A Certidão de Nascimento
CAPÍTULO DOIS
A CERTIDÃO DE NASCIMENTO
- Que infeliz heim, garoto!
Kain abriu os olhos, ainda meio desacordado. Ele estava num quarto fechado, só havia apenas uma janela no quarto, e havia grades nela. O lugar era sujo e escuro, e no final dele havia um homem sentado em posição de lótus. Ele tinha uma aparência familiar para Kain, e era familiar, era o homem que aparecia nos sonhos dele.
- Você – disse Kain – o cara das minhas visões...
- Isso mesmo – disse o homem.
- Onde estou? – perguntou Kain para o homem sentado.
- Ah, isso não importa, Kain – disse o homem – o importante é que você está aqui!
Ele se levantou e foi até Kain, ele se aproximou e colocou suas mãos em seus ombros.
- Então – disse o homem – assustadores os dementadores não é?
- Dementadores? – perguntou Kain ao homem – é o nome daquelas coisas que me atacaram?
- Isso – disse o homem voltando para o seu canto.
- Como eu vim parar aqui? – perguntou Kain – eu estava em casa. Eu acho.
- Não se preocupe – disse o homem – isso é um sonho, mas é real.
- Um sonho real? – perguntou Kain – como assim?
- Isso não importa garoto – disse o homem – mas então, você o pegou não foi?
Kain lembrou que o pacote ainda estava no bolso do seu casaco.
Ele retirou o pacote para verificar o que era. Havia um tipo de embalagem negra o protegendo.
- Não adianta – disse o homem – você não conseguirá abrir agora. Só quando a hora certa chegar você será capaz disso.
Kain olhou para o pacote, ficou estudando ele, havia um símbolo em sua embalagem, era um pentagrama.
- Olha, há um pentagrama na embalagem – disse Kain.
- Um pentagrama? – disse o homem se levantando.
Kain pensou que ele viria observar junto com ele, mas ele se afastou.
- O que foi? – perguntou Kain ao homem que estava de costas para ele.
- Não, não foi nada – disse o homem – bem, acho que está na hora de você acordar... Tem um longo dia pela frente.
- Não, espere... – e Kain viu tudo escurecer.
Kain abriu seus olhos. Ainda estava meio atordoado, ele não sabia se o que havia acontecido era verdade, se havia acontecido o ataque dos tais Dementadores. E se o pacote misterioso existia mesmo.
O cheiro de bacon frito exalava em todo o quarto, parecia que o bacon estava no nariz de Kain. Ele se sentou na cama e olhou para a escrivaninha, havia uma bandeja com o café da manhã de Kain, e um bilhete.
Kain pegara o bilhete e leu.
Kain, eu saí para fazer compras, devo voltar às 13:00, tome o
Café da manhã e dê uma limpada em seu quarto e lave a louça.
Quero ver tudo isso brilhando quando eu chegar.
Ah. Quero conversar seriamente com você.
Mamãe
Kain olhou em volta, o quarto estava uma bagunça só, parecia que um tornado havia passado por lá. E então, ele viu o pacote jogado no chão, junto com seu casaco, sujo de terra.
Ele foi até o pacote que estava no chão e o estudou com precisão. A embalagem era preta e quando colocada contra a luz, mostrava um pentagrama no meio dela. Kain foi até a escrivaninha e pegou o abridor de cartas que era em forma de um sabre espanhol. Ele tentou furar a embalagem, mas a embalagem se recusava a cortar ou ser furada. Kain tentou colocar mais força, porém sua mão começou a tremer e de repente, uma onda de vácuo jogou o garoto para a parede e fez o abridor voar pela janela, e parecia ter acertado um gato que estava lá fora.
- OK, já que é assim – disse Kain.
Ele foi até a parede perto de seu armário, pegou a espada de Godric e acertou a embalagem com a espada.
Um escudo repeliu a espada, parecia que Kain estava acertando uma redoma de vácuo. E ele caiu sentado no chão de seu quarto.
- Mas que isso? – perguntou Kain a si mesmo. Ele colocou a espada na cama e pegou o pacote e novamente o estudou.
Kain chegou à conclusão que não era um objeto normal. Era algo poderoso e provavelmente poderoso, o quer que fosse, era razão para alguém estar atrás dele.
Mas agora a mente de Kain estava voltada para apenas uma coisa, por que ele?
Foi quando uma coruja apareceu em sua janela, piando alto, o assustando. Ele olhou para ela, era marrom com pintas negras e estava carregando uma carta no seu bico. Ele foi até a ave e pegou a carta de seu bico. Normalmente, depois das corujas entregarem suas cartas, elas vão embora, mas essa não, parecia querer uma resposta, e imediata de preferência.
