Cap XIV - As detenções



Harry preparava-se para entrar em campo quando ouviu um assobio largo vindo do corredor. Mandou que os jogadores aguardassem alguns minutos e então saiu pra ver o que era. Deu de cara com Cho Chang.


- Cho! – ele disse surpreso – O que faz aqui?


Ela sorriu desconcertada.


- Ah eu só... Queria desejar boa sorte, estou torcendo por você.


O moreno corou instantaneamente. A  oriental aproveitou e lhe deu um beijo casto na bochecha.neste mesmo instante Gina apareceu no corredor.


- Harry... – Ela chamou com a voz fria – Temos que entrar, agora.


- Claro – ele disse desconcertado – Vamos. Obrigada Cho.


A oriental sorriu e saiu.


- Posso saber o que foi isso? – perguntou Gina, a voz baixa,mas já crispando raiva.


- A Cho... veio me desejar boa sorte Gi...


- Sei, e por isso, ela te beijou?


- Eu... eu não esperava Gi... eu...


- Ah não? – ela arqueou a sobrancelha e a voz saiu cheia de ironia.


- Oh Gina, por favor. Eu não esperava, eu só... Olha, eu te amo, a gente vai jogar. Vamos lá. Para com isso. Não somos mais crianças.


Ela o encarou.


Ele a abraçou e lhe deu um leve beijo nos lábios.


- Vamos Gi. É você quem eu amo.


Ela relaxou um pouco.


- Custa ficar longe da Chang?


Ele riu um pouco.


- Se isto te faz sentir melhor amor, eu fico sim.


- promete?


- Sim, eu prometo. Ok?


- Vamos jogar Harry.


Ela disse tentando soar enraivecida. Harry conseguia quebrar todas as suas barreiras.


- Vamos meu amor. – ele encostou em seu ouvido – e depois que ganharmos, por que vamos ganhar... Vamos comemorar. Do nosso jeito.


No mesmo instante Gina enrubesceu, mas sorriu.


Eles entraram no campo, as torcidas gritavam enlouquecidas.


As vassouras já estavam expostas no ar e madame Hoock preparou-se para o inicio do jogo, porém uma nuvem esverdeada se formou ao redor do campo.


Ficou praticamente impossível enxergar, a fumaça era densa e ardia os olhos.


Todos os alunos que estavam dispostos nas arquibancadas correram para longe dela.


Madame Hoock ordenou que os jogadores se retirassem do campo, o jogo seria adiado.


Todos saíram de lá confusos, aquilo nunca tinha acontecido antes. Estava cheirando a armação. Os Grifinórios e sonserinos começaram a se ofender, um acusando o outro de armação.


- Parem com isso agora. Cada um para sua casa – Gritou Minerva. – O que acha que é isso?


Ela perguntou a professora de quadribol.


- Me parece campo de cegueira, Minerva. A ultima vez que vi isso eu ainda jogava.


Ambas as professoras pareciam estar muito irritadas.


- Isso com certeza é armação. Quando eu pegar os responsáveis, eles serão devidamente punidos.


Num canto distante Cho Chang e Dino Thomas sorriam.


Estava tudo caminhando muito bem.


 


O jogo fôra suspenso, todos voltavam para o castelo frustrados. Harry e Gina iam abraçados, conversando sobre a estranha interrupção,  quando Cho apareceu e deu um esbarrão em Gina, que teria caído se Harry não a tivesse segurado pela cintura.


- Oh, Weasley! Não tinha te visto aí!- desdenhou. E sem perder tempo, a garota começou a se insinuar pra Harry- Ah, Harry.... Que pena que o jogo foi cancelado, não? Estava torcendo tanto pra que você pegasse o pomo... 


O moreno não respondeu, mas sentiu o corpo da namorada retesar, num gesto de fúria contida, à insinuação de Cho. Na tentativa de acalmá-la, ele sussurrou baixinho em seu ouvido:


-Calma amor, deixa ela... É isso que ela quer, te irritar....


-Ah,Harry! Será que ela não vai desistir nunca? Até quando ela vai tentar te tirar de mim? Até eu sentar a mão na cara dela?


- Então ela vai cansar de tentar, por que eu nunca vou te largar, ruiva...- e a puxou para um beijo de tirar o fôlego, desarmando-a completamente.


Cho assistia a cena impassível. Estava espumando de ódio e ciúme de Gina, mas não demonstraria, seu prêmio estava próximo de ser conquistado. Tudo estava indo as mil maravilhas...


