A primeira reunião
Um mês se passara em relativa tranqüilidade, o que os levou a Setembro. James, juntamente com sua mãe, convidara Summer e Lyra para levarem suas coisas para sua casa e ficarem por lá mesmo.
Muito felizes, as duas concordaram em passar uma temporada na casa dos Potter, o que facilitou na hora de manterem seus pais afastados de tudo o que acontecia, mas apenas depois de embarcarem com segurança os irmãos para Hogwarts, onde estariam bem protegidos.
Estranhamente, Peter não aparecera mais na casa dos amigos, alegando que passaria uma temporada viajando com a avó. Não questionaram. Peter vivia viajando com a família, não era a primeira vez. Lílian teve um pequeno vislumbre que a intrigou, mas foi logo esquecido com a rotina.
Não demorou muito para Lyra, Remus, James e Sirius receberam cartas do Ministério anunciando quando começariam os treinos para Aurores. Em menos de um mês, exatamente no meio de Setembro. Havia uniformes para serem rigidamente obedecidos, o que irritou um pouco Lyra que comentou:
- Por isso mulheres não entram nesse esquadrão.
Louise começaria os cursos apenas em um mês, no primeiro dia de Outubro. Ela recebera uma lista enorme de livros que teria que providenciar o mais cedo possível. Teria também que ir ao Ministério fazer um exame geral de suas condições físicas e mentais, no que Remus implicou:
- Nas físicas obviamente ela passa...nas mentais...
Lílian é que começaria o seu curso mais cedo. Surpresa, ela leu sua ficha de admissão analisando todos os tópicos aonde sofreria horas a fio de interrogatórios e pesquisas sobre sua vida. Teria apenas uma semana para preparar tudo e apresentar-se no Ministério.
Sara prometeu ajudá-la no que pudesse e em menos de um dia providenciou todas as papeladas que Lílian deveria preencher e assinar. Sara entregou ela mesma a documentação, o que reduziu uma viagem de Lílian para o Ministério.
- Gente, eu tenho que ir hoje ao Beco Diagonal. – Summer anunciou descendo as escadas para o café da manhã.
- EU também preciso ir. – Lyra concordou dando uma mordida em sua torrada.
- Você não tem que comprar material. – Louise estranhou pegando uma banana da fruteira e descascando.
- Eu sei. Mas eu preciso comprar umas roupas para usar nos treinos teóricos e nos práticos, uma vez que eu não posso usar roupas normais. – Lyra respondeu ainda levemente irritada.
- Tudo bem. Então enquanto você compra as suas roupas, eu faço os meus testes na Sede do Ministério que tem no Beco e depois compramos os meus livros. – Louise organizou o dia enquanto Lyra apenas concordava.
- E nós vamos ficar fazendo o que aqui sozinhos? – Sirius perguntou indignado.
- Tendo um papo de homem com seus amigos. – Summer respondeu prática. – Aproveita para falar um bando de merda que não falariam na nossa frente.
- Ou vocês prefeririam vir conosco e carregar nossas compras? – Lyra perguntou com um sorriso angelical.
- Não, acho melhor ficarmos por aqui mesmo. – Sirius concordou rapidamente.
- Gente, eu estou bem? – Lílian perguntou descendo as escadas usando uma calça social preta e uma blusa de manga curta verde.
- Ah, a sua entrevista pessoal é hoje, não é? – James perguntou abraçando a namorada pela cintura e beijando o rosto dela.
- É. Estou esperando apenas sua mãe descer para irmos juntas. – Lílian concordou pegando uma maçã. – Estou tão nervosa.
- Não tem porque. – Remus comentou abrindo a geladeira preguiçosamente. – A menos que você tenha um homicídio em sua ficha que desconheçamos.
- Droga, fui pega! – Lílian brincou fazendo bico.
- Calma, ruiva, vai sair tudo bem. – Summer tranqüilizou indo até a amiga e lhe dando um abraço. – Você é uma bruxa incrível, não tem motivo para não te aceitarem!
- Mas esse cargo é muito concorrido! E apenas 5 Inomináveis são aceitos por ano! – Lily continuou estalando os dedos.
- Mentira, ruiva, nesse ano serão 4. – James falou roubando um beijo rápido dela.
- 4? – Lílian perguntou empalidecendo.
- 4. A 5ª vaga já é sua. – James completou rindo.
- Vocês, parem de atormentar a menina! – Sara mandou entrando na cozinha já com suas coisas em mãos. – Vamos, Lílian?
- Vamos. – Lily murmurou despedindo-se de todos e seguindo Sara até o lado de fora, onde poderia aparatar.
- Então, Ly, vamos nos arrumar para ir ao Beco? – Summer perguntou já saindo da cozinha.
- Vamos...- Lyra concordou subindo com a amiga e deixando os meninos para trás.
- Espero que essas duas descubram o caminho de casa no fim do dia...
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- É aqui? – Lyra perguntou parada em frente ao mesmo prédio onde fizeram as inscrições para os cursos que prestariam.
Summer consultou a carta que estava dobrada em seu bolso traseiro da calça e fez que sim com a cabeça.
- É aqui, sim. – Luh confirmou trocando a bolsa estilo sacola que carregava de ombro. – Acho que não vou demorar muito. Quando terminar eu faço aquele anel que eu te dei ano passado brilhar. Ai você já sabe que estarei aqui te esperando.
- Tudo bem. – Lyra concordou arrumando o anel no dedo.
Summer acenou com a mão e moveu os lábios dizendo: deseje-me sorte. Lyra sorriu e também moveu os lábios, desejando sorte como a amiga pedira. Ela esperou que Louise entrasse no prédio para dar as costas ao local e sair andando pelas ruas do Beco, que depois do embarque para Hogwarts, estava consideravelmente mais vazio.
Ela passou por algumas lojas que vendiam quinquilharias de que não precisava, apenas para olhar. Pensou em ir à loja da Madame Malkin, mas não encontraria nada do que precisava em uma loja de uniformes.
