Cap XXVIII - As serpentes tamb



As serpentes também amam...


 


Draco chutou a cama quando Luna bateu a porta.


Aprendeu rapidamente que a imagem avoada, plácida e estranha de Luna que Hogwarts inteira desconhecia, escondia uma personalidade determinada, forte e estupidamente teimosa.


Ele até entendia o fato de Luna desejar ajudar os amigos, mas com mil raios, estes amigos tinham que ser justamente Harry Potter e Ronald Weasley.


Ele sentou na cama, na verdade quase desabou sobre ela, em seguida jogou o corpo caindo de costas no colchão macio e levou as mãos para tras da cabeça.


Em tão pouco tempo sua vida mudara tão drasticamente.


Quem em sã consciência diria que um dia o soberbo e irritante Draco Malfoy se apaixonaria por Luna Lovegood, a Di-Lua? Era inimaginável.


Dois anos atrás, ele se tornara um comensal da morte, não por que desejasse ser, mas por que era filho de um. Era o único filho de Lucius Malfoy e queria honrar o pai.


Durante toda a existência, Draco penou pela atenção de Lucius, sempre quis seu carinho, sua companhia. Mas Lucius sempre fora uma muralha de gelo, quase impenetrável. Nunca ouviu os inúmeros apelos de Narcisa para que não se unisse a Voldemort. Mas ele tinha esta natureza.


Quando seu pai fora preso, após a batalha do ministério, ele viu a chance de crescer diante de seus olhos, tomando seu lugar no meio da cirja fétida de Voldemort, assim aceitou a marca negra e a dolorosa missão de assassinar Dumbledore.


Tentara ser firme, mostrar que estava feliz com a missão, passar confiança, mas no fundo, tremia de medo e remorso. Nunca quis matar Dumbledore.


Se podia assumir a verdade só pra si, diria que sempre fora covarde, esta característica herdara de Lucius. E sob toda sua covardia, decidiu por ficar do lado negro, por crer que era o mais forte, em seu intimo, Draco nunca acreditou que Harry pudesse mesmo vencer Voldemort, apesar de desejá-lo.


Sim, ele desejara várias e várias vezes que alguém acabasse com aquele maluco sanguinário, mesmo que este alguém tivesse que ser o santo Potter, porém não era de se admirar que confiasse mais nas artes de um bruxo tão poderoso, que num garoto de 17 anos a quem ele odiara tanto.


Não se orgulhava disso, não mesmo, talvez se pudesse voltar no tempo, tivesse feito as coisas diferentes, mas não podia. Teria que viver o resto da vida com o estigma de filho comensal, estigma de comensal, de fraco e traidor.


Mas isso não significava que teria que continuar sendo pro resto da vida. Resolvera, ao aceitar voltar para Hogwarts,  que recomeçaria sua vida. Enfrentaria os olhares e julgamentos alheios como forma de punição pelo seu comportamento torpe, sairia formado para tentar recuperar a fortuna dos Malfoy, que fora parcialmente perdida com a condenação de Lucius.


Quando chegara na escola, encontrara exatamente o que achava que encontraria. Solidão.


Não tinha amigos, na verdade nunca os teve. As pessoas lhe viravam a cara nos corredores, recusavam-se a fazer dupla com ele em trabalhos, ou convidá-lo para conversas. Sabia e aceitava que teria de seguir sozinho.


Até aquele dia... O dia em que Luna Lovegood entrou em sua vida.


 


 


Flashback


 


As aulas eram insuportáveis, era como se ele fosse um tipo de criatura bizarra exposta numa jaula para uma platéia curiosa.


Todos o olhavam o tempo inteiro.


Aconteceu no primeiro dia em que retornou a Hogwarts, no primeiro instante em que pisou no trem, e neste momento ele compreendeu o que Harry Potter sentia desde o seu primeiro ano na escola e aquilo definitivamente não era bom.


 Quando sentara no salão principal junto com os outros alunos, notou que as atenções se dividiam entre a mesa da Grifinória e a mesa da Sonserina. Sim, também olhavam Harry Potter, Hermione Granger e Ronald Weasley, porém ele não iria se iludir, era como se olhassem para os heróis e para o vilão.