Kain pegou a carta e analisou, abriu a carta e descobriu que a carta pertencia a sua amiga de Hogwarts, Julia.
Kain a abriu com empolgação.
Olá, Kain!
Como vai? Cara, eu estou morrendo de saudade de você e do Jack, sei que ainda faltam quatorze dias para voltar para Hogwarts, mas conto cada dia pra essa hora chegar. Eu vou ao Beco Diagonal essa sexta-feira, por que você não vai também, até lá você já deve ter recebido a carta com as instruções desse ano. Espero que você vá, ah é, estou te devendo um presente não é? Te dou um em King’s Cross.
Beijos e Feliz Aniversário, dez dias atrasado, mas o que vale é a intenção!
Até lá!
Era verdade. Kain tinha feito aniversário no começo do mês, ele havia ganhado de Jack um livro da História do Quadribol. E de sua mãe, um Playstation 2 como ela havia prometido.
Kain olhou em seu relógio e viu que eram dez horas da manhã. Ele decidiu que era hora de fazer o ritual matinal.
Após algumas horas de arrumação na casa de Kain, o garoto decidiu sair um pouco, fazia tempo que ele não saía para dar uma volta. Ele subiu para pegar seu skate, quando ele tirou o objeto do armário, ele viu que o skate estava muito empoeirado, fazia um ano que ele não o usava, pois tinha ido para Hogwarts e deixado seu skate em casa.
Então, um barulho de bicada veio da janela. Era Oblivion que havia voltado de Hogwarts com uma carta no bico, esperando Kain abrir a janela. Ele fez. A coruja voou para perto de sua gaiola e deixou a carta no colo de Kain.
Kain viu que a carta era de Auronel, assim que viu o selo de Hogwarts na carta, havia sido uma resposta bem rápida. Kain pensou que demoraria a semana inteira, já que o Diretor devia ser muito ocupado, mas parece que ele teve tempo de escrever a carta a Kain.
Ele abriu a carta, havia um pergaminho com um tipo de notícia, um pedaço do Profeta Diário daquela manhã.
O Novo Herdeiro.
Muitos disseram que era impossível que isso aconteceria, mas aconteceu. Eu, Rita Skeeter, com meu faro surpreendente, conto a vocês quem é o novo herdeiro da Grifinória.
Sabemos que o último descendente de Godric Gryffindor, Michael Gryffindor, havia ido para o túmulo sem deixar nenhuma semente no mundo. Mas não é bem assim. O novo herdeiro de Godric estará em Hogwarts, a partir de setembro, fazendo seu segundo ano de aprendizado da magia.
Mas agora a questão é: quem seria o herdeiro mais famoso da história da magia? Mas de que você-sabe-quem que era herdeiro de Slytherin.
E eu tenho a resposta meus amigos e amigas, ele é um garoto de doze anos, ele se chama Kain Rellen, aluno da Grifinória e possuidor do sangue de Godric Gryffindor. Mas como isso pode ser possível?
Eu conversei com um especialista de história da magia, Richard Anthony, que me explicou que existe um tipo de herança em que, os sangues dos quatro magos mais poderosos do mundo tinham um laço em que hoje, ninguém entende, nem os melhores mestres em História da Magia pode explicar, que esse sangue se liga com a eternidade, para passar seus conhecimentos e seus poderes aqueles que mais necessitam.
Então, entenderíamos que os herdeiros “mágicos” seriam trouxas? Bem, a resposta eu procurarei e vocês saberão. Obrigado para o aluno que me deu essa valiosa informação.
Kain não sabia por que, como ou onde ela havia conseguido essa informação, mas um pânico correu desde o estômago de Kain até a boca. Seria o homem que havia passado a informação? Não, Rita havia dito que fora um aluno de Hogwarts. Seria um de seus amigos? Não, se não eles não seriam amigos de verdade. Por que era tão difícil? Era alguém de dentro de Hogwarts, isso Kain sabia, mas a questão era: Quem?
Era questão de tempo alguém passar pela porta de Kain para cumprimentá-lo ou fazer uma entrevista para o Profeta Diário. Kain viu o envelope, havia mais um papel lá, ele viu que era uma carta de Colones.
Caro Kain.
Parece que o nosso segredo foi por água abaixo, estarei tomando providências esse ano para ver quem foi que disse à Rita Skeeter. E preciso de sua ajuda para investigar quem fez isso.
Sobre o assunto da espada, prefiro falar isso com você aqui, mas acredito que não estarei aqui no começo das aulas, tenho negócios a fazer, então Deolyn estará na diretoria esse tempo, qualquer coisa, fale com ele.