Decidiu, então, sair para as ruas de Londres através do Caldeirão Furado e comprar suas roupas em uma loja trouxa. Para sua sorte, possuía algum dinheiro trocado em sua bolsa, dentro de sua carteira.
Lyra caminhou tranqüila por entre os transeuntes da rua e chegou a algumas lojas de roupa. Experimentou algumas peças que lhe agradava aqui e ali e acabou comprando 5 blusas sociais brancas e duas pretas, que eram permitidas no uniforme, três calças, um short e uma saia. Todos sociais e pretos.
Lyra caminha pela rua em direção a uma loja de sapatos quando parou no meio da calçada e virou a cabeça levemente para trás. Há alguns minutos sentia que alguém a seguia e a sensação não é a das mais agradáveis que podia sentir.
Não vendo ninguém atrás de si, continuou a andar em direção a loja, atenta a qualquer movimentação estranha atrás de si. Conseguiu chegar ao local que queria sem que nada acontecesse.
- Bom dia, posso ajudá-la em alguma coisa? – uma mocinha simpática perguntou sorrindo ao ver Lyra entrando em sua loja.
Lyra sorriu para a vendedora e colocou os óculos escuros. Seria mais fácil vigiar se não pudessem saber para onde ela olhava.
Demorou mais ou menos meia hora para Lyra decidir os quatro pares de sapato que levaria para casa,e acabou decidindo por duas botas e duas sandálias de salto mais grosso para os treinos.
Pagou e rapidamente saiu da loja, carregada de mais duas sacolas. Summer não demoraria muito mais para chamá-la de volta, então resolveu voltar para o beco e quem sabe não dar uma passada na Floreios e Borrões.
O Beco estava mais cheio quando ela retornou e teve alguma dificuldade em andar com tantas sacolas penduradas no braço. Então, finalmente usando um pouco do que aprendera na escola, diminui as sacolas que carregava e guardou tudo dentro da bolsa pendurada em seu ombro.
Lyra chegava a Floreios quando seu anel mudou de branco para um tom azul escuro. Desviando seu caminho, começou a enfrentar a multidão até a frente do prédio do ministério.
Louise ainda não havia saído do prédio, então encostou-se na parede perto de um beco em frente ao prédio e fechou os olhos por trás dos óculos.
Lyra não devia ter feito isso. Uma mão grande tapou sua boca enquanto a outra segurou seus pulsos e a puxou para dentro do beco, empurrando-a contra uma das paredes atrás de um latão de lixo, encostando seu corpo contra o de alguém de maneira que ficasse de costas para a pessoa a não visse seu rosto.
- Fique bem quietinha, Srta Holand, não adianta tentar fazer nada. – uma voz masculinas falou bem próxima de seu ouvido.
Era impossível para ela alcançar sua varinha, de maneira que ela só podia ouvir. O aperto em seus pulsos estava doendo.
- Isso, boa menina. – a voz continuou. Lyra tentava reconhecê-la, mas não conseguia. – Vim apenas trazer uma mensagem. Meus amigos e meu Lorde não estão nada satisfeitos com o que você fez aquele dia na rua com os trouxas...ajudando-os. Eu poderia matá-la aqui e agora, mas não sei por que meu Lorde acha que seria um desperdício de poder. Você tem uma opção e sabe disso. Pense direito, menina.
E o dono da voz desaparatou, deixando Lyra sozinha novamente.
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Summer estava começando a ficar preocupada. Já fazia muito tempo que havia feito o anel da amiga brilhar e ela já deveria estar ali. A multidão que aumentava não ajudava em nada.
Louise fez com que o anel brilhasse novamente. Se a amiga não aparecesse ia pedir ajuda.
- Luh? – Lyra chamou encostada displicentemente na parede de tijolos em frente ao prédio enquanto acenava alegremente para a amiga.
Summer suspirou aliviada. Correu até a amiga e a abraçou rapidamente.
- Nossa, você está gelada...- comentou enquanto se soltava do abraço. – e pálida. Lyra, o que aconteceu?
Lyra sorriu para a amiga e esfregou uma mão na outra.
- Nada de mais. Eu levei um susto apenas. Esqueci que havia reduzido as minhas sacolas de compras e posto dentro da minha bolsa e estava que nem louca procurando pelas sacolas, crente que as haviam roubado. – Lyra explicou dando de ombros. – Mas como foi o seu teste?
- Foi bom. – Summer respondeu com um gesto de descarte. – a parte física foi fácil, a parte psicológica só fizeram umas perguntas.
- Espero que não tenha sido nada muito comprometedor. – Lyra comentou rindo e já abrindo caminho pela multidão. – Vamos logo comprar seus livros que eu passei pela Floreios e ela estava lotada.
Summer gemeu baixinho e continuaram pelas apertadas ruas do beco.
Tudo o que Lyra queria naquele momento era se distrair. Tranqüila não voltaria a estar tão cedo. E os Lordes das Trevas obviamente não ficara nada satisfeito com a ajuda que ela e os amigos deram para os trouxas.
Mas ela não se arrependera. Agora, só teria que arranjar um jeito de desviar o foco dela. Eles não poderiam procurá-la de novo. Não quando não fazia parte de seus planos contar para os amigos o que havia acontecido.
Eles já tinham muito no que pensar e não seria ela a por mais uma coisa na lista.
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- Mérlin, eu estou morta! – Summer comentou quando finalmente retornaram a casa dos Potter.
- Eu que sei. – Lyra murmurou enquanto olhava em volta. – Aonde estão os meninos?
- Não faço idéia, mas pelo silencio da casa suspeito que estejam aprontando alguma coisa. – Summer respondeu rindo. – Vamos subir e tomar um banho, aposto que Lily daqui a pouco estará voltando junto com a Sra Potter.