Ele não estava sendo admirado como os outros, estava recriminado, julgado e condenado.


Os dias que se seguiram depois dali não foram muito diferentes, ele fora alvo de fofocas, piadas e brincadeiras de mal gosto, seu sobrenome já não era mais motivo de orgulho.


 


O primeiro passeio para Hogsmead estava marcado, ele já havia decidido não ir, seria um alívio passar um dia na escola semi-vazia, poderia então andar com mais tranqüilidade.


Ainda era cedo, a primeira aula do dia, aula de poções. A Sonserina dividia a sala com a Corvinal e Slughorn estava ensinando uma poção rejuvenescedora. Resolveu então dividir a sala em duplas e ordenou a Miguel Córner que ele fizesse dupla com Draco, o garoto levantou-se com um ar completamente ofendido e se negou veemente.


- De maneira nenhuma, não farei dupla com ele. – disse o rapaz.


- E por que não? – perguntou o professor irritado.


- Ele tem a marca negra! – Miguel falou exasperado como se isto explicasse toda sua aversão aos Malfoys. – Meu pai disse que eu não deveria me juntar com comensais.


O rosto de Draco enrubesceu de maneira violenta.


- Que Absurdo! – disse Slughorn – As questões a respeito do senhor Malfoy foram devidamente esclarecidas no inicio do ano letivo.


- Isso não muda o fato de que a família dele servia ao lorde das trevas, eu não vou ser obrigado a ficar perto dele.


Draco trincou os dentes e fechou os punhos, uma raiva descomunal estava se apossando dele.


- Córner! Vou lhe dar uma detenção! – Gritou o professor, mas o rapaz deu de ombros como se não lhe importasse.


Draco então levantou-se e se encaminhou para a saída.


- Malfoy! Onde você vai? – perguntou Slughorn, mas ele não respondeu, sequer olhou para trás.


Queria ficar sozinho, tentou a sala precisa, mas ela não apareceu, não iria para a torre de astronomia, era um lugar popular demais, então resolveu o corujal, aquela hora do dia praticamente ninguém ia lá. Seria uma boa opção.


Draco amaldiçoou o dia em que concordou retornar para Hogwarts, ele sabia que não daria certo, mas Narcisa insistira.


Ao chegar lá ouviu vozes vindo de dentro do lugar.


“Ah não, mas que droga!” – ele pensou.


“Estou te dando uma chance de não ir sozinha a Hogsmead e você não quer? – uma voz masculina soou lá de dentro. – É por isso que você vive pelos cantos. Se não aceitar minha proposta terá de ir só mais uma vez e ser motivo de chacota, ou ficar aqui na companhia dos fantasmas. – a voz ecoou carregada de ironia.


- Não vou sozinha – uma voz feminina retrucou – Não dependo de você para ter companhia Smith.


O garoto riu com sarcasmo mais uma vez. Devia ser mais uma das costumeiras discussões de casais, mas Draco não estava interessado nas discussões alheias e já estava dando meia volta quando algo lhe chamou atenção.


- Ah não vai sozinha? E com quem vai? Com Malfoy?


Draco parou ao ouvir seu nome.


- Ao que parece, ele é o único se companhia.


- E se for? – a garota rebateu – Aposto que Draco Malfoy seria uma companhia mais agradável e mais interessante que você, Smith. – A menina disse segura – E ao que parece, ele não é o único sem companhia, afinal você está aqui insistindo para que eu vá com você.


Draco não sabia quem era que estava discutindo com Zacarias Smith, mas o fato da garota ter saído em as defesa sem nem pestanejar e com tanto entusiasmo lhe aqueceu o coração. Era um tipo de sentimento que ele não sabia explicar.


O garoto riu de novo.


- Fala sério Luna. O comensal é melhor que eu? Você é uma idiota, não é a toa que todos te chamam de Di-Lua, você é maluca, maluca igual ao seu pai.


Então era Luna Lovegood quem o defendia.


Draco ouviu um pequeno soluço vindo da garota e seu coração e condoeu.


