Capitulo 1 – Quando o coração
Oi pessoal, peço perdão pela demora, quero agradecer a todos que estão lendo, a opinião de vcs é muito importante pra mim, esta é minha primeira fic, por isso conto com vcs.
eu vou postar três capitulos pra compensar a demora ok? bjos.
_____________________________________________________________________
Vinte dias depois da derradeira guerra, os mortos haviam sido velados e enterrados, mas a dor permanecia ali.
Harry, Rony e Hermione não se viam desde a guerra.
Hermione voltou para Londres, para casa de seus pais, ela estava sozinha lá, seus pais já haviam sido encontrados e o feitiço devidamente removido, porém os Granger não puderam voltar de imediato, pois haviam construído uma vida na Austrália. Hermione os visitou, teve uma longa conversa com eles e ficou acertado que a menina iria visitá-los sempre, pois eles ainda não estavam certos de voltar para Londres.
Refugiou-se em seu antigo quarto. Havia um misto de vazio, dor, angústia e alívio. Ela culpava-se por se sentir bem sabendo que o bruxo mais temido de todos os tempos havia sido derrotado, mas não por isso, e sim por que achava totalmente traiçoeiro de sua parte sentir qualquer tipo de bom sentimento quando tantos de seus amigos haviam caído na batalha. Por mais alívio que fosse saber que nem ela, nem Rony e nem Harry estavam correndo mais nenhum risco de vida, e saber que não havia mais ninguém perseguindo trouxas, nem traidores do sangue (como eles chamavam), que seus pais não estavam mais em risco nem ninguém que ela amava, ela sentia total repulsa por qualquer sentimento agradável que pudesse envolvê-la.
Ela estava deitada em sua cama, os braços atrás da cabeça olhando para o teto e tentando não pensar. Mas para Hermione Jane Granger, não pensar era uma tarefa impossível.
Sentiu o estômago revirar mais uma vez. Estava com fome, mas a comida não descia-lhe a garganta. Levantou-se de súbito e foi até sua estante de livros em busca de algo para se concentrar, abriu um exemplar de Runas e folheou, seus olhos passavam por cima das letras sem entendê-las, não estava conseguindo se concentrar.
Hermione caminhou até a grande janela de seu quarto, de lá ela podia ver a rua calma e quase sem pessoas em volta. No alto do céu ela pôde ver as imagens de duas pessoas que tanto lhe faziam falta, podia ver os rostos de seus grandes amigos a quem ela hesitava em ver.
De repente um grande vazio se apossou de sua alma, e uma lágrima quente e salgada desceu pelo seu rosto.
Eles tinham passado por tantas coisas juntos, tantas alegrias, descobertas e perigos.
Sim, tantas alegrias eles trouxeram para sua vida, primeiro tirando-lhe da solidão que era ser Hermione Granger, menina estranha devoradora de livros, CDF incorrigível. Todos os momentos felizes que tivera nestes anos devia a seus amigos.
Os perigos que passaram juntos, temendo pela vida um do outro, salvando-se simultaneamente, nada disso poderia ser esquecido.
E as descobertas, neste ponto ela devia mais a Rony que a Harry, pois foi naquele ruivo insensível e realmente bobo que ela descobriu o amor e suas sensações conseqüentes como euforia, ansiedade, ciúmes, entre tantas outras coisas... Seu primeiro Beijo de amor, sim por que com Viktor era só uma atração, mas Rony... Ela amava Rony desde que o conheceu.
Ela não podia virar as costas para seus amigos, não depois de tudo o que lhes acontecera, não depois de tudo o que passaram juntos, tudo o que fizeram um pelo outro.
De repente Hermione foi até seu closet, pegou sua varinha, vestiu uma capa e saiu...
Rony estava no sótão, na companhia de seu vampiro há uma semana depois que cansou dos ares de seu quarto, não podia suportar olhar para qualquer canto da Toca sem lembrar-se de seu querido irmão.
