Inimigo
Harry virou para trás rapidamente junto com Gina e viu Draco Malfoy parado próximo a entrada da câmara apontando a varinha para eles. Harry olhou para o chão, mas sua varinha não estava mais lá. Voltou a olhar para Malfoy e o viu segurando duas varinhas na mão esquerda. A dele e a outra ele reconheceu como a de Gina.
Trocou um olhar com ela.
- O que está fazendo, Malfoy? - perguntou Harry voltando-se para ele.
- Calado, Potter. Você não tem o direito de fazer perguntas aqui. - disse Malfoy friamente.
Ele estava estranhamente pálido e tinha os olhos um pouco fora de foco, mas segurava a varinha firmemente na direção dos dois.
- Porque está fazendo isso, Malfoy? - perguntou Gina.
Malfoy sacudiu a cabeça, em um gesto que Harry estranhou. Sua mão tremeu levemente.
- Em breve vocês saberão. - disse ele novamente firme. - Bombarda!
Harry deu um pulo para o lado antes que o feitiço o atingisse e viu Gina fazer o mesmo, mas na direção contrária. Levantou do chão, pronto para partir pra cima de Malfoy, mas ele apontou a varinha para Gina rapidamente, fazendo Harry parar no meio do caminho.
- Nem pense nisso, Potter. - disse ele. - Se eu fosse você dava alguns passos para trás.
Harry recuou alguns passos fuzilando Malfoy com os olhos. Não sabia porque ele estava fazendo isso, mas tinha certeza que na hora em que tivesse uma chance quebraria Malfoy no meio.
- Isso mesmo, Potter. - disse ele. - Crucio!
- Não! - gritou Harry.
Gina, que já tinha levantado, caiu no chão novamente gritando e se contorcendo de dor. Harry correu até ela, mas não podia fazer nada para parar aquilo. Olhou para Malfoy com ódio.
- Pára com isso! - gritou ele.
Malfoy olhava a cena sem nenhuma alteração aparente em seu rosto.
- Pára!
Malfoy abaixou a varinha e Gina parou de se contorcer. Respirava com dificuldade. Ela tentou se levantar e Harry a ajudou.
- O que está fazendo, Malfoy? Você enlouqueceu?
- Não, Potter, ele ainda não enlouqueceu.
Harry sentiu o sangue gelar ao escutar aquela voz. Por trás de Malfoy, surgiu a figura de Voldemort. Ele tinha no rosto um sorriso, que Harry achou que se parecia mais com uma careta. Girava a varinha nos dedos longos e brancos. Gina tinha os olhos grudados nele.
- Sentiu saudade, Potter? - perguntou ele.
- Não mesmo. - disse Harry firmemente.
- Sempre mal educado, não é? - disse desdenhoso. - E você, Weasley? Sentiu minha falta?
Gina não respondeu. Apenas o encarava fixamente.
- O que você quer? - perguntou Harry. - Porque está aqui?
- Calma, Potter. Você é muito curioso. - disse ele debochado. - Primeiro, eu tenho que fazer uma coisa.
Ele fez um aceno com a varinha e Harry se sentiu jogado para longe de Gina.
- Assim é bem melhor. - disse ele sorrindo. - Separados.
Ele apontou a varinha para Gina.
- Crucio!
Gina caiu novamente de joelhos no chão gritando. Harry tentou correr até ela, mas foi atirado para mais longe por Malfoy.
- Fique parado, Potter. - disse Voldemort abaixando a varinha e Gina parou de gritar, ofegante. - Ou então, ela vai ter mais uma amostra do meu poder.
Harry ficou parado no mesmo lugar apenas olhando para Gina. Se sentia um inútil parado ali. Queria protegê-la, mas se tentasse ela sofreria mais. Voltou a olhar para Voldemort.
- O que você quer com ela? - perguntou com raiva. - Deixe-a ir embora, eu fico, mas deixe-a em paz.
