Cap XXII - Corpo e Alma
Hermione acordou nos braços de Rony, o dia ainda clareava. Despertou apenas pela falta de costume de ter alguém lhe abraçando durante o sono, porém a proximidade dos corpos, a respiração quente do ruivo em sua nuca e o abraço protetor e aconchegante dele nada tinham de incômodos.
A Morena suspirou forte com a lembrança da noite passada, Rony havia sido perfeito, levado todos os seus medos e temores embora. Foi tão perfeito que a fez sentir-se infantil e até mesmo ridícula, pelo medo que carregava. O ruivo tinha total razão, como ela podia ter se deixado levar pelas palavras de Lavender?
Mexeu-se um pouco e ouviu Rony suspirar mais alto o abraço dele apertou mais e ela sorriu.
Sorriu por que acabava de ter certeza de algo muito importante em sua vida. Sorriu por que descobriu-se pronta para selar o amor que sentia por ele para sempre.
O suspiro de Rony em sua nuca despertou todos os sentidos de seu corpo, fez com que se arrepiasse inteira e sentisse aquela gostosa sensação em seu ventre.
Virou-se para ele e o encarou, dormindo serenamente, lindo. O homem da sua vida. O homem que ela aprendeu a amar quando ainda era um menino. O homem por quem ela carregou um amor secreto e sofrido por anos, o único homem que a fez sentir todos os sintomas da paixão e do amor. O único com o qual ela sonhava, o único com quem ela desejava estar.
Delicadamente Hermione desvencilhou-se dele. Ficou de joelhos ao seu lado, observando-o virar a posição e ficar de barriga para cima. Era hora de ousar.
Levantou-se e com a varinha e um feitiço não verbal, conjurou uma camisola, havia dormido de jeans e camiseta, não era assim que queria parecer para Rony, quando ele abrisse os olhos, rumou para o banheiro e fez um feitiço silenciador, tudo o que não queria era que ele acordasse naquele momento.
Quando saiu do banho, Hermione estava devidamente vestida e perfumada, ousou provocar numa leve maquiagem e modelo de cabelos, queria ver Rony em seu maior estado de loucura.
Decidida, a morena lentamente passou as pernas ao redor do ruivo, sentando-se em seu ventre, passando os dedos delicadamente pelo seu rosto.
A teoria de sono pesado de Rony, parecia verdade, alguns minutos se passaram até que ele desse sinais de que ia acordar, para Hermione pareceram séculos.
O ruivo chiou lentamente, franziu o cenho varias vezes e aos poucos foi abrindo os olhos.
Piscou varias vezes, parecia estar querendo diferenciar sonho de realidade e quando constatou que era verdade que Hermione Granger estava sentada em seu ventre, numa camisola, fina, curta e semi-trasparente, exalando aquele aroma enlouquecedor que só ela tinha, rindo para ele de maneira sensual, os olhos dele arregalaram-se de maneira assustadora.
- Mi... – ele soltou quase como um suspiro – Mione... O que...
Ela calou-o com um beijo leve.
- Agora você conhece todos os meus segredos – ela disse num sussurro – Não tenho mais nada o que esconder, muito menos que temer.
- Hermione... – ele tentou, mas ela não lhe deixou falar.
- Amo você Rony. Amo tanto e há tanto tempo. Não quero mais ninguém, não desejo mais nada a não ser estar com você. Você é perfeito pra mim. Não há nada que eu queria mais que ser sua totalmente.
Rony levantou um pouco o tronco ficando apoiado pelos cotovelos, olhando-a abismado. Finalmente Hermione, sua Hermione estava pronta.
Levou uma das mãos ao rosto dela delicadamente e a tocou como se tivesse tocando a um cristal.
Ela fechou os olhos e sorriu.
Rony estava maravilhado com a situação, mas temia por ela. Sabia que aquela seria a primeira vez de Hermione, como seria dele também, mas ele tinha consciência de que para ela a situação era mais complicada e a experiência mais dolorosa.
- Tem certeza Mi? – ele perguntou cauteloso.
- Mas que qualquer coisa na minha vida. – ela respondeu segura.
