Capitulo II - Somos Todos Weas
O sol já havia se posto quando Rony desceu as escadas da toca e encontrou seus pais e Gina na sala conversando sobre o futuro da jovem.
Gina fora a única Weasley que mesmo com a guerra conseguiu passar de ano. Pois os gêmeos haviam desistido da escola no quinto ano e Rony havia partido com Harry e Hermione atrás das Horcruxes. Apesar de ter sido um ano interrompido pela guerra Gina sempre fora boa aluna e conseguiu notas suficientemente boas para seguir rumo ao sétimo ano, além de ter recebido uma ajuda especial e clandestina de Minerva Macgonagal mesmo quando teve de deixar a escola. Este ano ela iria voltar para a escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e completar seus estudos.
Ao ver Rony, que havia definitivamente se isolado do resto da família no sótão, Molly deu um pulo e num segundo abraçou o filho, um abraço tão apertado que Rony sentiu que ia quebrar, ele seu um sorriso fraco quando ela exclamou:
─ Ah! Rony meu filho, que bom ver que você levantou.
─ Mãe, deste jeito a senhora vai terminar fazendo o que Voldemort não conseguiu.
─ Não fale o nome deste desgraçado menino! – ela disse ralhando com ele, daquele jeito que só Molly Weasley sabe fazer, mas em seguida, como era de sua personalidade seu rosto assumiu de novo o tom de preocupação. – Meu querido, você esta com fome? – ela perguntou enquanto examinava o rosto do rapaz de agora 18 anos.
─ Não mãe, eu preciso sair.
─ Sair? – ela perguntou aturdida. – Rony você está fraco, não come direito há dias, não pode sair.
─ Preciso ir mãe, preciso resolver uma coisa. – dizendo isso ele a afastou e caminhou até Gina, que prontamente levantou e abraçou o irmão e sussurrou.
─ Já estava na hora meu irmão.
─ Não devemos ficar separados depois de tudo não é? – ele falou com meio sorriso e Gina concordou com a cabeça.
─ Eu os trarei de volta pra nossa família e o trarei de volta pra você Ginny. – Ele completou.
─ Eu sei. Que bom que está bem Rony. – e ela o abraçou mais uma vez e o liberou para que ele caminhasse ate a porta.
Rony andou poucos passos depois que saiu da Toca com seus pais, Gina e Percy e George que estavam já do lado de fora lhe observando, quando ele viu dois vultos se formarem e irem tomando forma medida que chegavam mais próximos, um de cada lado da rua. Ambos continuaram caminhando um em direção do outro como se fechassem um triângulo e quando chegaram há alguns metros de distancia um do outro pararam.
Rony, Harry e Hermione estavam frente a frente de novo, depois de algum tempo, ambos com os corações partidos, vazios, mas cheios de esperança neste reencontro. Sem falarem nada os três fecharam o triangulo que havia entre eles e se abraçaram, um abraço caloroso, necessário, esperado, saudoso, comovente, cheio de sentimentos. Os três choraram silenciosamente, como se junto com aquele choro coletivo, estivessem se esvaindo também suas mágoas.
Passaram alguns minutos abraçados naquela posição, até que Harry tirou o braço que circundava Rony e virou-se em direção da porta da Toca esticando o braço como num chamado. Sua mão chamou por Gina que estava na porta observando-os com lágrimas nos olhos. Sem pensar Gina saiu correndo de encontro ao trio e fechou o abraço num circulo.
Naquela hora, todos eles sentiram como se algo os esquentasse, como se alguma força aquecesse seus corações e levasse toda a treva deixada por Voldemort. Eles riram entre si, estavam em casa. Todos eles estavam seguros e protegidos, afinal eram todos Weasleys.
Abrindo apenas parte do circulo, eles rumaram para a Toca, abraçados e felizes.
Começariam uma nova vida. Mas o que aqueles quatro jovens não sabiam é que estavam destinados a algo superior, até maior que a segunda guerra, maior que o perigo que correram. De certa forma sublime.
Começaria agora mais uma aventura, uma descoberta de uma historia sublime de amor e verdade.
Eles enfrentariam agora a si mesmos, pois chegara a hora de desenhar o futuro. A partir de agora seriam testados, ate onde seus sentimentos eram fortes e leais o suficiente. E Harry teria uma nova chance de recuperar algo muito valioso.
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