Dias felizes?



Os dias que se seguiram foram felizes para Gina. A garota passava muito tempo na companhia do marido, do novo amigo e da melhor amiga. Os quatros agora estavam inseparáveis. Aonde Gina ia os outros três iam atrás. A verdade era que eles se preocupavam muito com o estado da garota, principalmente Draco. O garoto ainda lembrava do dia que ela conversara com o Potter. Quando ela voltou para eles, ela parecia muito bem, mas à noite, ele pode ouvi-la chorando baixinho. E ele sentiu-se incapaz. Aquela sensação de impotência o atormentou. O garoto tinha tido vontade de levá-la para junto de si, e consola-la. Mas isso não aconteceu. Ele ficou ali ao seu lado, a ouvindo chorar e sem fazer nada.
- Draco – O loiro balançou a cabeça e olhou para o amigo – Você estava pensando em que?
- Em nada Blás, em nada
- Olha as meninas ali – O moreno apontou para frente, aonde Luna e Gina se encontravam conversando.
- Vamos lá – Draco e Blaise seguiram para onde elas estavam
Draco percebeu que Gina estava incrivelmente feliz. Com certeza havia acontecido alguma coisa.
- Qual o motivo dessa felicidade toda? – Gina olhou para o menino que perguntou e sorriu.
- Ah Blás, você não sabe o que aconteceu – Quem respondeu ao garoto foi Luna.
- E o que estão esperando para me contar? Estou morrendo de curiosidade – A menina olhou para Gina, que balançou a cabeça.
- A Gina recebeu uma carta da sua mãe Draco – O loiro olhou para Luna e depois para Gina.
- E?
- E no próximo fim de semana iremos para casa – Gina sorria – Ela já acertou tudo com o diretor.
- E porque tudo isso? – Ele perguntou desconfiado
- Você esqueceu que mandou a ela uma coruja foi? – A menina brincou. – Nos vamos ao curandeiro – Draco fez uma cara estranha, que ela não percebeu.
- E porque toda essa felicidade? – Zabini perguntou confuso.
- Você não ouviu? A Gina vai no curandeiro.- O menino continuava com a mesma cara de desentendido – E ela vai descobrir qual é o sexo do bebê.
- Também não é assim. Ele primeiro vai vê de quantos meses eu estou. Ai dependendo disso, vai da ou não para saber se é menino ou menina.
Draco estava com a cara fechada. Estava feliz com aquilo. Mas também muito preocupado. E se o bebê fosse igual o Potter? E se tivesse os mesmo olhos verdes e cabelos pretos? Todo o mundo bruxo iria saber a verdade. Que ele não era o pai. Não.
Ele era o pai e ninguém ousaria a falar o contrario
- Draco. Draco - O garoto piscou - Você esta bem?- Ele olhou para a ruiva a sua frente que parecia preocupada.
- Sim, estou. Não se preocupe. – Ele sorriu fracamente - Eu estou bem
- Deve ter sido a emoção – Blaise debochou – Não foi mesmo papai – O garoto ria da cara do amigo. Draco se controlou para não puxar a varinha e o estuporar. Afinal o sonserino não sabia de toda a historia. Para ele Gina estava grávida de um filho de Draco.
- Com certeza – Ele falou sarcástico e olhou torto para o garoto que parou de sorrir.
- E então o que vocês vão fazer? Alguma coisa juntos? – Gina olhava para os dois amigos, que pareciam constrangidos.
- Bem, se a Luna quiser ir comigo a Hogsmeade – A garota estava da cor dos cabelos de Gina e Blaise estava tão ou mais desconfortável que ela.
- È claro que ela vai – Gina antecipou-se – Não è mesmo Luna? – A garota olhou para a amiga e depois para o garoto
- È. Sim. Eu vou sim - Ela agora estava mais segura e confiante.
- Vocês já acabaram com isso? - Draco estava enojado com aquilo. Tudo bem que Luna não fosse à pirada que era antigamente. Mas para o Blaise sair com ela, ele deveria estar maluco.
"Talvez eu seja maluco também. Afinal eu casei com uma Wesley" - Ele olhava para esposa, que brincava com os outros dois, os deixando mais constrangido.
Um sorriso verdadeiro se formou em seus lábios. Ele com certeza gostava de ser maluco.
- O que foi Draco,incomodado com alguma coisa? – Blaise debochava dele, que já estava perdendo a paciência
- Não – ele falou áspero – Nos temos que ir. Temos aulas Gina percebeu que Draco estava mais serio. Alguma coisa de errado estava acontecendo com ele.
- É mesmo. Então é melhor irmos – O loiro assentiu com a cabeça e saiu sem nem mesmo se despedir
- O que deu nele? – Luna perguntou a ela. Todos haviam percebido que ele não estava normal.
- Não faço idéia, mas eu vou descobrir.
Gina estava deitada na cama, aparentemente lendo um livro. Mas mesmo com ele aberto e ela o olhando, a menina não estava ali. Seus pensamentos estavam em outro lugar, mas exatamente em outra pessoa. Gina ainda pensava no comportamento estranho do marido. A sua vida era realmente uma complicação. Agora que tudo parecia estar bem. Que seus dias eram felizes. Draco simplesmente ficava estranho, e sem motivo algum. Ou será que havia? Será que alguma coisa havia acontecido e ele não tinha falado nada? Em meio aos seus devaneios ela nem notou que a porta se abrir.
Draco entrou no quarto e olhou para a sua mulher, que estava com centrada em sua leitura. Sem fazer nenhum movimento que chamasse sua atenção ele foi para o banheiro, onde tomou uma ducha fria.
Gina viu a porta do banheiro abrir e Draco sair dentro dele com uma toalha em seus quadris
- A quanto tempo você esta aqui? Eu não vi você entrar – Gina passou a língua nos lábios. Draco estava totalmente irresistível, com gotículas de águas que escorriam pela sua pele.
- Você estava muito concentrada lendo e eu não quis incomodar – Ele se virou e ela se acomodou melhor na cama. Gina não conseguia desviar sua atenção do garoto. Garoto? Não, ele não era um garoto. Ele era tão desenvolvido. Draco era um homem. Em todos os sentidos e ela realmente queria comprovar isso
- Será que podemos conversar? – Ela perguntou enquanto ele pegava o pijama de dormir. Ela teve que resistir a vontade de dizer que ele não precisava daquilo
- Sobre?
- O seu comportamento de mais cedo – Draco se endureceu. Então ela tinha percebido
- O que aconteceu com você? Eu nunca ti vi daquele jeito. Você foi muito grosso com o Blaise.
- Agora é Blaise? Não mais Zabini? – Ele perguntou irônico e ela sentiu vontade de lhe bater.
- Draco. Por acaso você esta com ciúmes do Blaise? – Gina sorria divertida
- Ciúmes – Ele resmungou – Claro que não
- Então qual é o problema? – Ela perguntou apesar de achar que ele estava com ciúmes. Gina sentiu-se alegre. Se ele sentia ciúmes, era porque sentia alguma coisa por ela e ela queria que ele sentisse.
- Nada – Ele tentou não ser tão estúpido mais não conseguiu
- Pode confiar em mim – Ela levantou da cama e foi até ele – O que foi que aconteceu? Me diga por favor