As duas subiram juntas para os quartos e cada uma foi para o seu tomar um banho e colocar uma roupa limpa. Summer entrou e trancou a porta atrás de si. Nunca se sabe quando os meninos iam decidir aprontar alguma.
Ela despiu-se, retirando toda a roupa contra o frio que havia posto e as jogou em cima de uma poltrona que ficava no canto do quarto.
Luh ia entrar no banheiro para tomar banho quando ouviu alguma coisa arranhar a janela. Obviamente, levou um susto e enrolou-se na toalha que havia deixado em cima da cama.
Já pegando sua varinha, ela aproximou-se da janela e abriu a cortina repentinamente. Não havia ninguém, apenas uma pequena coruja parda com uma carta enrolada em sua perna.
Suspirando aliviada, Summer deixou de lado a varinha e agauchou-se para pegar a carta. Teve um pouco de dificuldade para desatar o nó que haviam dado, mas finalmente livrou a coruja que não esperou resposta, logo voltando a sumir no horizonte.
Louise sentou na cama, empurrando o pacote de livros para o canto, e tentando abrir a carta. Não abria. O selo verde brilhante parecia grudado no pergaminho e o envelope não rasgava de jeito nenhum. Havia um pequeno H no meio da cera, mas disforme e completamente mal formado.
Irritada, Summer tentou amassar a carta, que magicamente desamassou-se assim que ela a jogou no canto do quarto.
- Mas o que diabos é isso? – Summer perguntou para o nada enquanto voltava a pegar o envelope no chão.
Os Marotos só poderiam estar brincando com a cara dela. Que mais falta do que fazer!
Furiosa, ela destrancou a porta do quarto e ia descer as escadas quando ouviu uma porta ser aberta atrás de si. Automaticamente virou para trás e viu que Lyra estava encostada no portal enquanto lia um pergaminho muito parecido com o dela.
- Como você conseguiu abrir isso? – Summer perguntou arqueando uma sobrancelha.
Lyra levantou os olhos da carta e encarou a amiga enquanto segurava o riso.
- O que você pretendia fazer lá embaixo enrolada apenas em uma toalha? – ela perguntou e Summer pareceu se dar conta de como estava. – Ir nadar na piscina ou algo mais exótico?
- Cala a boca, Lyra! – Summer mandou irritada e entrando no quarto da amiga, a puxando para dentro também.
- Nossa, que agressividade. – Lyra murmurou trancando a porta.
- Como você abriu essa carta? – Louise perguntou novamente.
Lyra revirou os olhos e puxou a carta da mão da amiga, pegando em seguida sua própria varinha de cima da cama.
- Specialis Revelio! – Ly murmurou apontando para o verso da carta.
Uma caligrafia torta e fina apareceu, escrita com tinta azul extremamente brilhante. Lyra entregou a carta para Summer que a leu em voz baixa.
“Para o destinatário...
Uma marca sempre deixada e invisível no lugar certo Há de fazer com que o pequenos brilho esverdeado abandone seu lugar”
- Tudo bem. Você pode começar a traduzir o que está escrito aqui. – Summer pediu depois de ler duas vezes o que o feitiço revelara.
Lyra revirou os olhos novamente e retirou a carta da mão da amiga, colocando o selo virado para ela.
- Coloque o dedo indicador sobre o H do selo. – Ly pediu paciente.
Summer franziu o cenho e fez o que a amiga mandou. O selo verde desapareceu no mesmo momento e ela pôde puxar o fino pergaminho que havia dentro.
- Tudo bem...boiei. – Summer resumiu enquanto olhava o papel em branco. – Qual foi o do enigma?
- Morena, presta atenção! – Ly pediu exasperada. – “Uma marca sempre deixada e invisível”. Sempre deixamos digitais em todos os lugares e ela é invisível sem que usemos feitiços ou algo assim. O “Há “ está com letra maiuscula e no selo tem um H feito de um verde que brilha. É só colocar a digital no H.
- Fácil isso! – Summer comentou exasperada.
Ela ia demorar muito para entender o enigma sozinha. Aquela, simplesmente, não era a sua praia.
- Specialis Revelio! – Lyra murmurou novamente fazendo com que a mesma caligrafia fina e inclinada aparecesse no pergaminho.
- É do Dumbledore! – Summer gritou quando começou a ler. – Aqui está dizendo que a primeira reunião da Ordem da Fênix será daqui a duas semanas...
- É...na minha diz a mesma coisa. – Lyra confirmou indo abrir a porta aonde alguem havia batido levemente.
- E então, mais alguém além do Aluado conseguiu descobrir como se abria esse enigma em forma de carta? – Sirius perguntou invadindo o quarto.
- Eu consegui. – Lyra respondeu suspirando e balançando a cabeça.
- Tinha que ser. – James murmurou também entrando com Remus logo em seu encalço.
- Em alguma carta de vocês veio o local do encontro? – Summer perguntou sacudindo a carta diante de seu rosto.
- Está aqui na curva da folha.- Sirius falou inclinando-se um pouco para mostrar as pequenas linhas de fina caligrafia que havia bem no canto da página. – E em falar em curvas...
Sirius comentou descendo o olhar para a perna que a toalha de Summer mal cobria.
- Tudo bem, hora de darmos o fora do quarto das meninas e deixá-las tomar um banho! – Remus anunciou tirando Sirius do quarto com um feitiço não verbal.
- Seu lobo egoísta! – Sirius gritou do corredor enquanto levantava e massageava as costas.
- Até mais tarde! – Remus continuou também empurrando James para fora do quarto e fechando a porta.
- Acho melhor você tomar banho aqui mesmo. Eu te empresto umas roupas. – Lyra falou rindo. – E Dumbledore vem nos pegar aqui no dia da reunião.
- Nossa. Agora eu estou me sentindo importante...