Atenciosamente
Auronel Colones, Diretor de Hogwarts.
Kain estava pasmo, sorte que Deolyn estaria na direção, mas se Deolyn está na direção, quem está ensinando Defesa Contra Artes das Trevas? E Kain já estava acostumado aos ensinamentos de Deolyn, mas agora, teria que lidar com um novo professor.
A tarde estava calma, Kain estava em seu quarto, estava arrumando-o com certa preguiça, foi quando uma carta atravessou a janela do garoto.
- Deve ser a carta de Hogwarts.
Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts
Materiais do Segundo ano letivo
Vestes:
Mesmas do primeiro ano letivo
Livros
1. Enfrentando as Trevas, de Carlos Bartolomeu.
2. Feitiços padrão (2° série) de Helena Arvencar
3. A Teologia das Estrelas, de William Royce.
4. Runas e Siglas Antigas (2° série) de Faust Nigellian
5. Transformação básica (Segunda edição) por Denavos Swich
Obs: todos os outros livros não-terminados podem ser usados nesse ano, então, é aconselhável levá-los.
Kain virou a página. Havia mais um aviso do colégio para os alunos.
Caros alunos
A escola irá retomar os jogos anuais de Quadribol. O problema no estádio está resolvido.
Enquanto a Competição das Dinastias será realizada de três em três anos.
Atenciosamente, a coordenação.
Kain deixou a carta na escrivaninha, e não tinha entendido até hoje, como o estádio havia sido congelado... Totalmente, até suas fundações.
Kain continuou a arrumar seu quarto, com uma leve dor no peito, do mesmo lado do golpe levado pela armadura viva no seu primeiro ano em Hogwarts.
Já final da tarde, o restaurante estava com muitos fregueses, porém, Kain continuava em seu quarto, estava com medo, não tinha vontade de comer, jogar videogame ou descer para ver como as coisas estavam. Seu medo era pelo fato de saberem sobre seu parentesco com Godric Gryffindor. Será que isso poderia afetar a sua vida totalmente mesmo?
Então ele ouviu passos no corredor, Kain olhou fixamente para a porta, ele pegou sua varinha debaixo de seu travesseiro e a segurou firme. A pessoa parou na frente da porta.
- Pode entrar – Kain falou.
Então ele entrou, era Jack, seu amigo de Hogwarts. Agora parecia um pouco mais alto que Kain, seu cabelo estava cortado e estava com um tipo de embrulho na mão.
- Jack? – disse Kain surpreso.
- E ai mano? – disse Jack – tudo bem?
Kain e Jack ficaram conversando o final da tarde inteiro, sobre as férias, Quadribol, o novo ano letivo e sobre o acontecimento com a quimera no ano passado.
- Jack – disse Kain – Rita Skeeter descobriu o meu segredo... Não sei como, mas ela conseguiu.
- Eu sei, eu li no jornal – disse Jack – não se preocupe, metade do mundo mágico não acredita nessa historia.
- Mas e a outra metade? – perguntou Kain – o que acontece?
- Bem, há controvérsias – disse Jack – mas acreditam que isso é verdade, e meu pai é um deles.
O pai de Jack era Miguel, um homem muito legal na opinião de Kain, ele havia levado Kain ao Beco Diagonal pela primeira vez para fazer suas compras.
- E a sua mãe? – perguntou Kain a Jack.
- Bem, isso pode não ser legal – disse Jack – mas não gosto de falar muito nela, ela deixou meu pai quando eu tinha apenas um ano.
- Ah. Sinto muito Jack – disse Kain – eu não sabia.
- Não esquenta – disse ele um pouco mais alegre – bem, vamos lá embaixo, meu pai quer conversar com você.
- OK – disse Kain.
Os dois desceram depois de Kain guardar os livros no armário, Kain estava tenso, era a primeira vez que ia ver pessoas sabendo que ele não era alguém comum.
Ele deparou seus olhos para um grupo do Ministério que estava no restaurante. Eles estavam com ternos negros e casacos negros, eram Aurores.
Eles pareciam estar esperando Kain, estavam conversando em um tipo de circulo, enquanto Eve estava atrás do balcão, parecia procurar alguma coisa em uma pasta azul e empoeirada.
Kain desceu rapidamente e correu até Eve.
- O que está acontecendo? – perguntou Kain – O que houve?
- Estes homens estão pedindo sua certidão de nascimento – disse eve – só não lembro onde está.
