela, e todos assentiram – Ótimo. Agora, acho que faremos melhor se nos dividirmos. Mione, você e Luna vão até a sala do Snape. Colem nele feito um adesivo pra remover verrugas, não tirem os olhos dele.
Hermione e Luna assentiram, e já saíram, seguindo na direção das masmorras, onde ficava a sala do professor.
- Rony, você está com o Mapa? – perguntou Sophie, e Rony assentiu.
- Ele não tá em lugar nenhum. – respondeu o ruivo – Já deve estar na Sala.
- É, ele já deve estar lá. – concordou Sophie – Bem, você, Neville e Ernie vão pra lá. Não o deixem passar, prendam-no lá o máximo que puderem. Gina e eu vamos procurar o pessoal da Ordem.
- Tomem cuidado. – pediu Rony.
- Vocês também. – disse Sophie.
O grupo então se separou. Os três meninos saíram correndo escadaria acima, enquanto Sophie se voltava para Gina, que respirava profundamente para tentar se acalmar.
- Vou ver onde meu pai está. – disse a morena, e então fechou os olhos, buscando mentalmente por Sirius.
“Pai?” – chamou ela – “Pai, onde você está?”
“Zoe?”
“Onde você está?” – perguntou a garota novamente.
“Na ala oeste.” – respondeu Sirius – “Por quê?”
“Vem na direção do saguão de entrada.” – pediu Sophie – “Eu tô indo encontrar você.”
“Mas, Zoe...”
“Por favor, pai!”
“Está bem. – Sirius concordou – “Até já.”
- E então? – perguntou Gina, quando Sophie voltou a abrir os olhos.
- Ele está na ala oeste. Está vindo pra cá.
- Vamos esperá-lo aqui?
- Não, não podemos esperar. – disse Sophie – Vamos, alcançamos ele no meio do caminho.
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N/A: pra todo mundo que está acompanhando (embora sejam muito maus comigo e não comentem u.u), obrigada. Peço desculpas pela demora em postar, é que o tempo anda meio curto. =*
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