 


No dia seguinte, Harry acordou atrasado e tomou café sozinho, estava muito cansado dos treinos, e tinha ficado até tarde pesquisando sobre Godric com Hermione.


Perdeu a primeira aula de Herbologia e ficou esperando os amigos no salão comunal.


Quando o retrato da mulher gorda se abriu, Gina foi a primeira a entrar, se atirou nos braços dele e lhe deu um beijo demorado.


- Olha a cena Ginevra. – disse Rony vermelho.


- Ah deixa de ser chato Rony! – Gina exclamou. Virando-se para Harry ela colocou seu melhor olhar e seu melhor sorriso – Amor, quero te pedir uma coisa.


O moreno sorriu, adorava aquele jeito de Gina lhe pedir algo.


- Diga o que quer amor. – ele disse meloso e Rony riu pelo nariz.


- Vai assim vai Harry, vai fazendo tudo o que ela quer. Gina com essa carinha de santa vai lhe tirar até as calças. – O ruivo disse zombando, mas não esperava a resposta que veio.


- Ora Rony, será um prazer. É isso que quer amor? – Harry disse gracejando com o amigo.


- Olha Potter, não abusa ta? Sou seu amigo, mas ainda te dou uns cascudos.


- AH vai se catar Rony. – ele disse e virou para Gina – Pede amor, o que você quer?


- Quero participar do show de talentos. – ela disse e ele franziu o cenho, Gina não pediria permissão para participar do show, tinha algo a mais. – Queria que participasse comigo.


Harry arregalou os olhos assustado.


- Gina...


- Ah amor, vai, por favor. Olha a musica que eu queria que cantássemos.


Ela colocou o fone de ouvido o Ipod que tinha ganhado de Hermione nele.


- É uma musica trouxa cantada e dançada por um casal, é linda, vamos amor, faz comigo.


Ela tinha os mais irrecusáveis olhos pidões que Harry já tinha visto.


- Gina, eu não canto, e nem... danço.


- Amor, por favor, a Mione conhece ótimos feitiços para voz e a dança é só a gente ensaiar. – ela sussurrou para só ele ouvir. – Imagina como vai ser bom a gente ensaiando na sala precisa.


Ele abriu um sorriso.


- Ginevra, isso é manipulação. Você não tem vergonha?


- depende, funcionou?


- Sim, funcionou.


Ela abriu um grande sorriso.


- Ótimo, então não me envergonho mesmo.


- O que prometeu pro Harry aceitar dançar Gina? – Rony perguntou num misto de surpresa e desconfiança.


- Nada que lhe interesse seu cenoura metido.


- Harry, que mico você vai pagar. – Rony disse gargalhando.


- Não é mico Ronald – Hermione ralhou – O que o Harry está fazendo é lindo, é um tipo de declaração sabia?


- Ah Mione, vai lá. Isso é fazer papel de otário.


- Não senhor, isso se chama agradar a namorada. Você por exemplo, nunca me fez uma declaração ou uma loucura em publico. – ela disse magoada. – As vezes é bom ver estas pequenas provas sabia?


O Ruivo bufou e Gina riu satisfeita.


 


Os dias passavam e não se tinha notícias de quem havia sido o responsável por aquela armação. Uma investigação foi aberta, mas nenhuma evidência, prova ou mesmo suspeito foi conseguida.


 


Gina e Harry encontravam-se para ensaiar uma vez por dia na sala precisa, até conseguiam guiar um passo ou outro, mas Harry sempre interrompia com caricias. Não que Gina não gostasse, mas ela queria muito participar do festival.


 


 


Dino Thomas andava estranho. Era essa a conclusão que Harry e Ron haviam chegado depois de encontrarem-no mais uma vez no quarto, mais uma vez perto do malão de Harry, e com vários frascos de poções na mão. Ele se desculpava, alegava estar usando o malão do moreno com apoio, já que aquela era a cama mais próxima da sua, tornava a guardar os frascos junto das suas coisas e saia.  


Mas num fim de tarde, quando todos estavam no Salão Comunal, Dino finalmente conseguira executar o plano. Depositou junto ao material de Harry os frascos de poções que, se misturados corretamente, formariam o Campo de Cegueira.


Agora só faltava a parte de Cho. E quando tudo estivesse concluído, finalmente Gina voltaria a ser dele. 