Voldemort riu. Uma risada fria que ecoou por toda a Câmara.
- Não, Potter. - disse ele. - Eu quero acabar com você, mas eu também quero acabar com a Weasley. Não é só um que eu quero, eu quero os dois... mortos.
- Porque? - perguntou Harry. - Porque você quer a Gina? Ela não tem nada a ver com isso. Isso é apenas entre mim e você.
- Não, ela também está envolvida. Eu queria acabar com você, Potter, desde o começo porque sabia que você era uma ameaça para mim. Fiz de tudo, mas você sempre escapou. Por pura sorte, claro. Você se deu bem, mas foi mais pelos meus erros, do que por você mesmo. - continuou ele. - Você nunca ligou para a Weasley, nunca tinham sido nem amigos pelo que eu soube. Sempre ficaram distantes. Por isso, eu nunca liguei muito pra ela. Sabia de tudo sobre os poderes dela, mas a mantive esquecida e me concentrei apenas em você. Enquanto ela estivesse longe de você, ela não seria uma ameaça tão grande para mim. Eu não sei se você notou, Potter, mas ela sempre ficava mais poderosa perto de você.
Harry olhou novamente para Gina, mas ela não o olhou. Continuava olhando para Voldemort.
- Então esse ano vocês dois começaram a se aproximar. Eu não gostei dessa mudança, Potter. Isso era um perigo muito grande para mim, os dois juntos. Tinha que separar os dois de qualquer jeito. Precisava de ajuda e sabem quem estava disposto a me ajudar? Draco Malfoy.
Ele apontou para Draco, que escutava tudo como se não estivesse ali, imóvel, com a varinha apontada para Harry.
- Draco queria se vingar de uma certa Weasley que tinha humilhado ele em um certo trem. Draco tem vigiado vocês durante o ano inteiro. Ele me informa tudo que vocês fazem, todos os passos dos dois pombinhos. Ele me contou que tinham se aproximado bastante esse ano. Eu precisava agir o mais rápido possível. Tinha que separá-los. Soube pelo Draco que ia ter um passeio a Hogsmeade e mandei meus comensais me trazerem a Weasley. Infelizmente aqueles incompetentes não voltaram. Eu não sabia o que tinha acontecido. Até que vi aquela matéria no Profeta sobre o que tinha acontecido. Achei ridícula aquela história de que Potter tinha usado magia negra pra se livrar dos comensais. Assim que eu vi a matéria, soube que Potter não tinha feito nada. - disse com deboche. - Quem tinha feito era a Weasley. Foi muito bom, tenho que admitir. Mas ela não sabia o que estava fazendo. E tinha feito aquilo porque estava ao lado do seu amado. Queria protegê-lo e conseguiu.
Harry viu ele lançar um olhar de raiva a Gina, que apenas continuou o olhando em silêncio.
- Draco me contou da amizade de vocês. Me contou sobre o show que você deu na frente da escola inteira, Weasley. Ele me disse sobre o escudo de luz que você criou. Sim, aquilo era um escudo. - acrescentou impaciente ao ver a confusão dos dois. - Um escudo de luz. Ela não queria que ninguém se aproximasse dela, queria que a deixassem em paz. O escudo era feito pra permitir que apenas quem ela quisesse ou confiasse de verdade pudesse passar por ele. Potter foi o único que conseguiu transpassá-lo e acalmá-la antes que ela explodisse o castelo inteiro. Estou surpreso que Dumbledore não tenha dito nada. Isso me fez presumir que ela estava ficando cada vez mais poderosa e esse poder aumentava quando o Potter estava perto.
Harry e Gina se entreolharam um pouco espantados. Harry percebeu que Gina tinha um olhar estranho. Misturava medo e apreensão.