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Lyra, Summer, Sirius, James e Remus conversavam tranquilos na sala enquanto ouviam um pouco de música. Haviam discutido por um tempo sobre a tao misteriosa carta que Dumbledore mandara, mas deixaram o assunto de lado para tratar de coisas mais amenas.
Summer contara detalhadamente como fora seu teste e fez Remus rir muito quando contou que teve que tomar veritasserum para responder a algumas perguntas sobre seu passado.
Obviamente nao fizeram nenhuma pergunta constrangedora, tanto porque havia supervisores na sala, mas mesmo assim estar com a lingua tao solta nunca prestava.
Remus teve que acalmmá-la depois da crise de risos que tiveram ao vê-la corar ao revelar que havia deixado escapar com quem fora a sua primeira vez para a relatora, que, por sorte, nao havia prestado atenção.
Todos quiseram saber o que ela havia respondido, e quem era a pessoa agora misteriosa. Summer não queria responder, e muito habilmente Lyra conseguiu os destrair contando como havia sido seu pequeno passei pelas ruas de Londres.
Não demorou muito mais para que Sara e Lílian chegassem juntas do Ministério, acompanhadas de Mathew, pai de James e marido de Sara.
Mathew, que até então passara a maior parte de seu tempo no Ministério ocupado demais com os Aurores já que uma guerra se anunciava, era, como diria Summer, um coroa gostoso.
O cabelo era grisalho e comprido, o que dava um ar desleixado ao Potter mais velho. Era obviamente definido debaixo debaixo da blusa social, apesar da idade. Possuia no rosto um sorriso simpático e cansado.
- Boa noite, meus queridos. – Mathew comprimentou enquanto expantava as cinzas causadas pelo Pó-de-flú.
- E ai, pai, como andam as coisas no Ministério? – James perguntou abraçando o pai.
- Complicadas, como sempre, mas eu vou levando. – Sr Potter respondeu jogando-se no sofá da sala e apoiando o pé na mesinha de centro.
- Matt, pelo amor do santo, tire o pé de cima daí! É vidro! – Sara ralhou enquanto revirava os olhos.
Matt fez cara de emburrado e tirou os pés do vridro. Lílian ria abraçada ao namorado enquanto apoiava a cabeça no ombro dele. Ela estava extremamente cansada.
- Como foi o teste, Lils? – Sirius perguntou chegando com algumas coisas para comerem.
- Cansativo. – a ruiva respondeu sentando-se no sofá livre com James. – Me bombarderam de perguntas e mais perguntas. Até sobre a minha vida pessoal quiseram saber.
- Na minha não foi muito diferente. – Summer respondeu solidária. – Até deixar escapar coisas que nao devia.
- Imgino a cena. – Lily riu de leve.
- Lils...- Lyra perguntou espreguiçando-se. – Me diz uma coisa: vocês receberam alguma carta estranha hoje?
- Recebemos. – Sara, Matt e Lily responderam em coro.
- Algum de vocês conseguiu abrir? – Summer perguntou com um brilho de esperança no olhar.
Talvez ela não tivesse sido a única a não conseguir abrir a bendita carta.
- Aham. – responderam novamente em coro.
- Droga. – Summer resmungou fazendo bico, que Remus aproveitou para beijar.
- Então, parece mesmo que a primeira reunião da tal Ordem será daqui a duas semanas. – James falou balançando a cabeça levemente.
Ninguém falou nada. Apenas ficaram em silencio perdido nos seus proprios pensamentos. Tomar um partido naquela guerra eminente era um caminho sem volta. Um caminho que todos ali estavam dispostos a percorrer sem olhar para trás.
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- Lílian, você não vai mesmo dizer o que você teve que fazer no seu curso de Inominável? – Lyra perguntava pelo que parecia ser a zilhonésima vez.
Lílian revirou os olhos e continuou andando pela cozinha enquanto preparava seu café da manhã. Em menos de meia hora deveria estar no Ministério para a sua segunda aula no departamento de mistérios.
Havia uma semana que haviam recebido a carta de Dumbledore e não mencionaram mais o conteúdo, embora o remoesse mentalmente. A aprovação de Lílian para começar o curso de Inomínavel chegou três dias depois, o que a deixou com pouco tempo para arrumar o material que poderia ser comprado na Floreios e Borrões.
Os outros materiais eram tão secretos que não podiam deixar o Departamento. Isso deixou todos na casa extremamente curiosos e tentaram fazer Lílain falar de todas as maneira possíveis, mas ela manteve-se fiel ao segredo.
Lyra era a que mais sofria com o silêncio da amiga. Curiosa demais para o seu próprio bem, não cansava de insistir. Mas sabia que seria uma batalha inútil. Lily não falaria nada que traísse a confiança que o Ministério havia depositado nela.
- Não pergunte mais, Ly, você sabe que eu não gosto de quebrar meus juramentos. – Lily pediu depois de acabar com seu iogurte.
Lyra sorriu fracamente para a amiga e a viu sair pela porta da cozinha para o jardim e a seguiu com o olhar até que sumisse por detrás da cerca aonde poderia aparatar sem ser vista.
Ela continuou ali por um tempo, olhando para as grossas nuvens que mesmo cedo começavam a cobrir o céu. Iria chover forte.
Ly apoiou a cabeça nos braços, deitada em cima da bancada e fechou os olhos. Estava com saudades de casa. Estava com saudades do irmão mais novo, embora ela e Summer trocassem cartas com eles diariamente.
Agora era esperar...as coisas iam começar a acontecer e ela não teria tempo para se preocupar tanto.
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O dia da reunião finalmente chegou. Como todos haviam combinado, esperavam por Dumbledore na sala de estar dos Potter. Todos usavam jeans, blusa de manga comprida e uma capa por cima, já que o dia estava chuvoso.
- Essa espera está me matando! – Summer resmungou olhando pela janela, onde as gotas de chuva respingavam.
- Calma, amor, Dumbledore já deve estar chegando. – Remus tentou tranquilizá-la enquanto a abraçava.