- Estou lhe fazendo um favor lhe oferecendo a minha companhia, mas você é a garota mas idiota que eu já vi, diz que é amiga do Potter e do Weasley, mas eles não vão com você, sequer lhe fazem companhia. Você vai sozinha, e é isso que merece.


Mais um soluço soou de dentro do corujal.


- Não vou sozinha – ela falou.


- Quer saber, você é uma idiota, não vou mais perder meu tempo com você. Vá sozinha, fique trancada no castelo, dane-se, pouco em importa na verdade.


Ouviu os passos pesados e soube que Smith havia se afastado dela.


- Malfoy seria a companhia perfeita para você, afinal são dois exilados.


Draco escondeu-se atrás do gárgula na entrada do corujal, não queria que Zacarias soubesse que ele estava ali, viu quando o rapaz passou como uma bala pela entrada, estava visivelmente irritado.


Esperou uns minutos, queria ver se Luna também saía e então ele poderia alcançar a tão almejada paz e solidão que procurava, mas ela não saiu. Pensou em procurar outro lugar, se não fosse covarde, tentaria pelo menos a entrada da floresta proibida, com certeza não haveria ninguém lá. Pelo menos não humanos.


Estremeceu só de pensar nos barulhos agoniantes que ouvira quando fora punido e obrigado a entrar naquela floresta com Potter e os outros.


Caminhou dois passos e então ouviu um barulho, um soluço. Imediatamente soube que Luna estava chorando. Parou involuntariamente.


Não conseguiria explicar nem a si próprio, por que estava se sentindo tão mal por ela, e por que raios sentia aquela necessidade inquietante de consolá-la.


Ela era Luna, Di-lua Lovegood, uma estranha tresloucada que acreditava em animais que só existiam em sua imaginação. Era uma débil que falava sozinha, andava dormindo e ainda por cima era amiga do Santo Potter.


Era isso que ele dizia a si mesmo, mas algo em sua consciência se atrevia a discordar, não conseguia mais ver Luna como aquela garota a quem ele desprezava. Talvez por que ela fosse desprezada pelo antigo Draco Malfoy, alguém a quem ele queria enterrar para sempre. O fraco e torpe Draco Malfoy.


“Não passa de uma louca” – os resquícios daquele que ele fora um dia gritava no canto de sua mente.


“É uma pessoa e está sofrendo” – Seu novo caráter respondia. E no meio daquela briga de egos, venceu a curiosidade e a compaixão. Afinal, depois de tanto tempo sendo submetido a julgamentos e mais julgamentos, encontrara nos lábios daquela a quem ele chamava de louca, as primeiras palavras de defesa.


Gratidão...


A palavra passou em sua mente como uma bala, rápida porém marcante.


Estava sentindo gratidão por Luna Lovegood tê-lo defendido, ainda que ele soubesse que tinha sido uma auto defesa? Sim, estava.


Vencido por sensações novas e inquietantes, Draco entrou no corujal silenciosamente. Avistou a moça loira ajoelhada Diante de um pequeno caldeirão borbulhante. As chamas que saiam do fogo improvisado iluminavam-lhe a face e faziam brilhar as marcas das lágrimas que caiam.


Ele sentiu o peito apertar.


“Inferno”. – ele disse a si mesmo por estar tão vulnerável a situação dela.


Aproximou-se sem ser notado, ela estava tão concentrada em colocar as gotas certas do suco de babosa em seu caldeirão que não o ouviu aproximar-se. Ele riu.


Ela estava fazendo a poção rejuvenescedora que Slughorn havia pedido.


Luna tremia e por isso, caíram duas gotas a mais no poção do que deveria.


Ela praguejou baixinho e Draco sucumbiu ao impulso de rir um pouco mais alto, isto o denunciou.


Ela virou o pescoço tão rápido que certamente poderia ter se machucado, ou no mínimo ganho um bom torcicolo. Draco, não entendeu por que, mas prendeu a respiração nos segundos em que esperou pela reação dela ao vê-lo, o que para sua surpresa foi um suspiro do que alívio e não asco, como era de praxe sempre que ele se aproximava de alguém.


