make up!
: Marlene McKinnon narrando.
: St. James High School
Meu relógio tocou às 6 horas em ponto. Emmeline já estava tomando banho – ouvi o barulho do chuveiro – e a menina nova ainda dormia. Ainda estava abismada com o que ele tinha falado no dia anterior a respeito da escola e de nós. Ela com certeza era uma má influência para todos no colégio. Mas com nossa fé nós com certeza a ajudaríamos a superar isso.
- Oi, Lene – Emmeline sorriu, aparecendo no quarto.
- É Marlene – retruquei, enquanto levantava.
- Ah, oras. O apelido é tão fofo – ela sorriu.
- Mas quem falou não é nada fofo – segui para o banheiro e a vi fechar a cara.
Quando saí do banho, já arrumada, Emmeline estava sentada em sua cama conversando com a garota nova. Ela estava sorrindo. Sim! Sorrindo! Também fiquei abismada com isso. As duas me olharam. A garota nova sorriu, com a cara de sono.
- Bom dia, Lene – ignorei o apelido.
- Está com um humor melhor que ontem – observei enquanto pegava meu material. Ela riu.
- Com certeza, porque agora já sei o que vim fazer nesse colégio.
- Você finalmente encontrou o sentido para estar aqui conosco? – Emmeline perguntou. – Pra estar ao lado de Jesus? – Sua voz era de adoração.
- Claro que não – ela revirou os olhos. – Bom, estou aqui para mostrar a vocês que nem tudo é reza. Vamos dar um upgrade nessa escola – ela sorriu, encantada com seu próprio plano. Ridículo.
- Como você fará isso? – Emmeline perguntou, animada. Revirei os olhos.
- Tenho mais o que fazer do que ficar ouvindo essas baboseiras. Se vocês não se lembram, o café da manhã é servido as sete e quinze, ou seja, agora! – Disse, um pouco autoritária e saí do quarto.
Como assim dar um upgrade na escola? Quem ela pensa que é para chegar aqui e mudar tudo? Se ela fizer alguma coisa, uma só coisinha que mude alguma coisa dentro dessa escola, a Madre vai ficar sabendo e isso não seria nem um pouco legal.
- Oi Marlene – James sorriu, enquanto eu me sentava ao seu lado no refeitório.
- Oi James, bom dia.
- E aí, já sabe da garota nova? – Revirei os olhos.
- Ela está no meu quarto.
- Quem? – Remo apareceu, sentando-se na minha frente.
- A menina nova – James respondeu por mim. – Como ela é?
- Homens – revirei os olhos. – Ela é loira – eu realmente não queria falar sobre aquela garota.
- Quem é loira? – Sirius chegou e senti meu estômago revirar. Sempre fui amiga dele, mas de uns tempos para cá, eu venho me sentindo muito estranha perto dele. Qualquer coisa que ele fale pra mim ou o simples fato de eu o ouvir falando meu nome, já sinto meu coração explodir. Acho que gosto dele.
- A menina nova – Remo sorriu. – Como ela se chama?
- Hm, não sei.
- Ela é da onde? – James perguntou e eu bati com o prato de cereais na mesa.
- Pelo amor de Deus! Vocês só sabem falar nela? – Perguntei irritada e saí do refeitório. Podia sentir os olhos de Sirius em minhas costas.
: Emmeline Vance narrando.
: St. James High School
- Ai, Lil, tem certeza que não tem problema? – Perguntei, me olhando.
- Ora, Emme – ela revirou os olhos. – Você está linda – ela sorriu e voltou à atenção para seu uniforme. – Você realmente não quer cortar seu uniforme? – Ela murmurou, enquanto passava a tesoura, diminuindo consideravelmente o uniforme.
- É claro que não! – Exclamei. – Ainda não quero ser expulsa, obrigada – ela riu. – Eu vou para a aula, você não vem?
- Chego no segundo tempo – ela sorriu, prendendo o cabelo loiro em um rabo de cavalo frouxo e me olhando. – A gente se vê?