Rony fechava os olhos e tudo parecia um filme passando pela sua cabeça, lembrou do frio na barriga quando cruzou a plataforma 9 ¾ e viu o expresso de Hogwarts, quando entrou na cabine no trem ao lado de Harry Potter, o menino que sobreviveu, quando encontrou aquela morena estranha nascida trouxa que se transformou numa bela jovem de 18 anos e que aos poucos passou de sua grande amiga ao seu grande amor.
Lembrou-se das aventuras de todos os anos, da grande partida de xadrez de bruxo que travara do medo enorme da pele que o basilisco havia deixado pra trás, de sentir-se angustiado ao saber que Hermione havia virado pedra, de quando Aragogue tentou atacar a ele e seu amigo, do medo de Sirius Black, da descoberta de Perebas ser Rabicho, da inveja que sentiu do amigo quando ele fora escolhido para o torneio Tribruxo, do ciúme de Hermione e Krum, do namoro idiota e sem sentido com Lilá quando tudo o que queria era estar com Hermione. Da armada de Dumbledore, da luta no ministério, de Riddle tentando macular a imagem que ele tinha de seu amor e de seu melhor amigo, de Harry apoiando-o para assumir seu amor e dizendo-lhe que não era seu rival, do beijo com Hermione de tudo...
E Fred, todas as loucuras que ele e George aprontaram em Hogwarts, era a diversão do lugar, de como eles havia enfrentado Umbridge e como haviam decidido suas vidas ao sair da escola antes do tempo certo. Fred fora um guerreiro, seu irmão fora um verdadeiro homem e morrera como tal, lutara bravamente contra o lorde das trevas e sucumbira na guerra, mas de forma honrosa. Sim ele sentia muito orgulho de ser um Weasley, de ser irmão de Fred Weasley, mas isso não diminuía sua dor.
O que Rony não entendia, era por que Harry se afastara dele, ele não estava culpando seu melhor amigo por nada, Harry era como um irmão. Não havia nada a ser feito, Fred estava lá por que tinha que estar e não por culpa de Harry. Sentia falta de seu grande amigo, precisava dizer a ele que ele não estava sozinho e que ele era agora um Weasley também.
E Hermione, Ah! Hermione Granger. Ele entendeu que ela precisava de algum espaço, precisava estar com seus pais, que foram encontrados rapidamente e logo voltaram a seu estado comum. Ela precisava descansar, mas como ela fazia falta. Ele estava desesperado por ouvir a voz dela, olhar nos olhos dela, e depois daquele beijo, ele precisava de uma vez por todas dizer que a amava e beijá-la de novo, era tudo o que ele queria. Ele baixou a cabeça e sua mente materializou as imagens das duas pessoas que ele mais precisava. Seus dois amigos. Seu irmão e seu amor.
Rony abriu a porta do sótão, e desceu as escadas, com um aceno de varinha ele trocou as vestes que estava e caminhou em direção da porta e desceu.
O largo Grimauld n° 12 estava habitado, mas imerso na escuridão e na lamuria dos últimos acontecimentos. Fora sede da Ordem ao qual Sirius participara como também Lupin, Tonks, Moody, Dumbledore e tantos outros que ele teve a honra de conhecer. Harry estava só, naquela casa escura, e não só tão vazia pela presença de monstro, que agora era afeiçoado ao novo dono. Harry não queria estar ali, mas não havia outro lugar. Ele não conseguira ir para Godric Hollows e entrar na casa que fora de seus pais. Refugiou-se na mansão que pertencera um dia aos Black, a casa cujos membros eram divididos entre as luzes e as trevas, a casa onde Bellatrix Lestrange cresceu pra depois se transformar na mais fiel seguidora de Voldemort, mas também a mesma casa de onde saíram para a Luz, Andrômeda e Sirius Black, seu querido padrinho a quem conhecera tão pouco.
Harry sentiu uma dor forte e pontiaguda crescer em seu coração e voltou no tempo em devaneios.