- Por mais que ela não soubesse controlar esses poderes, certamente um dia ela saberia e eu tinha que acabar com ela antes que aprendesse a se controlar, ainda mais estando ao lado do Potter. Mais uma vez pensei em separá-los, mas desta vez eu não iria separá-los matando um dos dois... pelo menos não naquele instante. Eu queria deixar a Weasley sozinha, queria que ela se sentisse isolada de todos. Principalmente de você, Potter. Então o que eu fiz? Simples.
Ele deu alguns passos até Draco, que continuou imóvel.
- Draco me ajudou muito, foi muito útil. - disse ele. - Eu queria que Potter se afastasse da Weasley, fiz ela atacar aquela outra garota. Ninguém acreditaria nela e assim ela ficaria sozinha.
- Como você me fez fazer aquilo? - Gina perguntou, falando pela primeira vez.
Harry olhou rapidamente para ela. Um pequeno sorriso apareceu no rosto de Voldemort.
- Foi bem simples. - começou ele. - Eu mandei que Draco fizesse tudo, mas o idiota ficou com medo. - disse com raiva. - Ele ficou com medo de ser descoberto e ser expulso da escola. Então eu usei a Maldição Imperius nele.
Harry olhou para Draco um pouco chocado. Por isso ele não estava fazendo nada, apenas ali parado.
- Ele está sendo controlado pela Maldição Imperius quase o ano inteiro, mas não se preocupem eu tive autorização do pai dele para fazer isso. - completou debochado. - Usando um feitiço da Desilusão, Draco se aproximou das duas garotas quando estavam sozinhas no corredor e lançou uma Maldição Imperius na Weasley. Ele a mandou atacar a outra garota. A Weasley não se lembraria de nada, não saberia o que tinha acontecido e ninguém acreditaria nela. Potter não acreditaria nela, os dois brigariam e se afastariam um do outro. - uma onda de raiva passou por seus olhos. - Mas o Potter estragou tudo outra vez. Ele acreditou nela e não se afastou. Ao contrário, depois disso ficaram mais juntos ainda. Nem pra cair nos meus planos você serve, Potter.
Ele segurou a varinha e passou o olhar por toda a sua extensão. Harry sentiu o pânico o invadindo. Voldemort o olhou e sorriu.
- Ainda não, Potter. - disse ele. - Eu vou matar os dois... mas sugiro que você tenha paciência. Tem mais... Como eu queria acabar com a Weasley aos poucos, deixá-la fraca, eu a fiz ver coisas. - disse com um sorriso.
- Que coisas? - perguntou Harry.
- Os sonhos. - respondeu Gina olhando para Voldemort. - Você me fez ver aquelas coisas horríveis.
- Isso mesmo. - disse Voldemort. - Era muito bom vê-la sofrer ao ver o seu amado morrendo na sua frente. Você não sabe o medo que ela sentia, Potter. Eu queria que com isso ela se sentisse fraca e até que estava funcionando. Todas as vezes que tinha um sonho desses, ela ficava mais vulnerável. Se sentia insegura e se assustava mais facilmente. Ficava distraída e se esquecia do mundo, lembrando apenas dos sonhos.
Harry se lembrou subitamente da vez que falou com Gina pela manhã quando a viu descendo as escadas e como ela se assustou. Provavelmente tinha tido um desses sonhos, já que ela nunca se assustava com ele.
Voldemort olhou de um para o outro e depois para Draco.
- Mais uma coisinha. - disse ele. - Como eu já disse, Draco tem me ajudado muito. Ele está atento a tudo que fazem. E isso... - ele colocou a mão no bolso das vestes e tirou alguns papéis que Harry logo reconheceu como as cartas que ele e Gina tinham escrito para Rony e Hermione se acertarem. - Draco também tem interceptado todas as corujas que qualquer um dos dois manda, ao meu pedido. Eu pensei que seria útil, mas vocês só estavam brincando com os amiguinhos apaixonados.
Ele jogou as cartas no chão com fúria.
- Essas porcarias são inúteis. - disse ele. - E as corujas... estão ali.
Ele apontou para um canto mais afastado. Harry viu duas massas escuras imóveis, mortas. Gina soltou um grito abafado e levou as mãos à boca horrorizada.
