A carta
Não sabia ao certo como eu estava me sentindo: com medo que vovô brigasse comigo e ao mesmo tempo ansioso. Ele poderia ter contado a papai, isso geraria uma grande discussão.
“Querido Scorpius!
Adorei saber que foi selecionado para a sonserina. É a casa quem tem pessoas de seu nível e não sangues ruins.
Devo dizer que fiquei impressionado com sua pergunta, não sei se Draco ou Astoria permitiriam que eu lhe contasse sobre isso. Acho que não fará mal algum.
Os comensais da morte que estavam ensinando em Hogwarts precisavam de lugares para guardar seus pertences mais malignos, então encontraram uma gruta. Depois de algum tempo eles perceberam que esta gruta seria um ótimo lugar para torturar as pessoas e matá-las. Ela fica a oeste da floresta, porém nenhuma trilha chega perto o bastante. Dizem que os inferis protegem-na, mas creio que seja apenas uma lenda.
Continue estudando bastante e não comente nada com Draco sobre a informação que lhe dei.
Lucio Malfoy”
Guardei a carta no bolso e fui para o dormitório, os outros já estavam dormindo e nem perceberam minha entrada. Deitei-me na cama e fiquei pensando. como acharíamos a gruta? Seria meio difícil, quem sabe a nojentinha tivesse uma idéia boa.
Acordei atrasado, me vesti e fui correndo para a aula de História da Magia. A aula já havia começado...
- Com licença! – falei envergonhado, ela não poderia brigar comigo. Porém a professora continuou falando. Sentei-me ao lado de Lizzy, percebi que Rose me lançava um olhar indignado. Fiquei encarando-a também.
- Senhor Malfoy, está com algum problema ou será que podia prestar atenção na minha aula? – depois dessa bronca eu abri meu livro e prestei atenção.
“ Em 81 a.C, o ditador romano Cornélio Sula decretou a pena de morte para videntes, encantadores e aqueles que usavam a feitiçaria com propósitos malévolos. Uma série de leis do mesmo tipo foi instituída nos séculos seguintes...”
Tive vontade de dormir na aula, porque me interessaria em história? Isso não mudaria nada em minha vida. No fim da aula a lição foi passada: um rolo de pergaminho sobre a magia natural.
Parece que não teria muito tempo para conversar com Alvo e Robert.
Saindo da aula fui direto à biblioteca. Precisava terminar as tarefas logo.
“ A magia se tornou novamente respeitável nos séculos XV e XVI, devido à ascensão da magia natural, que não supõe a ajuda de demônios nem de seres sobrenaturais.... O mágico natural era um tipo de mago do mundo natural e um mestre nas combinações – misturando e explorando as propriedades ocultas da natureza de modo a alcançar resultados milagrosos e benéficos.”
História da magia estava pronta, levantei a cabeça para apanhar o livro sobre animais e vi uma menina sentada na mesa da frente. Rose Weasley, parecia que ela não saia da biblioteca. Me levantei e fiquei parado ao lado dela, infelizmente ela não falou nada. Rose estava preparando o dever de história da magia, teria que atrapalhá-la, assim ela não conseguiria notas melhores que as minhas.
- Oi, preciso falar com você, Alvo e Robert. Vamos! – tentei puxá-la, mas ela não saia do lugar.
- Você é idiota a tal ponto que não percebe que estou ocupada fazendo trabalho? – sussurrou ela sem levantar a cabeça.
- To pouco me lixando para você, vem logo se não vou contar para o Alvo e você vai se encrencar! – ahaaa, isso faria ela vir comigo. Ela se levantou e saímos juntos. Após passarmos a porta começou a gritaria, nem liguei, ela não significava nada para mim. No caminho para o jardim encontramos Robert e logo após Severo.
- Meu vô respondeu a carta, ele disse que a gruta fica a algum lugar a oeste da floresta. Quando vamos lá? – perguntei.
- Ótimo, vamos hoje à noite. Rose pode nos ajudar, ela sabe um feitiço ótimo para descobrirmos o lado que estamos indo. – Alvo sussurrou. – Cale a boca Rose! – gritou quando percebeu que a menina estava abrindo a boca – você vai com a gente e ponto final!
Ela pareceu assustada e ao mesmo tempo irritada.
- Eu só ia dizer para fazermos isso nas festas de natal. O colégio vai ficar vazio. Eu e Alvo vamos ficar aqui, Scorpius e Robert podem dar uma desculpa aos pais. – ela disse pensativa. Tenho que admitir que era uma ótima idéia.
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