Remus mal terminara de falar quando leves batidas soaram na porta. Rapidamente um elfo doméstico pequeno e ágil se adiantou e abriu a porta, fazendo uma pequena reverência para quem quer que fosse à porta.
Dumbledore entrou com o mesmo sorriso simpático de sempre, arrastando sua túnica roxa com estrelas pelo chão de mármore. A barba, estranhamente, estava pendurada sobre seus ombros, pendendo juntamente com seus longos cabelos nas costas.
Lyra arqueou uma sobrancelha a visão e Dumbledore parou no meio da sala, arregalando os olhos levemente como se tivesse reparado neles ali pela primeira vez desde que entrar na casa.
- Bom dia, senhores. – ele cumprimentou com um aceno de cabeça.
- Professor, qual foi a da barba pendurada nos ombros? – Sirius soltou franzindo o cenho.- Nova moda?
O olhar que Sara lançou a Sirius poderia ter quebrado um vidro, se houvesse um por perto, mas Dumbledore apenas riu e voltou a por a barba para frente.
- Pedoem. Aparatar com essa barba fazendo cócegas em meu nariz não é muito agradável. – Dumbledore respondeu com um sinal de despensa com a mão. – Prontos para irmos?
Como resposta, todos levantaram de seus lugares e seguiram Dumbledore para fora da sala até o jardim, da onde poderiam aparatar sem serem vistos por trouxas.
O velho bruxo parou, sob os olhares atentos dos outros, e retirou do bolso um papel com uma caligrafia fina e inclinada, onde podia-se ler apenas um endereço.
- Então vocês protegeram a sede da Ordem com o Fideulius? – Matt comentou sorrindo de canto e repasando o bilhete aos outros.
Depois que todos leram o endereço, Dumbledore tirou a varinha de seu bolso e fez o papel pegar fogo com um simples aceno de varinha.
- Eu mesmo sou o fiel. – respondeu a Matt antes que abrisse mais um dos seus sorrisos. – Podemos ir?
Como todos fizeram que sim, ele jogou a barba novamente por cima do ombro e fechou os olhos, aparatando. Os outros logo trataram de o seguir, sentindo a mesma sensação incomoda de serem puxados por algo invisível.
Quando abriram os olhos, viram-se em meio a um enorme gramado verde, perto de um lango de água cristalina onde peixes nadavam sob a superfície. A frente, uma magnífica mansão do século 18.
- Caraca. – Lyra murmurou olhando em choque para a casa a sua frente. – A quem pertence essa casa magnífica?
- A mim. – Dumbledore respondeu com uma ponta de orgulho em suas palavras. – Presente de um velho amigo bruxo sem parentes. – completou começando a andar em direção as grandes portas. – E o melhor: o Ministério não sabe que é meu.
Depois disso continuaram em silêncio até entrarem no enorme Hall, cujo chão era preto e feito de mármore. Passaram por longos corredores até chegarem a uma sala onde podia-se ouvir uma conversar exaltada.
Assim que entraram na sala, o grupo já presente de 20 pessoas se calou e fixou sua atenção nos que entravam. Os outros sentaram-se nas cadeiras vagas e Dumbledore na cabeceira da longa mesa de mogno com lugar para, no mínimo, 20 pessoas.
Summer pode reconhecer alguns conhecidos, como Franco e Alice Longbottom. Minerva estava ao lado direito de Dumbledore, e usava o vestido verde que Lyra havia usado na noite dos ataques.
Incrivelmente, encolhido entre dois homens de mais idade, Rabicho estava sentado olhando para os lados assombrado. Os Marotos queriam ir até ele e perguntar o que andava acontecendo, mas Dumbledore começou a falar e ficaram em seus lugares.
Dumbledore começou a falar sobre os objetivos do grupo que formara e como deveriam agir, já que tinham fontes em todos os lugares possíveis. Contavam com um grande número de Aurores, algumas fontes de departamentos que ele preferiu manter ocultos e até mesmo repórteres. Todos ali, e isso ele deixou bem claro, era de sua extrema confiança.
Alguns dos presentes mais velhos lançavam olhares duvidosos e até mesmo arrogante para os mais novos, que chegavam a prestar mais atenção em Dumbledore do que eles mesmo.
Alguns até mesmo torceram o nariz quando Dumbledore anunciou que todos ali eram iguais e com a mesma capacidade de lutar, mas haviam aceitado lutar em grupo e era isso que fariam.
Findada a reunião que começara, Dumbledore convidou a todos para jantar em sua casa. Alguns poucos aceitaram o convite para ficar, e grande maioria teve que ir embora devido a compromissos pessoais, mas antes bateram uma foto como recordação depois de um dos convidados que era repórter muito insistir.
Dos 27 presentes na reunião, apenas 14 ficaram para jantar: James, Lílian, Summer, Lupin, Lyra, Sirius, Marlene Mckinnon, Franco e Alice Longbottom, Emelina Vance, Fábio e Gideão Prewett, Dorcas Meadows e Minerva.
Dumbledore os guiou pelos corredores até alcançarem uma sala mais confortável onde pudessem conversar sobre assuntos mais amenos e descansar enquanto a comida que preparavam na cozinha não estava pronta.
- Primeiramente, quero apresentá-los. – Dumbledore falou sorrindo.
Enquanto apontava educamente para cada um, Dumbledore ia dizendo seus nomes e o que faziam da vida para ajudá-los a terem assunto.
Foi com surpresa que os Marotos e as meninas descobriram que Franco e Alice haviam se casado assim que sairam da escola em uma cerimônia apenas para parentes e agora vivam juntos em um pequeno apartamento do subúrbio.
Alice era uma menina jovem e de sorriso simpático. Os olhos eram claros e sua pele extremamente branca. Os cabelos eram um pouco abaixo do ombro, com uma aparência meio bagunçada e castanho.