 


Gina andava muito irritada. Onde ela e Harry andassem, sempre encontravam Cho e sua cara cínica. E ela sempre achava um jeito de provocar, tocar seu namorado, fazê-la perder o controle e a paciência. E Harry sempre a acalmava com palavras de carinho e deliciosos beijos. Para piorar a situação, Harry começou a chegar atrasado nos ensaios marcados com Gina e algumas vezes até em seus encontros com ela.


Mas ela estava chegando ao seu limite. E Cho sabia disso.


 


Minerva havia recebido uma coruja anônima. O bilhete assegurava que Harry Potter escondia em seu quarto os ingredientes da poção que formaram o Campo da Cegueira e que ele era o responsável pelo incidente no dia do jogo. A professora estava incrédula. Poderia acreditar naquele bilhete? O capitão da Grifinória, um dos melhores times dos últimos tempos, teria que abrir mão daquele tipo de trapaça para ganhar os jogos? Não, impossível...


Mas era preciso investigar. Era seu dever como diretora da escola.


 


O quarteto estava reunido no Salão Comunal, lotado de estudantes aquele horário, quando uma “comissão” de professores entrou pelo retrato da Mulher Gorda. Minerva, Madame Hooch e o Prof. Flitwic  de dirigiram diretamente para a mesa onde eles se encontravam.


- Potter, temos uma denúncia contra você.- o tom da diretora era sério.


- O quê?- não só Harry perguntou. Mas também Ron, Gina , Mione e mais alguns alunos que estavam ali perto e ouviram a conversa. 


-Isso mesmo, Potter. Chegou um bilhete ao meu escritório dando conta de que você guarda em seu dormitório frascos de poções  que são usados para a fabricação do Campo da Cegueira.


-Impossível, professora! Se o Harry guardasse essas poções eu teria visto!- Ron estava indignado.


-O Harry nunca trapacearia pra ganharmos um jogo! Nunca foi preciso! A senhora sabe como nosso time é bom!- Gina estava possessa.


- Eu sei, Srta. Weasley. E como eu sei que vocês são bons. Me custou muito vir até aqui. Ainda não sei o que pensar desse bilhete. Mas espero que seja falso, assim como a denúncia. Me acompanhe, Potter.


Harry se levantou e acompanhou os professores escada acima. O silêncio e tensão no Salão eram quase palpáveis.


- Ah, quando eu descobrir que fez isso... Maldição Cruciatus vai ser pouco!- Gina esbravejava de um lado para o outro.


-Não é possível! A mistura dessas poções requer muito cuidado... Só um especialista conseguiria fazer isso sem causar um dano enorme se desse errado!- Hermione tentava usar seu raciocínio, mas estava difícil com o seu irmão envolvido.


 


Harry entrou no quarto seguido dos professores. Aquilo era não podia estar acontecendo. Acusado de tentar boicotar os jogos da própria equipe? Era um pesadelo. Que ficou ainda pior quando a Prof McGonagall lhe mostrou, completamente abismada, uma série de frascos.


- Você sabe o que são esses frascos, Potter?


- Esse material não é meu, professora!


-Com esses ingredientes é possível produzir o Campo de Cegueira, Potter! Por que estavam nas suas coisas?


- Isso não é meu! Eu nem sei que ingredientes são esses! Aliás, eu nem tenho idéia de como se produz um Campo de Cegueira!


- E esse livro, Potter?


-Não... Não é possível.... Não fui eu, professora...


-As evidências são fortes demais, Potter. O livro..


-Que  não é meu!


-As poções...  Tudo aponta pra você. Sinto muito. Pra mim também é difícil de acreditar, mas é a única pista temos. E alguma coisa tem que ser feita.


Harry engoliu em seco.


-Que coisa, professora?


-Não tirarei você do time ou sua vaga de capitão. Mas preciso te aplicar uma detenção. Vamos à minha sala e conversaremos melhor.


Assim que voltaram ao Salão, a diretora se pronunciou:


-Encontramos evidências que levam a crer que o Sr. Potter foi o causador do incidente no dia do jogo.- ouviam-se murmúrios indignados- Ele e o time, por enquanto, não serão punidos, mas uma detenção será aplicada. Vamos, Potter!


Harry olhou para o time, se detendo em Gina e Ron, num pedido mudo de desculpas.


A ruiva já levantava, indignada, pronta para ir atrás do namorado quando Ron a deteve


-Que merda, Ron! Vão ferrar o Harry!


-Calma, Gi... Agora não vai adiantar irmos lá. Só vai piorar as coisas. Vamos esperar o Harry voltar.


- O Ron tem razão, Gi. Vamos dar uma investigada nessa história por conta própria. Isso ta me cheirando à armação, e das boas....