Voldemort riu.
- Acha isso horrível, Weasley? - perguntou ele. - São só corujas. Eu vou lhe mostrar algo bem pior, preste bastante atenção. Eu descobri que esse é o seu maior medo.
Ele apontou a varinha para Harry.
- Crucio!
A dor transpassou o corpo de Harry. Ele caiu de joelhos no chão se contorcendo, incapaz de se manter em pé.
- Não! - gritou Gina.
Ela tentou ir até ele, mas Malfoy a impediu com um aceno da varinha, que fez com que ela parasse incapaz de se mexer.
- Quietinha, Weasley. - disse Voldemort baixando a varinha e Harry parou de se contorcer. - Você não vai querer estragar meus planos mais uma vez, não é? Seja uma garota boazinha e aguarde a sua vez enquanto eu torturo o Potter. Você pode ficar olhando. Crucio!
Mais uma vez a dor tomou seu corpo inteiro. Tentando se controlar para não gritar, ele ergueu a cabeça e viu Gina de olhos fechados, as lágrimas escorrendo por seu rosto. Ainda imobilizada por causa do feitiço de Malfoy.
Voldemort cessou a maldição mais uma vez. Harry tentou controlar sua respiração, que estava muito mais rápida do que o normal.
Ele viu Voldemort andando até Gina.
- Viu, Weasley? - sussurrou ele. Gina continuou de olhos fechados. - Esse é o preço que se paga por se importar com as pessoas. Ele se importou com você, tentou salvá-la e agora vai morrer. Se ele não se importasse, não tivesse vindo atrás de você, estaria seguro. Estaria a salvo. Se importar com as pessoas te deixa fraco. E agora... ele vai morrer... por sua culpa... e na sua frente... e você não vai poder fazer nada. Você e ele não são nada comparados a mim.
- Vá para o inferno. - disse ela entre dentes, abrindo os olhos e o encarando com raiva.
Ele riu e se afastou dela, voltando a encarar Harry.
- Viu, Potter? - perguntou ele. - A garotinha poderosa. - desdenhou ele. - A garota que aquele velho e você acreditavam que podia me derrotar, agora está tão indefesa quanto um bebê. Ela não pode proteger nem a si mesma, muito menos a você. Crucio!
Harry tentou não gritar, mas a dor era mais forte do que sua força de vontade.
- Pára! - gritou Gina. - Pára!
Voldemort cessou a maldição rindo.
- Porque parar? Eu estou me divertindo tanto. - disse ele. - Mas chega. Cansei de brincar. Vou acabar logo com isso. Draco, pode fazer as honras. Acabe com a Weasley.
Malfoy apontou a varinha para Gina.
- Não! - gritou Harry, mas seu grito não passou de um gemido rouco e baixo.
- Avada... - começou Draco apontando a varinha para o rosto pálido de Gina.
- Estupefaça!
Draco caiu no chão estuporado deixando cair a varinha de Harry, a de Gina e a dele próprio no chão. O feitiço de Malfoy que prendia Gina cessou e ela caiu de joelhos no chão. Os três olharam ao mesmo tempo para a entrada da câmara, onde viram Snape com a varinha em punho.
- Snape. - disse Voldemort. - É muito bom te ver aqui. Não quer relembrar os velhos tempos e eliminar a Weasley por mim?
Snape não respondeu. Harry tentou ir até as varinhas, mas Voldemort viu e as jogou para mais longe. Depois voltou a olhar para Snape com ódio.
- Vai me pagar por isso, Snape. - disse ele. - Expeliarmus.
A varinha de Snape caiu longe enquanto ele era jogado com força para trás. Bateu na parede contrária e escorregou até o chão, mas Harry viu que ele ainda estava consciente.
Aproveitando seu momento de distração, Gina se levantou, correu até Harry e se atirou ao seu lado segurando sua mão com força.