- Malfoy – ela disse baixo – Você me assustou.


Ele arqueou a sobrancelha.


- Me desculpe Lovegood, não era minha intenção. Eu vim para cá imaginando não ter ninguém e...


Ele parou quando ela o olhou nos olhos outra vez. Estava claro na reação de Luna que ela se perguntava se ele tinha ouvido a sua discussão com Smith, mas não era nisso que ele estava pensando, ele simplesmente sentiu cara poro do seu corpo reagir a visão daqueles olhos azul-céu encarando-o.


- Você ouviu não é? – ela perguntou resolvendo não esperar mais que ele entendesse sua duvida.


Ele simplesmente deu de ombros, não sabia o que dizer.


Ele afastou-se andando perto das enormes janelas e ela voltou sua atenção para a poção. Ficaram algum tempo calados, fingindo não notar a presença um do outro. Mas olhando de esguelha, Draco viu Luna reiniciar todas as etapas de preparo da poção. Ela tinha jeito, mas não parecia ter a percepção correta de quantidades.


Draco parecia não ter mais qualquer controle sobre os próprios passos e quando notou se viu caminhando para perto dela novamente.


- Não devia estar chorando por causa disso. – ele só se deu conta do que disse quando as palavras já tinham saído de sua boca e tomado forma.


Ela o encarou tentando se convencer se tinha mesmo ouvido aquilo. Os olhos sonhadores de Luna eram como dois espelhos, ele teve impressão de poder ver sua alma refletida neles.


O silencio dela o incomodou.


- O que está fazendo escondida aqui Lovegood? – ele questionou-a, a curiosidade vencendo a resistência.


- Eu...só queria um lugar tranqüilo para fazer minha poção.


Ela respondeu incerta.


- Parece que tranqüilidade é só o que precisamos não é? – ele falou quase que pra si mesmo e ela não respondeu. – Esta é a poção rejuvenescedora do Slughorn?


Ela assentiu.


- E por que não está fazendo na sala? Onde está seu parceiro?


Ela baixou a cabeça.


- Não tenho propensão a ser boa em poções, ocasionalmente faço algumas bobagens e a sala de aula costuma ser implacável com certos deslizes. – ela disse desgostosa. – Também não tenho um parceiro para a lição. Como você deve ter ouvido o Smith falar, não sou muito popular.


Draco sentiu-se estranho, incomodado com o que ela disse, não entendia a si mesmo, mas queria confortar Luna Lovegood.


- Smith é só um idiota. - Ele disse aproximando-se do caldeirão. – Ele não faz a menor idéia do que diz.


Luna arregalou os olhos, ele sorrindo, Draco Malfoy lhe dirigiu um sorriso e Merlin! Era um senhor sorriso.


- Mesmo? – foi tudo o que ela conseguiu dizer. E com isso acabou deixando o frasco de babosa rolar e derramar dentro do caldeirão.


Ela bufou.


- Ah mais que droga! De novo? Não vou conseguir fazer esta porcaria.


Draco sorriu, não tinha como não sorrir, mas não era o costumeiro sorriso debochado e sim um sorriso divertido, prazeroso.


Ela o olhou e sorriu também e ele sentiu o estomago dar um solavanco, ela ficava ainda mais bonita quando sorria.


- Eu posso ajudá-la se quiser. – ele disse.


- Você? – ela reagiu na hora e ele arqueou a sobrancelha.


- Sim. A menos que não queira minha companhia.


- Achei que você não iria querer a minha. – ela revidou estupefata.


- Não vejo por que. – ele acrescentou sorrindo.


Ela piscou algumas vezes até se recuperar do susto.


- Bom, então eu sugiro que o trabalho leve seu nome também, afinal, você também está sem parceiro.


Ele estendeu a mão para ela tomando a dela entre a sua e sorriu.


- Fechado.


 


Fim do flashback.


 


Draco suspirou, depois daquele dia encontravam-se todos os dias, inicialmente com a desculpa de que Draco a ajudaria com poções e ela lhe ensinaria como conjurar um patrono.