Os homens olharam para Kain, com olhos fixos e desconfiados. E de repente, Miguel, pai de Jack estava indo a sua direção, com o mesmo pacote que Jack estava.
- Kain – disse Miguel – me desculpe o incômodo, iremos sair em breve, mas precisamos que você venha conosco.
- O que? – disse Kain – por que eu deveria? O que eu fiz? Olha se for àquela matéria no Profeta eu...
- Oh, oh, não se preocupe – disse Miguel – o Ministro da Magia quer ver você, Kain.
- Me ver? – perguntou Kain – por quê?
- Auronel Colones pediu a ele e a mim para que o levassem – disse Miguel.
- Me desculpe senhor Willow, mas que pacote é esse? – perguntou Kain tentando mudar de assunto urgentemente. Ele estava com medo que fosse algo relacionado à Godric Gryffindor.
- Ah, isso? – perguntou Miguel – são camisas da Copa Mundial de Quadribol desse ano, haverá um jogo daqui alguns dias. Pena que vocês já estarão em Hogwarts quando isso acontecer. Os jogos foram adiados para o começo de setembro.
Kain não imaginava que havia uma copa Mundial de Quadribol. Deveria ser muito legal. Foi quando Eve saiu do balcão e foi até Miguel e o entregou um tipo de papel, velho e quase acabado, estava cheio de remendos das suas bordas, onde era dobrável, era certidão de Kain que estava nas mãos de Miguel.
- Muito bem – disse Miguel – vamos dar uma olhada nisso aqui – ele e seus amigos do trabalho examinaram a certidão de nascimento.
- Esquisito – disse um dos homens, ele era mais alto e tinha cabelos ruivos – não era o nome que estava na bola.
- É porque não era pra estar, Ronald – disse Miguel feliz – a profecia só diria quando a criança fosse lá.
- Eu sei, mas é estranho – disse Ronald – este garoto, ele não tem nada a ver com a profecia feita... Acho que estamos falando de Kain Rellen, Miguel.
Miguel olhou para trás e percebeu que o estava confundindo com outra pessoa. – é verdade, que besteira a minha – disse Miguel rindo – era outro garoto, mas isso não importa.
Kain ficou encarando os homens fardados enquanto eles estudavam a certidão de nascimento de Kain.
- Pois bem – disse outro Auror a olhar para Kain e depois para Eve – vamos lá. Pode vir conosco senhor Kain? Não vai demorar muito.
O homem que falava tinha um ar de superioridade e orgulho gigante, ele era meio calvo, usava pequenos óculos em seus olhos, tinha uma barba branca e tinha uma mão com uma tatuagem de um tipo de desenho que Kain não podia entender.
- Você vai voltar... – disse Miguel, e completou – antes das Nove. Não vai demorar.
- Vocês podem me dizer a onde eu vou? – perguntou Kain aos Aurores que se entreolharam com cara de desentendidos.
- Ora, onde você mais acha? – perguntou Miguel – ao cartório do Ministério da Magia!
Kain abriu os olhos e os olhou com uma cara de “pra que?” Estampada em sua cara. Foi quando outro auror saiu de trás, este era mais jovem e negro, tinha uma espécie de brinco em sua orelha esquerda, parecia um trovão.
- Kain Rellen – disse ele – esta visita ao cartório foi proposta de Auronel que foi concebida pelo o Senhor Ministro, existem poucos bruxos como você, por isso, teremos honra em fazer seu novo registro.
- OK, mas posso voltar lá em cima e me arrumar? – perguntou Kain aos senhores.
- Fique a vontade – disse o homem – só não demore.
Kain subiu novamente, atravessou o corredor e foi para o último quarto, ele abriu a porta, seu quarto estava mal iluminado agora, só a lua o clareava.
Ele pegou sua varinha, pegou um casaco que estava mais próximo e o vestiu, pegara sua mochila e enfiou lá dentro algo que ele não fazia idéia do que era e nem se era boa idéia levá-lo consigo, o pacote que ele havia recebido de Fletcher, fechou a mochila e olhou novamente para o quarto, tinha uma sensação de estar esquecendo alguma coisa, ele olhou para o canto, e lá estava a espada, encostada na parede.
Kain desceu com uma mochila nas costas e com o casaco vestido, estava pesado, porque a espada estava dentro dele, mas estava imperceptível para qualquer um ali. Então ele foi até Miguel e disse – Vamos.
Miguel confirmou com a cabeça, parecia confiante e foram em direção à porta, Kain se despediu de sua mãe e foi para fora do restaurante. Lá havia dois carros pretos os esperando. Kain entrou nele e se sentou no banco perto da janela.
