Como quebrar uma maldição
CAPÍTULO 10 - Como quebrar uma maldição
-Não é muito estranho, Gina? – perguntou Hermione para a amiga, naquela noite, no salão comunal da Grifinória. – Sei lá... O Kevin veio me cantar e o Draco foi e te cantou também... Os dois são muito amigos, são da Sonserina e são os dois garotos menos improváveis que viriam nos cantar, não acha?
Gina suspirou, com um sorriso transpassando os lábios:
-Ah, é muito improvável mesmo, mas... Eu acredito que as pessoas possam mudar, Hermione. Draco foi tão... gentil, comigo, sabe... Ele foi incrível.
Hermione, vendo o entusiasmo que Gina começava a sentir em relação a Draco, resolveu alertar a amiga:
-Cuidado, Gina. Draco é um falso. Pode ter alguma coisa por trás dessa paquera que ele vem jogando em você. Assim como Kevin quer alguma coisa dando em cima de mim...
-Ah, Mione, deixa de ser pessimista! – falou Gina, levantando um pouco a voz. – Deixe-me ser feliz pelo menos por esses momentos. O Miguel não conseguia despertar tanto calor em meu coração como o Draco conseguiu...
-E o Harry? Ele conseguia disparar seu coração, não conseguia?
Gina hesitou por um momento. Depois, dando mais um suspiro, olhou firmemente nos olhos de Hermione:
-Não posso ficar me iludindo atrás de Harry. Perdi anos de minha vida atrás dele, que nem olha pra minha cara! Ano passado, investi em Miguel, mas não deu certo. Mas sinto que com Draco vai dar certo! Ele despertou algo mágico dentro de mim!
Hermione a encarava em silêncio. Segurou o ombro da amiga, em sinal de consolo:
-Cuidado, Gina. O símbolo da Sonserina é uma cobra. E, geralmente, as pessoas que são de lá são verdadeiras cobras. Você nunca ouviu falar do encantamento das cobras e serpentes? Pois é... Uma pessoa, utilizando-se de falsidade, pode muito bem enganar qualquer um. Uma pessoa falsa é pior do que qualquer coisa que existe no mundo. Como uma cobra, enfeitiça, maneja sua presa e depois dá o bote.
Gina escutou tudo em silêncio absoluto.
-Tente encontrar alguém que não seja da Sonserina – aconselhou Hermione. – Escute eu, sua amiga: para Draco e Kevin virem nos paquerar no mesmo dia, é porque há alguma coisa por trás.
Depois de mais alguns segundos de silêncio, Gina levantou-se do sofá e olhou para Hermione, as sobrancelhas franzidas e o rosto vermelho:
-Você não acredita que alguém possa gostar de mim de verdade, não é? Pois vou te avisando: investirei em Draco sim! Ele não é essa pessoa que você diz não: ele mudou realmente!
-Gina, me escute, isso é o que? Uma fuga de seu sentimento por Harry?
-E se for? É a minha vida, eu decido o que eu faço dela! Úrsula Hubbard, que é minha amiga de verdade, me aconselhou a partir para outra, e é isso que eu vou fazer!
-Gina, eu...
-Era o mesmo caso. O menino não ligava pra ela, então ela partiu pra outra e encontrou um loirinho que a amava de verdade! E ela foi feliz com ele! Estou partindo pra outra, Mione, e vou atrás de Draco.
Gina saiu nervosa, empurrando todos os curiosos que tinham parado para ver a cena. Lágrimas saíram dos olhos de Hermione. Para ela, era muito doloroso brigar com um amigo.Seus olhos marejados correram pelo salão comunal, e pousaram nos cachos dourados de uma garota, que lia um livro num canto.
A fitando, Hermione pensava:
“Essa história está muito estranha... Úrsula dá um conselho pra Gina, contando uma história, em que esquecia quem não gostava dela e partia pra outra, com um garoto... loiro! Loiro como Draco! E, de repente, Draco vai e começa a conversar com Gina... Não posso acreditar em coincidências. Aí tem coisa. Mas... Úrsula é um amor de pessoa... Ah, não sei o que pensar...”.
