O fim da tradição da família W

O fim da tradição da família W



Os alunos do primeiro ano fizeram a tradicional travessia pelo lago. Entraram no castelo e o professor Longbotom pediu para que esperassem até que pudessem entrar no local.


- Como tem gente aqui! – Rose comentou olhando para todos os alunos no local.


- Não se preocupe com isso – ele bateu de leve no ombro da prima – Não é um concurso para saber quem vai estudar aqui. Todos temos a vaga garantida.


- Eu sei disso! – riu levemente – Só não tinha idéia de que teriam todos esses alunos novos.


Perceberam que tinha somente um garoto sentado sozinho.


- Aquele não é o Scorpion Malfoy? – Alvo quis saber.


- É mesmo! – respondeu – O que acha de irmos falar com ele?


- Está ficando maluca! – a olhou como se fosse à coisa mais absurda do mundo – Ele é um Malfoy, meu pai e os seus pais detestavam o pai dele na época do colégio.


- Mas agora eles não têm mais problema nenhum – lembrou – Embora não sejam amigos.


- Então não precisamos ser amigos dele também! – concluiu – Tenho certeza de que logo ele vai estar cheio de amigos.


O olhou mais uma vez. Nunca gostou de se sentir sozinha e nunca desejaria isso para ninguém, mas mesmo assim decidiu não fazer nada.


- Alunos do primeiro ano venham comigo! – Neville disse fazendo todos os alunos formarem uma fila na frente dele.


Entraram no salão principal. Tudo era ainda mais incrível ao vivo, todos os alunos estavam encantados com o local.


- Vamos começar a seleção das casas – falou logo que pararam em frente à mesa dos professores.


Aos poucos os alunos foram sendo chamados aos poucos e iam sendo selecionados para as casas. O centro do salão principal estava ficando cada vez mais vazio.


- Potter, Alvo! – ouviram algum tempo depois.


- Boa sorte! – a menina disse.


Ele sorriu antes de se sentar no banco e o chapéu ser colocado na sua cabeça. Um minuto se passou em total silêncio.


- Grifinória! – toda a mesa da casa bateu palmas.


- Esta vendo como não dói! – sussurrou para a prima enquanto caminhava – Vai dar tudo certo.


Logo, faltavam poucos alunos para serem chamados.


- Weasley, Roselie – o nome ecoou por todo o salão principal.


Ela foi rapidamente até o local onde deveria se sentar.


- Corvinal! – mal o chapéu seletor foi colocado na cabeça da menina e já anunciou a escolha.


Fez um silêncio total no local. A morena olhou diretamente para os primos, todos estavam extremamente chocados. Levantou-se e foi caminhando diretamente para a mesa da Corvinal, seu rosto estava extremamente vermelho, principalmente por saber que todos estavam olhando para ela.


No dia seguinte todos os alunos acordaram bem cedo para tomar café e logo irem para a sua primeira aula. Enquanto faziam, Rose resolveu tomar uma grande atitude: falar com a diretora para saber se poderia mudar de casa.


- Eu sinto muito senhorita Weasley! – a mulher disse logo em seguida – A decisão do chapéu é irreversível, não posso simplesmente te mudar de casa.


- Mas eu tenho certeza de que esse chapéu cometeu um erro! – parecia bastante desesperada – Eu não posso estar na Corvinal.


- O chapéu seletor está nessa escola há séculos e sempre foi ele quem fez a seleção das casas – a diretora explicou com bastante paciência – O que te faz pensar que foi um erro você ter parado na Corvinal.


- Eu sou uma Weasley! – respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo – Todos na minha família estão na Grifinória e sempre foi assim. É praticamente uma tradição de família.


- Está na hora das coisas mudarem então! – concluiu – Tenho certeza de que todos vão gostar muito disso.


- Mas as coisas não podem mudar! – voltou a falar – Estão muito bem como estão.


- Tenho certeza de que você já deve ter ouvido falar no Sirius Black! – viu a menina balançar a cabeça afirmativamente – Toda a família dele era da Sonserina e quando ele veio para Hogwarts, foi para a Grifinória.


- Eu sei! – falou – E a mãe dele o cortou da árvore genealógica da família.


- Nunca vão fazer isso com você Rose! – tentou tranqüilizá-la – Seus pais, seus avós, seus tios e seus primos: todos adoram você.


- Meu pai disse que se eu não fosse para a Grifinória, ele ia me deserdar – ficou encarando os próprios sapatos.


- Tenho certeza de que ele estava só brincando – riu levemente – Seu pai nunca vai fazer isso.


- Está bem! – deu de ombros – Vou tomar café, porque a minha primeira aula começa daqui a pouco.


- Rose! – a chamou fazendo com que parasse na metade do caminho para a porta – Quero que você saiba que a sua mãe, quando tinha a sua idade, ela quase foi parar na Corvinal também.


- Sério! – sorriu levemente – Mas ela não foi.


Saiu da diretoria. Alvo estava esperando por ela do lado de fora da passagem secreta.


- O que você está fazendo aqui? – ela quis saber, achando muito estranho ver o primo naquele local.


- Tinha certeza de que você iria estar aqui! – disse simplesmente – Sabia que tentaria pedir a McGonagal para mudar de casa.


- Mas não consegui! – respondeu desanimada – Vou ter que passar os próximos sete anos lá na Corvinal.


- Tenho certeza de que não vai ser tão ruim assim – comentou quando começaram a andar – Você vai se dar muito bem com todos lá.


- Diz isso por que você está na Grifinória – suspirou pesadamente – Acho que eu vou ter que mandar uma carta para os meus pais contando em que casa eu fiquei. Provavelmente nossos primos já devem ter escrito para casa e contado tudo, vai ser melhor eles saberem por mim do que pelos nossos tios.