Kain olhou pela janela sua rua indo embora, entrando assim, no transito congestionado de Londres.
- Bem, olha – disse Jack ao lado de Kain – deve ser legal o Ministério, sabe? Eu nunca fui lá.
Mas Kain não queria saber do Ministério, estava preocupado com as vidas que estavam ali dentro, estava preocupado que os dementadores surgissem novamente para atacá-lo e atacar os Aurores também.
Eles chegaram num metrô de Londres, e estacionaram perto de lá. Os aurores olhavam para o transito que normalmente estava uma bagunça, então Miguel disse – Pronto, chegamos.
- Aqui? – perguntou Kain – vamos pegar um metrô?
- Na verdade não, vamos te mostrar – disse o homem saindo do carro.
Os meninos pararam e olharam o céu que estava quase escuro, os últimos raios de sol brilhavam no horizonte da ponte de Londres.
- Vamos Kain – disse Jack descendo a escada.
O garoto os seguiu, ele desceu as escadas do metrô e andou por poucas pessoas que estavam ali, a hora da pressa ainda ia começar nos metrôs, e os aurores já andavam um pouco mais rápido para evitar isso. Eles pararam em frente a um banheiro masculino do metrô. - Bem, chegamos garotos – disse Miguel – entrem, vamos, vamos.
- Mas pai, eu não quero usar o banheiro – disse Jack entrando no banheiro.
Eles entraram no banheiro, não era lá essas coisas, então eles olharam para a privada da porta n° três e Miguel disse – Muito bem Klaus, você primeiro, para mostrar pros garotos.
O homem com ar de superioridade se aproximou da privada e subiu nela.
- Bem, garotos. – disse ele – a primeira coisa a fazer é colocar seus pés na privada – ele o fez, colocando seus pés na privada ele voltou a falar – e então vocês puxam a descarga, OK?
Os garotos olharam com cara de terror, parecia muito estranho para eles, o homem puxou a descarga e uma voz suave veio de algum lugar onde Kain não sabia.
- Identifique-se, por favor – disse a voz.
- Klaus Martell – disse o homem – departamento de segredos, funcionário 12.
- Muito boa noite, senhor Klaus – disse a voz – logo estará no ministério, aguarde.
Então a privada começou a tremer, parecia que ia explodir, e o homem foi tragado para dentro dela, girando e girando.
Kain olhou para aquilo com sua boca aberta e dizendo a si mesmo que era incrível. Como aquilo podia acontecer?
- Vamos Kain – disse Miguel – viu que é fácil.
Kain foi até a privada e colocou seus pés dentro dela.
- Eu levarei Jack comigo numa outra – disse Miguel – tente não errar, por favor.
- Até lá, Kain – disse Jack.
E eles se foram para outra privada.
Kain foi até a cordinha e a puxou com suas mãos frias, ele não queria ter a idéia de “ir descarga abaixo” ser aplicada em si mesmo, como fazia todos os dias no banheiro, mas sem ser ele.
- Boa Noite, identifique-se, por favor – disse a voz novamente.
- Meu nome é Kain Adam Rellen – disse o menino – visitante convidado pelo Ministro da Magia, Kingsley Shacklebolt.
- Espere só um instante – disse a voz.
Kain ficou parado na privada, com cara de tacho, esperando por uma loucura acontecer, o banheiro não tinha mais vestígio de ninguém, então um homem entrou, parecia estar levemente bêbado, ele olhou pra Kain e disse.
- É um novo tipo de privada é? Hic... Hic. – o homem perguntou.
- As pessoas precisam de privacidade, beleza? – disse Kain ao homem.
- Senhor Kain Adam Rellen, seu convite foi aceito pelo Ministro – disse a voz – primeiramente deve ir ao cartório, depois à sala do Ministro.
- Obrigado – disse Kain.
O homem ainda olhava para ele.
- Aguarde, logo estará no Ministério – disse a voz.
- Ei, cara – disse Kain – olha isso.
O homem olhou, e de repente, Kain estava sendo sugado pela privada, seu corpo ia de lado a outro, jogado numa força descomunal, sua respiração era forte, precisava respirar se não ia morrer, seu peito parecia explodir e de repente, ele foi jogado num grande corredor, aonde várias pessoas iam e vinham, estavam apressadas, duas mulheres usavam um chapéu bem grande, chapeis coco na cabeça de alguns homens, todos com roupas excêntricas.
- Kain – disse Miguel – Bem vindo ao Ministério da Magia!
Kain olhou para a estátua dourada de um velho e um garoto que usava óculos, com sua varinha empunhada e uma cicatriz em forma de raio em sua testa.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!