Franco era muito parecido fisicamente com a esposa, pois também possuía cabelos levemente bagunçados e olhos castanhos. Estava sempre de bom humor, mas conseguia ser sério assim que necessário. Ele e Alice iriam começar os cursos de Aurores juntamente com James, Sirius, Lupin e Lyra.
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Marlene Mckinnon era uma jovem com ar latino. Vieram a descobrir que sua mãe era mexicana e seu pai Inglês. Era uma moça sorridente, que estava sempre fazendo piadas. Algumas vezes podia parecer metida, mas era muita amigável assim que lhe davam uma chance. Adorava usar maquiagem para destacar a escuridão de seu cabelo e olhos. Marlene se formara um ano antes que eles e tinha 20 anos, cursando o segundo ano de Medibruxaria.
Fábio Prewett trabalhava na seção de Obliviadores do Ministério e era sisudo e muito calado. Embora a aparencia arrogante, quando sorria mostrava-se extremamente simpático e conseguia contar casos divertidos que faziam todos rirem. Tinha 25 anos e morava com o irmão em uma cidade perto de Londres.
Gideão Prewett era irmão de Fábio e trabalhava como Repórter no Profeta Diário. Tinha 24 anos e era o oposto do irmão. Sempre sorridente e com tiradas inteligente, conseguia incomodar com provocações até mesmo o mais calmo dos homens. Era muito fiel, e junto com o irmão podiam ser considerados a dupla mais persistente que conheciam.
- E a mais bonita também. – Sumemr comentou olhando-os de longe. – Mérlin...eu passo mal, passo mel, eu passo tuuudo pro nome deles...
Dorcas Meadows tinha 22 anos e era séria. Parecia ser extremamente arrogante e era um pouco, mas nada que um pouco de conversa não reduzisse a mera falta de jeito de tratar as pessoas. Trabalhava no Ministério na área de Transportes Mágicos, regulamentando e autorizando Chaves de Portais e Ligações de Lareiras.
Emelina Vance possuía um sorriso sempre no rosto. Não gostava de maneira nenhuma falar sobre assuntos pessoais e estava sempre com alguns livros sob o braço ou dentro de sua pasta rosa. Trabalhava em um famoso escritório de Advocacia Bruxa e era uma das advogadas mais novas com apenas 21 anos. Firme e bastante persuasiva, sempre conseguia o que queria, muitas vezes sem precisar recorrer.
O jantar for servido quando todos já conversavam sobre assuntos amenos. Intimamente, haviam gostado um do outro, mesmo com o jeito reservado de Dorcas e o tagarela de Summer.
Trocariam de sala novamente, indo para uma sala de jantar do outro lado do Hall, onde uma grande e confortável lareira os esperava acesa, já que começara a esfriar.
Comeram a deliciosa massa que os elfos haviam preparados e iam retornar a outra sala para jogarem um pouco de xadrez bruxo. Dumbledore ficara um pouco para trás e os seguiu silencioso e pensativo através do hall.
Quando Lyra e Summer, juntas, iam entrar novamente na sala para jogarem uma partida, Dumbledore pigarreou chamando a atenção delas.
- Srta Holand, eu poderia ter uma conversa a sós com você, em meu escritório? – ele pediu olhando-a por cima dos óculos de meia lua.
Lyra olhou interrogativamente para Dumbledore antes de dar de ombros e seguí-lo até o final de um corredor, seguindo-o até um escritório e deixando Summer para trás olhando com o cenho franzido. Nunca vira Dumbledore com um semblante tão carregado....ou seria culpado?
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James e Sirius já terminavam sua quinta partida de xadrez quando Lyra retornou a sala com Dumbledore ao seu lado. Ela sorria fracamente, mas eraperceptível sua aura de preocupação e seu nervosismo.
Summer, que conversava com Marlene e Dorcas e um canto, chamou a amiga com um aceno, e não demorou para que Lyra fosse parar ao seu lado, ainda com o semblante preocupado.
- O que Dumbledore queria? – Summer perguntou sussurrando.
- Nada muito relevante. Apenas saber se meus pais ainda estão alheios a tudo e me oferecer ajuda caso precisasse de alguma coisa. – Ly respondeu dando de ombros. – Mas, então, o que fizeram durante minha ausência?
Summer percebeu que a amiga apenas queria mudar de assunto, então apenas sorriu e explicou que Dorcas estava contando alguns acidentes que aconteciam com quem usava erroneamente a rede de flú.
Na hora de ir embora, Summer e Lyra resolveram voltar para suas próprias casas. Agora que as coisas estavam mais esclarecidas e menos tensas, seria melhor se voltassem para suas vidas normalmente, senão chamariam muita atenção.
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Uma semana depois da Reunião na Ordem, começava o curso para Aurores. Lyra havia combinado com os meninos de encontrarem-se na casa de James para chegarem todos juntos ao primeiro dia.
- Pelo amor de Mérlin, Lyra, levante já dessa cama! – Amélia, mãe de Lyra, ordenou retirando magicamente os cobertores da filha e abrindo a janela.
Lyra rolou na cama e escondeu o rosto no travesseiro.
- Você vai chegar atrasada no seu primeiro dia se não se arrumar agora! – Amélia resmungou.
Ao mesmo tempo, um alarme começou a tocar na mesinha de cabeceira de Lyra, e ela finalmente deu-se por vencida. Sentou na cama e esfregou o rosto.
- Mãe...você achou mesmo que eu chegaria atrasada? – resmungou levantando-se e batendo a porta do banheiro ao passar.
Amélia desceu as escadas para esperar enquanto lia o Profeta Diário. Lyra tomou um rápido banho, secou os cabelos magicamente e vestiu uma das roupas que havia comprado para usar como uniforme.
Ela jogou um sobretudo preto por cima de tudo, já que fazia frio, e pegou suas pastas que já estavam arrumadas de cima da bancada. Sua varinha já estava no bolso e um elástico para o cabelo em seu pulso.
