Corujas amigas jamais serão ve



O dia chegou, eu e Diego acordamos bem cedo, na verdade eu nem dormi e pela cara dele acho que também não. Minha mãe estava radiante em nos levar e muito curiosa.

O lugar indicado no endereço que veio junto com minha carta já era bem conhecido meu, mas eu nunca tinha reparado no lugar. Era na avenida principal da cidade entre uma loja de calçados e uma lanchonete. As pessoas que passavam nem olhavam pro lugar tinha parede de pedra e um letreiro com os dizeres entalhados na madeira: O Lagartão Flamejante, e com um desenho de um lagarto em chamas que corria de um lado para o outro tentando apagar o fogo. Fiquei sabendo depois que os trouxas não viam o lugar porque ele era enfeitiçado para apenas bruxos e familiares de bruxos verem.

O lugar por dentro não era alegre e nem convidativo, as mesas e cadeiras tinham uma grossa camada de gordura e o lugar cheirava a fumo árabe. Uma senhora não muito bem vestida veio nos atender.

- O que desejam? – disse ela, e nós percebemos que todos os seus dentes eram de ouro.
- A caravana que vai ao Beco Diagonal. – disse minha mãe timidamente.
- A sim! São seus filhos? Primeiro ano certo? – perguntou ainda sorrindo
- Só a menina é minha filha, o rapaizinho é um amigo. Primeiro ano e para nós ainda é mais complicado. – disse minha mãe forçando um sorriso.

A mulher nos indicou uma saleta iluminada por velas em que já se encontrvam, pelo que parecia todos os outros bruxos que fariam primeiro ano. Um homem alto e com os poucos cabelos ruivos se lavantou.

- Então estamos todos aqui! – disse ele – Meu nome é Ricardo Benito e estou aqui para ajudar quem ainda não sabe usar o pó de flu. – ele deu uma boa olhada em todas as pessoas. – Quem sabe como usar de um passo a frente e assine o nome nesta lista depois é só ir para a lareira.

Eu olhei pra Diego e ele estava na mesma confusão que eu. Pó de que ele disse?
Uma menina loira e magra deu um passo à frente assinou na lista andou ate a lareira e pegou um pózinho de um pote ao lado, jogou o pó no fogo e as chamas ficaram verdes, depois ela entrou na lareira e gritou alto:
- Beco Diagonal Brasil! – e num borrão ela sumiu.
Eu não tinha piscado uma única vez para não perder nada. Todos foram entrando ate ficar só eu, Diego e minha mãe, ela parecia bem mais assustada que eu.
- Vocês entenderam como funciona? – perguntou Ricardo Benito. – É só pegar um punhado de pó de flu, jogar no fogo, entrar e dizer alto e claro o lugar para onde se quer ir. Vamos rapaz, você primeiro.

Eu senti Diego estremecer ao meu lado e ir assinar seu nome na lista. Depois ele seguiu ate a lareira e pegou o pó, jogou no fogo e um pouco hesitante ele entrou.

- Doi? – perguntei
- Faz cocegas! – disse ele sorrindo e depois gritou. – Beco Diagonal Brasil.

Depois foi a minha vez fiz tudo certinho, o fogo verde fazia cocegas mesmo, quando eu disse: Beco Diagonal Brasil, eu senti uma puchada forte na boca do estomago e logo depois comecei a girar rapido, fechei os olhos e derrepente eu cai. Eu estava coberta de cinzas e estatelada no chão de um lugar estranho, Diego me ajudou a levantar e depois vi minha mãe ir de encontro com o chão, assim como eu.

Uma senhoa veio correndo com um espanador tirar o resto das cinzas de nós três. Os outros foram saindo pela porta, só restando nós três.
- Água? – ofereceu a senhora para minha mãe que parecia bem abalada.
- Sim, por favor. – disse minha mãe.
A senhora retirou de dentro de suas roupas um craveto e do nada um copo d’água apareceu. Minha mãe tomou e saimos.
O lugar se chamava Ponto de flu.
O Beco Diaconal era uma grande rua cheia de lojas, cada uma com o letreiro mais legal que o outro.
Minha mãe tirou a minha lista do bolso e fomos em direção a Varias Varinhas e vimos que o graveto que a mulhar usou pra fazer o copo d’água aparecer era uma varinha. No letreiro tinha uma varinha que transformava uma mesa num rato e depois numa mesa outra vez. Entramos na loja, que era cheia de caizinha por todo canto, a loja estava quase vazia a não ser por um bruxo careca que tirava o pó de algumas caixinhas.
- Bom dia! – disse ele.
- Bom dia – respondemos os três.
- Varinha para os garotos? – perguntou ele
- Sim, estão indo para o primeiro ano em Hogwarts. – disse minha mãe com um orgulho embutido na voz. – Mas antes eu gostaria de saber onde fica o banco, ainda não retiramos o dinheiro para as compras.
- É o predio grande no fim da rua. – disse ele com um sorriso.
Saimos da loja promento comprar nossas varinha la e fomos pro fim da rua, passamos um frente a uma loja que chamava Emporio das corujas.
- Mãe! Posso comprar uma coruja pra mim? – pedi
- Se você prometer cuidar dela. – disse minha mãe.
- Prometo. – disse eu. – Diego você vai querer uma coruja também?
- Acho que não vou ter como comprar. – disse ele.
- Eu te dou uma de presente. – disse eu
Ele sorriu. “Ganhei o dia, pensei!”
O Banco era enorme e tinha duendes feios com dedos longos que davam um pouco de medo, meu cofre era enorme e bem cheio mesmo. Diego ganhou a ajuda da escola pra comprar seus materias.
Voltamos pra loja de varinhas, ao entrar vimos a garota loira com seu primo pagando pela varinha dela e saindo.
- Vocês estão de volta! Ótimo, primeiro as damas. – ele fez um gesto para que eu me aproximasse e uma fita metrica começou a tirar medidas do meu braço minha altura, da circunferencia da minha cabeça e engaunto isso ele ia procunado no meio das caixinhas, recolheu a fita metrica que foi tirar as medidas de Diego.
- Experimente essa. – e me estendeu uma varinha com a madeira bem vermelha e lustrosa. – Acho que vou acertar de primeira, Pau Brasil, vite e dois centrimetros com três fios de crina de unicornio.
Assim que eu toquei na varinha eu senti um calor forte e um formigamento no braço direito que foi se espalhando por todo meu corpo.
- Eu sabia que seria essa! – disse ele entregando uma varinha para Diego. – Esta é de Jacarandá 25 centimentros com corda de Coração de Dragão.
Diego abriu um sorriso, com certeza a mesma onda de calor que eu senti.
- É muito raro eu não acertar de primeira. – disse o vendedor.
- Quanto custa? – disse minha mãe.
- 7 galeões e 22 nuqus. – disse o vendedor gentil.

