new Emme.
: Emmeline Vance
: St. James High School
- O Remo. Eu quero o Remo – eu disse segura e Lily sorriu, divertida.
- Estava esperando que você dissesse isso, meu bem – ela jogou o celular para o lado e ficou na minha frente.
- Você acha que não vou conseguir? – Perguntei insegura.
- Oras, pelo amor de Deus – Lil revirou os olhos. Ela sempre dizia “Oras”, era engraçado. – Mas você não conseguirá nada desse jeito – ela me olhou de cima a baixo.
- Como assim?
- Preciso ir, não se preocupe – ela disse de repente, saindo do quarto antes que eu perguntasse pra onde.
Me joguei na minha cama e comecei a fazer o dever de História Inglesa. Eu precisava me concentrar em alguma coisa que não fosse o Remo. No meio do dever, a Lene entrou no quarto. Ainda estava de cara feia. Largou o material em cima da cama e fui direto para o banho, sem dizer uma palavra. ‘Tá aí uma coisa para eu me concentrar: Lene. Desde que ela falou com a Lil ela anda meio estranha, de cara emburrada. Será que ela ficou com ciúmes porque estou andando com a Lily? Não, a Lene não é assim.
- Marlene, ‘tá tudo bem? – Perguntei quando ela saiu do banho.
- Está – ela respondeu meio fria. Sentei-me na cama.
- Marlene, o que ‘tá acontecendo? Você ‘tá tão estranha. Tem alguma coisa te incomodando? – Perguntei com voz doce.
- Aquela garota me incomoda – ela sentou na cama, meio vencida. Eu sabia que ela não ia conseguir esconder de mim.
- Qual é o problema da Lily?
- Eu não sei, ela se acha muita coisa, sabe?
- Não, não sei, afinal de contas isso é mentira. Você está julgando um livro pela capa, Marlene – adverti e ela se levantou irritada.
- Só não diga que não avisei, Emmeline – ela disse e saiu batendo a porta do quarto.
Mas o quê que deu na Marlene? Uma hora ela ‘tá emburrada, na outra volta a ser a Lene e de repente fica toda irritada. Eu só disse a verdade. Mesmo não conhecendo taaanto a Lily, já deu pra perceber que ela é uma garota legal. Ela tem uma opinião diferente a respeito de certas coisas, é claro, mas opinião diferente todo mundo tem. A atitude da Lene é ridícula para uma pessoa como ela. Se ela continuar assim, vai ser difícil conviver com ela.
- Pensando nele, meu bem? – Lily me tirou completamente da minha linha de raciocínio.
- Não, estava pensando na Lene – disse, meio sem graça. Vai que a Lily também ‘tá emburrada com ela também?
- Ah, ela é estranha, não é? – Ela disse indiferente, sentado-se na cama. – Não sei, ontem ela falou comigo direito e hoje já vem cheia de atitude.Garotinha autoritária.
- Ela não é assim – retruquei. Eu podia falar da Lene porque a conhecia, mas a Lily nem a conhecia direito. – Você não a conhece.
- Sério? Ela é pior que isso? Como você aguenta, Emme?
- Ela não é assim! – Exclamei. – Ela ‘tá estranha por sua causa!
- ‘Tá bom, Emme! – Ela levantou os braços como quem se rendia. – Depois resolvo meus problemas com a McKinnon, Ok? Não quero causa discussão entre nós duas.
- Tudo bem – suspirei. – Desculpe, é que fiquei meio nervosa com isso. A Lene ficou diferente de uma hora pra outra, foi estranho.
- A culpa é toda minha, eu sei disso. Mas primeiro eu resolvo você, depois me entendo com ela, pode ser?
- Pode.
- Vai tirar essa cara de triste quando te contar a novidade?
- Depende da novidade – sorri.
- Eu contei ao Remo que você gosta dele – ela sorriu maldosa.
- VOCÊ O QUE? VOCÊ FICOU MALUCA, GAROTA? – Gritei, levantando da cama. Ela começou a rir, me deixando mais irritada ainda. – ANDA, EVANS! DESEMBUCHA, O QUE VOCÊ FEZ? VOCÊ CONTOU A ELE?