Desceu as escadas até encontrar a mãe sentada na sala enquanto lia. Pegou uma das maçãs da fruteira, despediu-se da mãe e usou a lareira para chegar à casa dos Potter.
James, Sirius e Remus já a esperava enquanto terminavam seu café da manhã. Sara havia saído mais cedo com Lílian e Matt os acompanharia até o andar dos Aurores para apresentá-los a Alastor Moody.
Juntos, desaparataram ao lado de um beco na rua abandonada próxima ao Ministério. Retiraram seus crachás de estudantes e entraram pela porta de visitantes, já que não haviam recebido as licenças para usar a lareira separada para estudantes.
Atravessaram o abarrotado saguão conversando tranquilamente, Lyra ainda comendo a maçã que havia pego em casa. Por estarem com Mathew, não precisaram registrar a varinha, então simplesmente passaram pela enorme fonte onde alguns galeões reluziam e entraram em um dos elevadores dourados.
Desceram, andaram para os lados e desceram mais um pouco até alcançarem o nível dois, onde ficava o Departamento de Execução das leis da Magia, a sede Administrativa da Suprema Corte dos Bruxos e o quartel General dos Aurores.
O andar era extremamente amplo, e o Quartel General dos Aurores ocupava quase metade de todo o andar, com suas inúmeras salas privadas, salas de treino e de aulas e pequenas ilhas que nem em escritórios trouxas.
Matt os conduziu pelos estreitos corredores, acenando vez ou outra para algumas pessoas que sorriam e desejavam um bom dia. Os meninos puderam reconhecer alguns rostos antes de entrarem na seção dos Aurores e Matt cochichou quem eram.
Carátaco Dearborn e Estúrgio Podmore. Ambos trabalhavam com a execução de leis mágicas e corriam com alguns papéis em mãos. Ambos eram mais velhos, deviam ter 35 ou 40 anos.
Continuaram andando até chegarem a uma espécie de auditório, onde muita gente já se apinhava em cadeiras confortáveis de reunião. Um grupo distinto estava sob um palanque, ocupado por três pessoas, onde apenas um lugar estava vago.
Os outros dois era ocupado por Alastor Moody, a quem Lyra, Sirius, James e Lupin foram apresentados pessoalmente. Moody era um homem com muitas cicatrizes e olhar suspeito, que os analisou e rosnou que os reconhecia da Ordem.
Matt também os apresentou a Robert Dashwood, que era o chefe que coordenava as duas seções de aurores: a inteligência, onde planejavam os ataques e ficavam responsáveis pelas investigações e os de ação, onde os aurores eram mais fortes taticamente e mais corajosos.
(Robert Dashwood)
Matt era o chefe do departamente de Inteligencia e Moody do de ação. Ambos trocaram rápidas palavras antes de sentarem-se.
Lyra, James, Sirius e Remus acharam lugares próximos a Alice e a Franco, que já haviam feito amizade com alguns outros jovens . Não demorou muito para que a reunião começasse e todos os aurores se apresentassem.
Em resumo, o que foi dito era como o sistema de treino era feito e como eles eram aprovados ou não. Ao total, havia 50 vagas, mas 100 pessoas havia se inscrito no curso. Fariam seis meses de aulas intensivas que seriam divididas em 3 etapas, cada uma delas contendo 2 meses.
Teriam aulas teóricas sobre ataques e sobre técnicas em batalha, o que ajudaria a separar os que tivessem maior aptidão para uma área ou outra. Teriam também treinos físicos e simulações de batalhas.
Na primeira etapa, 16 pessoas seriam eliminadas. Na seguda e na terceira teriam 17 pessoas eliminadas em cada uma, sobrando assim os 50 candidatos que seriam aprovados.
Findada a explicação, sortearam os grupos em que seriam divididos para os treinos, uma etapa com cada um dos chefes, que seriam seus professores. 33 pessoas foram chamadas para fazerem parte do primeiro grupo, que seria instruido pelo senhor Potter.
Outras 34 pessoas foram chamadas para fazer parte do grupo de Alastor Moody e as outras 33 restantes para o grupo de Dashwood. James, Franco, Sirius, Remus, Alice e Lyra ficaram juntos e no grupo de Dashwood. James suspeitava que havia dedo de seu pai no assunto, mas preferiu ficar calado.
O grupo de Matt foi transferido para uma outra sala com carteiras e plantas de lugares por todos os lados onde teriam sua primeira aula prática, que Matt insinou ser para testar os níveis lógicos de cada um.
Moody os levou para uma das salas de combate, onde avaliaria as habilidades de cada um com feitiços e seus movimentos em batalha. Muitos reclamaram de terem que começar com exercícios, mas um ronado vindo de Moody os calou.
Dashwood levou seu grupo até uma pequena academia, com aparelhos mutáveis de exercícios que mudavam de acordo com um feitiço. Ele queria testar a resistência física de cada um antes de fazer qualquer outra coisa.
Para a infelicidade de Alice e Lyra, haviam poucas mulheres no curso: apenas 25 mulheres para 75 homens e apenas elas haviam caído no grupo de Dashwood. Todas as outras mulheres haviam se dividido nos outros grupos.
- Muito bem, cada um assuma uma das bicicletas trouxas, por favor. – Robert pediu enquanto alguns assistentes com uniformes do Saint Mungus entravam com pranchetas na mão e se punham ao lado de cada um.
Havia um assistente para cada pessoa no cômodo, e por conveniencia, Lyra e Alice ficaram com as únias mulheres dentre os assistentes.
Lyra retirou o sobretudo que ainda usava e pendurou em um dos ganchos ao lado da porta. Sirius ficou olhando-a com uma sobrancelha arqueada e deu um sorriso cafajeste ao vê-la passar por si.