Lembrou-se da infância triste e solitária que tivera com os Dursley e tudo que passara na Rua dos Alfeneiros, de como libertara aquela cobra sem nem saber o que estava acontecendo e de como seu coração bateu tão rápido quando ouviu ela falar com ele, achou a principio que estava ficando louco, ele ouviu a cobra lhe agradecer. Mas sim tinha um sentido, e a sua mente veio a chuva de cartas e o horror de Valter Dursley quando as viu, não pode deixar de ensaiar um sorriso quando se lembrou de Hagrid entrando naquela cabana com um bolo amassado e fazendo Duda ficar com um rabo de porco.
A sensação de descobrir que era um bruxo, rico e famoso, quando em apenas alguns dias atrás achava que não tinha nada. A sensação de entrar no expresso de Hogwarts e conhecer aquele ruivo engraçado que tentava desesperadamente mudar a cor de um rato, depois quando conheceu uma garotinha irritantemente inteligente que consertou seus óculos com um feitiço.
Harry suspirou com a imagem da primeira vez que teve contato com Voldemort que estava habitando o corpo do professor no 1° ano, de quando ele enfrentou o basilisco e acabou com a então desconhecida, primeira horcruxe de Voldemort, dos dias maravilhosos de sua primeira visita a Hogsmead ao lado de seus amigos tão leais, do encontro com seu padrinho a quem primeiramente tinha ódio e após descobrir a verdade, sentiu orgulho e sentiu que tinha uma família, o baile, as brigas incessantes porem engraçadas de Rony e Hermione enciumados um do outro, a morte de Cedrico, a imagem de seus pais no espelho e lutando ao seu lado quando Voldemort tentava matá-lo, o beijo com Cho, seus amigos o seguindo e apoiando no 5° ano.
Mas ele suspirou ainda mais ao lembrar-se de Gina, de como foi bom ter abraçado e beijado aquela linda ruiva que definitivamente mexeu com seu coração, a irmã de seu melhor amigo, que ficava corada quando lhe via.
Mas a imagem de dois Weasleys em sua cabeça trouxe outra, a de Fred estendido no fim da guerra, Harry sabia que Fred havia lutado por instinto próprio, mas não podia deixar de se culpar.
Ele lembrou da feição sombria e maquiavélica de Voldemort que tentara matá-lo ano após ano, desde que havia ingressado na escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Sentiu um aperto no peito quando lembrou de Alvo Dumbledore, seu grande mestre, a quem ele tinha um grande carinho e respeito, quem lhe guiou nesta jornada, a quem ele viu morrer, mas enfim, ele tinha visto tanta gente morrer.
Não pode deixar de pensar nos Weasley de novo, Harry tinha os Dursley como parentes de sangue, mas isso nunca lhe serviu de nada, porém com os Weasley era tão diferente. Molly Weasley sempre se preocupara com ele como se fosse sua mãe, e que mãe maravilhosa e dedicada, se a Toca tivesse sido o lugar escolhido para que Harry crescesse e não a Rua dos Alfeneiros, ele teria sido muito mais feliz. Arthur Weasley é um homem forte, uma ótima figura de pai. Os gêmeos eram cômicos, mas grandes amigos. Gui e Carlinhos, até com Fleur e Percy ele se dava tão bem, mas nada supera a amizade de Rony. Com certeza se Lily e James tivessem tido outro filho teria que ser como Rony.
E novamente Gina lhe veio à cabeça, mas com ela era diferente, há muito tempo ele não a via como irmã mais nova, Gina com certeza era o amor de sua vida e ele queria tanto dizer isso a ela.
Ele se sentia vazio e sozinho e de repente ao longo da escuridão do quarto ele pode ver claramente a imagem das duas pessoas que ele mais amava no mundo, seus amigos Rony e Hermione, em seguida um terceiro semblante se formou, Gina. E uma urgência se formou no peito de Harry quando de repente ele teve certeza do que tinha que fazer. Então ele levantou-se do chão, pegou sua varinha e aparatou.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!