Porém os dias passaram, Luna melhorou consideravelmente na matéria e ele aprendeu a lançar um patrono perfeito, um camaleão, mas mesmo assim, eles não pararam de se ver.


 Viam-se as escondidas por insistência de Draco, que afirmava que as pessoas a perseguiriam ainda mais se soubesse que ela se tornara amiga de um ex comensal.


Começaram a se confidenciar um com o outro, conversaram sobre a prisão de Luna na mansão Malfoy durante o sétimo ano, assunto que deixava Draco muito perturbado. Trocavam opiniões entre outras coisas.


Luna aceitou vê-lo as escondidas, só o que importava era estar perto dele.


Ainda deitado olhando o teto ele sorriu com a lembrança do primeiro beijo deles.


 


Flashback II


O castelo estava quase vazio no natal, mas Draco na quis ir para casa. Narcisa estava melancólica demais, e apesar de saber que sua mãe ainda estava fragilizada pelos acontecimentos, ele não suportava a tristeza dela. Não que os natais com a presença de Lucius em casa fosse algo memorável, mas Narcisa o amava. Era algo que Draco não procurava entender, apenas aceitar, afinal a sua maneira também amava seu pai, apesar de saber o quanto ele havia errado e que merecia pagar pelo mal que fez.


Luna aproveitou-se de uma viagem de Xenofilius para promover o Pasquim na França e pediu para ficar em Hogwarts, ela alegou precisar estudar e disse que acabaria por se distrair em outro país, mas a verdade era que queria ficar com Draco e não deixar que seu natal fosse tão triste.


Eles desciam as escadas com pressa em direção ao campo de quadribol, Draco havia lhe prometido que ensinaria macetes do jogo. Estava muito frio e os degraus estavam cobertos de neve, Luna foi mais afoita na pressa e acabou escorregando na descida, quase caiu, mas Draco a segurou a tempo.


De repente estavam mais próximos fisicamente do que nunca estiveram antes. Ele sorriu e ela se perdeu no sorriso. Draco arfou com Luna nos braços, uma posição digna de filmes de romance.


Ele achou que nunca vira qualquer imagem mais linda que aquela, Luna.


Linda, diferente, divertida... Como não havia notado antes? Era o que vinha se perguntando nos últimos dias.


Esteve muito tempo camuflado por seu preconceito idiota.


O sorriso morreu aos poucos, os corações aceleraram no mesmo compasso, o resto do mundo parou. De repente só haviam eles dois.


Luna sentiu-se tremer.


Era Draco Malfoy e apesar de saber que estava completamente apaixonada por ele, ele temia se ferir. Mas ele estava tão perto, tão perfeito.


Ele observou cada ponto do rosto dela, os olhos azuis límpidos como água cristalina, a pele clara como aquela neve que caía, a boca vermelha e convidativa.


Então ele parou de pensar e os instintos assumiram as rédeas da situação.


Passou a mão delicadamente em seu rosto antes de reclamar seus lábios para um beijo apaixonado.


...


 


Fim do flashback


 Depois daquele dia os encontros tornaram-se ainda mais freqüentes e mais ansiosos.


Draco nunca havia sentido-se daquele jeito com uma garota. Queria Luna, mas não para usá-la como as outras, ele queria estar com ela, fazê-la sorrir para ele, queria fazer tudo por ela, dar o melhor de si.


Tudo por ela.


Então ele se deu conta, ali sozinho, na escuridão do dormitório, em meio as lembranças mais doces e felizes que tinha.


Ele amava Luna Lovegood, amava-a com desespero e nunca lhe dissera isto.


Ela sim, lhe dissera muitas vezes que o amava e o quanto ele era especial para ela, mas não houve retribuição.


Agora ela estava triste e decepcionada com ele, acreditava que ele se envergonhava de sua companhia enquanto ela mesma nunca se importara com seu passado sombrio, com suas raízes negras.


Ele a amava, mas ela não sabia disso. Então ele soube que se não quisesse perder seu único amor, teria de fazer alguma coisa para reparar o erro.


 


...


 


 


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N/A: Muito obrigada pelo incentivo pessoal, bjos.

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