- Claro que não! – Ela exclamou, ainda rindo. – Sua cara foi im-pa-gá-vel – ela ainda fez o favor de separar sílaba por sílaba.
- O que você fez? – Perguntei de novo.
- Eu não contei a ele, Emme. Fui falar com a Irmã Charlotte, acalme-se!
- Nunca mais faça isso! Eu quase enfartei! – Exclamei e ela riu mais um pouco. – O que foi falar com a Irmã Charlotte?
- Fui ver quando seria nosso próximo passeio.
- Passeio?
- Querida, você estuda aqui a mais tempo do que eu e não sabia disso? No primeiro fim de semana do mês, os alunos são autorizados a irem à Londres.
- Ah, é mesmo. Tinha esquecido completamente. E o que me ajudar tem a ver com o passeio?
- Posso ver seu armário? – Por que ela nunca responde o que eu pergunto?
- Pode – dei de ombros, enquanto ela corria para abrir meu armário.
- Meu Deus, Emmeline! – Ela exclamou. – Como você consegue usar essas roupas? Nem minha avó usa uma coisa dessas! – Ela exclamou, pegando um vestido cáqui que eu tinha. – Credo, meu bem. A coisa aqui vai ficar feia.
Então, de repente, todas as minhas roupas estavam jogadas em cima da minha cama. Dentro do armário só sobrou meu uniforme, uma saia xadrez – “Nós podemos dar um jeitinho nisso” Lily disse, deixando-a pendurada – dois sobretudos e um guarda-chuva que não sei de onde ele saiu.
- Ok, o que você vai fazer com isso? – Apontei para a pilha de roupas.
- Jogar fora, oras – ela revirou os olhos. – O que vou fazer com isso... – ela murmurou, enquanto dava uma outra olhada na pilha.
- Jogar fora? Todas as minhas roupas?
- Tudo bem, vou fazer algo melhor. Vamos doá-las para a caridade, Ok? Você estará ajudando a você e a outras pessoas – ela disse, enquanto pegava dois vestidos, um bege e outro florido da pilha. – Acho que podemos dar um jeito nisso também – ela os jogou no armário.
Depois de meia hora inspecionando a pilha de roupas, nós duas as colocamos em sacolas enormes para levarmos no sábado. Mais uma saia minha, dessa vez jeans, tinha voltado para o guarda-roupa.
- Lil, que roupa vou usar o resto da semana?
- Uniforme, oras – ela disse, sem tirar os olhos da sacola, onde escrevia o conteúdo. – E qualquer coisa, pode usar uma roupa minha, mas vou logo avisando, não é nem um pouco parecida com as suas.
- Eu sei disso, Lil – sorri. Então a Lene entrou no quarto, com cara de sono.
- Não façam barulho, estou a fim de dormir – ela disse mal humorada, entrando no banheiro para colocar o pijama.
- Stress causa rugas – ouvi Lily murmurar, enquanto se jogava na cama de uniforme e tudo e caia no sono.
: Lily Evans narrando.
: St. James High School
A semana passou rápido – ainda bem – e eu já não chamava tanta atenção. Ok, ainda chamava. Mas as coisas estavam começando a ficarem um pouquinho melhor. Ontem, quando fui dar um passeio – estava sem sono e decidi andar pelo pátio à meia-noite – passei por um quarto que estava com a porta aberta. A menina lá dentro estava sentada no chão, picotando seu uniforme. É engraçado ver como pequenas atitudes mudam tudo – me senti um daqueles ativistas falando.
- Andem, andem! – Irmã Charlotte gritou, chamando nossa atenção. Eram dez da manhã e iríamos passar o dia em Londres. O tempo estava meio nublado – como sempre – e meio frio, mas não me impediu de usar minha minissaia xadrez. – Devo lembrar-lhes que Londres é uma cidade grande e que está repleta de pecados, mas não caiam na tentação! – Ela exclamou e eu revirei os olhos, quanta baboseira. – Vamos entrando.
Fui uma das últimas a entrar. Como já tínhamos planejado, a Emme se sentou ao lado do Remo. A McKinnon estava sentada no fundo do ônibus, de cara amarrada. Ela ainda não era minha prioridade. Sentei no único lugar vago, do lado de um tal de Sirius, amigo da Emme.