- A gente se vê – disse e ela sorriu.
Enquanto caminhava pelo pátio da escola, meio correndo para chegar à aula, me sentia eufórica. Nunca tinha feito uma coisa diferente na minha vida e mudar me deixava em êxtase. A Lily não parecia nem de longe aquela garota mal humorada e sem fé que encontrei no quarto ontem à noite. Qualquer coisa que tenha acontecido fez com que ela acordasse bem melhor. Quando entrei na sala, a professora não tinha chegado. Marlene estava num canto, olhando distraída e com cara emburrada para a janela. Deixei meu material em cima da mesa.
- Oi Marlene – sorri, sem graça.
- Oi – ela me respondeu meio fria. Fui falar com os meninos.
- Oi gente, bom dia – sorri.
- Isso no seu rosto... – James começou.
- É maquiagem? – Sirius me olhou com cara de confuso.
- Algum problema se for? – Retruquei.
- Não, ficou muito bonita – Remo disse e senti meu rosto pegar fogo.
- Hã, obrigada – disse completamente sem graça.
- Sentando, turma! – A professora entrou na sala, impedindo que o momento constrangedor continuasse.
Eu simplesmente ainda não estou acreditando que o Remo disse isso. É verdade que ele perto de mim sempre fica meio enrolado e sem graça e vice-versa, mas ele dizer que estou bonita? Meu Deus, eu acho que vou passar mal aqui na sala. Fizemos a oração da manhã e a professora começou a explicar a matéria, mas eu realmente não conseguia prestar atenção no que ela falava. Minha cabeça não estava na Inglaterra do século XVII, estava num certo rapaz que senta duas mesas a minha frente. Oh meu Deus! Estou pensando em um garoto! O que uma maquiagem não faz.
- Com licença, professora – todos da sala se viraram para olhar a estranha na porta.
Lily estava parada sorridente. Seu cabelo estava ondulado e caia na suas costas de jeito delicado. Seu uniforme – meu Deus! – estava bem menor. A bainha desfiada estava um pouquinho acima da metade da coxa e o sapato preto fora substituído por um brilhante sapato de salto agulha. Os primeiros botões do blusão tava aperto e, mesmo de longe, podia ver um pedaço de seu sutiã. Ela me olhou e piscou.
- Quem é você, senhorita? – A senhora Heith a olhou de cima a baixo com desaprovação.
- Lily Evans, a aluna nova. Precisa de alguma autorização ou algo assim para entrar no segundo tempo? – Ela estava confusa, mas não deixava aparentar. Sua postura me fazia me sentir meio medíocre.
- Dessa vez não, mas tome cuidado para não acontecer de novo – ela disse, de má vontade. – Pode se sentar ali, ao lado do senhor Black – ela apontou para a carteira vazia atrás de mim. Lily caminhou um jeito imponente e todos os garotos a acompanharam. Bom, ela já estava começando a mudar as coisas por aqui.
- Hei, Emme – ela sussurrou, quando a professora parou de prestar atenção nela e recomeçou a aula.
- Você ficou doida? – Sussurrei em resposta, sem tirar os olhos da professora. – Já viu o tamanho da sua roupa? – Ela riu baixinho.
- É claro que já, meu bem. Eu disse que ia mudar as coisas por aqui, eu disse.
: James Potter narrando.
: St. James High School
Meu Deus! Quem era aquela garota? O vestido dela, a blusa aberta, o sutiã aparecendo... Acho que vou ficar louco. Nunca tive vontade de beijar uma garota, afinal de contas, nenhuma aqui da escola me chamou atenção. Mas essa Lily... Minha vontade era, sei lá, dormir com ela? Merda, como estou pensando nisso?!
- Hei, James – Emmeline sorriu, sentando ao meu lado no banco de pedra.
- Hei – dei um sorrisinho e vi a Lily parada na minha frente. Meu Deus, eu vou agarrar essa garota.
- James, essa é a Lil. Lil, esse é James – Emmeline nos apresentou rapidamente.