 


Caminhavam em silêncio pelos corredores. A cabeça de Harry trabalhando sem descanso. Quem teria armado pra ele?  Ah, ele iria descobrir... Mas foi tirado de seus devaneios por uma voz conhecida...


-Diretora, tenho uma coisa muito importante para dizer pra senhora.


-Mais tarde, Srta. Chang. Agora eu tenho uma coisa muito importante para resolver.


-Tem a ver com a investigação que a senhora está fazendo, diretora.


-O caso foi resolvido, Srta.


-Mas... Eu tenho uma confissão a fazer.


Harry a olhava estupefato. O que Cho estava fazendo ali?


-Então vamos entrar.


A chinesa continha o sorriso a muito custo.


-Fale, Srta Chang.


-Eu.... Eu ajudei o Harry com as poções e a soltá-la lá no estádio...


Harry não sabia o que dizer. Não tinha palavras. Da estupefação passou à incredulidade e revolta.


-Cho, não fui eu! Você está mentindo! Eu não fiz aquela poção, você não me ajudou, não tenho nada a ver com essa história!


Ele se controlava pra não pular no pescoço da garota ou lançá-la uma maldição. Que loucura era aquela? Ela estava ferrando-o mais ainda.


-Bom, como nós só temos essas provas contra você e a palavra da Srta. Chang, darei três detenções para vocês, que irão cumprir juntos com a fiscalização do professor Flitwick. As investigações irão continuar.


 


-O quê?? Detenções com a Chang? Harry, isso só pode ser armação!- a ruiva estava prestes a explodir


-Eu sei, amor... Mas infelizmente ainda não podemos provar... 


-Ah, mas a hora que descobrirmos quem foi..... O melhor, confirmar quem foi,,,


-Tenho pena dela...


-Ah, Harry.... Essa chinesa de novo...


-Esquece ela, ruiva....


 


Estava tudo prefeito. Agora só precisava esperar as detenções acabarem. E Harry finalmente voltaria para os seus braços.


 


...


 


 


Harry entrou na sala de troféus e Cho Chang já estava lá. O professor Flitwick havia sido resignado a acompanhar a detenção.


Não fora tão difícil assim, afinal alguns alunos mais marotos faziam o favo de ter tantas detenções quantas fossem possíveis e isso mantinha um nível considerável de limpeza naqueles troféus antigos, porém no fim da detenção, Chang derrubou um velho troféu de Quadribol pertencente a Corvinal que estava cheio de visgo e acabou por emporcalhar o chão inteiro.


Harry suspirou quando olhou o professor que mandava com os olhos que limpassem a bagunça.


- Desculpe. – murmurou Cho.


. Atrasaria-se no mínimo vinte minutos por causa daquilo.


Quando chegou ao salão comunal na Grifinória, Gina já andava de um lado para o outro impaciente.


- Harry! Que demora!


- Desculpe Gina, a Cho derrubou um troféu velho e sujou tivemos que limpar antes de sair.


Ela suspirou forte.


- Tudo bem, deixa pra lá.


- Gina...


- Vou dormir Harry, estou cansada, até amanhã.


E ela se retirou sem esperar que ele falasse qualquer coisa...


 


...


 


Rony e Hermione estavam em mais uma de suas intermináveis brigas, pelo mesmo motivo. Viktor Krum. Mas agora Hermione não fazia idéia do que Rony a estava acusando. Não recebera carta alguma de Krum, ele não lhe escrevia há meses.


- Até que horas vai ficar mentindo pra mim?


- Não estou mentindo pra você Ronald. Olha como fala comigo.


- Então por que não me conta por que não disse logo que o Krum estava vindo a Hogwarts. – ele vociferou.


- Simplesmente por que eu não sabia. – ela gritou de volta.


- Como não sabia Hermione, esta carta aqui está dizendo isso e ela estava dentro do seu livro.


- Eu não sei como esta coisa acabou ai dentro e muito menos sei o que meu livro estava fazendo em seu dormitório Ronald, mas eu não havia lido esta carta, muito menos fui eu que a recebi.


- AH conta outra Mione.


- Eu não tenho motivos para mentir pra você Rony, se eu soubesse que o Viktor viria, seria muito melhor te dizer, afinal você vai vê-lo de toda forma não vai? E por que eu iria querer esconder a vinda dele pra você?


- Ah sei lá. Vai ver seu amiguinho não sabe da gente. – ele disse magoado.


