Missão Certa Na Altura Errada
Tudo calmo e de repente tudo um reboliço!
Hermione, Harry, a família Weasley, Neville, Luna, Albus, McGonagall, Hagrid. Todos estavam à espera dos últimos membros da Ordem, em silêncio. Qual não foi o espanto de todos quando ouviram uma barafunda no momento em que as duas criaturas apareceram, a gritar um com o outro, como duas crianças a discutir devido a um doce.
- Eu disse que não queria vir! Quem raio pensas que és para me arrastar para aqui?
- Eu avisei que a minha função era trazer-te a bem ou a mal!
- Hum, hum!
O som foi suave, mas perfeitamente perceptível e suficiente para os dois pararem com a discussão.
- Olá, Tonks! Há muito tempo que não te víamos – disse Albus amavelmente.
- Olá a todos – disse Tonks quase tão vermelha como o cabelo dos Weasley.
- Por favor, senta-te.
Ao se sentar, ainda recebeu cumprimentos dos outros membros da Ordem, olhando para ela como se a vissem pela primeira vez. Eu sabia que isto seria assim, e era uma das razões pelas quais eu não queria vir de maneira nenhuma!
- Vamos então começar a reunião. Tonks…
- Primeiro quero saber afinal por que raio é que me obrigaram a estar aqui hoje.
Todos olharam com espanto para a jovem que interrompia Albus Dumbledore. Ela estava realmente mudada desde que Remus morrera.
- Tudo será explicado na sua devida altura. O que eu e alguns demais membros já andámos a fazer é simplesmente descobrir o paradeiro dos restantes Death Eaters para os levar a Azkaban.
Só podia. E só me faltava que eles me levassem nessa demanda, mesmo agora!
- Mas onde é que eu entro nessa história?
Ela percebeu o olhar de cumplicidade entre Albus e Harry, antes deste último explicar:
- Albus conheceu um grande bruxo, há uns bons anos atrás, que era um excelente auror.
Dumbledore continuou:
- Ele chegou a entrar na mente de um dos Death Eaters mais influentes, ficando com todo o tipo de informação acerca de esconderijos, antigos e agora recentes, o onde e quando iam ocorrer os ataques… etc. mas… a informação era tamanha que ele não se conseguia organizar nos seus próprios pensamentos, era um oceano de informação em que ele se estava a afogar.
Uma pequena pausa. Harry continuou:
- Mas infelizmente, quando o Voldemort começou a ganhar poder, ele ainda conseguiu ter uma ideia. Iria perder a sua identidade definitivamente, mas era a sua única saída para que Voldemort não subisse ao poder com a sua ajuda.
- O que aconteceu? – perguntou Severus.
- Fez a si próprio um Obliviate dos mais poderosos, perdendo todo o conhecimento bruxo que adquirira até ao momento. Agora vive como um Muggle, jamais um Death Eater o conseguiria localizar.
- Então e agora? O que é que uma coisa tem a ver com outra? Se ele se esqueceu de tudo, para quê estar a falar dele? – quis saber Tonks.
Foi Dumbledore quem respondeu, ficando subitamente interessado nas suas próprias mãos:
- Ainda antes de se fazer invalidar, conseguiu escrever-me uma carta onde me dava algumas informações sobre Voldemort e os seus Death Eaters que conseguiu seleccionar na sua mente confusa e escrevê-las em papel no seu tempo de lucidez. Mesmo com o seu poderosíssimo Obliviate, eu sei que algures na sua mente mais recôndita, ainda está presa informação que nos pode ser muito útil. *pausa* Eu próprio já tentei recolher essa informação mas… parece que é necessário um conjunto de condições, por assim dizer, para lhe extrair essas informações com o seu consentimento inconsciente…
- E que condições são essas? – perguntou Severus.
- Digamos por enquanto que é necessário um excelente Legilimens e uma… ‘distracção’ bonita de se ver, para o manter de mente ocupada com alegria…
Dumbledore olhou para Harry e logo de seguida para Severus e Tonks. Estes perceberam logo o esquema.
- NEM PENSAR!!!!!!!! – retorquiram os dois em simultâneo.
- Eu fazer de ‘distracção’? – inquiriu Tonks incrédula – Nem morta!
- E eu fazer de chulo???? – inquiriu Severus céptico.
- Calma crianças, não me deixaram terminar! – desculpou-se Dumbledore – Ele não se diverte DESSA maneira como estão a sugerir… vocês irão descobrir por vocês mesmos que a sua maneira de se divertir é muito, digamos, peculiar…
Antes que eles pudessem reclamar, Albus acrescentou:
- Há ainda mais uma coisa. Vocês terão de fazer tudo o que ele vos pedir directamente que façam… só assim o poderão fazer feliz inconscientemente. E Severus, tenta estar constantemente na mente dele, pois a todo o momento ele pode abrir uma brecha no seu ‘cofre-forte’.
- O Snape tudo bem, já percebi porquê, mas EU????? Porquê eu? – perguntou Tonks desesperada.
Desta vez, foi Harry quem respondeu:
- Porque para o gosto requintado do velho senhor é necessário que quem vá com Severus seja uma mulher relativamente jovem, engraçada…
- Bonita e bem feita como tu… sem ofensa. – disse Dumbledore piscando o olho por cima dos seus óculos de meia lua. Minerva ficou ligeiramente afogueada.
- Pois – continuou Harry – e além disso, todos os presentes concordaram que fosses tu a ir… - todos acenaram que sim com a cabeça, mas sem dizerem pio - a Hermione e a Ginny já têm outras tarefas e… tu tens ar de quem precisa de se divertir um bocado…
- Tenho “ar de quem precisa de se divertir um bocado”? – disse Tonks parecendo estar calma – E vai ser mesmo assim que me vou divertir não é?
- Nymphadora, acalme-se por favor, isso não vai mudar as coisas… - disse Severus tentando pôr um ponto final na conversa.
- NÃO ME CHAMES NYMPHADORA! – gritou Tonks na cara de Severus.
Todos se assustaram com a mudança de comportamento e humor de Tonks, que estava muito mais sensível e irritadiça do que antes, excepto Harry e Dumbledore, que sorriram um para o outro como cúmplices, depois de Tonks ter recomeçado a gritar com Severus, ficando com o cabelo de um tom vermelho perigoso. No entanto, controlou-se o suficiente para se voltar a dirigir a Albus - De qualquer maneira, como vamos dar com ele se o homem não é detectável? Tem nome ao menos?
Albus sorriu - Ele utiliza muitos nomes, não sendo essa solução muito fiável. Irão saber quem ele é quando se depararem com ele.
(continua...)
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