Hermione enxugou os olhos e subiu para o dormitório.
A garota de cachos dourados não pôde conter um sorriso. E, ouvindo o que Hermione dissera a Gina, e que a ruivinha preferiu o seu conselho, concluiu que conseguira enfeitiçar e começava a manipular Gina. Agora, só faltava Rony Weasley. E pra dar o duplo bote, não faltaria muito.
* * *
Na manhã do outro dia, Harry foi, acompanhado de Rony, atrás de Christian Baker, no salão comunal da Corvinal. Quando dois alunos saíram, Harry pediu para que eles chamassem Christian. Poucos minutos depois, Christian descia, sorrindo.
-Harry Potter! O ídolo Harry Potter! Procurando-me novamente?
-Por favor, Baker, me poupe de suas brincadeiras. Aliás, nem sei como consegue brincar, sendo que seu nome aparece na lista negra do doido do Michael Evans.
-Tenho que sorrir, não é? Afinal, podem ser meus últimos momentos de vida. Não sabemos quem será o próximo!Mas... afinal... Por que estão me procurando?
-Queremos que nos diga como quebrar uma maldição – adiantou-se Rony, faiscando de curiosidade.
-Por que o súbito interesse? – indagou Christian, zombador.
-Bom, é que é a única forma de eliminar Michael Evans... também porque nossa curiosidade foi atiçada pela Miss Reynolds, que deixou para a aula de hoje a explicação sobre como quebrar uma maldição.
-Hum... Ela resolveu falar sobre isso? Estranho, não acham?
-É, muito estranho, realmente – comentou Harry, os pensamentos voando. – Você quer dizer que isso é... suspeito?
-Por que não seria? Aliás, o que não é suspeito nesta escola ultimamente? Eu posso ser Michael Evans, assim como você e esse seu amigo... Que pelos cabelos ruivos deve ser o Weasley. Aliás, Weasley, você que inspirou aquela música “Weasley é nosso rei” no ano passado, não foi?
Rony fechou a cara. Harry tinha alertado-o sobre o cinismo de Christian, mas mesmo assim o garoto não pôde evitar o desgosto que se estampou em sua face.
-Então... – continuou Christian, com um cinismo quase imperceptível acompanhando a voz. – Como eu ia dizendo, isso pode ser considerado suspeito. No entanto, se Miss Reynolds fosse Michael Evans, por que ensinaria aos alunos como quebrar uma maldição?
-Bom... Que tal... para afastar as suspeitas em relação a ela?
-Elementar caro Harry. Está quase tão inteligente quanto eu.
Rony suspirou de aborrecimento.
-Talvez ela esteja realmente querendo ajudar, ou fazendo isso para que os alunos sigam a “lógica” de que quem estiver possuído pelo corpo de Michael nunca ensinaria como quebrar uma maldição lançada sobre objetos.
-Será que estamos certos?
-Provavelmente, Weasley. A maldição de Michael se abate sobre a escola e, de repente, do nada, a professora da defesa contra s Artes das Trevas decide ensinar justamente como quebrar uma maldição lançada sobre objetos! Claro que é uma tática! Ou para o bem dela própria, afastando as suspeitas, ou para o próprio bem dos alunos, ensinando-os a eliminar Michael de uma vez por todas!
Um breve silêncio se seguiu a conclusão de Christian, que parecia excitadíssimo com a descoberta.
-Pois bem, agora vamos ao que interessa: por favor, Christian, como se quebra uma maldição?
Christian sorriu. Rony sentiu despertar uma súbita vontade de esmurrar o rosto desprezível do garoto.
-Mas como o Sr. Harry Potter não sabe? Eu não sabia que era tão burro...
Agora o furor cresceu no peito de Harry. No entanto, precisou se controlar, já que estava muito ansioso para descobrir a forma de quebrar a maldição de Michael.
-Ora, quebrar uma maldição lançada sobre objetos é tão simples... Acho que até um trouxa saberia dizer se perguntassem... É muito simples...