- Não seja ridículo Ronald, eu mesma escrevi para o Viktor  contando do nosso namoro, no dia seguinte a festa do Harry.


- Você... você contou?


- Sim, seu trasgo eu contei. Disse a ele o quanto estava feliz, por que finalmente estava sendo correspondida por você.


- O Krum sabia que você... Gostava de mim?


- Sim ele sabia, eu mesma disse isso a ele, alias Ronald, todos sabiam, menos você que não olhava pra mim. Não e enxergava.


- Hermione... Então como esta carta pode...


- Eu não sei Rony, eu não sei, poderia te dar um milhão de maneiras de não ter visto esta porcaria chegar, afinal, creio eu que você saiba que não é só do Viktor que eu recebo cartas, creio que minha família ainda não me esqueceu, posso ter misturado-as, ah sei lá. Não importa, a única coisa que importa é que você tem que acreditar em mim.


- Ah Mione, eu acredito, é só que...


- É o que Ronald? Você não confia em mim é isso. E isso põe em prova o que eu sinto por você, eu não aceito isso. Olha chega, eu vou pra aula, cansei disso. Depois a gente conversa.


- Mione espera.


- Não Rony, eu vou sozinha, preciso ficar sozinha, depois a gente se fala. Tchau.


Ela deu as costas e passou pelo retrato da mulher gorda deixando-o sozinho e desolado.


Rony bufou arriando na cadeira ao lado. Por que tinha que ser tão ciumento?


Nas escadas do dormitório feminino, Lavender sorria satisfeita.


 


Os quatro voltavam de uma aula de Herbologia nas estufas quando encontraram um grupo de alunos primeiro anistas correndo como loucos.


Eles pareciam querer ver algo.


Hermione começou a reclamar com os garotos até perceber o que estava acontecendo.


Luna estava cercada por um grupo de jovens que pareciam zombar dela.


A loira tinha o rosto manchado de lágrimas e pôde se ouvir Zacariah Smith dizer debochado.


- Ah Loonie, você já devia esperar que nem o idiota do Neville quisesse ficar com você. Quem quer namorar uma lunática?


Mais uma lagrima caiu dos olhos de Luna enquanto o grupo ria. Zacariah continuou.


- O Longbottom já era imbecil, depois de você a reputação dele piorou muito.


Mais risos.


Gina estreitou os olhos e já ia avançar sobre o garoto, mas foi impedida por outra pessoa que chegou primeiro, levantando Smith pela gola das vestes com um ar ameaçador.


- Acha engraçado debochar de pessoas indefesas Smith?


Zacariah olhou assustado para o loiro de olhos azuis mortíferos.


- Mal... Malfoy?


- Acha legal aparecer para estas desocupadas se desfazendo dela?


- O... que tem com isso Malfoy? – perguntou o outro tremulo.


- Tem que se eu te pegar gracejando com a Lovegood de novo, vou fazer questão de te ensinar o que aprendi com os comensais.


Draco tinha um tom tão apavorante na voz que Smith tremeu mais violentamente.


- Eu...


- Estamos entendidos Smith?


- Sim, sim, estamos.


- Otimo. – Draco o soltou. – Dê o recado para seus amiguinhos idiotas.


Draco deu dois passos antes de ouvir Smith debochar.


- Desde quando se preocupa com a Di-lua?


Draco não respondeu. Apenas virou-se num movimento rápido e acertou em cheio o nariz de Smith.


- Desculpe, eu não ouvi direito. Do que você a chamou?


Zacariah levantou rápido com a mão no nariz ensangüentado.


- Oh, pensei ter ouvido algo antes. Vamos lá Smith, desapareça daqui e leve sua corja. Vá vê se madame Pomfrey pode fazer algo pelo seu nariz. Desapareça! – Draco gritou a ultima palavra o que fez com que não só Smith, como os amigos que o rodeavam corressem.


Harry, Gina, Rony e Hermione assistiam a cena estupefatos.


Draco aproximou-se de Luna, mas não a tocou, tampouco dava para ouvir o que ele lhe disse, trocaram algumas frases e ele saiu de lá andando devagar.


Após a saída de Malfoy, os quatro aproximaram-se de Luna.


- Lu! O que houve?


- Nada demais Gina, eu que acabei dando uma de boba e caindo na pilha do Smith. – ela disse um pouco mais calma.


- Do que ele estava falando? Sobre você e Neville? Não estão mais juntos?


- Não – ela disse normalmente – Ele está com a Ana Abbot.


- Abbot? Desde quando?


