Sequestro
Assim que Gina abriu os olhos ela pulou da cama. Não queria ter olhar para o marido que ainda dormia. Ela arrumou-se o mais rápido e mais silencioso que pode e logo deixou o quarto. Ainda era cedo. Nesse horário poucas pessoas deveriam esta no salão principal tomando o café da manhã, mas ela não sentia fome. Ela não sentia nada. Em seu peito havia se formado um gigantesco buraco que parecia engolir seus sonhos e esperanças.
A garota, andava pelos corredores sem rumo, ela nem fazia idéia de onde estava. Não estava reparando em nada. Ela não estava ali.
Gina virou mais um corredor e nada. Não viu mais nada. O corpo dela caiu inerte no chão
- Algumas horas depois –
Gina abriu os olhos lentamente, pois eles doíam muito, igualmente a sua cabeça. Ela tentou levar a mão a sua testa que latejava, mas foi impedida. Só ai ela percebeu que estava amarrada. Seus olhos antes embaçados e doloridos agora esquadrejavam o local, a procura de uma saída, mas a escuridão não deixava. Gina estava sentada no chão e tinha seus pulsos e tornozelos presos por cordas, ela não tinha como fugir.
Ela não sabia quanto tempo havia se passado. Horas, dias, anos, uma eternidade. De repente a porta se abriu e a luz inundou o local, a cegando e ela fechou os olhos.
- Vejo que já acordou – Gina nem precisou abrir os olhos. Ela podia reconhecer o responsável por seu estado e ele não ninguém menos que Harry Potter.
- O que? Por que? Como? – A primeira reação dela foi choque
- Calma. Temos muito tempo para fazermos o que quisermos – ele sorria diabólico
- Eu só quero que você me solte e mais nada – Ela estava furiosa – Eu exijo que você me solte agora ou eu ... – Ela não continuou.
- Ou você o que? Vai gritar? – ele riu – Pode gritar, ninguém vai te ouvir mesmo. Não reconhece esse lugar? – Gina começou a olhar atentamente e logo empalideceu – Exatamente, estamos na sala precisa.
- Como? Como eu vim parar aqui? – Ela perguntou curiosa. - Foi fácil, mas fácil do que eu achava que seria. Você praticamente veio para mim, eu só te estuporei e te puxei até aqui.
- Alguém deve ter visto o que você fez. Logo eles vão descobrir. Dumbledore,vai descobrir. – O garoto sorria, à medida que ela se descontrolava
- Perca sua esperanças, ninguém sabe onde você esta e ninguém vai saber. Eu sou irei te soltar depois que conversamos
- Eu tenho nada para falar com você. Me solte agora – ela se debatia, tentando se liberar, mas a medida que se movimentava as cordas a apertava mais. “Deve estar enfeitiçada” ela pensou e se pôs imóvel.
- Você pode não ter, mas eu tenho muito o que falar. E você vai ouvir tudo
- Eu não acho que seja por uma simples conversa que eu estou aqui desse jeito – Ela inclinou a cabeça em direção do seu corpo, mostrando o seu estado.
- Isso é apenas uma precaução. Assim que você ouvir o que eu tenho a dizer esse seu estado mudará
- Então fale de uma vez – Ela falou com desprezo, mas ele apenas deu de ombros.
- Primeiro, eu quero que você se separe do Malfoy – Gina abriu a boca,mas não emitiu nenhum barulho – Isso mesmo. Você vai se separar dele. – Gina começou a rir descontrolada, tanto que chorou – Isso não foi uma piada. – Ela parou de rir e se concentrou nele.
- Porque eu faria isso? – Ela perguntou seria. Agora ela compreendia. Aquilo não era uma brincadeira de mau gosto, ou uma pegadinha. O garoto realmente queria que ela fizesse aquilo.
- E porque você não faria? Afinal ele quer essa criança tanto quanto eu – ela percebeu a ironia em sua voz. Gina queria poder dizer que ele estava errado, e que o garoto assumiria seu filho. Mas aquilo era mentira. Uma grande mentira.
- Se você não quer esse filho porque eu devo me separar do Draco? – Gina estava confusa, ela ao menos queria entender o porquê daquilo tudo. – Você sabe que isso não faz sentido. – Ela completou baixinho
- O um filho não vai ser criado por nenhum comensal, não mesmo. – O menino parecia transtornado. – Você acha mesmo que eu iria deixar os Malfoy me humilhar? Na primeira oportunidade eles irão revelar o que aconteceu.
- Até agora eles não fizeram nada - Ela tentava ganhar tempo, só não sabia pra que.
- Eles só estão esperando o momento certo. Eu sei disso. Eu sei – Gina ficou calada. Ele não estava bem e ela sentia medo, muito medo dele e do que ele poderia fazer.
- E então o que me diz? – Ele sorria para ela, mas ela via em seus olhos, eles tinham um brilho diferente, insano, louco.
- Você esta louco, totalmente louco se acha que eu vou fazer isso
- Eu não acho.Você vai - Ele falou ameaçador - E esse é apenas o começo.
- E o que vem depois? Eu me casar com você? – Ela debochou
- Exatamente – ele sorria e aquilo a assustava mais
- Você esta louco. – A garota estava horrorizada com aquilo tudo.
- Ninguém nunca vai poder dizer que eu não cumpri com minha obrigação – Gina não sabia se ele falava com ela ou com si mesmo.
- Você é um maluco e isso não vai acontecer. Nunca – Ela gritava revoltada.
- Então você vai ficar aqui para sempre, porque eu só pretendo te soltar quando você disser sim.
O garoto deu as costas a ela e saiu. Gina desolada, chorou e chorou até que dormiu.
Ela acordou assustada e se deparou com uma cinueta. Era ele.
- Qual é a resposta? – Ele perguntou frio
- Não
Primeiro dia
- E então?
- Não
Segundo dia
- Não
Terceiro dia
- Não
Quarto dia
- Acabe com esse sofrimento. È só me dizer sim
- Nunca – Ela mal conseguia falar. Sua boca estava seca. Água. Ela queria água.
Gina já não agüentava mais, não sabia há quanto tempo estava ali, presa, sem comer, sem beber, sem poder fazer nada. Seus músculos doíam, sua cabeça doía. Ela duvidava que tivesse algo nela que não doesse. Ela havia decidido à próxima vez que ele entrasse por aquela porta. Ela iria dizer sim.
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