- Hei, Lily – ele sorriu e eu retribuí. Era estranho, mas até agora ainda não tinha dado um sorriso falso para quem quer que fosse.
- Hei.
- Mas e aí, sei que provavelmente todo mundo já te perguntou isso, mas ‘tá gostando do colégio? – Ele perguntou e eu ri. O ônibus começou a andar pela estrada.
- Hm, até que está sendo um pouco melhor do que eu esperava – sorri e depois ele começou a me contar um pouco sobre a escola, as pessoas e tal. Ele era engraçado e eu era uma das poucas pessoas que ria dentro do ônibus. Perdi a conta de quando olhares de reprovação levei da Irmã Charlotte.
- Emme, você não está com frio? – Ouvi Remo perguntar. Estava sentada no banco ao lado do deles. Sorri. Eu tinha emprestado uma das minhas saias para Emme e, vamos lá, as minhas roupas não são tãão compridas.
- Não, valeu. Trouxe um casaco – aí o papo deles acabou. Meu Deus será que eles não conseguem arranjar qualquer assunto pra conversar?
- Esses dois... – Sirius murmurou do meu lado.
- O que têm eles? – Perguntei, o olhando.
- Eu não sei. Nunca o James ou o Remo se interessaram por uma garota – eu ri com inocência dos meninos, mas tudo bem. Os santinhos são sempre os piores.
- Nem você?
- Bom, não.
- Certo, você não me convenceu nem um pouco – sorri, me aproximando dele. Eu simplesmente adoro uma fofoquinha.
- Você está ajudando a Emmeline? – Ele perguntou, mudando de assunto.
- Estou – sorri, voltando a sentar direito. Sim, ele está interessado. – E vocês estão dando algum conselho ao Remo?
- Não aprovo essa atitude dele – ele olhou para a janela e eu mordi o lábio inferior.
- Não aprova ou só está com inveja porque ele está fazendo o que você sempre quis fazer? – Perguntei baixinho, me aproximando dele novamente.
- Não aprovo – ele disse frio. Sim, ele tem inveja.
- Vou fingir que acreditei – sorri e levantei. Sentei-me ao lado de James. – Oi James – sorri.
- Oi Lily – ele sorriu, um pouco nervoso. – E aí, cansou de rir com o Sirius? – Ele sorriu, tentando manter o assunto.
- Bom, digamos que ele é meio confuso – fiz um biquinho e depois ri com a cara de confusão dele. – Ele não sabe o que fazer a respeito de certas coisas.
- Garotas? – Ele perguntou e eu assenti. – As pessoas andam meio diferentes por aqui – ele balançou a cabeça, sorrindo. – Nem preciso dizer por causa de quem, né? – Ele me olhou e nós dois rimos.
- Bom, acho que não – me fiz de desentendida e ri novamente.
Ficamos meia hora conversando, até que chegamos a Londres. James era o típico garoto de uma escola de freiras, calmo, recatado, faz piadas leves e não toca em certos assuntos – garotas, bebidas, entre outras coisas mais. Apesar disso, eu gostei dele. Ele é um santinho pelo qual vale a pena lutar. Ainda mais um santinho bonito. Mordi meu lábio inferior imaginando as melhores maneiras possíveis para levá-lo para o quarto. Que coisa feia, Evans. Sorri, enquanto desci do ônibus.
- Bom, então vocês já sabem. Nos encontramos aqui exatamente às 6 horas. Não quero nenhum atraso – Irmã Charlotte disse, olhando principalmente para mim. – Podem ir – puxei Emme pelo braço e chamei o primeiro táxi assim que atravessamos o quarteirão.
- Você se divertiu bastante, hein? – Emme riu, enquanto entrava no táxi comigo.
- Oxford Street, por favor – disse ao motorista. – Estou fazendo novas amizades, meu bem – sorri para Emme. – Olha só, já tenho tudo planejado e sei exatamente qual loja devemos ir. Como ‘tá na primavera, as lojas estão começando a ficarem um pouco cheias, porque os turistas estão chegando e coisa e tal, mas não se preocupe. Conheço uma menina que trabalha em uma butique perfeita – sorri, contanto mais ou menos meu plano. Ela parecia um pouco atordoada, nada demais. – Tem umas marcas boas, Chanel, Prada, Marc Jacobs, Armani, Dior e coisa e tal, mas também tem uns...