- Depois eu cuido de você, Snape. - disse Voldemort. - Agora eu tenho assuntos mais importantes.
Ele se virou novamente para Harry. Um sorriso apareceu em seu rosto.
- Sabe, Weasley. - começou ele. - Você é muito corajosa, eu tenho que admitir. Mas é uma tola. Acredita que ele pode salvar você? Ele não pode. Está tão machucado quanto você e completamente desarmado. Eu quero que se lembre que isso é culpa sua, Weasley. Vamos ver se você suporta carregar o peso da morte da pessoa que você ama.
Ele apontou a varinha para Harry.
Harry sentiu Gina apertar sua mão com tanta força, que chegava a doer.
- Desculpa, Harry. - pediu ela em um sussurro, seus olhos fixos em algum lugar do chão.
Harry olhou para ela sem entender.
- Avada Kedavra! - gritou Voldemort.
Harry viu o raio verde vir em sua direção. Era o fim. Iria morrer ali sem poder fazer nada nem por ele e nem por Gina. Mas antes que pudesse fazer alguma coisa ou pensar em fazer, sentiu Gina segurar seu rosto entre as mãos e beijá-lo.
Foi a sensação mais estranha de sua vida. Esquecendo-se de tudo, até mesmo que tinha mais alguém ali ou que estava prestes a morrer, ele retribuiu o beijo com a mesma intensidade. Sentia-se estranhamente bem. Sentia-se tão vivo como nunca tinha se sentido em toda a sua vida. Sentia-se completo.
Tudo que Voldemort tinha dito, parecia ter sido há milhões de anos. Parecia que só os dois existiam em um mundo que Harry nunca poderia dizer onde. Não parecia real.
Parecia um sonho que Harry desejava intensamente nunca mais acordar. Mas todos sempre acordavam uma hora.
Passado um tempo totalmente desconhecido para Harry, eles se afastaram. Os dois olharam imediatamente para frente e se espantaram com o que viram. Voldemort atirava várias maldições seguidas, mas elas não chegavam nem perto deles. Os dois estavam envoltos por uma enorme bola de energia azul, que estava impedindo a passagem de qualquer feitiço. Todos os feitiços que Voldemort lançava, batia contra aquilo, que Harry não fazia nem idéia do que era, e desapareciam como se nunca tivessem sido lançadas. Gina continuava apertando sua mão firmemente.
- O que é isso? - gritou Voldemort, parecendo apavorado.
A luz era tão forte que Harry mal conseguia ficar de olhos abertos. A cada feitiço a coisa parecia aumentar e brilhar mais. Harry viu espantado, Voldemort ir se encolhendo cada vez mais e desaparecer sobre a luz da enorme bola azul. Harry não sabia o que tinha acontecido.
A luz foi se extinguindo aos poucos, lentamente. Se há alguns minutos atrás Harry se sentia muito vivo, agora estava tão cansado como se tivesse corrido uma enorme maratona.
Quando a luz sumiu completamente, tudo que ele podia escutar era o barulho das respirações pesadas dele e de Gina.
Olhou para Gina. Ela também olhou para ele e Harry viu que ela estava muito pálida. Parecia muito mais cansada do que ele. Ela abaixou os olhos para suas mãos, que ainda estavam unidas, e parou de apertar, deixando sua mão apenas descansando em cima da dele. Voltou a olhar para ele.
- Desculpa. - sua voz saiu em um pouco mais de um sussurro.
Seus olhos se fecharam e lentamente, caiu desacordada, desfazendo completamente o toque de suas mãos. Harry queria ajudá-la, mas estava se sentindo tão cansado quanto ela e tudo que conseguiu fazer, foi fechar os olhos e se deixar cair ao lado dela.
Continua...
N/A: Oi, gente! Eu ainda acho que os capítulos que eu perdi estavam melhores do que esses, principalmente esse aqui. Mas está aí, eu fiz tudo que podia, juro. Comentem. Beijos!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!