- Desde antes do natal. – a loira não parecia muito preocupada com o fato.


- Era por isso que estava chorando Luna? – perguntou Hermione.


- Oh não, não mesmo. Neville é um cara legal, mas é só um grande amigo, não damos certo juntos.


- então...


- Foi outra coisa, mas... Não gostaria de falar sobre isso agora.


Gina assentiu.


- E o Malfoy? O que ele te disse?


Luna corou violentamente.


- Ah... o Dra... Malfoy só... Ele só perguntou se estava tudo bem comigo.


- Vocês acreditam no que viram? – Perguntou Rony incrédulo, - Malfoy defendendo a Luna?


- Ah, ele está mudado... – ela falou distraída, mas depois pareceu cair em si. – Bom, eu ando... Todo mundo ta dizendo que ele mudou.


- É, parece que mudou mesmo. – Disse Gina.


- É... eu vou indo ta gente? Depois, a gente se fala.


E sem esperar por resposta Luna saiu apressada.


 


 


...


 


Os dias passavam rapidamente, parecia que uma aura de baixo astral havia caído sobre os dois casais.


As brigas entre os quatro eram constantes, e ainda nada de solido havia sido descoberto sobre os guardiões de Godric.


 


Lavender estava reunida com Cho, Cormack e Dino na torre de astronomia, estavam preparando a reta final de seu plano contra Harry e Gina.


- Hoje, tudo se realiza, está pronta Cho?


- Ansiosíssima.


- Não vá falhar.


- Pode deixar.


- Depois de hoje, adeus Harry e Gina. – disse Cho sorrindo.


 


Mas o que eles não contavam era que duas pessoas que namoravam escondidos na torre ouviriam todo o plano.


 


Como o planejado, Lavender conseguiu achar Gina sozinha e disse-lhe que Harry a esperava no corredor leste do terceiro andar, e que ela deveria ir logo, ele parecia estar com problemas.


Gina ficou tão preocupada, que não pensou duas vezes antes de sair correndo ao encontro dele.


Ao chegar lá, o corredor estava vazio. Gina chamou por Harry duas vezes e ele não respondeu. Ela já estava pronta para voltar para o salão comunal, muito irritada quando foi atingida sem esperar.


- Confundus! – gritou Dino.


Gina tonteou uns segundos, antes de voltar a si.


Aos poucos ela foi se inteirando de da realidade, mas não lembrava o que fazia ali.


- O que eu to fazendo aqui? – Gina disse a si mesma confusa.


- Gina? – uma voz a chamou.


- Dino? O que faz aqui?


- Como assim Gina?


- Ah? – ela perguntou sem entender.


- Como assim o que eu faço aqui. Você mesma me parou pra me perguntar se vi Harry.


- Eu?


- Sim, ainda agora. Você me disse que precisava falar com ele e ele estava atrasado, que a detenção deveria já ter acabado, mas ele não havia chegado ao salão comunal e me perguntou se eu o vi.


- Nossa, eu... Não...


- Bom – ele a interrompeu. – Se ainda quiser saber, vi Harry na sala de troféus, parece que a detenção atrasou.


- Como sempre – ela murmurou.


- O que?


- Ah, nada Dino, obrigada


Ela sorriu fraco e afastou-se indo para a sala.


Ao vê-la dobrar o corredor Dino segurou o galeão enfeitiçado fazendo-o mudar de cor e sorriu. Missão cumprida.


Gina corria muito. Precisava tirar Harry de lá, neste ritmo eles não ensaiariam o suficiente para o show.


Ela se aproximou da sala e viu a porta aberta. Achou que por já ter passado da hora da detenção o professor Flitwick não se importaria se ela fosse lá.


Entrou na sala, estava escura e nem sinal do professor. Pensou de inicio que Harry já havia saído e já ia dar meia volta quando ouviu um barulho atrás de uns troféus velhos.


Aproximou-se devagar, deveriam ser alunos aprontando.


Mas quando virou os troféus e encarou o que havia lá seus olhos se arregalaram e sua boca entreabriu pasma.


- Harry... – Ela chamou fraca.


 


- Gina?


 


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Queria agradecer a paciencia de todas vcs e me desculpar pelo recadinho mixuruca que estou postando aqui rsrsrrss.. Mas saibam que eu li cada comentário e que cada um deles me deixou muito feliz. Espero que gostem deste cap, tentarei não demorar para atualizar.


Bjos pessoal e continuem comentando. HHUAHUHUAHUAHUAHUA


 

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