Sem título



E o pior
É que você não sabe que eu
Sempre te amei
Pra falar a verdade eu também
Nem sei
Quantas vezes eu sonhei juntar
Teu corpo, meu corpo
Num corpo só


(Num corpo só – Maria Rita)


Antes que ela percebesse, antes que deixasse de sentir pena de si mesma, a boca de Harry trançava um caminho insinuante dos ombros ao pescoço dela. Quando os braços dele a apertaram na cintura, os lábios de Harry chegaram ao seu ouvido.


-Hermione, posso fazer um pequeno teste?


Ela teria dito sim se ele a quisesse deixar no próprio inferno. Mas Hermione não disse sim; suspirou e seu rosto foi ao encontro do peito dele, recostando-se lá. Ela estava cansada e não tinha certeza se podia dizer algo que não fosse muito comprometedor, pois apenas frases como "Eu só quero me livrar desse vício que é você, então, talvez, se eu lhe beijar, tudo desapareça como surgiu: inexplicavelmente. Se isso não der certo, nós podemos tentar outros passos, afinal, para um viciado se livrar de seu vício, é preciso muitas tentativas, e várias etapas, não é mesmo...?". Não tinha certeza se Harry levaria isso bem. E, sendo franca...


Os dentes dele mordiscaram o lóbulo de sua orelha, antes que os lábios o capturassem. E ela, que estava distraída em suas idéias, deixou de pensar por um instante. Para no segundo seguinte se afastar, chocada.


E, para ser franca, talvez ela estivesse gostando demais da idéia de “se livrar” do vicio estranho que era Harry.


Harry diria que ela parecia a imagem da indignação, mas ao invés de assustá-lo, aquilo o enterneceu. Bem, agora ele entendia porque Ron adorava zangá-la. Hermione parecia uma deusa ultrajada e possessa, atrás de sacrifício humano. Era uma imagem incrivelmente linda.


-Você -


E aí estava!, Harry sorriu ligeiramente. Observando-a pigarrear com raiva si mesma, pelo tom inegavelmente de apreço.


-Você mordiscou e succou minha orelha!


-Eu pedi permissão.


Hermione estreitou. - Não. Você pediu para fazer um teste!


-O que me lembra que ainda não o terminei.


Hermione abriu a boca, franzindo o cenho, mas nenhum som saiu de lá. Suas bochechas queimando ao imaginar o resto do teste, ao admitir que, em nome de Circe, ela queria terminá-lo.


Mesmo que ela tivesse se permitido ponderar, sua resolução teria sido a mesma. “Simplesmente faça logo”, era um sussurro constante em sua mente.


A morena ergueu a vista para encará-lo, ciente de que, quando o fez, Harry tinha a idéia exata do que pensara.


Ela havia decidido segundos antes que não se importava, se Harry cumprisse sua parte. Isto é, terminar o 'teste'.


E Harry a beijou.


--


Eu sei capítulo bizarro. Desculpem. Fiz do nada... Pra variar. Desculpem qualquer erro. Não sei se esse é o fim. Vamos ver.


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