- Calma aí! – Emme exclamou, me interrompendo. – Prada? Channel? Você ‘tá bêbada? Como vou pagar tudo isso? Meus pais me matariam se visse alguma compra dessas no meu cartão de crédito.
- Oras – eu revirei os olhos. – Mas os meus não – sorri satisfeita. É óbvio que minha mãe daria um jeitinho de esconder minha conta do cartão do meu pai.
- E você vai pagar tudo?
- Hm, veja isso como um presente – sorri e ela fez uma cara de pensativa. – Olha, pra falar a verdade, você querendo ou não eu vou comprar – ri e me recostei no táxi. – Nada como compras – suspirei.
: Emmeline Vance narrando.
: Oxford Street
Ok, eu quase passei mal quando entramos na tal butique que a Lil me disse. Era tudo tão chique, tão refinado... Me senti muito medíocre perto das mulheres que entravam a e saiam carregadas de bolsas. A loja era ampla e iluminada. Cheirava a um perfume doce e marcante, daqueles que a gente não esquece. Tive uma grande vontade de perguntar a uma vendedora o nome do perfume.
- Ainda bem que você chegou – uma moça, baixinha, de cabelo curto e olhos muito azuis veio até nós.
- Hei, Jô – Lily sorriu. – Essa é a minha amiga que te falei – ela apontou para mim e a garota me olhou. Dei um sorriso meio sem graça.
- Hm, exatamente o que você me disse. Bonita, mas precisa de um trato. Venha, meu bem – ela pegou minha mão e me puxou. Olhei assustada para a Lily, que sorriu e nos seguiu.
Seguimos pela loja. A moça, Joana, me puxava pela mão e Lily vinha atrás de nós, com seu andar de modelo e um sorriso estampado no rosto. Eu me sentia em um mundo completamente diferente. Se me contasse há um mês atrás o que estava acontecendo comigo agora, eu não acreditaria. Cruzamos toda loja e entramos em uma porta branca, que tinha um aviso pendurado do lado de fora: “Somente pessoal autorizado”. Olhei assustada para a Lily.
- Não se preocupe – ela entendeu o que estava pensando. – Eu sou pessoal autorizado – ela piscou e senti Joana parar. Parei também, meio rápido demais e por pouco não caio.
- Divirta-se, querida – Joana disse e me deu um beijo estalado na bochecha. – Lil, você sabe o que fazer. Aquilo que você me pediu ‘tá feito já – ela deu uma piscada e saiu.
Quando me virei para ver onde realmente estava, quase caí. Era um closet gigante, do tamanho do dormitório feminino da escola. Tinha várias e várias araras, com cada roupa mais chique e linda do que a outra. E podia ver, no fim do corredor principal, uma parede enorme repleta de sapatos.
- Meu Deus, Lily, o que é isso? – Me virei para ela, assustada. Ela riu, provavelmente da minha cara.
- Oras, são roupas – ela riu. – E acho que tem sapatos lá atrás – ela indicou com a cabeça.
- Mas, o que vamos fazer?
- Comprar, Emme. Nós vamos comprar.
: Marlene McKinnon narrando.
: Livraria Cristã de Londres
Livros, livros, livros... Pelo menos essa parte da minha vida está um pouco normal. Hoje eu quase bati na Evans, é sério. Nunca tinha sentido ciúmes de ninguém, mas depois de vê-la com Sirius no ônibus, vi o quanto poderoso esse sentimento é. De início, não gostei dela pelo o que ela havia dito no primeiro dia na escola. Depois, ela meio que roubou a Emme de mim. Nós quase não nos falamos mais! Ok, admito, eu também não me esforcei nem um pouco em falar com ela e o que a Emme disse a respeito da Evans, de que ela era uma pessoa legal me deixou meio vacilante. Mas depois de hoje, no ônibus, eu não vou mesmo falar com essa garota.
- Oi Lene – James apareceu do meu lado, me assustando.
- Jesus! Assim você me mata de susto, Potter! – Exclamei, rindo ao mesmo tempo e tentando ignorar o apelido. Parece que a Evans já o espalhou por aí.
- Desculpa – ele sorriu. – E aí, se divertindo? – Ele perguntou, meio irônico, olhando para os livros.