Pagamos e fomos em direção a loja Floreios e Borrões, uma livrari que estava apinada de gente. Uma moça bonita e sorridente veio na nossa direção.
- Hogwarts? Primeiro ano? Duas pessoas? – disse ela
- Sim! – disse minha mãe.
Pouco tempo depois ela voltou com duas braçadas de livros.
- O que mais posso trazer? – disse ela prestativa
- Eu gostaria de alguns livros que me ajudem a entender o mundo da magia e também um pouco da escola.
- A certo! Vocês são nascidos trouxas. – disse ela num sorriso amarelo. – Eu tenho uns pra você! – e saiu.
Voltou com mais alguns livros, pagamos e fomos comprar as outras coisas, mais na minha cabeça só tinha a coruja que eu queria comprar para mim.

Quando finalmente estavamos com os braços doloridos de tantas coisas e depois de ter tomado um sorvete de nozes que fazia agente sentir cosegas na lingua, fomos comprar as corujas.
O Emporio das Corujas era uma loja muito mal cheirosa e cheia de gaiolas com todo tipo de corujas.
- Fique a vontade para olhar! – disse a vendedora. – Quando escolher é só me falar!
Eu e Diego fomos olhar as corujas e não reparamos quando uma menina baixa, magra e morena se juntava as nós.
- Olá! – disse ela. – Meu nome é Silvia! Vi vocês dois na lareira d’O Ponto de flu.
- Eu não te vi la! – disse eu. – Acho que eu estava prestando tanta atenção pra não fazer errado que nem vi ninguem.
- Vocês são irmãos? – perguntou ela
- Não! – disse Diego. – Só amigos! – e deu um sorriso.
Continuamos nosso papo ate acharmos uma gaiola com quatro corujas quase identicas, marrom clara e olhos cor de ambar. A diferença eram manchas pretas perto dos olhos de cada uma delas, cada uma tinha a manha de um formato diferente. Elas ficaram bem animadas com nosso interece.
- O que você acha Diego? - disse eu. – Duas dessas?
- Por mim pode ser. – disse ele.
Mas as corujas não gostaram da ideia de serem separadas, pois se juntaram como se disessem ou levam as quatro ou não levam nenhuma.
- Eu vou levar uma também! – disse Silvia.
- Elas não vão querer ir, se for pra deixar uma só ai. – disse a menina loira que vimos entrar na lareira d’O Ponto de flu. – Eu fico com a outra. – disse ela para as corujas, que começaram a piar felizes da vida. – Meu nome é Ravene e esse é meu primo Roberto, ele vai fazer o terceiro ano em Hogwarts e é da Crovinal!
- Meu nome é Silvia e esses são Bárbara e Diego. – disse Silvia por nós. – Corvinal? Toda minha familia sempre foi da Grifinoria.
- Desculpe! – eu estava meio envergonhada em perguntar. – O que são Corvinal e Grifinoria?
- São casas! – disse Roberto. - São quatro no total: Corvinal, Grifinoria, Lufa-Lufa e Sonserina. Você vai ser escolhida para umas dessas quatro casas!
- E como agente é escolhido? – perguntou Diego
- Eles colocam dragões pra correr atras de você enguanto você tem que responder perguntas muito comlicadas. – disse Roberto rindo.
- Mentira! – disse um menino alto que entrava na loja naquele momento. – Meu nome é Felipe e sou da Corvinal também! Não acreditem nele, ele só esta tentando fazer vocês ficarem com medo. A seleção é totalmente indolor.

Pegamos nossas corujas e voltamos todos para O Ponto de flu. Conversamos bastante, mas nem Felipe nem Roberto que ainda insistia nos dragões não nos contaram como era a seleção, disseram que seria uma linda surpresa. Que nós iriamos gostar muito.
No outro dia cedo Diego voltou para casa dele e eu fiquei com minha coruja, que eu batizei de margarida.
Minha mãe disse que no proximo ano eu iria sozinha, pois aquilo era demais pra ela.
Em uma semana eu estaria longe, em um lugar desconhecido e cheio de surpresas.

__________________________________
Silvia, Ravene, Roberto e Felipe: Amigos queridos!

Queria alguns comentarios!

Beijo!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.