-Desembucha! – inquietou-se Rony.
-Resume-se simplesmente na destruição do objeto no qual a maldição foi lançada.
Harry e Rony se entreolharam, pasmos.
-É só isso? – perguntaram os dois, juntos, com as vozes abismadas.
-É, mais ou menos... Existe muita maldade nos objetos, então uma pessoa de coração puro dificilmente consegue quebrar.
-Ah garanto que você, Baker, com certeza poderia quebrar o amuleto de Michael facilmente...
-Poupe-me de seus comentários irônicos, Weasley – rebateu Christian, olhando de esguelha para o garoto. – Continuando... se alguém de coração puro tentar destruir o amuleto, não vai conseguir. Pode pisar em cima, joga-lo do último andar desse castelo, bater com um martelo, tentar lançar um feitiço de destruição que nada, nada mesmo irá acontecer ao amuleto. Nem mesmo um arranhão.
-Incrível! – admirou-se Rony.
-E tem mais: se alguém de coração puro encosta no amuleto, leva um choque terrível. Ninguém bom pode toca-lo.
-Espera aí! – disse Harry, subitamente, fazendo Christian e Rony se sobressaltarem, assustados. – Isso quer dizer que somente alguém sem coração puro poderia pegar o amuleto e liberar a maldição. Isso leva a concluir com absoluta certeza que quem está andando por aí com a alma de Michael era alguém realmente ruim. Assim, se confirma o que andei conversando com Rony: a pessoa não encontrou o amuleto por acaso, encontrou a mando de Voldemort.
-Só podia... Ninguém poderia ter encontrado por acaso, fazendo tudo como tinha que ser feito: achar o amuleto no dia das bruxas, numa noite de lua cheia... Foi tudo programado!
-E... Voltando ao assunto de como quebrar a maldição... – começou Rony, parecendo preocupado. – Ela não poderia ser quebrada por ninguém com coração puro. Isso quer dizer... Que nenhum de nós poderia destruí-lo?
-Exatamente... – falou Christian. – A não ser que a pessoa estivesse com ódio inflando no peito, mas mesmo assim, alguém de coração puro dificilmente atinge o estado de ódio puro, capaz de fazer seu sangue se tornar maligno por alguns instantes de furor.
-Ai, ai... Quando você disse que quebrar uma maldição se resumia na destruição do objeto, pensei que seria fácil. Agora, vejo que será quase impossível. Quem, com o coração do mal, destruiria o amuleto?
Christian estalou os dedos e piscou.
-É aí que está a grande sacada de Voldemort – respondeu prontamente. – Ele tem extrema consciência de que há muita gente boa em Hogwarts. E que você, que sempre o enfrenta, tem coração demasiado puro para quebrar a maldição de Michael. Ele sabe que, se algum de nós tentar convencer alguém de coração maligno a fazer o serviço, o que é muito difícil, o coração dessa pessoa não estará tão maligno, já que prestou gentilmente um favor.
-Então, concluímos que quebrar a maldição de Michael é algo impossível?
-Nada é impossível, Potter – disse Christian, muito sério, encarando Harry e Rony. – Podemos encontrar uma solução.
O silêncio predominou novamente. Harry e Rony fitavam os olhos de Christian, que passavam de um ao outro. Por fim, Christian suspirou:
-Vou entrar no dormitório para pegar minhas coisas... Até mais – já ia virando-se, quando parou de súbito e disse: - Ah, e lembrem-se da minha frase: Nada é impossível!
E passou pela estátua de Ravenclaw, sumindo na passagem para a sala comunal da Corvinal.
* * *
Quando Harry e Rony saíram da conversa que tiveram com Christian Baker, desceram apressados até o Salão Principal, para que desse tempo de tomarem o café da manhã.
Hermione já os esperava, quase terminando o seu prato de ovos com bacon. Os dois sentaram-se e logo começaram a comer rapidamente. Mione, percebendo a excitação que tomava conta dos dois, resolveu perguntar:
-Por que estão tão excitados? – perguntou a garota, curiosa. – Alguma descoberta nova?