- Você conseguiu. Deu um jeito de dar uma arrumada nesses uniformes. – James comentou subindo em sua bicicleta.
Lyra sorriu e subiu na sua, ajeitando o banco para a sua altura.
- Será que essa roupa será confortável? – Alice perguntou olhandoa calça de Lyra e blusa polo branca.
- Eu dei uns ajustes. Parece Jeans, mas é suave como lycra. – Lyra respondeu piscando um dos olhos e prendendo o cabelo em um coque no alto da cabeça.
- Tudo bem, todos calados. Vamos começar!
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- Aquele cara tem sérios problemas mentais! – Sirius decretou ao entrar em casa e se jogar em um dos sofás. – Minhas pernas estão moídas, não sinto meus braços e estou com dores nas costas.
James e Lupin, que não estavam muito diferentes do amigo, resmungaram em concordância. Lyra estava tranquila, sorrindo calmamente enquanto arrumava sua pasta e algumas anotações que havia feito.
- Ly, pelo visto acabaram com ele. – Lilian comentou rindo ao sentar ao lado de James.
- Se acabaram. – ela respondeu rindo. – Mas eles também são uns frouxos. Jogávamos quadribol, deviam estar acostumados.
- Posso saber por quê você nã está estrebuchando que nem nóis? – Sirius demandou beirando a furioso.
- Porque dancei ballet por 15 anos da minha vida e tinhamos aulas piores que essa. Além do quadribo, é claro. – Lyra respondeu rindo e levantando-se. – Deixem um beijo para Sara e para Matt por mim. Prometi terminar a tarde ao lado de minha mãe.
Lyra acenou para todos e entrou na lareira antes de usar a rede de Floo e chegar em casa. Teria que tomar um banho e descansar um pouco. A tarde com sua mãe em um chá exigiria muito auto-controle.
- Então, eu vou tomar o meu banho. – Lílin anunciou levantando-se.
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James ainda estava acordado, deitado em sua cama enquanto olhava o teto deixando o pensamento vagar pelos últimos dias. Não pensava em nada importante, apenas lembrava os dias agradáveis que havia passado em Hogwarts.
James fechou os olhos, quase conseguindo sentir o calor do sol aquecer sua pele e o vento batendo em seu rosto enquanto andava para o campo de quadribol, a torcida Grifinória clamando por ele e por seu time.
- James? – uma voz baixinha chamou.
James abriu os olhos e olhou em direção ao portal da porta, onde Lílian estava enrolada em seu cobertor que arrastava pelo chão.
- Lily? O que aconteceu? – James perguntou levantando levemente a cabeça e consultando o relógio de sua mesinha de cabeceira. – São 3 horas da manhã, você não tem curso amanhã de manhã?
Ela apenas fez que sim com a cabeça e entrou no quarto, fechando a porta atrás de si tentando fazer o mínimo de barulho possível.
- Posso ficar um pouco com você? – ela perguntou no mesmo tom da última vez.
- É claro que pode! – James assegurou sorrindo e chegando para o canto da cama de casal para que Lily tivesse mais espaço para se deitar com ele. – Eu seria maluco se não quisesse você em minha cama. – e sorriu safado.
Mesmo no escuro, Lily corou e sorriu levemente antes de caminhar até a cama de James e se deitar ao lado dele, deitando a cabeça levemente no peito do namorado. Ele começou a mexer nos cabelos de Lílian enquanto esperava que ela dissesse alguma coisa.
- Será que seus pais se incomodariam se eu dormisse aqui com você hoje? – ela perguntou abraçando-se a ele.
- Lily, como se eles não soubessem que você é minha namorada e que quando eles não estão em casa a gente transa né? – ele respondeu e sentiu as bochechas da namorada ficarem quentes em seu peito.
- James! – Lily bronqueou batendo levemente no peito dele enquanto escondia o rosto na curva do pescoço dele.
- Ué, mas não transamos? – James retrucou divertido enquanto ria.
- Sim, mas...é que falar transamos é...esquisito. – ela respondeu desenhando pequenos círculos no peito dele.
- Perdoe-me, então. Nós fazemos amor. – ele concluiu puxando-a para mais perto. – Mas por que você veio aqui a essa hora da noite?
- Quer que eu vá embora? – Lily perguntou levantando a cabeça e o olhando nos olhos.
- Não. – ele respondeu apertando mais ainda o abraço. – Só que não é do seu costume me atacar no meio da noite assim.
- Não. – Lílian murmurou rindo. – É que eu...não consegui dormir e achei melhor não conseguir dormir do seu lado. É mais confortável...e quente.
- Estava tendo pesadelos?
- Não exatamente uma pesadelo. – ela respondeu evasiva.
- Coisa do curso? – ele murmurou entendo o tom vago dela.
Ela apenas fez que sim com a cabeça. James sorriu um pouco e levantou o rosto de Lílian até que seus olhos se encontrassem.
- Você sabe que eu te amo, não sabe? – ele perguntou sério.
Em resposta, Lílian apoiou-se nos cotovelos e juntou seu corpo ao de James de maneira que ficasse mais confortável para poder alcançar os lábios do namorado e beijá-lo de uma maneira que não podia a muito tempo.
James, inicialmente surpreso, demorou para finalemente correspoder ao beijo da namorada e deslocar sua mão carinhosamente pelas costas dela, levando a outra mão até sua nuca e a trazendo mais para perto, enquanto se beijavam com desejo, carinho e saudade.
Lílian começou a tirar a blusa de James enquanto ele descia os beijos pro seu colo e suas mãos passeavam livremente pelo corpo da namorada.
- Tem certeza que você quer arriscar arrancar a minha roupa com meus pais aqui em casa? – ele murmurou contra o pescoço dela.
- Eu quero me arriscar a ficar com você. – ela respondeu já jogando a blusa longe sem exitar nem ao menos um segundo.
Então, sem se preocupar com mais nada naquela noite, os dois fizeram amor.
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