Um sorriso sincero se formou nas faces do ruivo antes que ele pudesse dar o primeiro passo. Rony levantou-se ficando sentado, mas não tirou Hermione de sua posição inicial. Passou as mãos ao redor do rosto dela e a beijou ternamente. Deixou que aquele beijo conduzisse as ações seguintes dos dois.
E como todos que vinham sendo da mesma forma nos últimos tempos, este beijo passou de terno a explosivo em minutos.
Sem se dar conta a posição que estavam tornou-se aliada para os próximos atos.
Sem vontade ou até mesmo condições de conter suas ações, Rony deixou que suas mãos passeassem por todo corpo da morena, ou pelo menos por todos os lugares que elas conseguiam alcançar.
Hermione emitia sussurros abafados de aprovação a todas as caricias de Rony e incentivava-o a continuar. As mãos e os lábios dela concentraram-se em instigá-lo massageando sua nuca e seus cabelos.
Hermione estava nervosa, estava à beira do pânico, mas queria continuar, queria ousar. O clamor do seu corpo era mais forte que seus receios.
Aos poucos, com delicadeza, Rony foi subindo sua camisola. Fazia isso tão lentamente, que parecia esperar que ela o retivesse de novo.
- Não há mais o que esconder Rony, não tenha medo.
A morena falou como se lesse seus pensamentos.
O ruivo terminou sua tarefa e prendeu a respiração, quando descobriu sua morena coberta apenas por uma delicada calcinha de rendas azuis.
Ele sorriu largamente.
Azul.
Não era preta, instigante, não era vermelha, sensual, não era branca, provocante, não era previsível. Nada nela era previsível.
Era azul, delicada, inocente e perigosamente excitante, como ela, como sua garota.
O ruivo que já estava há muito tempo sem a camisa, tomou a morena nos braços e a deitou com cuidado, tratando assim de livrar-se da sua calça o mais rápido possível.
O contato dos corpos era cada vez maior, a paixão cada vez mais explosiva.
Entre beijos e caricias, eles se despiram, não só das roupas, mas do passado. Das angustias, das incertezas. Eram apenas Ron e Hermione, apaixonados.
- Mi... – Ele disse baixou, com a boca colada em seu ouvido – Eu acho que vou te machucar um pouco. Mas eu vou ser cuidadoso. A hora que você quiser eu paro.
As lagrimas brotaram aos olhos dela. Ele era tão atencioso, tão delicado com ela. Era perfeito.
- Confio em você Ron. Não me faça esperar mais.
Ela sentenciou.
Então ali, naquele quarto na Toca, banhados pelas primeiras horas da manhã, abençoados pelos primeiros raios de sol que escapavam das frestas da janela. Eles se uniram em um só.
Quando Rony conseguiu vencer a barreira dolorida que protegia a “virgindade” da amada, ele se sentiu confuso. Feliz por desfrutar de uma experiência tão fantástica e ansiada com a mulher que ele queria na vida dele para sempre, com medo por ela, por ver nos seus olhos a dor inevitável em forma de lagrimas, mas estranhamente mescladas a um sorriso sincero. Assistiu com cuidado as expressões do rosto dela se modificarem, mudando de um franzido de dor aparente a uma expressão de desejo e amor. Conseguiu conduzi-la ao céu junto com ele. E quando sentiu sua amada acompanhá-lo na divina explosão do ápice sentiu-se herói. Nunca imaginou que pudesse ser tão feliz.
Hermione descobriu uma mescla de sensações que culminavam em um único e essencial ponto. Felicidade.
Sentiu medo, de decepcioná-lo, de se decepcionar, sentiu dor, algo a rasgando, dividindo-a por dentro. Sentiu desejo, quando a incomoda sensação de violação deu lugar a um preenchimento fantástico. Sentiu alegria quando seu corpo começou a responder ao dele e acompanha-lo no mesmo ritmo. sentiu satisfação quando explodiu em milhares de “Hermiones” internamente, pulsando, fazendo-a estar mais viva que nunca e por fim plenitude, quando realizou nos braços dele, ofegante e suada que era Mulher, que era dele. Agora de corpo e alma.
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