-Uma descoberta realmente intrigante e, de certa forma, preocupante – respondeu Rony de boca cheia.
-E posso saber qual é?
-Claro – respondeu Harry, depois de engolir o que tinha na boca. – Mas depois conversamos. Eu e Rony temos que terminar o café.
Os garotos terminaram bem na hora em que o sinal tocou, anunciando as aulas da manhã, que foram realmente agitadas. Não tiveram tempo para dizer para Hermione que haviam descoberto, antes da explicação de Miss Reynolds, como quebrar uma maldição.
Na hora do almoço, fizeram a refeição com tanta rapidez quanto no café, dessa vez com Hermione os acompanhando, talvez levada pela curiosidade.
Ao terminarem, o trio saiu para os jardins de Hogwarts. O sol pairava nos céus naquela tarde, embora o clima do outono não o deixasse esquentar os corpos dos jovens estudantes que corriam pelo jardim. De relance, Harry viu Cho Chang de mãos dadas com Dino Thomas.
Pararam na beira do lago e sentaram-se. Haviam muitas folhas espalhadas pelo gramado do colégio. Harry olhou para os dois lados e começou a contar o que tinham descoberto para Hermione, que estava visivelmente com a curiosidade a mil.
Quando Harry terminou de relatar tudo o que ele e Rony tinham aprendido com Baker, Hermione mantinha uma expressão preocupada. Harry resolveu perguntar:
-O que houve, Mione? Parece que ficou muito preocupada mesmo...
A voz de Harry pareceu tira-la do devaneio.
-Não, não estou muito preocupada... Quero dizer, claro que todos nós ficamos pensando seriamente em como encontrar um coração maligno que tenha vontade de quebrar o amuleto...
Harry e Rony se entreolharam em silencio.
-Então, por enquanto, Miss Reynolds é a principal suspeita? – indagou Mione aos amigos.
-É, por enquanto é a única que conseguiu chamar nossa atenção – respondeu Harry.
-Sabe, às vezes acho que estamos deixando os outros suspeitos de lado – falou Hermione, afastando um dos fios de cabelos que esvoaçavam com o vento. – Temos que investigar todos, e não nos concentrar apenas em um, que é a professora.
-Tem razão – concordou Harry, pensativo. – Teríamos que encontrar um bom lugar para reunir todos os alunos que estão na lista.
-Mas por que só os alunos? – perguntou Rony.
-Ah, mas como é burro mesmo! – ralhou Hermione, fazendo com que Rony emburrasse. – Você acha que os professores vão querer se reunir com a gente? Vão é proibir, isso sim...
-Mesmo assim, não podemos esquecer que alguns Sonserinos também estão na lista de suspeitos.
-Quero ver como iremos conseguir convence-los – murmurou Rony.
-Talvez não seja difícil... – disse Hermione suavemente.
-Por que? – perguntaram Harry e Rony em coro.
-O Malfoy está tendo muita proximidade com a Gina. Garanto que se ela pedisse para ele, ele aceitaria na hora.
-Que história é essa de proximidade? Não me diga que... ?
-Ainda não, Rony – cortou Mione. – Foi só uma paquera. O Wallace vem dando em cima de mim, e eu também posso convence-lo.
-O Wallace? – perguntou Rony indignado. – Mas como as meninas dessa escola andam assanhadas. Aposto que você está arrastando as asinhas pra ele!
-Ah, Rony, me poupe de seus comentários ridículos, ta legal? – disse Hermione impaciente.
-Será que vocês não podem parar de brigar nem por um segundo? – perguntou Harry. – O assunto é sério, por favor, deixem as desavenças de lado.
Rony e Hermione se encararam emburrados por um breve momento.
-Voltando ao assunto, Gina poderia convencer Malfoy e você, Mione, mesmo estando nem aí pro Wallace, finja que está gostando dele e, do nada, lance a proposta!
-Ah, Harry, esse negócio de ser falsa...
-É por uma boa causa. Depois você diz a verdade pra ele. Ele vai ficar chateado, mas...
Hermione riu.
