Transplante mágico
Hermione estava andando de um lado para o outro, extremamente nervosa. Já estavam naquele hospital fazia duas horas que estavam naquele hospital e ninguém aparecia para dar notícias.
- Fica calma Mione! – o ruivo se aproximou dela – Tenho certeza de que vai dar tudo certo.
- Eu estou muito nervosa Rony! – sentou-se e colocou a mão na cabeça – E se alguma coisa acontecer com a nossa garotinha.
- Ela vai ficar bem! – parecia ter bastante certeza disso – A Rose é forte, igual a você.
- Nesse momento, Dominique se remexeu no berço, mas não abriu os olhos. Ela estava dormindo desde que eles chegaram.
- Daqui a pouco ela vai acordar – lembrou – Não tenho certeza se o St Mungus é um bom lugar para as crianças ficarem – completou, agora olhando para o seu outro filho, que dormia em um canto do sofá.
- Assim que alguém vier dar alguma noticia eu deixo eles na casa dos seus pais – Rony avisou – Então eu aproveito para contar o que está acontecendo. Como estava muito tarde, mandei cartas para todos, menos para eles.
De repente um curandeiro saiu de uma porta que dava para os quartos e se aproximou de onde eles estavam.
- Vocês são os pais de Roselie Weasley? – perguntou.
- Sim! – a morena se levantou imediatamente – Como ela está.
- Tivemos que fazer uma série de exames nela, esse não é um caso muito comum – começou a explicar com bastante cautela – E chegamos a conclusão de que ela está com as reservas de magia muito baixas.
- Está querendo dizer que... – não conseguiu terminar a frase, pois começou a chorar, foi amparada pelo “marido”.
- Exatamente! – balançou a cabeça afirmativamente – Ela precisa de um transplante de magia urgentemente.
- Então o que vocês estão esperando! – ela gritava nesse momento – Façam esse transplante logo. É a vida da minha filha que está em jogo.
- Precisamos de uma pessoa que tenha uma magia compatível com a dela – continuou – E precisa ser um parente próximo, pais ou irmãos. No caso de meio-irmãos, as chances de compatibilidade são mínimas.
- Temos quatro chances de compatibilidade! – Rony lembrou – Vamos logo saber.
- Nesse caso todos me acompanhem! – o homem pediu – Vamos logo fazer esse exame.
- Hugo! Acorda! – o ruivo chamou o filho, enquanto a mulher pegava Dominique no colo.
- O que houve pai? – ele olhava para tudo bastante confuso.
- Vamos ter que fazer um exame! – explicou – Mas não se preocupe, não vai demorar muito.
- Caminharam até uma sala. O curandeiro saiu os deixando com uma enfermeira.
- Esse exame é bem simples! – ela explicava enquanto colocava as luvas – Primeiro, eu vou procurar a veia mágica de você e depois, eu vou retirar uma pequena quantidade de matéria mágica para fazermos o exame.
Foi tudo muito simples. Logo todos estavam liberados para voltarem à recepção. O exame não demoraria muito para ficar pronto.
De repente, eles viram duas pessoas se aproximando do local. Eram Harry e Alvo.
- Como ela está? – o de olhos verdes perguntou, estava bastante preocupado.
- Harry! – Hermione sorriu ao vê-lo – O que você está fazendo aqui?
- Vim assim que recebi a carta do Rony, eu me apressei para vir aqui! – explicou – E o Alvo quis vir também. Ele está muito preocupado com a prima.
Então, os dois explicaram para o amigo tudo que aconteceu desde o momento em que entraram no hospital bruxo até agora pouco, quando saíram da sala de exames.
- Agora estamos esperando o resultado! – o ruivo terminou de contar – Mas eu estou bem esperançoso, tenho certeza que um de nós vai poder doar magia para ela.
Nesse momento o médico apareceu com uma folha de pergaminho na mão, ele não estava com uma cara muito boa. Todos se levantaram.
- Infelizmente eu não tenho boas noticias – começou bastante cauteloso – Nenhum de vocês têm magia compatível com a dela e não poderão fazer o transplante.
- Eu me lembro de ter lido um caso parecido no jornal – Rony se levantou – E os pais da menina tiveram outro bebê e salvaram a vida da filha. Isso não poderia resolver?
- É uma opção! – balançou a cabeça afirmativamente – Mas a magia dela está quase à zero. Ela não agüentaria os nove meses.
- E o que vamos fazer? – o rosto da morena estava totalmente vermelho e molhado pelas lágrimas – Vamos deixar que ela morra sem nenhuma magia no corpo.
- Tem uma outra opção! – disse – Poderíamos retirar toda a magia antes que consuma o corpo dela. Assim ela não correria risco de morrer, mas viraria uma bruxa abortada.
Todos ficaram em silêncio nesse momento.