- Eu já disse que não foi nada
- Draco, eu te conheço e sei muito bem que esta acontecendo alguma coisa.
- Você não me conhece – Ele disse frio
- Tudo bem – Ela o olhou derrotada. Gina voltou a sua atenção para o livro, mas não conseguiu ler, então o fechou e o jogou no chão.
- Você esta chateada? – ele perguntou depois de algum tempo em silencio
- Não – Gina se esforçava para não chorar.
- Me desculpe, eu não queria te magoar – Ele falou carinhoso
- Você não me magoou ok – Ela virou pro lado e fechou os olhos.
- Gina
- Olha Draco se você não quer me contar o que acontece com você, eu também não tenho que te contar o que se passa comigo ok
- Tudo bem você venceu – Ele respirou fundo – Medo. Esta bem. Eu estou com medo – Ela se virou automaticamente para olhá-lo
- Do que?
- Em não ser um bom pai. – Ele engoliu em seco. Estava mentindo para ela e não gostava disso.
- Porque eu tenho a impressão de que não é só por isso? – A garota estava desconfiada. Ela sabia que ele não ficaria daquele jeito por aquilo.
- O que você quer que eu fale? Que eu estou com medo que quando o bebê nasça ele pareça com o Potter e as pessoas desconfiem disso? È, pois então. Essa é a verdade. Eu não quero criar o filho de outro e ainda mais esse outro sendo o cicatriz – Ele falava com desprezo. Gina não conseguia reagir. Tudo parecia ter parado, ela não conseguia pensar em nada.
- Você mentiu para mim – Ela falou fracamente – Você mentiu não mentiu, quando disse que queria o bebê, que iria criá-lo e que seria o pai dele
- Sim, não. Eu não sei. – Ele suspirou pesadamente – Quando eu disse isso, eu não sabia, eu não tinha noção do quão complicado isso era.
- Não há nada complicado. Ou você será pai dele – Ela colocou a mão na barriga – Ou não
- Você diz isso porque você não tem nada a perder. Mas eu tenho. Se todos souberem que eu não sou o pai do bebê, e eles vão saber, como é que minha reputação vai ficar?
- Pior do que já esta com certeza não ficar. Afinal você é o filhote de comensal não é mesmo? – ele recuou como se houvesse levado um tapa. – Se você não quer assumir o meu filho,tudo bem, não assuma. Mas você não pense que só porque não o quer. Não significa que eu também não o queira. Eu amo meu filho e farei de tudo para protegê-lo. De você e de qualquer um.
Gina deu a conversa por encerrada. Ela apagou a luz e virou pro lado, mas não dormiu. Não conseguiria. Seu corpo estava agitado e sua mente trabalhava rapidamente, tentando assimilar tudo que lhe tinha ocorrido. Ela não reprimiu as lagrimas, que começaram a escorrer pelo seu rosto indo parar em seu travesseiro. De uma coisa ela sabia, os dias felizes não voltariam mais.

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