-O Wallace? Chateado? Ah eu duvido muito! Aliás, duvido muito que essa paquera seja verdadeira. Meu sexto sentido indica que isso é uma armação. E o Malfoy também deve estar de armação com a Gina...
-Espera aí... Que história é essa de sexto sentido? – perguntou Rony, rindo.
-Cala a boca, Rony! – vociferou Hermione. – Então, isso é muito estranho. E estou sendo levada a pensar que vem de alguém que parece não ter nada a ver com isso...
-Quem? – perguntou Harry.
-Úrsula Hubbard.
-Conta outra, Mione! – zombou Rony. – Úrsula é a menina mais simpática e verdadeira que já conheci.
-Eu também acho – concordou Harry.
-Então, é justamente pro isso que acho que é coisa da minha cabeça... Imagine, a Úrsula tramando algo com dois Sonserinos...
-Mas o que lhe levou a pensar isso? – perguntou Harry.
-Foi a Gina mesmo. Tivemos uma pequena discussão ontem a noite por causa disso... Eu disse a mesma coisa pra ela, que achava estranho essa atitude do Kevin e do Draco. Ela ficou furiosa, e disse que Úrsula tinha aconselhado ela. O conselho da Úrsula envolvia alguém muito parecido fisicamente com o Draco, então, pensei que...
-A Úrsula estava empurrando o Draco para a Gina? – perguntou Rony com voz de riso. – Ah-ah, a melhor piada do ano!
-Deve ter sido uma simples coincidência, Mione – disse Harry. – Não faz muitos dias, ela veio me aconselhar também. Acho que isso vem dela mesmo, e...
-Ela também te aconselhou? – perguntou Mione, de sobrancelhas franzidas.
-É... – murmurou Harry, estranhando o comportamento surpreso da amiga.
-O que ela disse pra você?
-Nada de mais. Só disse que achava que eu e você formávamos um belo casal...Imagine só! Então, eu acho que essa mania de aconselhar é da própria personalidade dela! Ela é tão meiga que quer ver a felicidade de todo mundo.
Hermione permaneceu em silêncio, com o rosto intrigado. Harry e Rony ficaram pensativos.
-Então, que lugar poderíamos reunir todos os alunos que aparecem na lista negra? – indagou Harry.
-Não consigo pensar em outro lugar senão a famosa Sala Precisa.
-Não sei não, Rony... – sibilou Harry. – Aquela sala está muito manjada... Depois do incidente do ano passado com a Umbridge, não sei se me sentiria confortável lá dentro.
-Onde poderia ser então?
-Rony, Hogwarts tem diversas salas! Encontraremos uma bem isolada, ou algum outro local isolado. Só teremos que procurar. Mas rapidamente, já que não sabemos quando Michael atacará de novo. O que você acha, Mione?
-Ahn... Eu? Eh... tudo bem, claro! – disfarçou a garota, embora não tivesse ouvido nenhuma palavra, já que sua mente estava concentrada em outro assunto.
Naquele instante, os garotos ouviram um grito ensurdecedor.Instantaneamente, diversos alunos que estavam espalhados pelo jardim começaram a correr na direção oposta ao lago.
-Mas o que... ? – perguntou Harry, sem voz, antes de ele, Rony e Mione se entreolharem e saírem correndo na direção da aglomeração.
Enquanto caminhavam apressados pelos gramados, Neville veio, afobado, na direção deles.
-Meu Deus, é horrível...
-Mas o que aconteceu? – perguntou Harry, inquieto.
-Miss Reynolds... – murmurou o garoto.
Dentro do cérebro de Harry, com força total, com a velocidade de um relâmpago, algumas palavras lhe vieram:
“Jane Reynolds – sangrarão suas tripas, sob um sol ardente, seu sangue às gramíneas se misturará...”.
-Não! – gritou Harry, e começou a correr com mais velocidade do que nunca.
-O que houve?
-Sangrarão suas tripas, sob um sol ardente, seu sangue às gramíneas se misturará... Você não entende, Mione? Miss Reynolds está morta!
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