- Vou deixar que vocês pensem sobre isso! – avisou antes de sair do local.
- Acho que não temos o que discutir! – Rony começou – Não importa que ela seja uma bruxa abortada, vamos amá-la da mesma maneira.
- Harry! – a mulher virou-se para o amigo – Será que eu posso conversar com você um minuto?
- Claro! – balançou a cabeça afirmativamente antes de se levantar.
Foram até a lanchonete e se sentaram em uma mesa bem distante dos outros.
- Eu realmente não me importo que a Rose vire uma bruxa abortada! – ela começou – Mas nós dois sabemos que ainda tem uma chance. E para ela será muito melhor dessa maneira, é a vida com que ela está acostumada.
- O que você quer dizer com isso? – ele a olhou bem sério.
- Você pode salvar a nossa filha! – era a primeira vez que ela se referia a Rose como filha dos dois – Você pode fazer o exame e saber se a sua magia é compatível. Se não for, vamos ter que nos contentar com a segunda opção.
Mas se eu for fazer o exame o Rony vai perceber que estamos escondendo algo dele durante todos esses anos – lembrou.
- Já estávamos decididos a contar toda a verdade – respondeu – Não era a maneira que eu tinha imaginado, mas também resolve.
- Está bem! – concordou – Vamos logo falar com o médico.
Encontram o curandeiro saindo de dentro de sua sala. Provavelmente estava indo ver qual era a escolha deles.
- Doutor! – Hermione começou – O Harry precisa fazer o exame de compatibilidade.
- Eu já expliquei que só parentes próximos podem ter magia compatível – falou.
- Eu sei! – revirou os olhos impaciente – Não posso explicar, ele pode ser compatível.
- Está bem! – suspirou pesadamente – Venha comigo senhor Potter.
A mulher suspirou aliviada e voltou para onde os outros estavam.
- Tia Mione! – Alvo se virou para ela – Onde está o meu pai?
- Ele já vem! – respondeu.
- Se a Rose perder a magia – parecia um pouco receoso de perguntar isso – Ela vai ter que deixar Hogwarts?
- Infelizmente sim! – balançou a cabeça afirmativamente – Ela não vai ser mais uma bruxa e não poderá freqüentar a escola de magia.
Engoliu em seco. Não conseguia imaginar passar quase todo o ano longe da Rose. Queria um milagre acontecesse, e tinha certeza de que aconteceria.
Harry voltou e todos permaneceram e silêncio. Cerca de cinco minutos depois o homem apareceu com o resultado do exame.
- O senhor Potter pode doar a magia! – tinha um enorme sorriso no rosto.
Rony não estava muito confuso, mas, mesmo assim, abraçou a “esposa”.
- E quando pode ser? – era visível que a morena estava bem aliviada.
- Amanhã bem cedo! – respondeu – O senhor Potter pode estar aqui no hospital às 8 horas?
- É claro! – concordou.
- Ótimo! – disse – o senhor precisa de uma boa noite de sono, ou o que restou dela, e não pode tomar café da manhã.
- Entendi! – balançou a cabeça afirmativamente.
- Agora vocês podem ir embora tranqüilos! – completou – Tudo vai ficar bem.
- Rony! – a mulher segurou a mão do “marido” – Será que você pode levar as crianças para casa? Eu vou ficar aqui.
- Tem certeza? – parecia preocupado.
- Não vou conseguir descansar sabendo que a Rose está aqui no hospital – explicou – Vou me sentir melhor estando aqui perto dela.
- Então está bem! – deu um rápido selinho nela – Eu estarei aqui amanhã.
O viu andando em direção ao elevador.
- Eu também já vou indo! – o de olhos verdes disse – Tenho que estar bem amanhã.
- Obrigada por tudo Harry! – o abraçou com bastante força – Não sei o que eu faria se você não estivesse aqui.
- Você sabe que sempre pode contar comigo! – respondeu – Principalmente em se tratando da Rose.
- Eu sabia que ela ficaria bem! – o garoto disse enquanto seguia com o pai para a saída – Eu sentia isso.
- Será que eu posso ver a minha filha? – perguntou para o curandeiro.
- É claro! – respondeu.
Caminharam pelo corredor até chegarem à frente da porta de um dos quartos.
- Ela está sob efeito de poções – avisou – E vai continuar dessa maneira por mais alguns dias. O pós-operatório pode ser um pouco desconfortável e será melhor que ela esteja desacordada.
Entrou no local. A menina estava deitada em uma cama e haviam vários aparelhos monitorando os seus sinais vitais.
- Eu vou deixar vocês sozinhas – o homem disse antes de sair de fechar a porta.
Ela se aproximou da filha e mexeu levemente em seu cabelo e beijou e testa dela.
- Não se preocupe tudo vai ser resolver – sussurrou – O seu pai vai salvar sua vida.
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