- Prazer, James – Lily deu um riso maravilhoso e beijou o canto da minha boca.
- Então, gostando da escola? – Perguntei, tentando parecer descontraído. Ela jogou a cabeça pra trás e riu.
- Mais ou menos – ela se sentou ao meu lado, cruzando as pernas e deixando uma boa parte da sua coxa a mostra. – Vai ficar bem melhor, tenho certeza.
- Como assim? – Perguntei confuso. Ela riu novamente.
- Você verá, meu bem – ela sorriu para mim e se levantou. – Venha Emme, preciso ligar pra minha mãe – ela puxou Emme (seu apelido novo era bonito), que deu um tchauzinho rápido para mim e saiu correndo pelo pátio.
- Fala aí, James – Sirius se jogou no banco. – Estava doido para sair daquela sala. Quem inventou a trigonometria, hã?
- Foi Hiparco, considerado o fundador da astronomia científica e também chamado de pai da trigonometria – Remo apareceu e sentou no banco também.
- Não me venha com esses ataques de inteligência – Sirius revirou os olhos. – Mas e aí, vocês viram o tamanho do uniforme daquela tal de Evans? Meu Deus, é um pecado ela usar aquilo.
- Eu gostei – disse, meio distraído.
- Você o que?!? – Os dois gritaram ao mesmo tempo.
- James, James, isso é errado – Sirius advertiu.
- Luxúria é pecado, James, você sabe muito bem disso – Remo disse.
- Dane-se – dei de ombros.
- Você não sabe o que ‘tá falando – Sirius balançou a cabeça negativamente.
- É claro que sei, Sirius.
- Você vai para o inferno se continuar com isso – Remo sussurrou.
- Contanto que ela vá comigo – sorri para o nada, lembrando da coxa dela quando ela sentou-se ao meu lado.
- MEU DEUS! Você está possuído, cara? – Sirius olhou para Remo, pedindo apoio.
- Desculpe Sirius, mas acho que entendo ele – Remo disse baixinho e essa foi minha vez de olhá-lo espantado.
- Como assim, Lupin?
- Sabe, o que você pensa a respeito da Evans... – Ele parecia sem graça.
- Vai me dizer que você pensa o mesmo?
- Penso – ele admitiu.
- Com ela?! – Estava me preparando para entrar no disputa.
- NÃO!
- Ufa, não queria mesmo bater em você – ele revirou os olhos.
- Então quem é? – Sirius parecia te deixado essa coisa de pecado de lado e parecia interessado na conversa.
- Sabe, a Emmeline – Remo admitiu, sem graça.
- EU SABIA! – Gritei e ele ficou todo vermelho, olhando para o pátio.
- Depois daquela parada da maquiagem, ‘tava na cara – Sirius concordou.
- Será que ela percebeu?
: Lily Evans narrando.
: St. James High School
- Você acha que ele gosta de mim? – Emme perguntou, depois de me contar o que um tal de Remo disse pra ela na sala.
- Oras, eu sei lá – revirei os olhos, enquanto entrávamos no quarto. A Lene não estava, o que até era bom.
- Como não sabe? – Ela me olhou confusa.
- Oras, Emme, eu acabei de chegar aqui e nunca gostei realmente de um garoto – disse, enquanto procurava meu celular no meio da bolsa. – Sempre ficava com os caras por ficar, beijar na boca, transar, sabe?
- Não, não sei.
- Ah, é, esqueci que estou numa escola de freiras, foi mal.
- Tudo bem, não me importa – ela disse e eu sorri. Estava começando a mudar as coisas. Ficou um silêncio estranho enquanto tentava achar um número no celular e a Emme olhava para a janela.
- Lil? – Emme quebrou o silêncio.
- Sim?
- Você pode me ajudar? – Ela perguntou e desviei minha atenção do celular.
- Hm, acho que sim – sorri. – O que você quer?
- O Remo. Eu quero o Remo – eu sorri, isso ia ser divertido.
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