- É claro – revirei os olhos. – Você sabe que gosto de vir aqui.
- Que tal mudar um pouco?
- Como assim, James? – O olhei, intrigada.
- Você não está falando com a Lily porque? – Ele mudou de assunto e fiquei um pouco sem ação. – Lene?
- Olha, sabe o que é? ‘Tô morrendo de fome, vamos procurar um lugar pra almoçar?
- Não muda de assunto – Ele revirou os olhos.
- James, eu não quero falar sobre ela.
- Por que?
- Porque não quero.
- Isso não é uma boa resposta, Lene.
- Pára de me chamar assim.
- Ok, eu paro. Por que não?
- Não enche, James.
- Me diz o verdadeiro motivo. Inveja?
- Pelo amor de Deus, é óbvio que não!
- Ciúmes?
- Er...
- Ciúmes de quem?
- CHEGA! – Gritei e boa parte da livraria me olhou. – James, pára com isso – disse mais baixo. – Odeio diálogos rápidos, me deixa confusa – fiz um careta e ele riu.
- Tudo bem, mas não se preocupe, eu vou descobrir porque – ele sorriu e piscou. Antes que pudesse retrucar, ele perguntou – ‘Tá com fome?
- Mais ou menos.
- Então vamos naquele restaurante italiano que tem aqui perto. O Remo e o Sirius estão lá.
Paguei meu livro e saí com ele para o restaurante. Só a menção no nome do Sirius, meu coração disparou e obriguei a mim mesma a ir ao restaurante. Só em vê-lo eu já ficava feliz. Caminhei com James até o próximo quarteirão e entramos no restaurante.
- Esse restaurante não é meio caro? – Perguntei, quando vi que todos os fregueses estavam super bem vestidos, com notebooks em cima da mesa.
- Nós merecemos comer bem – James riu e chegamos na mesa. – Pronto, Sirius, achei a Lene – ele sorriu, sentando na cadeira do lado do Remo.
- Como assim? – Perguntei, com o rosto queimando e com vontade de correr. Sirius não respondeu.
- O Sirius pediu pro James ir procurar você – Remo respondeu, depois de alguns segundos de silêncio constrangedor. – Pra você não almoçar sozinha, ficar com a gente, sabe?
- Ah, entendi – murmurei e sentei. O garçom veio até nós e enquanto fazíamos nosso pedido, duas pessoas entraram no restaurante e me chamaram atenção. OMG! O que aconteceu com a Emmeline?
: Remo Lupin narrando.
: Restaurante italiano, Londres.
- O que a senhorita vai querer? – O garçom repetiu para Marlene, que continuava parada, olhando para um ponto fixo atrás de mim, na entrada do restaurante no caso.
- Marlene – Sirius dei um cutucão no braço dela, enquanto me virava para trás. Cristo o que era aquilo?
Uma loira alta e bem vestida estava parada com um sorriso de criança nos lábios. Ao seu lado, uma outra loira, uma loirinha. Era um pouco mais baixa e com uma posse um pouco menos autoritária que a outra. O cabelo estava meio desfiado, não sei, na altura do ombro com uma franjinha. O fim do vestido preto estava acima da metade da coxa e a perna estava protegida com uma meia, da mesma cor. O sapato, assim como o batom, era rosa choque. Quando parei de olhar para o corpo da garota – que Deus me perdoe por isso – parei para observar seu rosto. Aqueles olhos não eram estranhos. Enquanto olhava, as duas viraram para mim e sorriram. Antes que pudesse fazer alguma coisa, já andavam em nossa direção.
- Oi gente – Lily sorriu, parando ao lado de nossa mesa. – Se importa se almoçarmos com vocês? – Perguntou, nos olhando.
- Claro que não – James disse e quase revirei os olhos. É claro que ele deixaria.
- E quem é você? – Olhei para a outra garota. Ela me olhou com uma cara de choro e saiu do restaurante decidida, com os sapatos de salto fazendo barulho.
- Como você ainda pergunta isso, Remo? – James sussurrou, me cutucando.
- Eu não sei quem é ela, oras!
- Vou te ajudar a lembrar, Remo – Lily se abaixou perto de mim. – O sobrenome dela é Vance.
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