- Tem razão! – concordou – Se você quiser eu posso te ajudar na hora do almoço.


- Quero sua ajuda sim! – sorriu – Obrigada Alvo.


Assim que chegaram ao salão principal, despediram e foram, cada um para a sua mesa.


Em Londres, Rony estava chegando ao Caldeirão Furado e entrando pela passagem secreta para o Beco Diagonal. Assim que chegou à Gemialidade Weasley, viu que o irmão já estava no local.


- Oi irmãozinho! – deu um tapa nas costas dele assim que passou para o outro lado do balcão – Já soube da “má” noticia. Quero que saiba que eu adorei.


- Devo estar bastante desenformado! – comentou – Do que você está falando?


- Então a Rose ainda não escreveu para vocês – observou – Fred nos mandou uma carta hoje de manhã. A Rose foi para a Corvinal.


- Sério! – pareceu bastante espantado – Ela deve estar arrasada.


- Sempre soube que você a Mione seriam a desonra dessa família – comentou – Primeiro vocês nunca se casaram oficialmente, deixando a mamãe muito triste. Agora a filha mais velha de vocês é a primeira da família que fica fora da Grifinória. É por isso que eu adoro vocês dois.


- Acho melhor eu ir almoçar em casa hoje! – comentou sozinho – Vou precisar falar com ela, provavelmente a Rose não vai mandar uma carta para a gente tão cedo.


Na hora do almoço. O ruivo saiu da loja e foi para casa, encontrou a “esposa” sentada na mesa da cozinha lendo uma folha de pergaminho.


- Oi meu amor! – deu um rápido selinho nos lábios dela – Resolvi vir almoçar aqui hoje.


- Já estava mesmo indo almoçar aproveitando que a Dominique está dormindo – disse enquanto se levantava – Espero que você não se importe de que eu prepare qualquer coisa agora.


- Não tem problema! – respondeu – Na verdade, eu queria te falar uma coisa que o Jorge me contou hoje de manhã.


- Que a Rose foi para a Corvinal! – falou quase que imediatamente – Eu já sei!


- Como você sabe? – estranhou.


- Rose mandou essa carta! – pegou a folha que estava lendo agora pouco e entregou para ele – Pode ler.


 


Mamãe e Papai,


Só escrevi para dizer que está tudo bem aqui em Hogwarts. O lugar é totalmente maravilhoso, estou adorando cada minuto aqui.


Não sei se vocês já estão sabendo, mas na seleção das casas eu fui mandada para na Corvinal. Imagino que vocês tenham ficado decepcionados comigo, mas espero que um dia possam me perdoar.


Como amor,


Rose.


 


- Eu já imaginava que ela ficaria assim! – comentou assim que terminou de ler a carta – E sinto que a culpa é minha.


- O que te faz pensar uma coisa dessas? – quis saber.


- Eu falei tanto que ela deveria ir para a Grifinória – comentou – Que isso deve ter criado uma expectativa nela.


- Não foi só por você ter fala isso – explicou – Ela viu todos os primos indo para a Grifinória e queria ir também. Ter ficado em outra casa deve tê-la decepcionado muito.


- Não queria que ela tivesse ficado dessa maneira! – pareceu triste – Queria poder fazer alguma coisa.


- Infelizmente ela tem que passar por isso – contou – Mas quem sabe não conseguimos fazê-la se alegrar um pouco.


- No que você está pensando? – ele quis saber.


- Em nada ainda! – respondeu – Mas pode deixar que logo eu vou ter uma idéia.


Foi então que ouviram um choro de bebê.


- Acho melhor eu ir ver o que houve! – disse saindo da cozinha – Pode terminar a comida para mim?


- Está bem! – se levantou e foi para o fogão.


Enquanto isso, Harry estava voltando para o ministério depois do almoço. Estava a caminho dos elevadores quando encontrou o senhor Weasley.


- Harry! – cumprimentou o genro dando um tapinha de leve nas costas – Há quanto tempo a gente não se vê aqui no ministério.


- É verdade! – concordou – Na maioria dos dias eu estou cheio de coisas para fazer e passou a maior parte do dia na minha sala.


- Está precisando tirar umas férias! – sugeriu – Assim vai acabar ficando doente.


- Talvez eu tire umas férias no natal – comentou – Aproveitando que as crianças vão estar aqui.


- Por falar nisso! – pareceu se lembrar – Como foi a chegada de Alvo em Hogwarts.


- Na verdade, ainda não sei! – respondeu – Gina sugeriu que ele e James escrevessem uma carta só, então provavelmente só devem se reunir à noite quando as aulas acabarem.


Hoje depois do trabalho eu preciso passar na casa do Rony e da Mione – comentou – Para dizer que eu e Molly estamos apoiando eles.


- Apoiando a respeito do que? – o moreno não estava entendendo nada.


- Ainda não soube? – estranhou – A Rose não foi para a Grifinória, e sim para Corvinal.


- Eu não sabia disso! – ficou extremamente preocupado.


- Pois é! – comentou – E sabemos o quanto a Rose está chateada. Mas ela precisa saber que não estamos chateados por ela não ter ido para a Grifinória.


- Tem razão! – respondeu – Acho melhor eu ir para a minha sala, tenho várias coisas para fazer.


Durante toda a tarde pensando em tudo o que havia ouvido. Sabia que isso poderia acabar em uma grande encrenca e fazer a verdade do grande segredo entre ele e Hermione vir à tona. Talvez fosse conversar com a amiga a respeito disso, mas precisaria esperar um tempo antes disso.


 

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